EBOOK – Innovation Intelligence: Corporate Startup Innovation

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Faça download do livro sobre inovação corporativa, de autoria do parceiro do CTE no Vale do Silício, Luiz Neto.

 

 

Luiz Neto trabalha com Open Innovation para multinacionais no Vale do Silício, o berço global da inovação, onde há anos vem entregando com sucesso projetos de transformação cultural, conexões de ecossistemas e auxiliando no processo de estruturação de Corporate Venture Capital. Esses projetos permitiram que ele testasse, avaliasse e implementasse diversas ferramentas e estruturas de inovação com startups.

Este livro trata em profundidade de tópicos de inovação corporativa com startups.

 

O livro esta com download gratuito por tempo LIMITADO, até o dia 24 de abril!

Link de acesso: https://www.amazon.com.br/dp/B0932CB3DV

 

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Estar em POUSO

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Respeitando e otimizando as características originais do terreno, projeto prima por decisões inteligentes que minimizam impactos ambientais

 

A fim de valorizar a topografia e a vista que o terreno em declive proporcionava, a Casa Cigarra, com 782 m2, idealizada pelo escritório FGMF, é dividida em dois níveis bastante contrastantes, em materialidade e volumetria. O projeto para esta casa de veraneio localizada em Porto Feliz, São Paulo, adota uma estratégia de inversão: o nível inferior, em que se encontram a ala íntima, garagem e parte dos serviços, é denso, totalmente revestido de placas de concreto aparente de diferentes formatos, com abertutas precisas que se relacionam com a mata aos fundos do terreno, resguardando privacidade; já o nível superior, por onde se dá a chegada do pedestre e que abriga sala, jantar e cozinha, é composto por dois volumes realizados em estrutura metálica, leves e extremamente envidraçados, que como uma ponte, apoiada no sólido nível inferior, se estende em direção a vegetação de fundo, recurso que expande a casa em relação a “base” e abre um espaço plano maior para piscina e atividades externas.

O efeito volumétrico destaca ainda mais a materialidade da construção, enfatizando a relação funcional entre os espaços. As áreas íntimas são mais reservadas, enquanto as sociais são generosamente abertas para a paisagem e para o pátio elevado, formado pela laje de cobertura do bloco inferior. A residência integra grandes áreas de ventilação cruzada, aquecimento solar, reúso de água de chuva, painéis verdes, brises para insolação nas áreas envidraçadas e orientação solar dos quartos, para melhor desempenho térmico e minimização do uso de ar condicionado.

“Usamos elementos que estão ai há muito tempo e buscamos uma construção que respeitasse o meio ambiente, insistindo em compreender os materiais e suas tecnologias, além da questão plástica, mas seus desempenhos. Todos os projetos precisam nascer sustentáveis, precisam ser pensados de maneira completa desde o início. Mais interessante do que ter a lâmpada que gaste menos é não precisar passar o dia inteiro com a luz acessa porque a casa é escura.” – FGMF

Conquistando o 1° lugar no Global Future Design Awards 2020, na categoria Casa Construída, e o Prémio Lusófono de Arquitetura e Design de Interiores, na categoria Arquitetura Habitação – Vivendas individuais (Bronze Medal), a Casa Cigarra causou baixo impacto de movimentação de terra graças à estratégia de inversão – ala íntima embaixo e ala social em cima. É na implantação cuidadosa e contraste entre volumes que se encontra a investigação de setorização, embasamento e relações do objeto com a topografia.

Da MCC, a estrutura metálica envidraçada com brises em aço patinado contrasta com a sobriedade do revestimento em concreto do pavimento inferior.

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O pavilhão superior se apoia no andar inferior, com implantação inclinada, em balanço em relação ao seu apoio. Os arquitetos buscaram dualidade e contraste para enfatizar a relação funcional de volumes e espaços.

O nível inferior, de formato regular planejado em placas de concreto pré moldadas da Breton, funciona como uma espécie de “bandeja” para a vida social mais intensa no nível superior. A piscina revestida em pedras Palimanan e o espelho d’água se encontram dentro dessa “base”, que por sua vez é furada em determinado trecho para ventilação e iluminação da distribuição inferior.

 

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Protegendo os volume envidraçados, lâminas de aço corten criam um brise irregular que os envolve e filtra a insolação, melhorando o desempenho térmico e minimização o uso de ar condicionado. Painéis verdes criados por Raul Pereira incrustados nas estruturas metálicas também têm papel importante na fachada principal.

O volume superior, por onde se dá a chegada do pedestre, funciona como uma ponte para quem chega à área social e se “arremessa” em direção a densa vegetação de fundo. 50% da construção foi realizada com estrutura metálica e elementos secos.

 

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Por Redação
Imagens: Pedro Mascaro e divulgação

1º Comitê Científico de Pesquisa e Inovação em Finanças Verdes do Brasil

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Fomentado pelo Ministério das Relações Exteriores e de Desenvolvimento do Reino Unido, projeto envolve o uso de conhecimento científico para subsidiar indicações de investimento em infraestrutura sustentável

 

WayCarbon, consultoria brasileira especializada em soluções para economia de baixo carbono e a maior consultoria estratégica com foco exclusivo em sustentabilidade e mudança do clima na América Latina, anuncia parceria com o Ministério das Relações Exteriores e de Desenvolvimento do Reino Unido para coordenar o primeiro Comitê Científico de Pesquisa e Inovação em Finanças Verdes do Brasil.

A iniciativa recebe aporte do Green Finance Programme do UK-Brazil Prosperity Programme, portfólio de programas financiados com recursos do governo do Reino Unido, focados na promoção de crescimento econômico inclusivo e na redução da pobreza. Este debate é particularmente importante em 2021, quando o Reino Unido sediará a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-26) em novembro, em Glasgow, em que a mobilização de compromissos financeiros dos setores público e privado será central nas negociações para tirar o Acordo de Paris do papel.

 

UK-Brazil Prosperity Programme Brazil

Alinhado ao 17º ODS (Objetivo do Desenvolvimento Sustentável) da ONU, “Parcerias e meios de implementação”, o portfólio brasileiro se concentra em oito linhas temáticas, como finanças sustentáveis, infraestrutura, mudança do clima, gênero e desenvolvimento social.

A parceria entre a WayCarbon e o governo britânico viabilizará o fornecimento de insumos de base científica para pautar o processo de tomada de decisão ao longo do desenvolvimento do programa de finanças verdes, fomentando a inovação e oferecendo uma perspectiva crítica sobre as metodologias e expectativas estabelecidas.

O comitê é atualmente integrado por Annelise Vendramini, especialista em finanças sustentáveis e Coordenadora do Programa de Pesquisa Finanças Sustentáveis no FGVces, da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Nobre, professor e cientista da mudança do clima, com vasta experiência na pesquisa de impactos da mudança do clima sobre a Amazônia, Clarisse Simonek, que atua há mais de 10 anos no mercado de investimentos responsáveis e em grandes universidades, Felipe Bittencourt, CEO da WayCarbon e especialista em mudanças climáticas, energias renováveis e mercados de carbono, Marisa Cesar, especialista em gênero e desenvolvimento social, saneamento e energia, e Viviane Torinelli, especialista em finanças sustentáveis, e co-fundadora da BRASFI, Aliança Brasileira de Pesquisa em Finanças e Investimentos Sustentáveis.

 

Mercado de títulos verdes requer olhar sistêmico

O mercado de finanças sustentáveis chegou, ainda em 2020, a um marco histórico de US$ 1 tri em emissões globais acumuladas de títulos, segundo a Climate Bonds Initiative. Desde o início desse mercado, a partir da emissão do European Investment Bank (EIB) em 2007, instrumentos verdes foram emitidos em 67 países e diversas instituições supranacionais. Para se ter uma ideia, em 2020, foram emitidos mais de US$ 222.8 bi, apesar e por conta dos impactos da COVID-19.

No Brasil, um player chave para as emissões de títulos de dívida temáticos por conta de suas competências em recursos naturais, os green bonds já somam mais de R$10 bi, além de emissões brasileiras em mercados internacionais, que somam US$ 5 bi. Para gerir esses ativos, Viviane Torinelli aponta a necessidade de suprir a lacuna de experts no tema, que vai demandar dos profissionais de finanças uma visão sistêmica sobre desenvolvimento sustentável que os faça “ir além do binômio risco e retorno, agregando o fator ESG como terceiro vetor de viabilidade para mensurar os impactos dos investimentos na sociedade”

O crescimento exponencial das emissões de títulos de dívida temáticos já configura uma macrotendência no mercado, cada vez mais atento à análise de risco climático, como relembra Annelise Vendramini, “há mais de 2,5 milhões de índices financeiros ativos hoje no mundo e os que mais crescem estão atrelados às questões ambientais, sociais e de governança”.

Além dos riscos no âmbito climático, indicadores sociais como a intensificação das populações urbanas e a disparidade social têm ganhado relevância na tomada de decisão dos investidores, como analisa Clarisse Simonek. “Quando eu comecei há 10 anos, perguntávamos como as empresas lidavam com questões como o desperdício de água, por exemplo, hoje o que o investidor ESG real busca é pessoas no board que saibam como essas macrotendências afetarão seu modelo de negócios no futuro. A previsão de riscos está em primeiro lugar quando pensamos num futuro de escassez de recursos e mudanças climáticas”. Outro fator importante para os investimentos ESG deverá ser o viés de justiça de gênero, considerando o impacto da disparidade na qualidade de vida das famílias brasileiras.

“Hoje, 735 mil brasileiras não conseguem trabalhar por falta de saneamento, pois precisam cuidar da família que adoece em decorrência desse problema de infraestrutura. Cada US$ 1 investido em saneamento retorna US$4 de economia em saúde. Se houver investimento em saneamento, conseguiremos melhorar a qualidade de vida das mulheres e consequentemente melhor preparo para o mercado de trabalho” – Marisa César.

Em relação à infraestrutura, Felipe Bittencourt destaca também o investimento no setor de energia. “Em 2019, 83% da eletricidade foi gerada por meio de fontes renováveis, sendo 64% advindas de hidroelétricas e 19% de fontes eólicas, solares e de biomassa. Além disso, etanol e biodiesel corresponderam a 46% do consumo de combustíveis, em sintonia com a tendência de novos mercados pautados em produtos de baixa emissão. O Brasil tem urgência de converter seu potencial de liderança na bioeconomia para um diferencial competitivo no mercado. Acreditamos que, tão importante quanto avançarmos na temática dos títulos verdes é desenvolvermos uma plataforma que organize nossas atividades e chame a atenção do mundo para o que estamos fazendo por aqui”, afirma.

Em defesa da prosperidade com a floresta em pé, Carlos Nobre adianta a ideia de estruturar um hub de inovação na Amazônia, por meio de investimentos público e privado, para estimular o desenvolvimento do empreendedorismo e a capacitação local.

“Os recursos destinados hoje à pesquisa e desenvolvimento na Amazônia, se pegarmos o INPA, por exemplo, que recebe US$ 10 mi, são absolutamente desprezíveis. Seria ideal criar um hub de excelência na Amazônia para desenvolvimento do saber local, a exemplo da contribuição do ITA para a indústria aeronáutica. O país precisa de um agente de excelência em C&T, além do desenvolvimento de parques tecnológicos por lá que se baseiem tanto na bioeconomia, quanto nos saberes dos povos indígenas, algo extremamente disruptivo, sem comparativo no mundo” – Carlos Nobre

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: BRSA
Imagem: Climate Bonds Initiative

 

Sobre as águas

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Biblioteca flutuante une construção sustentável e educação ambiental

 

Flutuando sobre o Lago Mamori, na floresta amazônica, uma nova proposta de construção ecológica e socialmente inclusiva começa a ganhar forma. Trata-se da Biblioteca Comunitária Flutuante do Mamori, com cerca de 35 m², desenhada por Marko Brajovic em parceria com a bióloga e biomimetista Alessandra Araújo, com o designer Nacho Marti e com toda a comunidade local. “Com infraestrutura leve e simples, porém eficaz, o projeto funcionará como referência e aprendizado para a construção sustentável e educação ambiental. Ele apresenta um protótipo de arquitetura experimental, com uso de materiais locais e reciclados”, afirma Marko.

Como destaque de reaproveitamento, a cobertura da biblioteca será composta por telhas feitas a partir de garrafas PET recicladas. Além de ser uma solução sustentável, foi uma escolha pensada para resistir ao clima da região, com chuvas constantes e ventos fortes, que não permitem o uso de recursos tradicionais no teto. Para a estrutura, que deveria acompanhar o subir e descer da água, peças de madeira sobrepostas e parafusadas criam um sistema leve e eficiente.

O projeto propõe um processo colaborativo com a comunidade do Lago Mamori, na Amazônia legal, envolvendo construção sustentável e educação” – Marko Brajovic

Projetada para atender a população de quase 2.200 habitantes que vive à margem do Lago Mamori, a Biblioteca Flutuante contará com um acervo voltado à preservação cultural e natural, ecologia, tratamento de resíduos sólidos e reciclagem. Sua arquitetura foi pensada para se mimetizar com a paisagem.

 

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Com arquitetura orgânica e vernacular, a biblioteca contará com dois acessos. Sem vidros, as portas receberão apenas telas mosquiteiras. Construída essencialmente com materiais locais e reciclados, conta com teto de telhas de garrafas PET.

Em seu interior, a biblioteca contará com uma mesa para até oito pessoas, no centro, estantes para abrigar os livros e esteiras, no chão, para os pequenos. A estrutura foi projetada para comportar até quatro toneladas, mas a ideia é que apenas dez pessoas a utilizem simultaneamente.

 

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Depois de grandes pesquisas e experimentações em design e arquitetura com um forte relacionamento com a comunidade local, o Atelie Marko Brajovic apontou que muitos problemas locais estão diretamente relacionados à tecnologias e materiais de construção industrializados. Por isso, para a Biblioteca Flutuante, voltaram os olhos para técnicas e materiais locais, respeitando a comunidade.

Para que o sistema ficasse leve e se adaptasse às mudanças da água, que tem uma maré que sobe por volta de 8 a 10 metros por ano, o arco superior da biblioteca foi construído com uma técnica que Leonardo da Vinci utilizava na construções de pontes, com peças de madeira sobrepostas e parafusadas.

Envolver a comunidade local em todo o processo construtivo foi uma das preocupações do Atelie Marko Brajovic. Ainda em andamento, a previsão é que a biblioteca seja concluída no início de 2021.

 

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A Biblioteca Flutuante conta com uma estrutura de madeira, leve e em formato de arco, que é recoberta por um teto de telhas de garrafa PET. Internamente, o espaço foi pensado para comportar até dez pessoas.

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Por Marcela Millan
Imagens: Atelier Marko Brajovic

 

Acesso RESPONSÁVEL

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Gestão dos recursos hídricos com foco em sustentabilidade e melhoria de uso da água são imprescindíveis para ecossistema saudável.

 

Há vinte anos atrás, em 8 de janeiro de 1997, foi sancionada a Lei nº 9.433, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), mudando para sempre o paradigma dos recursos hídricos no país. Em 1998, foi instalado o Conselho Nacional de Recursos Hídricos na função de estabelecer diretrizes complementares à implementação da política e a gestão nela previstos.

Uma vez que a União e os estados, cada um em suas respectivas esferas, têm o dever de implementar o Singreh, legislar sobre as águas e organizar um sistema de administração de recursos hídricos que atenda às necessidades regionais; o governo, a sociedade civil organizada e os usuários da água atuam em conjunto na definição de políticas acerca dos recursos hídricos. Segundo a Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos Hídricos tem seis fundamentos e prevê que a gestão dos recursos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, de forma descentralizada e participativa, contando com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

Também determina que, em situações de escassez, o uso prioritário da água é para o consumo humano e para a dessedentação de animais e que a bacia hidrográfica é a unidade de atuação do Singreh e de implementação da PNRH. Pela lei, não existem águas particulares ou privadas com domínio ligado à propriedade da terra. E também não existem recursos hídricos de domínio dos municípios. Todas as águas pertencem à União e aos estados.
Para apresentar as definições internacionalmente acordadas sobre esse tema, o Grupo Assessor do Sistema ONU no Brasil lançou em março de 2018, em Brasília, o glossário de termos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – Água potável e saneamento.

“A conscientização e a educação são as principais ferramentas para superar barreiras sociais, culturais e de consumidores. Em um mundo onde as demandas de água doce estão crescendo continuamente e onde os recursos hídricos limitados são cada vez mais desgastados por excesso de captação, poluição e mudanças climáticas, negligenciar as oportunidades decorrentes da gestão melhorada de águas residuais é nada menos que impensável”, diz o relatório oficial das Nações Unidas.

A água potável limpa e segura é vital para a sobrevivência de todos os organismos vivos e para o funcionamento dos ecossistemas, comunidades e economias. O uso ineficiente, a degradação da água pela poluição, a superexploração das reservas de águas subterrâneas, atividades agrícolas e industriais que se expandem cada vez mais à medida que as populações humanas crescem e as mudanças climáticas já alteraram o ciclo hidrológico global. Se as tendências atuais persistirem a qualidade da água continuará a se degradar ameaçando a saúde humana e ecossistemas, contribuindo para a escassez de água e restringindo o desenvolvimento econômico sustentável.

 

ONU

Cerca de 12% de toda a água doce do planeta encontra-se em território brasileiro. Ao todo, são 200 mil microbacias espalhadas em 12 regiões hidrográficas, como as bacias do São Francisco, do Paraná e a Amazônica. É um enorme potencial hídrico, capaz de prover um volume de água por pessoa 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m³/s por habitante por ano. Apesar da abundância, os recursos hídricos brasileiros não são inesgotáveis e o acesso à água não é igual para todos. As características geográficas de cada região e as mudanças de vazão dos rios, que ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano, afetam a distribuição.

No Brasil, independentemente da grande disponibilidade hídrica, a distribuição é irregular e desigual. O acesso ao saneamento básico por exemplo, segundo o Instituto Trata Brasil, contribui para a saúde da população e proteção dos recursos hídricos, uma vez que os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos reduz perdas e mau uso de água. Um estudo realizado pelo Instituto, aponta que o país atende somente 50,3% da população com rede coletora de esgoto e, desse total, trata apenas 42,67%; e revela ainda que 37 % da água tratada no Brasil é simplesmente perdida no processo de distribuição, em parte por vazamentos nos canos e tubulações, enquanto que uma quantidade considerável se perde por ligações ilegais.

Aqui, há uma oportunidade de ação para a construção civil, que cada vez mais vem incorporando aos seus empreendimentos operações ecoeficientes, como a instalação de reservatórios extras para a captação pluvial e o reúso de água. A redução do consumo e a aplicação de soluções inteligentes para instalações hidráulicas pode começar ainda na fase de projeto e definição do produto – com técnicas da chamada construção seca, por exemplo – e seguir até a etapa de especificação de equipamentos e implantação de sistemas que permitam o uso racional pelo cliente final.

Além dos sistemas de reúso, dentre as soluções existentes e mais comuns estão os sistemas de individualização dos registros de água, captação de chuva, válvulas de descarga com duplo fluxo, bacias sanitárias com caixa acoplada e instalação de arejadores para torneiras e de restritores de vazão. Na intenção de orientar o setor sobre o tema no estado de São Paulo, o Sinduscon/SP participou, em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Agência Nacional de Águas (ANA – entidade responsável pela elaboração e implementação de planos de recursos hídricos em bacias hidrográficas de domínio federal e oferecer apoio técnico para elaboração desses planos em outras esferas), da elaboração do Manual de conservação e reúso da água em edificações e o documento, publicado em 2005, está sendo relançado com atualizações.

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a década 2018-2028 como a Década Internacional para Ação, Água para o Desenvolvimento Sustentável, que começou no Dia Mundial da Água, em 22 de março de 2018, e termina no Dia Mundial da Água, em 22 de março de 2028. Há uma necessidade urgente para a comunidade global – setores público e privado – de unir-se para assumir o desafio de proteger e melhorar a qualidade da água nos nossos rios, lagos, aquíferos e torneiras. Assim como a consciência individual de todos aqueles que se beneficiam pelo uso racional da água.

Produtos e programas economizadores de água vem sendo desenvolvidos em prol de um consumo mais razoável e grandes marcas levantam a bandeira, como é o caso da Deca. A empresa lançou o Programa Deca ProÁgua em julho de 2013, auxiliando na gestão consciente da água como por exemplo o diagnóstico hídrico de edificações, apontando quais produtos e locais de maior consumo de água e possíveis vazamentos.

 

“O aspecto mais importante que o profissional deve considerar é o de projetar e especificar produtos de acordo com o perfil de usuário e local em que o ambiente está inserido. Além disso, considerar sempre os princípios de sustentabilidade no projeto e levar em consideração a infraestrutura adequada a cada tipologia de produto escolhido”, orienta Fernanda Daya, gerente de marketing da Deca.

 

 

 

Por Redação

Imagem: Divulgação

 

A BW Expo, Summit e Digital 2020: Waste-to-Energy

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A BW Expo, Summit e Digital 2020 apresentou soluções para contribuir com a preservação ambiental e elevou o debate sobre sustentabilidade

 

A BW Expo, Summit e Digital 2020 reuniu, nos dias 17/18/19 de novembro, em ambiente virtual, uma rede de especialistas, profissionais, empresas e representantes de entidades setoriais que atuam diretamente no fornecimento de tecnologias e soluções que reduzem o impacto da construção civil ao meio ambiente. O evento de tecnologias voltadas à sustentabilidade realizou atividades interativas, transmissão ao vivo dos eventos de conteúdo e ações de Relacionamento e de Negócios, compartilhando conhecimentos e ampliando conexões. 

Realizado pela Sobratema, a programação teve mais de 100 horas de conteúdo e contou com a participação de destacados especialistas do Brasil, das Américas, da Europa e da Ásia, além do vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, do Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, do Senador Major Olímpio, e do secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido.

A alta qualificação dos palestrantes, a abrangência e a riqueza no qual os temas foram tratados e a relevância dos assuntos propostos foram os principais destaques da programação, ofertada em múltiplas formas e simultaneamente no Palco BW e no Universo BW, abrangendo nove Núcleos Temáticos: Agronegócio Sustentável, Conservação de Recursos Hídricos, Construção Sustentável, Economia Circular, Reciclagem de Resíduos na Construção, Resíduos Sólidos, Transformação Energética – Hidrogênio, Valorização de Áreas Degradadas e Waste-to-Energy. 

 

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BW Expo, Summit e Digital 2020 contou com mais de 100 horas de conteúdo altamente qualificado.

 

A Casa e Mercado participou do evento disponibilizando em ambiente exclusivo algumas de suas edições mais recentes na íntegra, em formato digital, além de vídeos sobre projetos, artigos e matérias especiais com foco em sustentabilidade e tecnologia. Aqui, a CM destaca alguns temas de relevância tratados na programação. Confira o que rolou sobre Waste-to-Energy!

 

 

Waste-to-Energy

O Núcleo Waste-to-Energy esteve em evidência na programação e mostrou a importância desse setor para a conservação do meio ambiente. O curador Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), ministrou a palestra Saneamento Energético no Brasil: panorama mundial e brasileiro do WTE, no qual reforçou que o Brasil precisa subir a hierarquia da gestão de resíduos sólidos, buscando a reciclagem, a digestão anaeróbia, a compostagem e o tratamento térmico. A grande disponibilidade de recursos somada a capacitação técnica nacional possibilita instalar usinas que favorecerão a geração de emprego e renda. No quesito viabilidade econômica é preciso identificar bem as receitas, ter uma tecnologia comprovadamente testada, garantir a entrega de insumos no longo prazo e buscar uma taxa de retorno equilibrada.

Patrícia Donaine, membro do Grupo de Experts do WtERT Brasil, salientou como os impactos e prejuízos ambientais são incalculáveis e que diversos elementos químicos correm risco de escassez nos próximos 100 menos, o que significa que a busca por uma eficiência melhorada não resolve o problema, é necessária uma mudança completa no sistema, no qual a cultura de consumo e descarte deve passar a ser consumo regenerativo. Nesse sentido, Patrícia se referiu a implantação da economia circular, cuja a premissa é o lixo zero, onde os resíduos deixam de existir, há uma transformação no design do produto e questionamentos sobre os insumos e sua durabilidade. 

Daniel Sindicic, CEO do Grupo LARA, apresentou um dos maiores projetos de usinas de waste-to-energy do mundo, a Usina de Recuperação Energética Mauá, instalada em uma área de 90 mil m², cuja capacidade será de processar 3 mil toneladas de resíduos e gerar até 80 MW de energia. Uma das conquistas da usina é que o fornecimento de componentes, equipamentos e materiais é cerca de 90% nacional. A usina não interfere nas atividades de reciclagem e programas ambientais.

“Hoje, 48% da população reside em uma das 28 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes. Isso representa um potencial de tratar 97 mil toneladas por dia de resíduo sólido urbano via usinas waste-to-energy (WTE). á nos 35 municípios com mais de 600 mil habitantes, o potencial é de 60,5 mil toneladas/dia”. Esse tratamento resultaria em uma geração de energia de 18,9 TWh por ano nas 28 regiões metropolitanas e 11,75 TWh por ano nos 35 municípios. “Com isso, seria possível chegar a 5% da demanda nacional da energia.” – Yuri Schmitke, presidente da Abren

Trazendo detalhes sobre o financiamento de usinas WTE, Humberto Bizerril Gargiulo, sócio e fundador da Upside Finance, que ressaltou alguns desafios na área e sugeriu a criação de um mercado livre de baixa tensão, que pode ser enquadrado como projeto prioritário, usufruindo de benefícios fiscais. Segundo ele, cenário mercadológico representa outro risco porque ainda é preciso elaborar um marco regulatório com regras mais claras, que garantam 100% de entrega do lixo à usina WTE e a desativação dos lixões e aterros sanitários junto com o cancelamento gradual de suas licenças ambientais. 

O licenciamento ambiental em usinas de recuperação energética também foi tema em pauta. José Mateus Bichara, diretor técnico da Atmosplan Engenharia e Consultoria Ambiental elucidou que a primeira licença (licença prévia – LP) é a mais importante, tendo em vista suas características gerais e por demonstrar a viabilidade ambiental do empreendimento, aprovando sua concepção e sua localização, dentre outros aspectos envolvidos, além de verificar aspectos operacionais e a eficiência dos sistemas. 

 

 

 

Gasto ZERO

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Edifício corporativo é autossuficiente em água e energia.

 

Em busca de um projeto corporativo saudável e sustentável, o arquiteto Gonzalo Serra valeu-se de diversas tecnologias para a concepção da sede da RAC Engenharia, localizada em Curitiba (PR). A empresa, com cerca de 30 funcionário – divididos em setor administrativo, engenharia, finanças e diretoria – contou com uma edificação de 836 m² que recebeu o selo LEED Platinum, com 97 pontos – a maior pontuação da América Latina. “A sede é o primeiro edifício corporativo NET Zero Água e Energia do Brasil. Isto é, toda a energia elétrica é gerada por placas fotovoltaicas implantadas na cobertura do edifício, atendendo a 100% dos equipamentos do escritório. Além disso, as águas pluviais e esgoto são tratados in loco, fazendo que o sistema hídrico funcione em um ciclo fechado, desconectado da rede de água convencional”, aponta Gonzalo Serra.

Autossuficiente em água e energia, a edificação é um ícone quando se fala de construção sustentável. Para se ter uma ideia, anualmente são gerados mais de 26 mil kW em energia, através de painéis fotovoltaicos que atendem a todas as demandas do espaço. “Algumas medidas também foram tomadas para reduzir o consumo de energia do edifício, como o uso de luz natural, de lâmpadas LED e a instalação de sensores fotométricos e de presença, além de um ar-condicionado super eficiente, que atua de acordo com a real carga térmica necessária em determinado momento”, explica o profissional. A água, por sua vez, é captada da chuva e resguardada em um reservatório de 5 mil litros para, depois, ser filtrada. A sede conta ainda com o próprio sistema de tratamento de esgoto.

 

“Todo o processo de projeto englobou um trabalho sinérgico de profissionais que conceberam um objeto construído inovador e de alto desempenho, através de simulações de computador e sua e posterior aplicação real dos melhores resultados” – Gonzalo Serra.

 

Concebido para que usufruísse do que há de melhor no mercado de sustentabilidade e conforto na construção civil, o projeto de Gonzalo Serra recebeu o LEED Platinum, com a maior pontuação da América Latina.

A sede da construtora ganhou estrutura de concreto aparente, em uma estética industrial. Na fachada de acesso, brises verticais foram instalados para controlar a incidência do sol nascente, especialmente no verão. 

Na fachada posterior, brises vegetais caducos permitem o controle da incidência solar. Gonzalo Serra optou pela folhagem de espécie ‘falsa-vinha’ que, ao crescer, tomará toda a estrutura. E escolha se deu porque a espécie se adapta às estações do ano, permitindo, através da podagem, controlar a densidade da planta e regular o conforto visual e térmico.

 

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Na recepção, o concreto se destaca, trazendo a estética da fachada para o interior do projeto. Ao fundo, o vidro acidato serve para conferir privacidade para a sala de reunião, mas sem abrir mão da luz natural indireta. O painel de madeira (Ambi Brasil), perfurado, auxilia no conforto acústico.

Para permitir um ambiente saudável para quem trabalha, a edificação contou com pátios descobertos, para os momentos de descompressão e lazer. O paisagismo e mobiliário de madeira trazem a natureza para mais perto.

Internamento, os ambientes prezam pela integração, criando uma permeabilidade visual e física. Como a solução gera grandes vazios, nuvens de forro acústico de gesso perfurado amenizam as reverberações e eco. Além delas, revestimentos de parede madeirados canaletados e grandes panos de tecido absortivo complementam o projeto. As mesas são da Cequipel e o ar condicionado Daikin mantém a temperatura agradável. 

 

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Detalhe da fachada em concreto, com placas fotovoltaicas (Canadian) responsáveis pela geração total de energia utilizada no edifício. O material, além de trazer a estética desejada, auxiliou no conforto termoacústico da construção.

O edifício se divide em um subsolo com estacionamento, térreo com área administrativa e serviço, mezanino de engenharia e um terceiro pavimento, para a diretoria e gerência. A construção conta ainda com um sistema próprio de captação e tratamento de água da chuva e esgoto.

 

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Por Marcela Milan
Imagens: Albufeira

Pegada de CARBONO, redução de impactos.

pegada de carbono

Saiba mais sobre a pegada de carbono na construção civil e como reduzi-la.

 

A construção civil é uma das áreas que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa, sendo praticamente protagonista no problema atual da pegada de carbono. A pegada de carbono é uma metodologia utilizada para calcular a emissão de gases do efeito estufa (GEE). Todos os gases nocivos ao planeta são convertidos em carbono equivalente. Os principais gases considerados para o cálculo são:

CO2 – Dióxido de Carbono: queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, transporte.

CH4 – Metano: agricultura, aterros sanitários e lixões.

N2O – Óxido Nitroso: combustão em carros, manutenção de solos agrícolas.

HFC – hidrofluorocarboneto: ar condicionado, refrigeração, retardadores de chamas, aerossóis e solventes.

PFC – perfluorocarbonetos: produção de alumínio.

SF6 – hexafluoreto de enxofre: equipamentos de eletricidade e energia.

 

Cada um desses gases possui um potencial diferente para aquecer a atmosfera. O Óxido Nitroso (N2O), por exemplo, é 310 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono. Isso significa que cada Kg de N2O equivale a 310 Kg de CO2. Dessa forma, utiliza-se o carbono como medida de grandeza para contabilizar esses gases.

O impacto ambiental causado por tais substâncias tem ganhado espaço na sociedade e na mídia. Diversos países se reúnem para discutir estratégias de redução de emissão de gases e assinam acordos de investimentos e comprometimento, como por exemplo o Acordo de Paris. 195 países assinaram o tratado mundial que objetiva conter o aquecimento global durante a COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015), em Paris. As medidas e metas do tratado passaram a valer no ano passado (2020), cada país dentro de seu contexto de crescimento populacional e econômico.

Hoje, o Brasil ocupa o 15º lugar na classificação mundial de quantidade de emissões de CO2 por consumo de energia. Muitas indústrias vêm atuando na redução da pegada de carbono. Contudo, ainda contam com baixos resultados, atingindo somente 10% nas reduções. A meta brasileira corresponde a uma redução de 66% na emissão de gases do efeito estufa por unidade do PIB até 2025 e de 75% até 2030. Ambas em relação a 2005.

 

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Esquema de pegada de carbono por estado brasileiro. (2018)

 

Como a pegada de carbono é contabilizada

Diversas atividades do nosso cotidiano envolvem a emissão de gases poluentes. Boa parte dos alimentos que compramos chegou até o mercado pelo transporte de caminhões. Antes disso, ocupou terras de plantio ou de pasto. Tanto os caminhões quanto o desmatamento para agricultura e pecuária são atividades que aumentam os níveis de carbono na atmosfera. Para fazer a conta desses níveis é possível utilizar dois métodos: o ‘top down’ ou o ‘botton up’.

 

‘Top Down’:

Emissões totais ÷ Emissões = Atividades Geradoras.

De cima para baixo, divide o total de emissões de uma entidade (organização, cidade, país…) pelas suas atividades.

‘Bottom Up’:

Atividades Geradoras ÷ Emissões = Emissões totais

Nesse caso são somadas as emissões de carbono de cada uma das atividades individuais.

 

A quantificação da emissão de carbono é necessária para contabilizar reduções e seu possível valor de comercialização. Sim, o carbono pode ser comercializado. Você já ouviu falar em créditos de carbono? É basicamente uma moeda de troca que consiste na não emissão de dióxido de carbono.

Representa um mercado de créditos que são gerados tanto na base da não emissão de gases, como em ações que revertem o problema. Programas de plantio de árvores ou de geração de energia renovável são exemplos dessas ações. Esses créditos podem ser comercializados. Assim, países ou empresas que não conseguem cumprir suas metas de redução, podem adquirir créditos.

Utilizamos o termo “sequestro de carbono” para atividades que absorvem carbono da atmosfera. A maior e mais natural delas é o crescimento de florestas. Cada hectare de floresta em crescimento pode absorver de 150 a 200 toneladas de carbono. A compensação de carbono é a procura pelo contrapeso das emissões de determinada empresa ou país.

 

 

A Construção Civil e a Redução da Pegada de Carbono

Em um edifício, devemos considerar os efeitos da pegada de carbono em dois momentos: Durante o período de construção e ao longo dos anos de uso. Um bom projeto e gerenciamento de obra são fundamentais para otimizar o processo, não adianta projetar uma casa eficiente se não forem considerados materiais e técnicas em sua construção. A etapa da obra geralmente é quando se tem o maior impacto. Cada material da construção (revestimentos, iluminação, estrutura, tijolos, portas, janelas…) também passa por um processo de fabricação, por isso o momento de especifica-los é de imprescindível importância, assim como entender o impacto desse processamento no ciclo de vida do material.

No Brasil, por exemplo, a siderurgia responde por cerca de 35% das emissões de carbono do setor industrial. Enquanto isso, a produção de cimento corresponde por 19%. Contudo, o aço pode ser reciclado, já o cimento, não. Se não houver uma logística de reciclagem, é muito possível que a destinação final seja o aterro sanitário ou algum lixão. Ambos são grandes emissores de gás metano e dióxido de carbono, portanto, quanto menos processado for o material, melhor. Deve-se priorizar o uso de materiais naturais facilmente assimilados pelo ambiente. Os principais materiais que emitem gases de efeito estufa são: aço, cal e o cimento.

Além da escolha dos materiais, existem outras técnicas que abrangem a redução da pegada de carbono em uma edificação e colaboram para reduzir os impactos do edifício durante seu uso. Uso de energia renovável (solar, eólica…); elementos passivos para conforto térmico, como brises e ventilação natural; captação de água da chuva; tratamento de água quando possível; paisagismo com vegetação densa; medição para alcançar melhorias; direcionar resíduos de obra para reciclagem, compostagem ou outras obras., etc, são algumas estratégias para empreendimentos mais sustentáveis e menos poluentes. É fundamental promover pesquisas acerca de materiais e técnicas construtivas. Assim, garante-se uma evolução constante de eficiência e qualidade na construção civil.

Uma boa ferramenta para elaboração de projetos de baixo impacto é a  “Climate Positive Design”. Gratuita, ela permite que você simule o projeto com tipologias genéricas de plantas. Então, ela cria uma estimativa de quanto carbono foi poupado ou sequestrado com seu design.

Anotacao x

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes:

Ugreen: www.ugreen.com.br
Ministério do Meio ambiente: www.mma.gov.br
Ferramente Climate Positive Designclimatepositivedesign.com
Observatório do Clima: www.observatoriodoclima.eco.br

Imagens: Divulgação Ugreen

 

 

 

Caderno de legislação ambiental disponível para download!

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com

Colaboração do CAU/SP em legislação ambiental já está disponível para download gratuito.

 

 

Referência para compreensão das questões ambientais no Brasil, o livro “Instrumentos de Planejamento, Licenciamento e Gestão Ambiental no Estado de São Paulo” foi lançado no dia 30/11, e está disponível gratuitamente no site do CAU/SP.

Esta edição (2019) é uma iniciativa da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) em parceria com a autarquia, por meio da Comissão Temporária para Sistematização da Legislação Ambiental do CAU/SP 2020.

 

“Passamos para a próxima etapa, da ampla divulgação, para fazer chegar aos quase 60 mil arquitetos do Estado de São Paulo, às empresas, as mais de 10 mil empresas registradas no CAU, que terão esse material para poder usar como referência para sua atividade do dia a dia.” –  José Roberto Geraldine Junio, presidente do CAU/SP.

 

O livro compila a legislação aplicada e os instrumentos de planejamento, licenciamento e gestão ambiental no Estado. É dividido em três grandes blocos temáticos: planejamento e políticas públicas; licenciamento ambiental; e estrutura de gestão do sistema ambiental e de infraestrutura.

 

“Foram cinco anos de trabalho, que os arquitetos dedicaram a produzir um instrumento ambicioso, para que possamos ter informações homologadas pelo Sistema Ambiental de São Paulo, para que profissionais arquitetos, engenheiros e demais projetistas do território pudessem ter um instrumento poderoso para a qualidade dos nossos trabalhos.” – Eduardo Trani, subsecretário de Meio Ambiente.

 

Confira a íntegra do livro

Instrumentos de Planejamento, Licenciamento e Gestão Ambiental no Estado de São Paulo – Edição 2019

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CAU/SP.
Imagem: Ilustrativa