Capacitação online: Portobello + IED

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Arquitetura ampliada pelas novas formas de conexão

 

Pensarmos arquitetura, contemporaneamente e de forma multidisciplinar, conectada às nossas reais necessidades de interação e conexão, nunca se fez tão necessário. Os desafios atuais, identificados na proposição dos espaços se estabelecem cada vez mais em complexidade, e construir uma visão transversal, crítica e aumentada sobre a nossa vivência e permanência sobre os mesmos, nos traz possibilidades muito interessantes e assertivas de geração de valor ambiental.

O Portobello+arquitetura em parceria com o Istituto Europeo di Design (IED) promoverá mais um ciclo de capacitações online nas áreas de design, gestão e inovação, destinado a arquitetos e designers de interiores cadastrados no programa. 

No dia 10 de maio, às 18h30 será realizado um webinar de lançamento ABERTO AO PÚBLICO para explicar todos os detalhes das capacitações e um bate-papo sobre! 

Acesse AQUI

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagem: Divulgação

MIGRAÇÕES diaspóricas

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“Travessias” é a proposta vencedora do Concurso de Co-Curadoria da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo

 

 

A equipe vencedora do Concurso de Co-Curadoria para a 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo foi divulgada hoje, 29 de abril de 2021, pelo IABsp. A equipe Travessias é formada por nove integrantes brasileiros de diferentes áreas de atuação: Carolina Piai Vieira, Larissa Francez Zarpelon, Louise Lenate Ferreira da Silva, Luciene Gomes, Pedro Cardoso Smith, Pedro Vinícius Alves, Raíssa Albano de Oliveira, Thiago Sousa Silva e Viviane de Andrade Sá.

Travessias apresenta que “os tecidos urbanos das cidades brasileiras são estruturas marcadas pela fragmentação, descontinuidades e simultaneidades tanto físicas, como simbólicas. As origens destes tecidos estão enraizadas aos violentos processos de colonização e pela transferência das conformações de desigualdades e apagamentos para as cidades. A possibilidade de atravessamento pela imensa colcha de retalhos brasileira representa tanto o compartilhamento de urbanidades possíveis, como a oportunidade de reinterpretação de memórias coletivas ancestrais. O recorte curatorial Travessias propõe eixos de atravessamentos na cidade articulados a nós temporários de atividades coletivas da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.”

O júri, composto por Gabriela de Matos, Sabrina Fontenele, Helena Ayoub Silva, Naine Terena, João Fernandes, Maria Estela Rocha Ramos Penha, Riva Feitoza, Pedro Rivera, Sepake Angiama e Janet Sanz, avaliou as 11 propostas deferidas em duas fases. Na primeira fase, selecionou 04 finalistas e na segunda, a vencedora, escolhida por unanimidade.

As propostas finalistas tiveram a seguinte ordem de classificação:

1.      Proposta 0005 – Travessias (Responsável Viviane de Andrade Sá)

2.      Proposta 0002 – Condições Humanas (Responsável Juliana Ziebell de Oliveira)

3.      Proposta 0007 – Coabitar (Responsável Stella Mommensohn Tennenbaum)

4.      Proposta 0010 – (Im)permanência como ação – Uma proposta em dois atos (Responsável Beatriz Carvalho da Rocha)

 

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Sobre Travessias, o júri considera que o ato de trazer vozes historicamente marginalizadas para a realização do evento – e não apenas como participantes, mas como co-colaboradores e produtores do espaço – é politicamente urgente. Para Estela Ramos, “A proposta é importante e pertinente pela possibilidade de produção de novos discursos urbanos, de visibilidade a edifícios e monumentos historicamente apagados e estruturação de (novas) linguagens, reconhecendo práticas ignoradas pela arquitetura, enfatizando também retratação histórica”

Além disso, são propostas novas narrativas e atração de novos públicos à Bienal, com viés expositivo em várias escalas (migrações diaspóricas, nacionais, regionais e urbanas) por meio da grande representatividade e experiência da equipe. Sepake Angiama acrescenta “Travessias tem um potencial importante de levar algumas vozes internacionais para o contexto local e ao mesmo tempo, traduzir o contexto e a experiência locais para o internacional, o que é essencial pois há muito o que aprender com as práticas no contexto brasileiro”.

A equipe também explora os percursos pela experiência sensorial e urbana como entrelaçamento expositivo e têm a cartografia e a acessibilidade como condutores. Eles apresentam capilaridade nos territórios de trabalho propostos e prevêem a interação entre as exposições físicas e virtuais, vislumbrando (re)descobertas da cidade pela possibilidade de novos encontros entre pessoas, ancestralidades, memórias e pertencimentos.

 

“Essa curadoria pode gerar uma onda, num esforço de criação que é muito maior do que a própria equipe, sendo um catalisador de novas narrativas na arquitetura para além da Bienal” – Pedro Rivera

 

EQUIPE Travessias 

 

Carolina Piai Vieira atua como pesquisadora do coletivo Cartografia Negra e como educadora no PODHE (Projeto Observatório de Direitos Humanos em Escolas), do Núcleo de Estudos de Violência da USP. Graduou-se em Jornalismo na PUC-SP e tem formação complementar do Centro de Estudos Africanos da USP. Foi repórter na ARTE!Brasileiros e na Revista Vaidapé. Trabalhou também com produção de conteúdo na Cooperativa Paulista de Teatro.

Larissa Francez Zarpelon é arquiteta e urbanista, doutora pela FAU-Mackenzie e pesquisa relações entre arquitetura, paisagem urbana e espaço público nas cidades latino-americanas. Docente nas disciplinas de Projeto Arquitetônico – Intervenção Urbana, Projeto Urbano e Paisagístico e Trabalho de Conclusão de Curso na Universidade Paulista. Em 2020, integrou a articulação e formação da Chapa 1 CAU + Plural para as eleições do CAU e, em 2021, passou a participar do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/SP) como conselheira suplente.

Louise Lenate Ferreira da Silva é graduada em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), pesquisadora de relações raciais no Laboratório de Estudos de Raça e Espaço Urbano (LabRaça) da mesma instituição e atuante no campo de patrimônio cultural através da Vila Maria Zélia. Foi estagiária do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (DPH) e integrou o programa de Visitas Patrimoniais do Sesc Pompéia como educadora patrimonial. É amante da música, da rua e das memórias, incorporando sua pesquisa sonora em suas leituras sobre os espaços vivenciados.

Luciene Gomes é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, doutora em Terapia Ocupacional pelo Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos, e atualmente é professora na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no Bacharelado Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade e Engenharia de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade. É pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Acessibilidade, Corpo e Cultura da Universidade Federal de Sergipe e do Grupo Arquitetura e Acessibilidade da Universidade Federal de São Paulo, coordenadora do Projeto de Extensão Pipoca e Paisagem da Universidade Federal de Goiás – Regional Goiás/Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e colunista da Revista Reação.

Pedro Cardoso Smith arquiteto e urbanista com Especialização em Habitação e Cidade pela Escola da Cidade e Mestrado pela Universidade Mackenzie. Atuou na Secretaria Municipal de Habitação do Município de São Paulo com urbanização de favelas – especialmente Paraisópolis – e no Plano Diretor Estratégico vigente (equipe das Zonas Especiais de Interesse Social). Integrou, na Secretaria Municipal de Cultura do Município de São Paulo, a equipe responsável por supervisão, acompanhamento e fomento cultural à periferia, com os programas VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) e Pontos de Cultura. Atualmente é docente na Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz e na Universidade Paulista, onde leciona Projeto Arquitetônico de Habitação Coletiva

Pedro Vinícius Alves é pesquisador do coletivo Cartografia Negra, trabalhou na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo nos anos de 2014 e 2015, auxiliando na produção do VII Festival da Mantiqueira (2014) e do VII Seminário Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias. Publicou um livro de poesias, chamado “Caderno Negro”. Como integrante do coletivo Cartografia Negra participou como formador em Cartografia Cultural no programa de Formação de Monitores das Casas de Cultura, palestras, atividades em escolas e as Voltas Negras, que o coletivo realiza mensalmente desde 2018.

Raíssa Albano de Oliveira é mulher preta, antropóloga e educadora, mulherista africana com formação complementar nas áreas das artes plásticas, fotografia e filosofia. Sua pesquisa procura desenvolver caminhos para a educação em relação aos povos da diáspora africana, cidades e subjetividades poéticas. É idealizadora e pesquisadora do Coletivo Cartografia Negra. É monitora da pós-graduação Cidades em Disputa da Escola da Cidade.

Thiago Sousa Silva é escritor afrocentrado, artista plástico e artista de histórias em quadrinhos. Educador e pesquisador do Medu Neter (Hieróglifos, o sistema de escrita do antigo Kemet/Egito). Formado pela mestra Anika Osaze (Nefer Ka Maat) pelo Shrine of Maat, New York. Pesquisador e Educador das tradições e tecnologias científicas, culturais e espirituais do antigo nordeste africano. Graduando em Licenciatura em Geografia pelo Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia campus São Paulo, efetuando pesquisa no uso de histórias em quadrinhos de sua autoria para o ensino de Geografia da Educação Básica.

Viviane de Andrade Sá arquiteta e artista, é doutoranda pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e investiga os processos de visibilidade e apagamento do corpo na cidade contemporânea com o projeto “Corpos Visíveis, superexposição como processo de apagamento social e espacial na cidade contemporânea”. Possui mestrado em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, área de concentração, Poéticas Visuais com o trabalho “Construir com Corpo, o corpo fragmentado como dimensão do espaço”.  Realizou a graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. É docente na Universidade Paulista e ministra as disciplinas de Projeto Urbano e Projeto Arquitetônico, Habitação Coletiva.

 

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Fonte: 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Imagens: Divulgação

 

 

Design feito para gelar

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Muito mais do que um “recipiente” feito para gelar bebidas

 

Quando o design assume o protagonismo, um tradicional cooler pode se transformar em item de decoração ou até mesmo em um belo e funcional móvel, como os modelos criados pela Tidelli. Versatilidade!

A mesa de centro com champanheira da linha Marina é um exemplo. Com base em alumínio revestida com trançado de corda náutica ou fibra, o tampo – que pode ser em fórmica TS ou granito – tem uma prática champanheira no meio, que também pode ser uma bela floreira quando está vazia.

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Outro modelo de mesa de centro funcional é da linha Biarritz.  Com design inspirado na simplicidade, a peça tem base em alumínio. O tampo – que pode ser em madeira ou granito – pode vir com a opção de balde no meio.

 

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O banco multiuso Maui pode tudo! Com design arredondado, aplicação de corda náutica e altura de 80cm x 35cm pode ser uma mesa lateral perfeita, um vaso, um porta toalhas e, ainda, se transformar em um cooler cheio de estilo.

A Tidelli também possui no seu mix de produtos o cooler para garrafa e o cooler balde, ambos da linha Maui. Práticos, podem ser levados para qualquer lugar: áreas internas, jardins, varandas, beira da praia ou piscina.

 

BALDE MULTIUSO Easy Resize com

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Imagens: Rômulo Fialdini, Gui Gomes e Divulgação Tidelli

Personalização e AUTENTICIDADE

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Fahrer + Espedito Seleiro: design de mobiliário contemporâneo e arte popular brasileira se integram em peça única.

 

Para a mostra “Ditos por Espedito”, com curadoria de Luiz Fernando Dantas, a Fahrer e o artista cearense Espedito Seleiro se uniram para criar uma peça de mobiliário única, que combina o design contemporâneo e arte popular brasileira. A parceria entre o estúdio de mobiliário e o artesão, referência na produção de artigos em couro, resultou em um belo diálogo entre a estrutura delicada e orgânica da chaise Paso Doble e os traços de curvas do formato de coração da tapeçaria feita à mão, marca registrada do mestre, evidenciando a importância das conexões culturais para o design nacional.

“Desejamos parcerias como essa, pois enriquecem nosso vocabulário e propõem a interação entre diferentes propostas. Temos vontade de realizar novas parcerias com outros artistas e artesões para propor diálogos entre diferentes temporalidades e materialidades em nosso país.” – Sergio Fahrer

A beleza das curvas e a elAgância da madeira natural realçam o design da chaise Paso Doble, criação da Fahrer, cuja inspiração nasceu durante uma viagem de Sergio Fahrer a Buenos Aires. Ao presenciar uma apresentação de tango no bairro de San Telmo, o designer se encantou com a imagem criada pela composição das curvas sinuosas de um guitarón – um violão com corpo maior – e o entrelaçamento gracioso das pernas dos dançarinos que realizavam o famoso movimento Paso Doble.

 

chaise espeditosaleiro

chaise espeditosaleiro

 

Morador de Nova Olinda, município cearense a 55 km de Juazeiro do Norte, Espedito Velozo de Carvalho, mais conhecido como Espedito Seleiro, conquistou o Brasil com seus coloridos artefatos de couro. Cheio de identidade, seu trabalho chamou a atenção da marca de moda Cavalera, que levou suas sandálias de couro para as passarelas da São Paulo Fashion Week, em 2005. As peças de Seleiro também estiveram em famosos palcos musicais, vestindo Luiz Gonzaga e Dominguinhos, e no cinema: Marcos Palmeira usou as roupas feitas por ele no filme “O Homem que desafiou o Diabo”, de 2007.  Em 2015, assinou suas primeiras peças de mobiliário em parceria com os irmãos Campana. Em 2019, depois de ter seus acessórios expostos na Embaixada do Brasil, em Londres, Seleiro retorna ao mobiliário, acompanhado de ilustres designers modernos e contemporâneos na mostra “Ditos pelo Espedito”, a convite do empresário Luiz Fernando Dantas.

A Fahrer, por meio do olhar e expressão autoral, tem versatilidade criativa e produtiva. O estúdio de mobiliário interpreta projetos residenciais e corporativos oferecendo aos clientes e escritórios de arquitetura inúmeras possibilidades de personalização e design para suas peças. Valoriza o bem feito à mão, as relações humanas e a produção brasileira. Respeitar o tempo das matérias-primas, priorizando a sustentabilidade, e se reinventar constantemente por meio da experimentação de novas técnicas e possibilidades são pilares da marca.

 

Loja FahreR
Alameda Gabriel Monteiro da Silva 1753 – Jardim Paulistano – São Paulo
11 3031-7250
contato@fahrer.com.br
www.fahrer.com.br
@fahrerdesign

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Cobogó RP
Imagens: Divulgação

Biomateriais – Tendência de mercado

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Experimentação, otimização e inteligência: novas matérias-primas desenvolvidas em prol da causa ambiental

 

No mundo, as edificações são responsáveis por grande porcentagem de emissão de CO2, considerando emissões diretas, indiretas e incorporadas (no ciclo de vida dos produtos de construção). Ao mesmo tempo, como é um setor que consome e ainda consumirá grande quantidade de materiais, carrega consigo a oportunidade de ajudar no enfrentamento às mudanças climáticas, priorizando e incentivando o uso de biomateriais.

Resíduos de cana-de-açúcar se convertem em plástico, folhas de cactos e ramos de cogumelos resultam em alternativas para o couro. Biomateriais podem ser definidos como aqueles de origem biológica, sendo os mais empregados na arquitetura e construção civil: madeira, bambu, plantas na forma de coberturas, fachadas e muros e outras fibras naturais como o sisal, cânhamo, linho, etc.

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Fachada Carabamchel Housing – FAG

Em um recente estudo publicado na Nature (CHURKINA et al. 2020) estima-se que uma adoção agressiva no uso de biomateriais estruturais nas edificações a ser empregado em novas construções, em todo o mundo, entre 2020 e 2050, tem o potencial de estocar de 7 a 60 GtCO2.  Além das estruturas, os biomateriais podem ser empregados em diversos elementos de uma edificação: paredes, revestimentos e até mesmo mobiliários. Em 2019 o termo biomaterial  foi incorporado ao vocabulário do design quando, na ocasião, foi eleito material do ano pelos organizadores do London Design Festival.

A Fundação Ellen MacArthur, organização internacional difusora dessa ideia, diz em seu guia de design que, manter os materiais dentro da cadeia produtiva pelo maior tempo possível colabora para frear a extração de recursos finitos e promover a regeneração de ecossistemas.

 

“O designer, hoje, deve se preocupar com a procedência e o destino dos ingredientes que usa em seu trabalho. Ele precisa planejar o descarte de suas peças, e como desmontar e reinserir cada parte delas no ciclo de fabricação” –  arquiteta Léa Gejer, fundadora da Flock, consultoria para projetos de design e arquitetura circulares, e sócia do site educativo Ideia Circular.

 

No guia sobre construções verdes publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tem muitos exemplos com o uso de biomateriais, principalmente para casos no Brasil e na América Latina. O guia também mostra as principais vantagens, desvantagens e o que é preciso considerar quando se pensa em construir com esses materiais. O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) publicou um estudo especial que apresenta o papel do uso de biomateriais como uma das formas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Na elaboração de novos produtos, o mindset da colaboração responde por algumas das junções de talentos mais interessantes dos últimos tempos no desenvolvimento de biomateriais. Em Maceió, por exemplo, os designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio e o Instituto A Gente Transforma uniram forças com a comunidade de catadores de sururu do entorno da Lagoa de Mundaú, e especialmente com o artesão Itamácio Santos, para criar o cobogó Mundaú, elemento vazado que incorpora as cascas descartadas do molusco em uma manufatura semiartesanal. À nível internacional, a mescla entre os universos do design e dos biomateriais já rendeu frutos como o Desserto, couro vegano feito de cactos, o Carbon Tile, ladrilho de cimento e carbono capturado da poluição do ar, e o Mylo, tecido com aparência de couro composto de micélio (a parte fibrosa dos cogumelos).

 

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Cobogó Mundaú

 

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Bio Concreto de Bambu – Vanessa Andreola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Divulgação, Itay Sikolski, FAG, Vanessa Andreola.

 

 

 

Puro AFETO!

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Convivência. Essa é a palavra que permeia conceitualmente 4 criações selecionadas pela CM.

 

Que o Design vai muito além da forma e funcionalidade já se sabe. No campo da criação, ele pode ser inusitado e vir a propor o que não se conhece, isso chamamos de inovação. Mas no campo afetivo, seu maior valor está no relacionamento que ele incentiva estabelecer-se entre objeto e usuário, na comunicação que paira entre as funções práticas das linhas, nas sensações de materialidade, na coexistência harmoniosa e no belo observável, que agrada aos olhos e a alma.

Objetos que tragam certa história, que contem algo sobre determinada cultura, técnica e localidade, que representem uma ideia, são os que mais propõem zelo e melhor interagem com nossos hábitos e rotinas diários. Que o desenho seja além do comum ou a proposta ousada, quando o Design resgata elementos sensíveis, familiares, e os configura tridimensionalmente com afeto, só nos cabe mesmo usufruir. 

 

 

MESA ALMA

Muitos produtos são feitos de materiais inovadores, tecnológicos ou inusitados. Mas a peça criada pela designer Roberta Rampazzo é feita com a sobra de um dos materiais mais nobres do planeta, a madeira. Segundo ela, nobre porque vem da natureza, traz beleza e acolhimento e é um elemento que tem vida. Peça feita em acrílico e sobras de madeira certificada, a designer sugere uma interpretação além, paralela à expressão humana: a parte interna como representação das emoções, suas irregularidades e contrastes, e a parte externa como algo mais rígido, definido e racional, mas que ao mesmo tempo, através desta moldura, expõe a Alma para o mundo. 

De objetos marcados por um traço simples e forte, Roberta desenha de forma cuidadosa para que se suas peças se tornem únicas e eternas. Ao criar, ela acredita que um bom design deve conter fatores além da forma, função e beleza, mas elementos que transmitam emoção ao usuário. 

“O processo começa com a inspiraçãoQuem trabalha com criatividade está sempre em atividade. O que você aprende com o tempo é sintetizar suas ideias e direcioná-las para um caminhoGosto de saber que estou desenhando um objeto que vai contribuir para o bem estar físico e emocional de alguém.” – Roberta Rampazzo 

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POLTRONA MARESIAS

Inspirada na natureza, a peça inicialmente tinha nome de passarinho: Tim. O designer Carlos Motta planejou um móvel versátil, resistente às intempéries das áreas externas, especificando trançados de percintas especiais tanto para o assento como para o encosto. Depois, desenvolveu novas peças e criou uma linha completa, premiada, produzida em escala industrial pela parceira Butzke. De linhas delicadas e beleza atemporal, Maresias é uma peça sustentável, com estrutura de madeira certificada e percinta em material reciclado. 

Buscando alinhar qualidade e elegância ao uso de materiais corretos de procedência certificada e conceito sustentável, Carlos tem como premissa criar um objeto agradável, afetivo, que resulte em si um processo de fabricação consciente e respeitosa, desde a matéria prima até a mão de obra. 

Há uma responsabilidade ambiental e social para a arquitetura e o design: usar a matéria-prima correta, desenvolver técnicas construtivas responsáveis e que toda cadeia produtiva participe do lucro. É importante que o resultado final tenha afeto.” – Carlos Motta

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TALL CACHE CABINET

palavra ‘Cache’ em francês significa esconder. De forma quase abstrata, a designer Zoë Mowat permite que uma cor específica, um material ou um gesto inicie um conceito de design. A intenção era criar uma peça de  armazenamento vibrante que servisse de esconderijo para itens valiososSurgiuinconscientemente, um móvel à sua semelhança: de  sobre pernas e possuindo sua própria altura, com um núcleo central e compartimento secreto no topoTall Cache Cabinet tem quatro pernas altas e consiste em três espaços de armazenamento coloridaspersonalizável um espaço projetado na parte superior da peça para armazenamento oculto. 

Através de uma manipulação escultural e intuitiva de cor, forma e material, Zoë busca compreender e responder às relações únicas que formamos com os objetos quais nos cercamos. Sua abordagem é uma produção artística  impulsionada pelo interesse à experiência humana.

Móveis são uma coisa íntimaprojetados para nossos corpos e formas específicas de viver. Sinto que é importante realmente considerar o significado de um objeto e implicações potenciais ao desenvolver um trabalho.” – Zoë Mowat 

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LATTICE

Um armário normalmente é colocado perto da parede e as pessoas o enfrenta de frente. Suas portas e alças de acesso tem destaque e causam grande impressão. No entanto, de acordo com o designer japonês Daisuke Kitagawa, a ideia era criar um design simples e não ativo, que se misturasse com seu entorno: um móvel sem um manuseado óbvio. Inspirado pela arquitetura tradicional japonesa e pelas Shojis, portas translúcidas construídas a partir de uma moldura fina de madeira e uma grade estrutural na qual o papel japonês é colado, o designer idealizou as portas do Lattice de forma que o gesto da mão fosse um elemento completar. Implementando a Shoji e substituindo o papel japonês por têxteis, a peça ganhou prateleiras móveis, sendo possível alterá-las de acordo com o armazenamento.  

Buscando não se envolver em projetos por pura novidade, mas sim agregar valor à experiencia do usuário, Daisuke tem como objetivo criar a sensação de durabilidade e interatividade, projetando móveis simples e confortáveis no espaço, que estejam em harmonia com a vida cotidiana das pessoas.  

“Projeto com sinceridade e cuidado, tentando apresentar valores e conforto usando de novas perspectivas e métodos que não estavam disponíveis no passado, enquanto presto total respeito à história e ao que foi cultivado por nossos antepassados.” – Daisuke Kitagawa

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Por Redação

Imagens:  Hisashi KudoCarlos Mancini, Coey Kerr e divulgação. 

 

Tecnologia em prol da saúde

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Deca e Duratex destacam produtos práticos, tecnológicos e mais seguros para os dias atuais

 

Com as novas rotinas que se estabeleceram em nosso cotidiano, principalmente nas residências, torna-se necessário buscar por soluções que ajudem a tornar os lares mais práticos e seguros. A Deca e a Duratex lançaram recentemente produtos com tecnologias que permitem vivenciarmos nossos lares com maior garantia de que os ambientes permanecerão saudáveis e livres da propagação de vírus, germes e bactérias.

Primeira empresa no Brasil a oferecer proteção antibacteriana em pisos laminados, o Durafloor lançou o Protekto Plus, uma tecnologia que cria uma barreira de combate aos vírus e bactérias, incluindo os vírus envelopados, não permitindo que se depositem nos produtos, mantendo a limpeza por mais tempo e, consequentemente, os ambientes mais saudáveis. O Protekto Plus foi testado e aprovado em laboratórios externos independentes, seguindo recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está presente tanto nos painéis de revestimento Duratex como nos pisos laminados Durafloor, com exceção dos produtos das linhas New Way e Spot.

 

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Já a Deca trouxe para o mercado a torneiras para lavatório Deca Touchless com acionamento inteligente e de amplo alcance, com liberação de fluxo condicionado apenas a aproximação em qualquer ponto do produto, sem a necessidade de toque. Isso reduz os riscos de contaminação e aumenta a mobilidade no uso, uma vez que não é necessário manter as mãos em uma única posição durante a higienização. Para desligar, basta afastar-se, o que se reflete também em uma alternativa sustentável, com maior economia de água. São 26 produtos que exploram linhas renomadas, cores e texturas e misturam inovação tecnológica e estilo.

 

 

A tecnologia toucheless também foi empregada nas descargas. O mecanismo que combina inovação, tecnologia e praticidade, traz um novo conceito de higiene para o banheiro, tornando o acionamento da descarga mais simples, por um mero gesto das mãos. Para ativar, basta passar a mão pelo sensor para acionar a descarga de 3 litros ou mantê-la sobre o sensor para acionar a descarga de 6 litros. Graças ao mecanismo duplo, as descargas, que também oferecem possibilidade de acionamento manual, ainda proporcionam até 60% de economia de água. O sensor pode ser acionado de uma distância de até 20 cm. Além disso, para maior praticidade, o mecanismo não necessita de ponto de energia, o que evita a necessidade de pequenas obras para instalação. Ele já acompanha quatro pilhas AA com duração média de até cinco anos, que equivale a 40.000 descargas.

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A marca traz também a bacia Eletrônica High Techm que combina várias funcionalidades em um único produto, como: sensor para abertura da tampa e acionamento da descarga localizado na base na bacia, ducha masculina e feminina; secagem com ar, controle remoto com alcance de até 15 metros e programação de perfis para personalização do uso. Além disso, o modelo é mais alto, proporcionando maior conforto, principalmente para pessoas com mobilidade reduzida.

 

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Fonte: a4&holofote
Imagens: Divulgação

 

 

Sobre as águas

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Biblioteca flutuante une construção sustentável e educação ambiental

 

Flutuando sobre o Lago Mamori, na floresta amazônica, uma nova proposta de construção ecológica e socialmente inclusiva começa a ganhar forma. Trata-se da Biblioteca Comunitária Flutuante do Mamori, com cerca de 35 m², desenhada por Marko Brajovic em parceria com a bióloga e biomimetista Alessandra Araújo, com o designer Nacho Marti e com toda a comunidade local. “Com infraestrutura leve e simples, porém eficaz, o projeto funcionará como referência e aprendizado para a construção sustentável e educação ambiental. Ele apresenta um protótipo de arquitetura experimental, com uso de materiais locais e reciclados”, afirma Marko.

Como destaque de reaproveitamento, a cobertura da biblioteca será composta por telhas feitas a partir de garrafas PET recicladas. Além de ser uma solução sustentável, foi uma escolha pensada para resistir ao clima da região, com chuvas constantes e ventos fortes, que não permitem o uso de recursos tradicionais no teto. Para a estrutura, que deveria acompanhar o subir e descer da água, peças de madeira sobrepostas e parafusadas criam um sistema leve e eficiente.

O projeto propõe um processo colaborativo com a comunidade do Lago Mamori, na Amazônia legal, envolvendo construção sustentável e educação” – Marko Brajovic

Projetada para atender a população de quase 2.200 habitantes que vive à margem do Lago Mamori, a Biblioteca Flutuante contará com um acervo voltado à preservação cultural e natural, ecologia, tratamento de resíduos sólidos e reciclagem. Sua arquitetura foi pensada para se mimetizar com a paisagem.

 

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Com arquitetura orgânica e vernacular, a biblioteca contará com dois acessos. Sem vidros, as portas receberão apenas telas mosquiteiras. Construída essencialmente com materiais locais e reciclados, conta com teto de telhas de garrafas PET.

Em seu interior, a biblioteca contará com uma mesa para até oito pessoas, no centro, estantes para abrigar os livros e esteiras, no chão, para os pequenos. A estrutura foi projetada para comportar até quatro toneladas, mas a ideia é que apenas dez pessoas a utilizem simultaneamente.

 

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Depois de grandes pesquisas e experimentações em design e arquitetura com um forte relacionamento com a comunidade local, o Atelie Marko Brajovic apontou que muitos problemas locais estão diretamente relacionados à tecnologias e materiais de construção industrializados. Por isso, para a Biblioteca Flutuante, voltaram os olhos para técnicas e materiais locais, respeitando a comunidade.

Para que o sistema ficasse leve e se adaptasse às mudanças da água, que tem uma maré que sobe por volta de 8 a 10 metros por ano, o arco superior da biblioteca foi construído com uma técnica que Leonardo da Vinci utilizava na construções de pontes, com peças de madeira sobrepostas e parafusadas.

Envolver a comunidade local em todo o processo construtivo foi uma das preocupações do Atelie Marko Brajovic. Ainda em andamento, a previsão é que a biblioteca seja concluída no início de 2021.

 

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A Biblioteca Flutuante conta com uma estrutura de madeira, leve e em formato de arco, que é recoberta por um teto de telhas de garrafa PET. Internamente, o espaço foi pensado para comportar até dez pessoas.

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Por Marcela Millan
Imagens: Atelier Marko Brajovic

 

Brasileiros no Red Dot Design Award!

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Lia Siqueira, Jader Almeida e Roca + João Armentano são condecorados pela premiação global de design

 

O prêmio internacional Red Dot Design Award contempla os melhores produtos do ano, seja pela estética, funcionalidade ou inovação. A edição 2021 premiou peças assinadas por nomes da arquitetura e design brasileiros. Confira abaixo os destaques:

 

Inspirado no ritmo, no raciocínio arquitetônico e na arte, o Aparador Horizonte de Lia Siqueira para a ETEL– uma das principais marcas de design brasileiro que preza pelo fazer artesanal e pelo uso de matérias-primas preciosas– surgiu da união entre ritmo e ação, uma série de repetições transformada em uma estrutura harmônica e homogênea. O exercício linear modelado em triângulos, possibilitou a construção de gavetas invisíveis, usando a técnica sofisticada de marcenaria. A sensação é que o aparador flutua no horizonte.

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A Cadeira Olive assinada por Jader Almeida reafirma sua individualidade com sua geometria sofisticada e elegante, criada a partir de um inusitado jogo de apoios feitos de metal fundido, em uma composição harmônica de materiais como a madeira e o couro.O assento estofado e o encosto da peça resumem o ápice do aconchego. A edição marca o 72º reconhecimento da carreira de Jader Almeida e o quinto prêmio recebido na sexagenária competição.

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A Roca, referência mundial na área de banheiros, destaca-se no famigerado Red Dot Design Award devido à excelência de suas coleções assinadas. Nesta edição, as cubas Horizon Skyline 800 e Horizon Geometric, ambas pertencentes à coleção Horizon, concebida pelo arquiteto João Armentano, foram premiadas. Composta por seis modelos de cubas de sobrepor, a linha é referenciada por sua estética minimalista, robustez em formas geométricas e harmoniosa combinação entre luzes e sombras. Por meio de linhas expressivas e assimétricas, conquista-se um desenho único através do jogo de luzes e sombras. Ideal para projetos de banheiros que unam estética e praticidade, a peça a combina identidade do traçado de Armentano à praticidade de funcionamento, uma vez que a saída de água permanece discreta, com apenas uma linha precisa para canalizar a água.

 

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Por Redação
Imagens: Divulgação