A plataforma de conteúdos Casa e Mercado está realizando a série ARQUITETURA E O TEMPO, em três episódios, transmitidos ao vivo em seu canal do Youtube: originalidade, criatividade, inovação, individualidade, condicionamento, padrão. A transposição da ideia no tempo, intermediada pelo projeto, para a obra construída ou produto manufaturado.
O primeiro encontro da série irá abordar a ideia, que antecede mesmo o projeto de arquitetura, do urbanismo e do design. As formas de expressão da ideia, técnica e artística, como processo de instrução para a construção e para a produção de objetos.
Com pigmentos ativados pelo sol que filtram poluentes, murais com tintas especiais ajudam a purificar o ar e equivalem à ação de árvores.
Warsaw, na Polônia, se tornou a segunda cidade a receber projetos públicos de arte que, além de deixarem a paisagem mais bonita, deixam o ar mais limpo. Pintado por artistas locais, o mural usa pigmentos especiais, ativados pelo sol, com capacidade de filtrar o ar. Funciona assim: tinta produzida com dióxido de titânio, que atrai poluentes e os transforma em nitratos inofensivos graças a um processo químico ativado pela luz solar! Esta obra de arte urbana é capaz de purificar o ar no seu entorno, com ação que equivale ao que fariam 720 árvores.
“Neste momento o ritmo de quase tudo diminuiu. Vimos a oportunidade de reforçar uma mensagem positiva e ajudar a despoluir o ar por meio de murais e arte”, declarou a marca esportiva Converse em comunicado. A marca é responsável pelo projeto, que faz parte da campanha Florestas Urbanas.
Os artistas poloneses, Maciek Polak e Dawid Ryski, retrataram uma coleção de flores alegres que se destacam entre construções urbanas e o desenho foi transferido para a grande parede pelo coletivo de grafiteiros Good Looking Studio.
O movimento na verdade é global: Os murais vão se espalhar por diversas cidades do mundo, totalizando a capacidade de purificação de ar de mais de 3 mil árvores. Bankok, na Tailândia já tem o seu mural.
Em seguida veio justamente Warsaw e outras 13 já estão definidas para fazer parte do Projeto Florestas Urbanas: Belgrado (Sérvia), Lima (Peru), Sydney (Austrália), Jacarta (Indonésia), Manila (Filipinas), São Paulo (Brasil), Santiago (Chile), Joanesburgo (África do Sul), Melbourne (Austrália), Bogotá (Colômbia) e Cidade do Panamá.
Outras iniciativas estão aproveitando a tecnologia dos pigmentos que purificam o ar. Os holandeses do Studio Roosegaarde espalharam outdoors com a mesma tinta em Monterrey, no México. A ação de cada outdoor equivale ao poder de filtragem do ar de 30 árvores a cada 6 horas e pode funcionar por até 5 anos. A ação ajudou a combater a poluição em área de vale no país que estão longe do alcance de correntes de ar que ajudam a dispersar poluentes.
Daan Roosegaarde, responsável pelo projeto dos outdoors no México, é especialista em iniciativas que unem design e combate à poluição atmosférica. Ele produziu o maior purificador de ar do mundo, em Beijing, na China, com capacidade de filtrar 30 mil metros cúbicos de ar por hora. O equipamento transforma os poluentes em pedras preciosas, usadas em jóias que são vendidas para financiar a construção de novos purificadores de ar. “O objetivo é devolver o ar limpo para as cidades”, declara Daan.
Fonte: CicloVivo
Imagens: Good Looking Studio e Studio Roosegaarde
Retrofit amplia as condições de iluminação natural para os ambientes do duplex, que tem como pano de fundo, o vibrante skyline da cidade de São Paulo.
Minimalismo é a palavra-chave do projeto de interiores assinado pela arquiteta Fernanda Marques. O apartamento duplex de 600 m² passou por um retrofit, onde aproveitar a incidência de luz natural era o partido arquitetônico da reforma. Distribuída em dois níveis, a residência concentra as suítes do casal e dos filhos, além do home kids no primeiro pavimento. As áreas sociais ficam no andar superior, que é o ponto de encontro da família, com um amplo espaço gourmet, sala de jantar e áreas de relaxamento, como o home theater. Na escolha do mobiliário há uma combinação entre peças contemporâneas e vintages, o que criou focos pontuais de design. As condições construtivas no andar superior não permitiram o uso de luminárias técnicas, o que levou Fernanda a optar por balizadores embutidos no piso.
O resultado surpreendeu até mesmo a arquiteta, pois além da luz necessária, o efeito uplight “lava” o painel de carvalho americano, enaltecendo a peça. “A luz tem um papel essencial nestes interiores. Viver em meio a muita luz faz parte da própria essência do casal de moradores, amantes declarados do surfe. Uma paixão que gradativamente estão transferindo para os filhos”, explica a arquiteta.
“Meu cliente definitivamente queria viver em meio a ambientes suaves, que transmitissem leveza a quem os frequentasse.” – Fernanda Marques
O living é composto por setores que se alternam entre espaços de relaxamento, refeições e até home-theater, o que faz do ambiente, o ponto de encontro da casa. A disposição do layout foi definida a partir da vista da cidade. Estofados em tons claros harmonizam com as poltronas em madeira e couro.
A sacada se tornou um espaço de contemplação, com jardins verticais que se estendem pelo andar superior, trazendo a natureza para o convívio.
Superfícies envidraçadas, bem como madeira e mármores em tonalidades próximas ao cru, se espalham por todo o pavimento superior. Sob a mesa de jantar, o pendente escultórico da Bocci, se encarrega da iluminação acolhedora e no piso, os balizadores banham o painel amadeirado.
Na suíte a mobília possui formas modernas. Destaque para o armário camufl ado no ambiente devido a extensão da
madeira nas paredes.
Uma das relíquias da família é a prancha de surfe feita pelo mítico shaper havaiano Dick Brewer, exposta como um quadro entre os patamares da escada, e que tem o mesmo tom de madeira do painel que reveste a parede.
Ao longos dos anos, vem promovendo ações de cunho técnico, informativo, educacional e mercadológico, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento dos setores da construção, mineração, agronegócio e florestal, e intensificou neste ano sua presença digital, realizando uma série de eventos virtuais junto à parceiros do setor, contando com a participação de importantes nomes e entidades.
Promovidos em parceria com a a Associação Nacional dos Sindicatos e Representantes de Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas (Analoc), os webinars reuniram, no Canal da Sobratema no Youtube, mais de mil participantes em cada edição. A entidade também promoveu no dia 20 de agosto o Fórum de Infraestrutura Grandes Construções, que teve como tema central Saneamento e Tecnologia: a chave para o desenvolvimento.
Em formato híbrido, contou com as apresentações de Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil, Ilana Ferreira, superintendente técnica da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), e Hélio Sugimura, gerente de Marketing da Mitsubishi Electric, além dos comentários de Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente (APECS), João Rosa, sócio-fundador da Acqua Expert e Luiz Gonzaga Alves Pereira, diretor presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre).
Já pela BW Expo, Summit e Digital 2020, realizou, até o presente momento, dez BW Talks e dez BW Lives, trazendo os temas mais relevantes para diminuir a pegada ambiental das atividades humanas. Nesse sentido, envolveu áreas como resíduos sólidos, transformação energética, conservação e tratamento de água, saneamento, economia circular, waste-to-energy, construção sustentável, moda sustentável, iniciativas inspiradoras de grandes multinacionais nos setores de alimentos, bebidas, higiene, limpeza e automóveis, entre outros.
Evento virtual reunirá profissionais de referência no paisagismo brasileiro.
De 5 a 9 de outubro acontece o I Simpósio Paisagismo e Mata Atlântica, evento virtual e gratuito, realizado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), TV UNESP e a Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura (PROEX). O objetivo do evento é mostrar os benefícios do paisagismo para a sociedade, valorizando o meio ambiente e as espécies da flora nativas.
O evento está sendo organizado pelo Prof. Dr. Marcelo Vieira Ferraz (Coordenador da pós-graduação em paisagismo) e por alunos do PET Agronomia e do Grupo de Estudos Verde Livre Paisagismo e Floricultura.
“Os jardins e praças brasileiras tem em sua composição plantas exóticas, ou seja, de outros países. Ao mesmo tempo, a Mata Atlântica é um dos biomas mais diversos do planeta, que abriga 70% da população brasileira. Temos um enorme potencial subutilizado. O paisagismo é uma das formas de nos reconectar com a natureza, com o que está próximo de nós, no caso, nossa flora. Por isso, esse evento tem o objetivo de fortalecer, e até mesmo criar, uma consciência ambiental através da educação paisagística, mostrando que o uso de espécies nativas também pode ser um negócio lucrativo, devido ao potencial da nossa flora.” – Prof. Dr. Marcelo Vieira Ferraz.
O evento reúne renomados profissionais do paisagismo brasileiro para falar sobre paisagismo, infraestrutura verde, biourbanismo entre outros temas. Alguns desses profissionais integram a Rede Paisagismo Mata Atlântica, que tem como objetivo pensar ações conjuntas para sensibilizar a sociedade e o mercado, gerando oportunidades de negócios e fortalecendo a cadeia produtiva com a reinserção espécies nativas em seus espaços naturais e urbanos.
As lives terão duração de 30 minutos, seguidos por 15 minutos de perguntas via chat. O evento ocorrerá em tempo real (a partir das 16h) e será transmitido pela TV UNESP pelo link tv.unesp.br/live e também pela TV Cultura no Oeste Paulista (Bauru, Botucatu e Marília).
As inscrições podem ser feitas AQUI.
Os inscritos terão direito a um certificado de participação
Dia 05/10 (Segunda-feira)
Marcelo Ferraz – “Por que Utilizar Plantas Nativas no Paisagismo?”
Thalita Vitachi e Babbie Becattini – “Roda de Conversa: Arquitetura e Paisagismo no Novo Morar”
Dia 06/10 (Terça-feira)
Nicole Sigaud – “Interdependência entre espécies de flora e fauna”
Patrícia Sanches – “Paisagismo e o mosaico de ecossistemas da Mata Atlântica”
Dia 07/10 (Quarta-feira)
Adriano Peres Ribeiro – “Escolhendo mudas de qualidade e noções básicas de cuidados fitossanitário sobre árvores”
Marcelo Vassalo – “Biourbanismo ou Cultura Natureza e Cidade em Transição”
Dia 08/10 (Quinta-feira)
Ricardo Cardim – “O Paisagismo Sustentável para a Realidade” Brasileira”
Pierre André-Martin – “Corredores verdes urbanos e restauro de ecossistemas”
Dia 09/10 (Sexta-feira)
Cecíliia Polacow Herzog – “Paisagismo Ecológico para os Desafios do Presente”
Live 10: Clayton Lino – “A Importância da Mata Atlântica para o Paisagismo e a Rede Paisagismo Mata Atlântica”
O Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do país, é um dos membros fundadores da Rede e que, atualmente, é um dos principais produtores de espécies da flora nativa para projetos paisagísticos, investindo inclusive em espécies raras e em perigo de extinção. Localizada na região do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, a área foi adquirida a partir da década de 1940 e conservada desde então pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que manteve sua floresta e rica biodiversidade local com o objetivo de contribuir para a manutenção da bacia hídrica do Rio Juquiá, onde a companhia possui sete usinas hidrelétricas.
Hoje, o Legado das Águas é administrado pela empresa Reservas Votorantim.
O Instituto Tomie Ohtake anunciou no ultimo dia 17 os vencedores do 2º Prêmio de Design do Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin. Do total de 133 projetos inscritos de 18 estados e do Distrito Federal, três foram premiados, dois receberam menções honrosas e dez selecionados.
Voltado para estudantes universitários de todas as áreas, a proposta era relacionar o design com outros campos concernentes à Arquitetura, Biologia, Engenharia, Moda, Tecnologia e Ciências Social e sua proximidade ao tema CIRCULAR; viabilizando diálogo com diferentes especialidades, instigando soluções inovadoras capazes de responder a questões contemporâneas que discutam cenário social, político, urbano, habitacional, além de novas demandas tecnológicas, publicações, mídias digitais e novos equipamentos.
Os 15 projetos selecionados receberão R$ 5 mil cada para a execução dos protótipos que integrarão a mostra, que será aberta à visitação logo que as atividades de instituições culturais de São Paulo sejam liberadas para o público, e um catálogo exclusivo, além de cursos de design em instituições internacionais.
As inscrições para o 3ª Prêmio de Design do Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin já foram encerradas.
Premiados 2º Prêmio de Design do Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin
Binder – Resumos e Mapas Mentais (educação)
Autor Pedro Henrique Santana Castro
Orientadoras Adriana Carolinne, Renata Kalid
Universidade Salvador – UNIFACS
Imagem: Myriam Zilles, por Pixabay
Do cangaço ao skate: um possível diálogo estético (moda)
Autor Carlos Eduardo de Castro Cruz
Orientador José Augusto Marinho Silva
Faculdade Santa Marcelina – FASM
Foto: Carlos Eduardo de Castro Cruz
Remonta (moda)
Autores Bruno Alves, Gabriela Padua
Orientador Arnaldo Galhardo
ESAMC Uberlândia
Foto: Bruno Alves
Menção Honrosa
REMONTE – Estudo de abrigo efêmero emergencial (arquitetura)
Autoras Julia Lins e Silva Dutra, Maria de Castro Viana
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
Imagem: Julia Lins e Silva Dutra
Shellpod – Uma Visão Crítica da Habitação Emergencial (arquitetura)
Autor Leonardo Zanatta
Universidade de Passo Fundo – UPF
Imagem: Shellpod
Selecionados
Aplicativo Composto (web)
Autora Maria Eduarda Iranaga
Universidade Federal do Paraná – UFPR
Arrudeio (gráfico)
Autora Maria Beatriz Mendonça de Oliveira
Orientador Fernando Marinho Fernandes da Silva
Universidade Tiradentes – Unit Sergipe
Banco de Resíduos Têxteis (serviço)
Autora Brunna Gonçalves Ramos
Orientadores Claudio Pereira de Sampaio, Suzana Barreto Martins
Universidade Estadual de Londrina – UEL
Biblioteca itinerante de literatura de cordel (arquitetura)
Autor Deivisson Rafael da Silva
Orientador Adriano Tomitão Canas
Universidade Federal de Uberlândia – UFU
Espaço Nômade (arquitetura)
Autor Giovani Lemos Damasio
Universidade Estadual de Maringá – UEM
Hortas Verticais e Horizontais e Cooperativa aplicadas em conjunto habitacional popular (arquitetura)
Autora Gabriela Chiappa da Rosa
Orientador Estevan Barin
Universidade Franciscana – UFN
Luminária Ó (produto)
Autora Clara Acioli
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ)
UP LAB (arquitetura)
Autores Natália Fernanda Vieira Zoilo, Mariana Rodrigues Fozzatti, Thiago de Paula Nardelli
Orientadora Gabriela Celani
Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC-Campinas
Voluta (tecnologia)
Autora Gabriela de Sá Garay Corrêa
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
w.e.s – what eccentric specs! (produto)
Autora Helena Resende Ribas
Orientadora Dulce Albach
Universidade Federal do Paraná – UFPR
Com carta branca, a arquiteta afirma que a cumplicidade e confiança foram os dois pilares para um bom projeto, atendendo às necessidades de todos os moradores.
O apartamento de 370m² localizado na Vila Nova Conceição foi pensado para integrar todos os ambientes da área social. Dessa forma, os caixilhos foram retirados e a instalação de um único piso em cumaru reforçou a integração. No projeto da arquiteta Isabel Konder, a varanda abraça a área social com seu formato de “L”, e é dividida em três ambientes, setorizados pelo mobiliário. Próximo a adega está a sala de jantar, composta pela mesa de Jader Almeida para a Dpot, e lustre Crown, da Novo Ambiente. Sob o buffet, a tela do artista Rodrigo Bueno traz um colorido especial ao espaço.
O conceito aberto foi o partido arquitetônico da reforma, pois privilegia os espaços, favorece a interação entre as pessoas e ainda beneficia os ambientes com luz natural. De volta como tendência de decoração, o carrinho de chá de Jader Almeida para a Dpot, em uma versão moderna, serve como aparador para a o living, que contempla duas poltronas Madonna de Lionel Sasson, além da tela do artista Celso Orsini.
“Pude especificar revestimentos e acabamentos de qualidade, além de mobiliário assinado por grandes designers brasileiros.”- Isabel Konder, arquiteta.
O paisagismo da varanda, assinado por Catê Poli, fica por conta de uma parede verde, composta por espécies tropicais, como a samambaia. A Chaise Copacabana de Jacqueline Terpins é protagonista do ambiente, ao lado do pufe de cordas, do Empório Beraldini.
A sala do Home Theater pode ser integrada ou restrita, graças às portas em madeira goiabão, com acabamento em relevo, executada pela AG Movelaria. A adega para 300 garrafas também faz as vezes de divisória entre o living e a cozinha, equipada com armários da Ornare e piso de granito preto absoluto que contrasta com a bancada em Corian Branco. Receber os amigos faz parte do estilo de vida dos moradores, por isso os ambientes sociais receberam maior atenção. No entanto, conforto e modernidade não faltaram na suíte do casal, onde a rusticidade do couro que reveste a cabeceira é atenuada pelo papel de parede da Orlean.
No outro extremo da cama, o recamier da Breton com tecido da Nani Chinelatto traz elegância ao ambiente.
A parede de pedras da Colormix, traz um visual rústico ao lavabo, que tem marcenaria da Ag movelaria e pendente da Lumini.
Saiba um pouco mais sobre os principais sistemas usados no Brasil para avaliar edificações e gerar certificação Green Building.
A construção civil é um grande gerador de resíduos e emissor de gases de efeito estufa. Com o objetivo de incentivar mudanças no setor da construção civil para adequação às agendas de sustentabilidade, vários países desenvolveram sistemas de certificação ambiental para edificações. Também conhecidas como como selos verdes, as ferramentas são voltadas principalmente para questões relativas a impactos ao meio ambiente e consumo de recursos naturais.
De acordo com o Relatório Global de Status da ONU para edifícios e construção, a construção e as operações de construção representaram a maior parcela do uso final global de energia e das emissões de CO2 relacionadas à energia. Além disso, a indústria da construção contribui com uma quantidade significativa de resíduos. Embora os programas de reciclagem ajudem a reduzir o desperdício que acaba nos aterros, os resíduos de construção e demolição ainda são significativos.
Projetada pelo escritório Perkins and Will, Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oréal Brasil é o único do Rio de Janeiro a obter a certificação LEED Platinum O+M, para edifícios existentes – Operação e Manutenção.
Um dos principais benefícios alcançados ao construir edifícios verdes é a economia significativa em consumo de energia, aquecimento e refrigeração durante a vida útil do edifício. A Certificação Green Building pode ainda valorizar o valor do edifício sustentável, pois apresentam reduções significativas: despesas com resíduos; despesas de energia; despesas de água; despesas de financiamento; custos de manutenção e reparo; custo de seguro; custo de financiamento; taxa de ocupação; rent premium e valor da propriedade.
O maior desafio ao adotar estratégias de design sustentável tende a ser o custo associado à seleção de materiais e sistemas de construção que atendem aos critérios do sistema de classificação. Para compensar isso, cidades de diversos países desenvolveram códigos ou outra legislação que exigem estratégias ecológicas, com critérios de desempenho energético, podendo ou não exigir o uso de determinado sistema de classificação.
No Brasil, os sistemas mais usados para avaliar as edificações são o LEED, o Processo AQUA e os Selos Casa Azul e Procel Edificações, confira a seguir:
LEED ®
significa Liderança em Energia e Design Ambiental e é um dos principais sistemas de classificação de sustentabilidade. Embora a maioria dos projetos com certificação LEED esteja nos Estados Unidos, o programa também é bem conhecido internacionalmente. O sistema de classificação LEED começou em 1998 como um programa piloto e cresceu para certificar dezenas de milhares de projetos. No Brasil, a certificação doi lançada em 2007.
Os projetos que buscam a certificação LEED são analisados por oito dimensões. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações) que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum.
Processo Aqua
Alta Qualidade Ambiental é definida como sendo um processo de gestão de projeto visando obter a qualidade ambiental de um empreendimento novo ou envolvendo uma reabilitação.O Processo AQUA avalia o desempenho ambiental de uma construção por sua natureza arquitetônica e técnica, bem como pela gestão. Estrutura-se em dois instrumentos principais: o Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) e o referencial de Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). Na visão deste selo, a gestão da edificação, permite definir as vertentes de projeto que irão atingir e manter os níveis de qualidade ambiental.
Na metodologia do AQUA verifica-se catorze categorias, ou conjuntos de preocupações, que são agrupadas em quatro famílias.As fases analisadas são a do programa de necessidades, a de projeto e a de construção. Os níveis que uma edificação pode obter pelo Processo AQUA são relacionados à Qualidade Ambiental do Edifício. O desempenho associado pode ser Bom, Superior ou Excelente. São emitidos 6 tipos de certificação: Edifícios Habitacionais; Escritórios e Edifícios Escolares; Renovação; Hospedagem, Lazer, Bem Estar, Eventos e Cultura; Bairros e Loteamentos.
Selo Casa Azul
Classificação socioambiental destinado a propostas de empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. São elegíveis projetos novos em fase de análise ou já analisados e contratados, desde que a obra ainda não tenha sido iniciada. Caso o projeto atenda aos critérios exigidos, o proponente recebe o certificado de concessão do Selo Casa Azul + CAIXA no nível alcançado no ato da contratação e a Caixa verificará durante o acompanhamento da obra se o empreendimento será executado conforme o projeto certificado.
O Selo Casa Azul foi o primeiro sistema de certificação criado para a realidade da construção habitacional brasileira. Foi desenvolvido em 2008 por uma equipe multidisciplinar em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade Estadual de Campinas.
Selo Procel Edificações
Tem por objetivo principal identificar as edificações que apresentem as melhores classificações de eficiência energética em uma dada categoria, motivando o mercado consumidor a adquirir e utilizar imóveis mais eficientes. Este é um setor de extrema importância no mercado de energia elétrica, representando cerca de 50% do consumo de eletricidade do país.
Nos edifícios comerciais, de serviços e públicos são avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. Nas Unidades Habitacionais são avaliados: a envoltória e o sistema de aquecimento de água. O Selo Procel Edificações é outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construída.
Fonte: ARQ+ Smart Construction
Imagens
Capa: Projeto de Manoel Coelho Arquitetura e Design – Colégio Positivo Internacional, Primeiro edifício de ensino no Brasil a receber a certificação ambiental LEED. Fotografia de Nelson Kon.
Matéria: Divulgação.
Conheça diferentes softwares que permitem gerar informações sobre uso de energia e desempenho térmico durante as fases de projeto.
Eficiência energética é foco de grandes debates no mundo corporativo. Sua importância vai muito além da busca por redução de custos e aumento na produtividade. Sustentabilidade e impacto mínimo ambiental são fatores que direcionam a produção atual de projetos e estratégias de negócios. As ferramentas a seguir permitem que os arquitetos avaliem como determinadas mudanças no projeto afetarão o desempenho energético e o conforto térmico do empreendimento/obra.
Ferramentas de modelagem de fluxo energético
1. EnergyPlus
O EnergyPlus é um programa completo de simulação de energia em edifícios que permite aos usuários modelar o consumo de energia e o uso da água. É um programa simples de entrada e saída de dados, mas há várias interfaces gráficas de usuário que facilitam o uso. O projeto é financiado pelo Departamento de Energia dos EUA. https://energyplus.net/
2. eQuest
O eQuest é uma das ferramentas de simulação de energia mais populares usadas nas fases iniciais de projeto. O nome é uma abreviação de QUick Energy Simulation Tool, e é apenas isso – uma forma muito rápida para executar simulações de energia. O software foi desenvolvido por James J. Hirsch & Associates, com financiamento do Departamento de Energia dos EUA. http://doe2.com/equest/
3. Green Building Studio da Autodesk
Neste artigo você encontrará uma lista com diferentes softwares que permitem gerar informações sobre uso de energia ou desempenho térmico durante as fases de projeto. https://gbs.autodesk.com/GBS/
4. OpenStudio
O Open Studio é uma coleção de ferramentas de software de código aberto para suportar a modelagem de energia de todo o edifício usando o EnergyPlus e a análise avançada da luz do dia usando o Radiance. O projeto foi desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Energia Renovável, que faz parte do Departamento de Energia dos EUA. https://www.openstudio.net/
5. EcoDesigner STAR
Uma extensão ARCHICAD que disponibiliza um fluxo de trabalho completo do BIM (Building Information Model) para BEM (Building Energy Model). Permite aos arquitetos utilizar os benefícios de simulação de desempenho energético dos edifícios de alto nível e de “reporting” sem abandonar o ARCHICAD. https://graphisoft.com/es/downloads/ecodesigner
Ferramentas de medição de conforto térmico
1. CBE Thermal Comfort Toll for ASHRAE 55
O Berkeley Center for the Built Environment fornece essa ferramenta web para verificar a conformidade com o ASHRAE 55, o padrão para determinar o conforto humano. http://comfort.cbe.berkeley.edu/