Sistemas de ar condicionado: eficiência energética

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Conheça mais sobre Processos integrativos para a concepção de um sistema de ar condicionado.

 

Os temas “sustentabilidade” e “eficiência energética” vêm ganhando força e se tornando termos populares e comuns em todas as áreas. Na construção civil não é diferente: tanto no âmbito de projetos como nas atividades de construção (obras, resíduos e materiais), a sustentabilidade vem se intensificando com a demanda cada vez maior de certificações sustentáveis (LEED®, AQUA®, BREEAM® etc.), bem como de selos de eficiência energética (PBE Edifica) nos empreendimentos.

Por conta dessa procura, identificamos projetos que, “alavancados” pelos processos de certificação sustentável e eficiência energética, acabam resultando em empreendimentos com soluções de sistemas prediais, especificamente em sistemas de ar condicionado, que apresentam elevado custo.

Isso, no entanto, não é regra. O grande equívoco tem sido relacionar os projetos de sistemas prediais sustentáveis e eficientes a projetos que possuem sistemas de elevada tecnologia e alta complexidade. Na verdade, está fundamentalmente relacionada ao conceito integrado dos projetos ou processo integrativo de projetos, envolvendo não somente os projetos de sistemas prediais (ar condicionado, elétrico, iluminação, hidráulico etc.), mas principalmente a sinergia de todos com os projetos arquitetônicos, porém, com a visão sistêmica de conceitos correlacionados das diversas disciplinas e não focado apenas em determinação de espaços e compatibilizações físicas de desenhos.

Os projetos arquitetônicos têm grande participação no consumo energético de qualquer empreendimento. Em se tratando de um edifício comercial, por exemplo, o projeto arquitetônico é responsável por quase 25% da participação no consumo energético global. Mas como isso é possível, já que a arquitetura não possui componentes que consomem energia? O desconhecimento da resposta a essa pergunta é o que gera, em grande parte dos projetos, sistemas prediais com instalações e equipamentos de elevada tecnologia e de elevado custo.

A arquitetura, representada principalmente pelo projeto de fachada ou arquitetura bioclimática, tem enorme influência na eficiência energética de qualquer construção, pois é nela que serão especificadas as características físicas da composição dos materiais que irão formar a “casca” do edifício. Entendemos, então, que a “casca” deverá proteger as áreas internas das influências externas. Proteger contra a ação de intempéries (vento, chuva etc.) e principalmente contra a transmissão de calor, composto principalmente pelo ingresso de radiação infravermelha e ultravioleta na edificação. Abordaremos, a seguir, um breve exemplo de um processo integrativo para a concepção de um sistema de ar condicionado.

 

 

Primeiramente, um projeto arquitetônico eficiente deve levar em consideração todos os efeitos da arquitetura bioclimática, de modo a estabelecer estratégias de concepção, desenho (orientação e forma), escolha de materiais (vidros, vedação, cobertura etc.) e sistemas de proteção passivas (brise soleil, peitoril etc.), com o objetivo fundamental de promover sempre o conforto térmico, lumínico e acústico dos ocupantes e, também, reduzir a demanda de cargas internas, especialmente para o sistema de ar condicionado.

Após essa otimização arquitetônica, deve-se avaliar como será a utilização e finalidade dos espaços internos, tais como atividades dos ocupantes, taxa de ocupação e nível de ocupação ao longo do tempo (dia, semana, final de semana, feriados etc.), já que essas condições determinarão a melhor concepção operacional do sistema de ar condicionado. Por exemplo, se é melhor um sistema centralizado (uso de centrais de água gelada) em uma grande área de data center ou shopping center, que possuem operação conhecida e constante, ou equipamentos distribuídos e independentes (aparelhos do tipo split ou unidades VRF – Variable Refrigerant Flow), que flexibilizem a operação em função da necessidade não constante de ocupação dos espaços em um escritório corporativo. 

Com a seleção da concepção do sistema, podemos explorar estratégias que reduzam a demanda de resfriamento, como aproveitar somente o sistema de ventilação forçada, sem acionamento de equipamentos de refrigeração, para condicionar o ambiente (free cooling a ar) em função das condições climáticas externas favoráveis; tratar ou pré-resfriar o ar externo (renovação) através de equipamentos dedicados ou através de recuperadores de energia (calor) ou rodas entálpicas, para redução de carga térmica de ar externo; implementar soluções híbridas com equipamentos de condicionamento artificial que permitam aproveitar as condições externas naturais (ciclo economizador), em função da necessidade, ou outras tecnologias.

E finalmente, após todas as estratégias avaliadas, passamos para a escolha e seleção do melhor equipamento de ar condicionado. Porém, não basta escolher o mais eficiente e sim verificar em qual momento o equipamento opera com a melhor eficiência. Existem equipamentos que têm maior eficiência em condições parciais de operação, ou seja, em momentos nos quais a demanda por resfriamento não é intensa (exemplos: ambiente parcialmente ocupado, ambientes com muita variação de ocupação ao longo do dia ou da semana, dias nublados, inverno etc.). Nesses casos, o ideal é optar por equipamentos que tenham compressores com inversores de frequência ou que o mercado chama de “inverter”, que irão variar o consumo energético em função da demanda variável de resfriamento ou aquecimento, sendo o IPLV (Integrated Part Load Value) o indicador energético adequado para verificação de eficiência nessas condições.

Por outro lado, existem equipamentos que possuem maior eficiência em condições plenas de operação, na qual a demanda por resfriamento é quase constante e próxima da máxima (ambientes de servidores num data center, hospital com 90% de ocupação etc.). Nessas situações é importante optar por equipamentos que possuem a melhor eficiência em condições plenas, sendo o COP (Coeficiente de Performance) o melhor indicador energético.

Quanto maior for o IPLV e o COP, mais eficiente é o ciclo de compressão de vapor do equipamento de refrigeração do sistema de ar condicionado, que demandará menos energia na geração de resfriamento ou aquecimento, reduzindo o consumo. Com todos os estudos e projetos desenvolvidos de acordo com o processo descrito acima, podemos explorar estratégias sustentáveis de geração de energia renovável por geração fotovoltaica, por exemplo, que resultará no projeto arquitetônico e do sistema fotovoltaico mais econômico e eficiente possível, já que teremos a melhor condição na qual a demanda do sistema de ar condicionado, que é representativa, foi amplamente otimizada.

Atualmente, fala-se muito em empreendimentos “Zero Energy” ou “Autossustentáveis” em energia e, certamente, a aplicação do Processo Integrativo nesses casos é fundamental para a viabilização técnica e econômica desses projetos.  A metodologia de Processo Integrativo promove a visão do projeto de forma sistêmica, desde a concepção, execução e entrega do projeto. Todos os envolvidos devem buscar sinergias entre si, coordenando as disciplinas e sistemas, para que possam atender da melhor forma os objetivos do cliente e da comunidade, com conceitos e soluções eficazes.

Alinhado a isso, existe um outro processo que pode contribuir bastante ao longo da cadeia de desenvolvimento de um projeto, que é o Processo de Comissionamento, baseado no Guia 0 (Guideline 0 – The Commissioning Process) da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers), que, inclusive, é exigido na Certificação LEED® e em outras metodologias. Infelizmente, o mercado da construção civil brasileira possui um entendimento um pouco equivocado com relação ao comissionamento. Muitos entendem que este serviço está relacionado às atividades de testes e calibração no final das instalações. De nada adianta aprovar ou reprovar um teste no final da obra caso o conceito do projeto já “nasceu” desalinhado com as premissas.

De acordo com o Guia 0, para este serviço ter grande eficácia, deve ser contratado no início do projeto, pelo cliente ou proprietário, com o levantamento e definições das necessidades e premissas, sendo apresentado num documento denominado OPR (Owner Project Requirements). Definido esse documento, todos os projetos arquitetônicos e multidisciplinares deverão ser concebidos para atender as premissas, sendo acompanhadas e avaliadas pela empresa ou equipe de comissionamento. Essa fase inicial é onde ocorre a sinergia do Processo Integrativo de projetos, já que haverá uma liderança que poderá contribuir para avaliação de todos os conceitos e necessidades dos projetos. Em seguida, a mesma equipe ou empresa de comissionamento deverá acompanhar toda as demais etapas da cadeia de construção, passando pela avaliação das contratações (construtora e instaladores), verificação da qualidade das instalações em obras, validação de compras, acompanhamento e validação de testes, avaliação dos manuais de operação/ manutenção e dos treinamentos.  Logo, é um processo sistêmico que tem grande sinergia multidisciplinar em todas as etapas, estando sempre presente ao longo do desenvolvimento de um novo projeto.

É importante também destacar que, além do Processo Integrativo e Processo de Comissionamento, as metodologias de construção sustentável trouxeram da academia e de boas práticas de engenharia ferramentas que auxiliam arquitetos e engenheiros a buscarem a melhor concepção de projetos, tanto em termos de estudos de fachadas e orientação solar, como de eficiência energética dos equipamentos dos sistemas prediais, que são os softwares de modelagem ou simulação computacional. Essas modelagens de eficiência energética, iluminação natural e de insolação (orientação solar) são as principais ferramentas que irão determinar e auxiliar os projetos na busca da maior eficiência e redução de custos, resultando em edificações efetivamente sustentáveis e definitivamente eficientes. As ferramentas e metodologias estão à disposição e devemos nos apropriar delas para resultados eficazes nos projetos em busca da sustentabilidade real.

 

 

 

 

 

Por Eduardo Seiji Yamada*

*Eduardo Seiji Yamada é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP (1997) e mestre em engenharia de Sistemas Prediais (2000) pela mesma instituição. Gerente técnico de sistemas prediais do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações. LEED® AP (Accredited Professional). Integrante do Comitê Executivo da ASHRAE BRASIL e do Comitê Diretor do BCA (Building Commissioning Association) BRASIL. Professor do curso de especialização e pós-graduação do PECE-USP “Energias Renováveis, Geração Distribuída e Eficiência Energética”, da FAAP no curso de pós-graduação “Real Estate & Construction Management” e do MACKENZIE no curso de pós-graduação “Sustentabilidade em Arquitetura e Urbanismo”.

 

Imagem: GBC brasil – ilustrativa

 

Iniciativa vai criar primeira casa de alvenaria sustentável do Brasil

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Projeto de retrofit contará com materiais recicláveis, madeira de reflorestamento, água de reúso e energia solar; imóvel servirá de modelo para profissionais e estudantes de arquitetura e engenharia civil.

 

Uma iniciativa da Paulo Cardoso Comunicações, em parceria com empresas de arquitetura, de produção de madeira tratada, painéis de madeira, energia solar, de sustentabilidade, decoração e construção civil, vai transformar um imóvel na Grande São Paulo na primeira casa de alvenaria sustentável do Brasil. A obra faz parte do projeto intitulado “My Wood Home” e irá utilizar madeira de reflorestamento, além de água de reúso, entre outras soluções verdes.

O projeto é da Scali Wood+Arch, que reformará uma casa localizada entre os municípios de Jundiaí e Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O imóvel, que tem cerca de 400 m² de área construída, passará a ter 450 m². O projeto prevê seis suítes, um espaço em conceito aberto com cozinha, sala de jantar e sala de tv, um deck, área gourmet, solarium, um lago, um escritório, uma lavanderia e uma adega, distribuídos entre pisos inferior, térreo e superior.

“Vamos fazer um retrofit, que é a modernização dessa casa, da década de 90. O projeto prevê uma construção híbrida, mesclando estruturas de madeira com vedações diversas. Um dos nossos objetivos é mostrar o quanto a madeira é prática, barata, confortável e sustentável” – Silvia Scali, arquiteta responsável pelo projeto.

 

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Segundo levantamento do Green Building, entre 2019 e 2021, o número de projetos com esta preocupação ambiental cresceu 22% no Brasil. O instituto ainda aponta que o Brasil já é o quinto país do mundo com mais construções no padrão ESG (sigla, em inglês, para práticas ambientais, sociais e de governança).

O projeto começou a ser idealizado ainda em 2008 após uma viagem do proprietário do imóvel, o jornalista Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações e idealizador do congresso e do workshop My Wood Home, para a Argentina, onde conheceu projetos sustentáveis com madeira. A previsão é concluir a reforma até o final de 2023.

A ideia é que tanto o projeto de modernização quanto o imóvel sirvam de modelo para a construção civil brasileira, para as empresas parceiras do projeto poderem usar o espaço como um showroom e, principalmente, para que sejam realizados workshops para estudantes de arquitetura e engenharia civil.

 

Tendência

“Atualmente, todas as empresas precisam adotar um olhar mais atento para as práticas de ESG. A construção civil brasileira é exemplo de segmento que caminha na direção de projetos mais sustentáveis. Temos certeza de que essa iniciativa ajudará o mercado a entender ainda mais a importância da madeira nos projetos”, afirma Silvio Lima, especialista em madeiras e gerente da unidade industrial da Montana Química, multinacional brasileira parceira do projeto.

A parceria incluirá ajudar no tratamento e preservação da madeira de eucalipto roliço das estruturas, dos decks, das portas, das janelas e dos pisos. Por fim, a empresa também oferecerá as texturas e soluções de seu catálogo.

 

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O imóvel, que tem cerca de 400 m² de área construída, passará a ter 450 m².

 

 

 

Eficiência energética permitirá redução de 6% do consumo elétrico da indústria em 2030

ENERGIA EOLICA

Compromisso do Brasil é atenuar o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera em 37%, até 2025, e 43%, até 2030.

 

Entre os esforços do Brasil traçados para 2022 está o de frear o alto consumo de energia elétrica. É que o País foi eleito como um dos membros do Energy Efficiency Hub – plataforma global de colaboração para possibilitar benefícios ambientais, sociais e econômicos no que diz respeito à eficiência energética.

Este trabalho será realizado ao lado de outras 15 nações, sendo elas: Argentina, Austrália, Canadá, China, Dinamarca, União Europeia, França, Alemanha, Japão, Coreia, Luxemburgo, Rússia, Arábia Saudita, Reino Unido e Estados Unidos, as quais, juntas, têm por objetivo favorecer as comutações sobre política de eficiência, bem como regulação e implementação de medidas.

Entre as principais orientações do Energy Efficiency, está a procura por novas soluções para o uso racional e sustetável da energia sejam nas residências, empresas e indústrias. São tecnologias voltadas a garantir eficiência energética. Em seu pronunciamento no lançamento do Hub em Paris, Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, disse considerar a eficiência energética “o ‘primeiro combustível’ porque ela é crucial para enfrentar as mudanças climáticas e tornar nossos suprimentos de energia mais seguros, deixando também dinheiro em nossos bolsos”. “Estou muito satisfeito em ver os países se unindo como parte do Hub de Eficiência Energética para acelerar esforços”, afirmou.

É importante lembrar que o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que não há tempo e qualifica como urgente a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

 

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Indústria é vilão do consumo de energia

As maiores vilãs do consumo de energia no mundo são as indústrias. Isso se dá por conta do uso de motores elétricos na produção (muitas vezes antigos e nada eficientes), segundo Gustavo Batista, promotor técnico da Reymaster Materiais Elétricos e especialista em iluminação e eficiência energética.

Segundo ele, se as fábricas se comprometerem a implementar a cultura da eficiência energética, as chances de êxito na redução do consumo de eletricidade são bem grandes. “Eficiência energética é fazer mais com menos. Como? Utilizando motores mais eficientes; substituindo as lâmpadas convencionais por LED; automatizando os processos industriais; utilizando inversores de frequência; instalando painéis fotovoltaicos, e outras soluções”, lista.

Gustavo ressalta ainda, que as condutas de eficiência energética concretizadas pela indústria serão a chave na contenção das emissões de CO2, e as marcas que abraçarem essa causa sairão na frente. “Além de reduzir custos na produção e retrabalho, gerando economia de dinheiro e tempo, a inovação de automatizar processos para fazer mais com menos conserva o meio ambiente pela redução das emissões de gás carbônico, o principal causador do efeito estufa”

Cálculos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostram que os ganhos de eficiência energética reduzirão aproximadamente 6% da eletricidade da indústria em 2030.

A eficiência energética é um dos pilares da estratégia definida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada na Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, como um dos principais ativos do país em sua agenda ambiental. Entre os quase 200 países signatários do Acordo de Paris, o Brasil, assumiu um dos desígnios mais ambiciosos de redução de suas emissões de GEE. Fixando 2005 como base, o compromisso do País foi atenuar o lançamento de gases de efeito estufa em 37%, até 2025, e 43%, até 2030!

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Reymaster
Imagens: Divulgação

Biomimética: Observando a natureza!

ICDITKE Research Pavilion

Você sabe o que é biomimética?

 

“Bio”, significa vida, e “mimética” significa imitar. A biomimética consiste basicamente em buscar soluções inspirando-se na natureza.

Um design inteligente muitas vezes é fruto de uma sequência de versões que não deram tão certo, ele vai sendo aprimorado e novos produtos vem com melhorias baseadas nas imperfeições da versão anterior, de acordo com feedbacks. É na busca por um design inteligente que a natureza aparece. Afinal, ela nada mais é que um sistema formado por anos de evolução e ciclos de feedback.

A biomimética é uma das principais tendências de design dos próximos anos, ela busca entender mecanismos da natureza para aplicar na tecnologia. Observar e aprender é um bom caminho. Na arquitetura, explorar a biomimética absorvendo as formas da natureza e compreendendo a função dos elementos naturais é um caminho para construções mais orgânicas. Essa função pode ser uma estratégia, um sistema ou uma estrutura, e sua aplicação pode resolver praticamente qualquer problema! A biomimética garante que a solução encontrada seja uma solução sustentável. Afinal, a natureza é a própria sustentabilidade.

 

Um bom exemplo é o The Gherkin, um dos edifícios mais icônicos da Inglaterra. Ele foi um dos primeiros a adotar conceitos modernos de biomimética em sua concepção. A torre de 180 metros de altura possui sistema de ventilação de ar semelhante a esponjas do mar e anêmonas, essas espécies se alimentam direcionando o fluxo da água do mar através de seus corpos. Da mesma forma, o Gherkin é apoiado por uma estrutura de exoesqueleto e é projetado para que a ventilação flua por todo o edifício.

 

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Exemplos de biomimética também são aplicados na tecnologia. A moda dos prédios espelhados causou um grave problema ambiental nas cidades. Essas fachadas provocam ilusões de ótica nos pássaros, eles não conseguem visualizar o vidro, que para eles reflete o céu, e acabam esbarrando. Ao observar o comportamento de pássaros na natureza, cientistas perceberam que eles desviavam das teias de aranha. Contudo, as teias de aranha também são praticamente transparentes, mas analisando as características de uma teia de aranha, percebeu-se que elas refletiam raios ultravioletas e os pássaros eram capazes de enxergar esses reflexos e, então, desviavam da teia. A solução encontrada foi desenvolver uma película de vidros que reflete raios ultravioletas. Com essa película, evita-se que os pássaros esbarrem em edifícios com fachadas espelhadas.

 

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Outro bom exemplo é a de determinada textura, que evita a proliferação de bactérias. Embora a água do mar esteja repleta de microorganismos a pele dos tubarões está sempre limpa e isso ocorre porque sua pele possui uma textura que impede que bactérias se comuniquem e deste modo elas não se reproduzem. A partir da observação desse fenômeno, pesquisadores criaram uma textura que inibe o crescimento de bactérias. A Sharklet se tornou uma ótima opção para substituir o uso excessivo de produtos químicos em hospitais, por exemplo.

 

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Por fim, considerando que a natureza possui milhões de espécies, sistemas e estratégias, a biomimética leva sempre a uma solução original. Cada vez mais, empresas que adotam estratégias sustentáveis têm vantagens competitivas no mercado. Além disso, elas apostam na coexistência harmônica das pessoas com o meio natural e garante uma visão sistêmica.

É a busca por soluções em um sistema que é fruto de muitos anos de evolução: a natureza, que se regenera e utiliza recursos de maneira estratégica. Não existe modelo mais eficiente de reciclagem que uma planta que morre e serve de adubo para que outra planta cresça em seu lugar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Ugreen: www.ugreen.com.br
Imagens: Divulgação

Relatório de EMF com a ONU revela que metas contra poluição plástica até 2025 estão se tornando inatingíveis

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Aceleração urgente no combate à poluição plástica é necessária para atingir metas até 2025.

 

O compromisso de usar apenas embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025 provavelmente não será cumprido, de acordo com o último relatório de progresso do Compromisso Global por uma Nova Economia dos Plásticos.

Progresso mensurável está sendo feito em relação ao Compromisso Global, mas o uso de embalagens flexíveis e a falta de investimento em infraestrutura de coleta e reciclagem significam que a meta de embalagens plásticas 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025 está se tornando inatingível para a maioria das empresas signatárias.

O relatório de progresso do Compromisso Global de 2022 – produzido pela Fundação Ellen MacArthur e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – também destaca:

  • A utilização de conteúdo reciclado em embalagens plásticas continua a aumentar fortemente, tendo duplicado nos últimos três anos
  • Mais da metade das empresas signatárias reduziram o uso de plástico virgem desde 2018, mas o uso geral entre o grupo aumentou em 2021, voltando aos níveis de 2018
  • A parcela de embalagens plásticas reutilizáveis diminuiu ligeiramente para uma média de 1,2%

 

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Quatro anos após o lançamento do Compromisso Global para uma Nova Economia dos Plásticos, o relatório anual de 2022 mostra que o progresso varia de acordo com o grupo signatário.

A parcela de conteúdo reciclado pós-consumo aumentou de 4,8% em 2018 para 10,0% em 2021. Embora tenha levado décadas para as empresas atingirem a marca de 5%, os signatários do Compromisso Global duplicaram para 10% em apenas três anos.

Marcas e varejistas devem continuar a aumentar exponencialmente seu uso de conteúdo reciclado se quiserem atingir a meta agregada de 26% até 2025. Embora algumas empresas parecem estar a caminho de superar sua meta, outras precisarão acelerar significativamente esse uso para atingi-las.

Desde 2018, mais da metade – 59% – das marcas e varejistas reduziram o uso de plástico virgem. No entanto, no ano passado, os aumentos de alguns dos maiores usuários de embalagens plásticas resultaram em um aumento geral de 2,5%, revertendo as quedas observadas em 2019 e 2020.

A razão pela qual algumas empresas não atingiram o pico de utilização de plástico virgem é devido ao aumento no uso total de embalagens plásticas. Isso reforça a necessidade de as empresas dissociarem o crescimento do uso de embalagens plásticas.

Em 2021, as primeiras marcas globais anunciaram metas quantitativas para aumentar a adoção de embalagens reutilizáveis. No entanto, 42% dos signatários ainda não introduziram nenhum modelo de reutilização em suas estratégias de embalagem.

 

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Muitas empresas têm investido em maneiras de alcançar 100% de reciclabilidade técnica para embalagens plásticas rígidas, mas o benefício desse investimento está sendo sufocado pela infraestrutura inadequada de coleta e triagem em todo o mundo. Embalagens plásticas flexíveis, como sachês e películas, representam um problema significativo. A dificuldade de reciclá-los – na prática e em escala – é uma das principais razões pelas quais a maioria das empresas não alcançarão sua meta de usar apenas embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025.

 

“O Compromisso Global continua a fornecer transparência sem precedentes sobre como as principais empresas estão lidando com a crise da poluição plástica. As últimas descobertas demonstram a necessidade de intensificar urgentemente os esforços – tanto de empresas quanto de governos. São necessários planos viáveis e ambiciosos das empresas para dimensionar a reutilização, lidar com a questão das embalagens flexíveis e reduzir a necessidade de embalagens descartáveis. Os governos devem tomar medidas para ajudar a acelerar o progresso. Paralelamente, devemos trabalhar para estabelecer um tratado global ambicioso para acabar com a poluição plástica. Organizações como a recém-lançada Coalizão Empresarial para um Tratado Global de Plásticos – convocada pela Fundação Ellen MacArthur e a WWF – estão aqui para ajudar os governos a aproveitar essa oportunidade única em uma geração”. – Sander Defruyt, líder da Iniciativa de Plásticos da Fundação Ellen MacArthur.

 

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Os signatários governamentais do Compromisso Global agora representam um bilhão de pessoas. Mais de 500 empresas, governos, ONGs e outras organizações se alinharam em torno de uma visão comum de uma economia circular para plásticos. A Fundação Ellen MacArthur e o PNUMA continuarão trabalhando com os signatários para ajudar a enfrentar a crise da poluição plástica.

Marcas e varejistas têm o potencial de oferecer uma contribuição positiva e significativa para enfrentar a crise da poluição plástica. Para isso, eles devem adotar estratégias ambiciosas para ampliar as estratégias de reutilização, inovando para além de embalagens plásticas flexíveis sempre que possível e reduzindo o uso de embalagens de uso único. A reciclagem por si só não é suficiente para parar o fluxo de poluição plástica.

Em todo o mundo, o apoio do governo a uma ferramenta internacional e juridicamente vinculativa para enfrentar a crise continua a crescer. No entanto, é necessária uma aceleração significativa dos esforços políticos para ajudar a resolver o problema e a transição para uma economia circular para plásticos.

 

“A transparência proporcionada pelo Compromisso Global nos ajuda a entender o quão grande é a lacuna que ainda precisamos preencher. É claro que grandes desafios permanecem à medida que as empresas buscam cumprir o Compromisso Global. À medida que os países iniciam negociações para uma estratégia global para acabar com a poluição plástica, o Compromisso Global fornece uma estrutura importante para ajudar a acelerar as ações de combate à poluição plástica. Ao aderir ao Compromisso Global e engajar no início do processo, os governos podem identificar áreas prioritárias para acabar com a poluição plástica de forma eficaz e acelerar o progresso. Nesse sentido, temos o prazer de ver que 34 governos nacionais e subnacionais adicionais em diferentes continentes se comprometeram a aderir ao Compromisso Global desde o início de 2022.” –  Inger Andersen, Diretor Executivo, PNUMA.

 

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SOBRE O COMPROMISSO GLOBAL

O Compromisso Global por uma Nova Economia dos Plásticos, coordenado pela Fundação Ellen MacArthur em conjunto com o Programa para o Meio Ambiente da ONU, une empresas, governos e outras organizações com perspectivas e metas em comum, visando solucionar o desperdício e a poluição de plástico e poluição na sua origem. Os signatários do Compromisso trabalharão para eliminar os itens de plástico que não precisamos; inovar para que todos os plásticos que precisamos sejam reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis; e circular tudo o que usamos, mantendo os materiais dentro da economia e fora do meio ambiente.

Desde seu lançamento, em 2018, mais de 500 signatários se comprometeram a manter os plásticos na economia circular e fora do meio ambiente, incluindo empresas que representam 20% da produção global de embalagens plásticas. Todas as empresas e governos signatários se comprometeram com metas ambiciosas para 2025 e relatar publicamente seus resultados todos os anos.

Para mais informaçõesemf.org/global-commitment | @circulareconomy

 

SOBRE O PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE DA ONU

O PNUMA é a principal voz mundial sobre o meio ambiente. Ele proporciona liderança e incentiva parcerias com o objetivo de cuidar do meio ambiente inspirando, informando e permitindo que as nações e as pessoas melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.

Mais informações: unep.org | @UNEP

 

 

 

 

8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility

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Evento revela as cidades mais inteligentes e conectadas do país e propõe debate de ideias e projetos para dar eficiência à relação entre os municípios e seus habitantes.

 

A 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, principal encontro nacional entre sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público para o debate e apresentação de projetos sobre cidades inteligentes e mobilidade urbana, ocorrerá agora em outubro.

Realizado de 4 a 5 de outubro de 2022, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e também no dia 6 de outubro, mas apenas na versão digital, o evento é esperado com muita expectativa pela iniciativa privada e pelas gestões públicas em todo o país, porque é durante o Connected Smart Cities & Mobility que é revelada qual a cidade mais inteligente e conectada do país.

Trata-se da edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities, elaborado em parceria com a Urban Systems. O ranking CSC é um minucioso levantamento que identifica as cidades que melhor se posicionaram na avaliação de critérios por eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, totalizando 680 cidades.

No ano passado, São Paulo (SP) se manteve no primeiro lugar geral do ranking. Florianópolis (SC) foi a segunda colocada, seguida de Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Niterói (RJ) e Salvador (BA). Também foram premiadas as cidades de Balneário Camboriú (SC), Belo Horizonte (MG), Barueri (SP), Palmas (TO), e Jaguariúna (SP). Prefeitos e secretários municipais receberam o troféu de cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

 

Soluções inteligentes para cidades inteligentes

A transformação da pirâmide demográfica, os fluxos migratórios acelerados pela pandemia, a recessão econômica mundial que pressiona e transforma as relações de trabalho e as formas de consumo, entre tantas outras “novas” realidades deflagradas nos últimos dois anos evidenciaram a necessidade de propor o debate em torno das transformações necessárias nas relações entre os centros urbanos e seus habitantes. É nesse contexto que o Connected Smart Cities & Mobility acontece.

Temos como propósito aproximar os stakeholders e promover as boas práticas e os projetos que viabilizem melhorias concretas na experiência cotidiana de cada indivíduo. O objetivo do Connected Smart Cities & Mobility é trazer soluções para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes, humanas e sustentáveis e, por isso, reunimos empresas de diversos segmentos de atuação e o poder público para que juntos viabilizem sinergias que promovam desenvolvimento” – Paula Faria, CEO da Necta – Conexões com Propósito, idealizadora do evento.

O evento tem 12 palcos simultâneos nas quais as seguintes temáticas serão abordadas por especialistas: cidades prósperas, cidades empreendedoras, cidades participativas engajadas urbanismo sustentável nas cidades, cidades conectadas, cidades resilientes e inclusivas, mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, data analytics e tendências, conectividade e integração.

Além de rodadas de negócios e workstations, o Connected Smart Cities & Mobility conta com a participação de empresas líderes em soluções inteligentes para mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo.

 

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Prêmio

Ainda durante o Connected Smart Cities & Mobility acontece também a premiação dos melhores projetos inovadores, orientados para a resolução de problemas das cidades e elaborados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede no Brasil.

Este ano, o prêmio está dividido em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, referindo-se a iniciativas que ainda não atingiram o break even e que estão sendo financiadas por investimentos e não pelo resultado das receitas e lucros gerados. A segunda categoria são Negócios em Operação, ou seja, produtos ou serviços que já tenham gerado receita para suas empresas e que estão plenamente disponíveis no mercado.

Na oitava edição, o prêmio é uma iniciativa da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, da Necta, em parceria com a Neurônio Ativação de Negócios e Causas.

 

AirConnected

Simultaneamente ao Connected Smart Cities, a Necta organiza o AirConnected – Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico, evento dedicado à cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos.

Em 2022 o evento traz uma novidade: o lançamento do Connected Urban Air Mobility (CUAM), conectando as novas soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana, eventos simultâneos e complementares ao CUAM.

Em 2021, o Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected reuniram mais de 300 palestrantes e, aproximadamente, 600 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, além de 2.400 acessos que foram registrados na plataforma de transmissão online.

 

SERVIÇO

8ª Connected Smart Cities & Mobility e Airconnected

Quando: 4 a 5 de outubro de 2022 (presencial) e 6 de outubro (digital).
Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Inscrições: clique aqui.

Ônibus elétricos começam a ser testados em Curitiba

onibus eletrico curitiba x

Veículos vão circular pelas ruas da capital para avaliar experiência dos usuários e desempenho no transporte coletivo.

 

A real transição para uma mobilidade elétrica nas cidades precisa incluir veículos usados no transporte coletivo, como os novos modelos de ônibus elétricos que serão testados em Curitiba, a partir desta semana. Entre os dias 19 e 26 de setembro de 2022, os curitibanos e curitibanas poderão conhecer de perto como são os novos ônibus elétricos, que estarão circulando em cinco linhas – Campo Comprido/CIC, Jardim Ludovica, Detran/Vicente Machado, Campina do Siqueira/Batel e Campo Alegre.

A capital do Paraná pretende dar um salto de qualidade na mobilidade ativa e limpa com a entrada destes veículos na operação do transporte coletivo. O primeiro veículo desta fase de demonstração vai ser trazido pela fabricante chinesa Higer, operada no Brasil pela TEVX Motors, mas outros fabricantes também se preparam para trazer seus veículos à Curitiba.

A circulação dos novos ônibus elétricos pretende avaliar configurações de veículos, seu desempenho nos itinerários e a experiência dos usuários, e ainda vai permitir o treinamento de motoristas na nova tecnologia.

“Essa rodada de testes é a consolidação da construção de política pública de estímulo à uma nova matriz energética para o transporte coletivo. Temos um compromisso com o futuro da cidade, alinhado aos desafios do combate aos riscos climáticos. É a construção da mobilidade limpa para Curitiba e seus cidadãos”, observa Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), responsável pela articulação com os parceiros para a realização dos testes, juntamente com a Urbs.

 

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A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A empresa já colaborou para a transição energética da frota de importantes capitais da América Latina, como Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). Agora a empresa participa do processo em cidades inteligentes brasileiras, como Curitiba.

 

onibus eletrico curitiba x

 

Vantagens

A eletromobilidade no transporte coletivo reduz a emissão de poluentes gerados pelo uso de combustíveis fosseis e ruído urbano, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida do cidadão. No dia a dia, o usuário também é beneficiado pelo conforto dos veículos, equipados com ar-condicionado, mais espaço entre as poltronas e com avançados sistemas de segurança. O ônibus da Higer tem autonomia para rodar 270 quilômetros, capacidade para 89 passageiros – na configuração feita para Curitiba – e recarrega em até três horas.

Além de imprescindível para o enfrentamento das cidades às mudanças climáticas, a transição para ônibus elétricos representa um salto de qualidade para o setor”, afirma Cristina Albuquerque, gerente de Mobilidade Urbana do WRI Brasil. “O TUMI E-Bus Mission quer acelerar a eletrificação do transporte coletivo em centenas de cidades do mundo, e Curitiba é uma das 20 cidades que recebem apoio aprofundado para liderar esse processo. Apresentar a tecnologia à população é um marco importante”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Divulgação

Impressão 3D – Parede de solo vivo

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Universidade de Virgínia desenvolveu uma nova tecnologia na área de bioconstrução: Parede de solo vivo que brota vegetação.

 

Uma nova pesquisa da Universidade de Virgínia (UVA), nos Estados Unidos, criou um método de impressão 3D que une a estrutura de edifícios com a vegetação. A matéria prima utilizada para a construção é basicamente solo local (terra) e sementes. A nova tecnologia é inédita na área de bioconstrução. O método permite a construção de elementos como paredes e telhados verdes, que funcionariam como isolantes naturais, absorvendo a água da chuva e proporcionando espaços verdes para pessoas, animais e polinizadores.

Para responder à – Por que temos que fazer com que a estrutura ou o edifício seja separada da natureza em que se encontra?” – o professor Ji Ma, na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da UVA, criou um grupo interdisciplinar dentro da universidade com acadêmicos de diversas áreas para, junto, eles desenvolvem um protótipo que comprovou que a impressão 3D de estruturas feitas de solo e sementes é possível de ser feita.

Usando uma impressora 3D do tamanho de uma mesa, o time explorou duas abordagens: em uma, imprimiram o solo e as sementes em camadas sequenciais; na outra, misturaram as sementes ao solo antes de imprimir. Segundo os pesquisadores, ambos os procedimentos deram certo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

A equipe então propôs criar estruturas com geometrias mais complexas, como cúpulas. Os pesquisadores testaram como o material sai da ponta da impressora (ou bocal), em um processo chamado ‘extrusão’. Não foi utilizado nenhum aditivo à mistura do solo.

Os resultados revelaram que as estruturas do solo impressas em 3D podem suportar o crescimento das plantas, mas provavelmente seriam limitadas a plantas que podem sobreviver com pouca água.

“Estamos trabalhando com solos e plantas locais misturados com água; a única eletricidade que precisamos é para mover o material e fazer funcionar uma bomba durante a impressão. Se não precisarmos de uma peça impressa ou se não tiver a qualidade certa, podemos reciclar e reutilizar o material no próximo lote de tintas”, disse Ehsan Baharlou, professor na Escola de Arquitetura da UVA que também participou da pesquisa.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

Escolha das sementes

Para encontrar a mistura certa de solo e sementes, os pesquisadores contaram com a ajuda de David Carr, da Blandy Experimental Farm, uma estação de campo de ciências ambientais no condado de Clarke, Virgínia. Ele forneceu conselhos iniciais sobre uma série de propriedades do solo.

Além de reter água, o solo precisa acumular matéria orgânica e armazenar nutrientes. Ele também precisa permitir que as plantas se fixem na estrutura impressa, para que, uma vez que tenham qualquer tamanho, não desapareçam ou sejam lavadas, ou desidratem e morram.

Carr propôs plantas que ocorrem naturalmente em áreas onde a vida está no limite – plantas nativas norte-americanas que crescem praticamente na rocha nua. “Os telhados verdes tendem a essas espécies que são boas em viver sob essas condições realmente duras, sendo queimadas ao sol”, disse Carr.

Ele recomendou as plantas suculentas como boas candidatas para estruturas de solo de impressão 3D. As suculentas, formalmente conhecidas como gênero sedum, são comumente usadas em telhados verdes. A fisiologia delas se assemelham ao cacto, podendo sobreviver com muita pouca água.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Additive Manufacturing no início deste ano. A equipe também trabalha em experimentos com outros materiais biodegradáveis, incluindo o cânhamo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Virginia University, Tom Daly e Divulgação.

 

Nenhuma Casa sem Banheiro: primeiras unidades em Caxias do Sul

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 Primeiro lote de obras concluídas começa a ser entregue às famílias em setembro, serão 30 banheiros construídos no município.

 

Nesta quinta-feira (15), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB RS) – Núcleo Caxias do Sul e o Ministério Público do Estado (MP/RS) participaram da entrega oficial do primeiro lote de unidades sanitárias a famílias de baixa renda contempladas pelo programa Nenhuma Casa sem Banheiro no município de Caxias do Sul.

Dos dois banheiros finalizados, um foi visitado pela equipe, o de Franciele Souza, que mora com mais cinco pessoas, no bairro Mariani. “A gente dava banho nas crianças e corria vento, porque era tudo aberto. O vaso não tinha descarga e agora tem. Tudo melhorou”, conta. Em seguida, o grupo foi conhecer a obra recém iniciada na casa de Luceni Pedroso. Seu banheiro passará por uma ampliação e adaptação para uso e circulação de cadeira de rodas, proporcionando mais qualidade de vida para ela e seu filho Jeferson, que possui deficiência físico-motora. “Poder entrar debaixo do chuveiro com a cadeira de rodas para dar banho no meu filho vai fazer muita diferença na nossa vida”, celebra.

Na cidade, o programa criado pelo CAU/RS foi possível a partir de uma parceria entre o IAB, que assumiu a coordenação dos projetos junto aos arquitetos e urbanistas responsáveis, a Prefeitura Municipal, que indicou as 30 famílias a serem beneficiadas, e o Ministério Público, que destinou R$ 400 mil para a execução dos projetos.

 

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Franciele Souza com a equipe do CAU/RS, IAB RS, MP/RS e arquiteta responsável pela execução do projeto em visita à sua casa e ao banheiro entregue à família.

 

O Promotor de Justiça do MP/RS, Adrio Rafael Paula Gelatti, acredita na relevância e impacto social do programa. “O Ministério Público passou, então, a fazer a captação de recursos por meio de Termos de Ajustamento de Conduta e condenações por dano moral coletivo de Ações Civis Públicas e a redirecionar esses valores para o projeto”, após delimitar as diretrizes para sua realização na cidade, explica.

O arquiteto e urbanista Maurício Rossini dos Santos coordena a execução do Nenhuma Casa sem Banheiro em Caxias do Sul e explica que a verba destinada ao programa volta para a cidade, pois se procura trabalhar com mão de obra e comércio local, além de banco de materiais. Dentro do possível, as famílias também fazem parte das decisões.

“O entendimento que a gente tem é que, além das particularidades de cada banheiro, cada família tem uma história e uma projeção do que essa edificação vai ser. A riqueza do trabalho é essa, que seja um traço de identidade” – Maurício Rossini dos Santos

Manuela Rettore é arquiteta e urbanista responsável pela execução de três unidades sanitárias e acompanhou a equipe na visita às famílias. “É uma satisfação muito grande fazer parte desse processo, porque vai muito além do programa do CAU/RS. É toda a discussão sobre ATHIS, tudo o que foi feito até aqui para a gente poder entregar esses banheiros hoje”, salienta, reforçando o histórico do fortalecimento de políticas de habitação no Brasil.

O presidente do CAU/RS, Tiago Holzmann da Silva, comenta que os arranjos institucionais costumam ser a etapa mais demorada e destaca a relevância da parceria com o MP/RS, que abraçou o programa no município. “Nós estamos muito felizes por poder entregar os primeiros banheiros, ou seja, atingir efetivamente o objetivo que é oferecer a melhora da qualidade de vida a essas famílias por meio do trabalho de arquitetos e urbanistas”.

Também estiveram presentes na visita às famílias o conselheiro Rafael Ártico, o Chefe de Gabinete Paulo Soares e a Assessora Técnica do Gabinete de ATHIS Sandra Becker.

 

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Fonte: CAU/RS
Imagem: Divulgação CAU/RS