Projeto da arquiteta Patrícia O’Reilly que une tecnologia, arte e inclusão social faz parte da 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza. A nova sede do Instituto vai ampliar o atendimento da ONG , que já atende mais de 500 famílias no Jardim Ângela, em São Paulo.
O Instituto Favela da Paz é uma rede de empreendedores sociais incubando projetos voltados para arte, cultura, sustentabilidade, esporte, saúde e educação em uma das periferias mais carentes da cidade de São Paulo. São mais de 500 famílias que participam dos projetos de arte, cultura e inclusão. O projeto da nova sede do Instituto, encabeçado pela arquiteta Patrícia O’Reilly do Atelier O’Reilly Architecture & Partners, faz parte da mostra da 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, que acontece de 22 de maio e segue até 21 de novembro deste ano.
O projeto conta com a integração da arte na arquitetura, incluindo a participação de artistas da comunidade com a direção do artista plástico Alexandre Mavignier, que traz a arte para as fachadas do edifício. A nova sede, que irá amplificar as áreas de trabalho dos 9 núcleos do Instituto que inclui música, tecnologia, arte, produção de alimentos, inclusão social além de oferecer mais oportunidades para os moradores da comunidade, terá a primeira Árvore Solar Solarpalm, de design do Atelier O’R e do artista Alexandre Mavignier, que ludicamente representa a importância da sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
A Solarpalm é uma estrutura com 8m de altura, com um design paramétrico arrojado, que tanto lembra a palma, espécie originária das nossas terras brasileiras, como as asas de um anjo, se vista sob um outro ângulo, e oferece, gratuitamente, 15 serviços para a comunidade local.
A instalação da Solarpalm na nova sede do Instituto, terá o mesmo funcionamento inteligente e será a primeira de 25 que serão “plantadas” pela cidade de São Paulo. Todas terão WiFi gratuito e sistema de captação da energia solar para carregar celulares e tablets, decibelimetros, medição da qualidade do ar, estação meteorológica, câmeras de segurança, entre outros serviços.
A construção da nova sede formará mão de obra local nos sistemas construtivos sustentáveis aplicados no projeto, num processo de inclusão, atraindo a comunidade para aprender e participar ativamente da obra, transformando-os em agentes multiplicadores da consciência sustentável e oferecendo mais uma frente de emprego e renda para a comunidade.
Em breve, será aberta a campanha de captação de recursos nacional e internacional com benefícios fiscais e contábeis para o projeto para construção da nova sede do Instituto, que vai ampliar de forma exponencial o trabalho da ONG, além de formar mão de obra local para a construção da própria sede. Com a coordenação do Atelier O’R e do Atelier Mavignier, conceituadores do projeto desde o começo, a ideia é que a proposta tome um vulto cada vez maior e atraia investidores do mercado ESG, tanto nacionais quanto internacionais para viabilizar o projeto que traz grande inovação e a consolidação da consciência sustentável para o novo mundo.
Sobre o Instituto Favela da Paz
Claudinho Miranda há 30 anos convidou seu irmão Fábio Miranda e mais alguns amigos para montar uma banda e promove solidariedade, cultura, lazer, dentre tantos outros auxílios prestados à população da periferia do bairro Jardim Nakamura, região sul de São Paulo. Claudinho Miranda começou a fazer música com 9 anos de idade e Fábio Miranda criando os instrumentos a partir do lixo em um bairro considerado pela ONU dos EUA o mais violento do mundo durante duas décadas, e seus sonho coletivo era “Mudar o lugar sem se mudar de lá”.
Depois de criar a Banda Poesia Samba Soul, em 1989, e, a partir daí, promover arte e oportunidade para crianças e jovens, ambos criaram o Instituto Favela da Paz, em 2010, que hoje é formada por músicos, artistas independentes, articuladores culturais e os princípios que sustentam as iniciativas do instituto são os valores da comunidade, cooperar e compartilhar dons e sentimentos, fazer da escassez a abundância.
Após incêndio, espaço reabre ao público reconstruído e com conteúdo renovado
O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, será reinaugurado no próximo dia 31 de julho, reconstruído após o incêndio que o atingiu em dezembro de 2015. Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, instalado na cidade com o maior número de falantes de português no mundo, na histórica Estação da Luz, o Museu celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura. Por meio de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos, o visitante é conduzido a um mergulho na história e na diversidade do idioma falado por 261 milhões de pessoas em todo o mundo.
O Museu da Língua Portuguesa foi projetado pelo arquiteto britânico Charles Henry Driver e construído entre 1895 e 1901 pela São Paulo Railway Company. Iniciado em 2000 e inaugurado em março de 2006, o projeto arquitetônico da conversão em museu das outrora salas de escritório que ocupavam os seus interiores foi concebido por Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro. O prédio é tombado pelo Iphan, Condephaat e Conpresp.
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Fundação Roberto Marinho e tem como patrocinador máster a EDP; como patrocinadores Grupo Globo, Grupo Itaú e Sabesp; e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O ID Brasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela sua gestão.
A cerimônia oficial de inauguração, no dia 31, terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do Museu (Facebook e YouTube). A posterior abertura ao público se dará sob as restrições determinadas pelas medidas de combate à COVID-19. Os ingressos poderão ser adquiridos exclusivamente pela internet, com dia e hora marcados, e a capacidade de público está restrita a 40 pessoas a cada 45 minutos. Os visitantes receberão chaveiros touchscreen para evitar toque nas telas interativas.
Passagem para o primeiro andar, vista para um dos saguões da estação da Luz.
Uma das novidades do espaço é o Terraço, agora aberto ao público.
O conteúdo do Museu foi atualizado. Em sua exposição de longa duração, o Museu terá experiências inéditas e outras anteriormente existentes, que marcaram o público em seus 10 anos de funcionamento (2006-2015). Entre as novas instalações estão “Línguas do Mundo”, que destaca 23 das mais de 7 mil línguas faladas hoje no mundo; “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do idioma no Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que apresenta a língua portuguesa no mundo, com os laços, embaraços e a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto, o conteúdo foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, pesquisadores, artistas, cineastas, roteiristas, artistas gráficos, entre outros profissionais de vários países de língua portuguesa. São nomes como o músico José Miguel Wisnik, os escritores José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Marcelino Freire e Antônio Risério, a slammer Roberta Estrela d’Alva e o documentarista Carlos Nader. Entre os participantes de experiências presentes na expografia estão artistas como Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Laerte, Guto Lacaz, Mana Bernardes e outros.
Continuam no acervo as principais experiências, como a instalação “Palavras Cruzadas”, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil; e a “Praça da Língua”, espécie de ‘planetário do idioma’ que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada, em um espetáculo imersivo de som e luz.
Já a exposição temporária de reabertura do Museu, “Língua Solta”, traz a língua portuguesa em seus amplos e diversos desdobramentos na arte e no cotidiano. Com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos, a mostra conecta a arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano, às formas de protesto e de religião, em objetos sempre ancorados no uso da língua portuguesa.
Obra “Manuais de Liedo – lote1” – Marcelo Silveira
Painel Português do Brasil.
Novo terraço e reforço de segurança contra incêndio
Um dos principais prédios históricos de São Paulo, marco do desenvolvimento da cidade e querido por toda a população, a Estação da Luz tem uma importância simbólica única: foi uma das portas de entrada para milhares de imigrantes que chegavam ao Brasil. Era lá que eles, depois de desembarcarem dos navios em Santos, tinham o primeiro contato com a língua portuguesa.
Com a completa recuperação arquitetônica e readequação de seus espaços internos, o Museu manteve os conceitos estruturantes do projeto de intervenção original – assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro, em 2006 – e ganhou aperfeiçoamentos. No térreo, o museu abre-se à estação, reforçando sua comunicação com a cidade. Nos andares superiores, espaços foram otimizados, novos materiais foram introduzidos e o museu ganhou mais salas para suas instalações. E no terceiro piso haverá um terraço com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio. Este espaço homenageará o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu este ano. A nova versão foi concebida por Pedro Mendes da Rocha e desenvolvida nas etapas de pré-executivo e projeto executivo pela Metrópole Arquitetura, sob coordenação de Ana Paula Pontes e Anna Helena Villela.
A reconstrução também incorpora melhorias de infraestrutura e segurança, especialmente contra incêndios, que superam as exigências do Corpo de Bombeiros. Entre as novas medidas, está a instalação de sprinklers (chuveiros automáticos) para reforçar o sistema de segurança contra incêndio. No caso do Museu, os sprinklers não são uma exigência legal, mas foi uma recomendação dos bombeiros acatada para trazer mais segurança para o projeto.
Todas as etapas foram aprovadas e acompanhadas de perto pelos três órgãos do patrimônio histórico: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão de âmbito estadual; e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
Sustentabilidade: foco no selo LEED e madeira recuperada
O museu também será reaberto com certificação ambiental. As diretrizes de sustentabilidade pautaram toda a obra, e o Museu obteve o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) — um dos mais importantes do mundo na área de construções sustentáveis — na categoria Silver. Entre as medidas estão a adoção de técnicas para economia de energia na operação do museu; a gestão de resíduos durante as obras; e a utilização de madeira que atende às exigências de sustentabilidade (certificada e de demolição) em todo o Museu.
Cerca de 85% da madeira necessária para a recuperação das esquadrias foram utilizados do próprio material já existente no edifício, com a reutilização de madeira da cobertura original, datada de 1946. Já na construção da nova cobertura, foram empregadas 89 toneladas (67 m³) de madeira certificada proveniente da Amazônia.
Praça da Língua, com vídeos projetados em 360 graus.
Espaço Falares, que reúne vídeos e áudios de pessoas anônimas e famosas.
Totens interativos trazem palavras cruzadas.
CONHEÇA MAIS
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA (1º Andar)
O 1º andar do Museu é dedicado às exposições temporárias. A mostra “Língua Solta”, que traz os diversos desdobramentos da língua portuguesa na arte e no cotidiano, marca a reinauguração do espaço. São 180 peças que vão desde mantos bordados por Bispo do Rosário até uma projeção de memes do coletivo Saquinho de Lixo, com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos. Os visitantes terão contato com o embaralhamento proposto pelos curadores, conectando a arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano e às formas de protesto, de religião e de sobrevivência – sempre atravessados pela língua portuguesa. Cartazes de rua, cordéis, brinquedos, revestimento de muros e rótulos de cachaça se misturam a obras de artistas como Mira Schendel, Leonilson, Rosângela Rennó e Jac Leirner, entre outros.
EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO (2º e 3º andares)
2º andar – Viagens da Língua. Experiências:
Línguas do mundo – Em uma das novas experiências do museu, 23 mastros se espalham pelo hall do 2º andar, cada um com áudios em um idioma. São saudações, poemas, trechos de textos e canções em gravações feitas por falantes de português, espanhol, italiano, alemão, francês, inglês, russo, hindi, grego, armênio, farsi, árabe, idishe, mandarim, japonês, coreano, turco, yorubá, quimbundo, quéchua, guarani-mbyá, yanomami e basco. As línguas foram escolhidas entre as 7 mil existentes no mundo segundo os critérios de seus laços com o Brasil – principalmente pela imigração – ou por representarem diferentes regiões do mundo e suas famílias linguísticas.
Laços de família – O tema das várias línguas do mundo e sua organização em famílias segue pela parede do corredor da Rua da Língua. Um diagrama animado desenvolve-se para mostrar a evolução da família indo-europeia, da qual o português faz parte, e o parentesco entre grupos linguísticos.
Rua da Língua – A instalação que se estende por toda a Grande Galeria – mimetizando a linha do trem da Estação da Luz alguns andares abaixo – teve seu conteúdo todo renovado. Para convidar o visitante a refletir sobre a linguagem na vida urbana contemporânea, as telas “se transformam” em paredes, murais, outdoors. Como nas ruas das cidades, ali surgem a poesia-relâmpago dos fragmentos verbais eruditos e populares: expressões, provérbios, pichações, poemas, propaganda, inscrições anônimas da grande cidade, em desenhos surpreendentes. São criações de artistas como Augusto de Campos, Arnaldo Antunes, Guto Lacaz, Felipe Grinaldi, Fábio Moraes, GG (Susto), Mana Bernardes e Coletivo Bijari, a partir da consultoria especializada de José Miguel Wisnik e Antonio Risério, com roteirização de Wisnik e Leandro Lima. A experiência tem trilha sonora original de Alê Siqueira e Cid Campos.
Beco das palavras – Uma das experiências que se mantiveram no Museu, com tecnologia renovada. Nas mesas interativas, o público deve formar palavras, descobrindo, de forma lúdica, a origem das palavras da língua portuguesa e os mecanismos secretos com que nossa língua pode sempre se renovar. A consultoria é do linguista Mário Viaro, com roteirização de Marcelo Tas.
Palavras cruzadas – Um dos principais espaços expositivos do Museu desde sua inauguração, também teve sua tecnologia multimídia renovada. Oito totens interativos com recursos audiovisuais e painel explicativo expõem as influências das principais línguas e povos que contribuíram para formar o português do Brasil. A navegação pode ser feita por palavra, descobrindo sua forma e pronúncia na língua de origem, ou por povos, investigando sua cultura, tradições e sua chegada no Brasil.
O português do Brasil – Estudar o português do Brasil é também estudar a história da formação do país e de seu povo. Esta Linha do Tempo passeia por diferentes períodos históricos – desde o Império Romano e Mundo Árabe, passando pelas Grandes Navegações, influências indígenas e africanas até questões atuais – através da combinação de diferentes recursos expográficos, como vitrines com objetos, textos, depoimentos de especialistas, mapas animados, vídeos históricos e obras literárias
Nós da língua – A instalação “Nós da Língua Portuguesa”, novidade na exposição e que amplia a presença da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no Museu, tem duplo objetivo. De uma parte, mostrar a presença estabelecida da língua portuguesa no mundo: o idioma é falado hoje em cinco continentes por 261 milhões de pessoas. De outra, mapear suas novas movimentações.
Na instalação audiovisual, os pontos em comum e a diversidade que marcam a língua portuguesa no mundo são reveladas através de três eixos: o intercâmbio entre os povos com o mesmo idioma; a ruptura dos colonizados com a língua dos colonizadores; e a invenção, com as trocas que enriquecem a língua até hoje. O visitante navega pelos diferentes rostos e sotaques; imagens históricas; conflitos; paisagens; culturas e formas de comunicação que compõem as identidades dos países.
3º andar – O que quer e o que pode essa língua. Experiências:
Falares – “Falares” é como a língua se expressa nas falas do Brasil, nos territórios, nos corpos – nas gírias, na fala dos mais velhos, na linguagem das ruas, nas rezas, nas brincadeiras das crianças. Uma das novas experiências audiovisuais do Museu – com consultoria de Marcelino Freire e Roberta Estrela Dalva, roteiro e direção de Tatiana Lohman –, forma o mosaico de um Brasil diverso.
Nove grandes telas verticais – que retratam anônimos e famosos, como a cartunista Laerte – formam uma espécie de “bosque” de falares, mostrando a diversidade do português brasileiro, suas variações geográficas e socioculturais. O visitante passeia por entre as telas, percebendo diferentes aspectos da língua portuguesa viva. Os depoimentos se desenvolvem em loop, com alguma conexão entre palavras, expressões e assuntos. Uma estação multimídia permite aos visitantes aprofundar a pesquisa sobre variação linguística, com o acervo de falares do país, depoimentos sobre a língua e explicações de especialistas.
O que pode a língua – No auditório, o público é convidado a mergulhar em um filme poético sobre o desenvolvimento da linguagem e seu poder criador, concebido e dirigido por Carlos Nader.
Praça da Língua – Uma das experiências originais do Museu, a Praça da Língua, espécie de ‘planetário do idioma’, mantém parte do seu conteúdo, homenageando a língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo imersivo de som e luz.
Concebida por José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski, traz um mosaico de músicas, poesias, trechos literários e depoimentos em língua portuguesa – de Carlos Drummond de Andrade a Dorival Caymmi, passando por Fernando Pessoa, Nelson Rodrigues e Lamartine Babo –, interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele.
Rua da Língua é um corredor com mais de cem metros que recebe projeções em vídeo.
Com a energia gerada por painéis solares, equipamentos garantem abastecimento e purificam a água em regiões isoladas
A falta de acesso à eletricidade e escassez de água limpa não são dificuldades exclusivas de áreas rurais isoladas. Milhares de pessoas sofrem com problemas de saneamento nas cidades brasileiras e as bombas de água com energia solar podem modificar essa situação. Pensando em atender a todos os públicos que necessitam de acesso à água limpa, mesmo em períodos de estiagem, a NeoSolar, distribuidora de produtos para energia solar no Brasil, conta em seu portfólio com modernas bombas solares Off Grid (sem conexão à rede).
Esses equipamentos, cada vez mais comuns na cidade e no campo, conseguem levar, mesmo a locais sem energia elétrica, sistemas capazes de bombear água que podem ser instalados de modo simples, com painéis solares e cabos ligados a qualquer fonte de água, como uma represa. Para evitar contratempos e prejuízos causados pela dificuldade de acesso à água (tanto potável quanto em seu estado natural), Raphael Pintão, sócio fundador da NeoSolar, destaca que as bombas de água com energia solar fotovoltaica são soluções de extrema utilidade.
“Essas bombas não necessitam de energia elétrica para isso, já que funcionam à base de painéis solares. Uma vez funcionando, as bombas podem transportar e purificar um grande volume de água todos os dias, permitindo que populações contem com água potável para consumo e outras atividades de limpeza e higiene” – Raphael Pintão, sócio fundador da NeoSolar
Existem, ainda, as bombas solares híbridas, que operam tanto com tensões de corrente contínua – CC (painéis solares fotovoltaicos) quanto em corrente alternada – CA (geradores e rede) e, assim, permitem o backup (armazenamento de energia) para que as bombas funcionem também quando não há geração de energia solar. Ou seja, com o uso de bombas híbridas é possível realizar o bombeamento de água durante a noite, aliando equipamentos que atuam em corrente contínua – CC (painéis solares fotovoltaicos), e corrente alternada – CA (geradores e rede).
Aplicações
A bomba de água com energia solar permite uma gama de aplicações para bombeamento de água. Seu uso na irrigação permite um aumento da produtividade de até cinco vezes mesmo sem rede elétrica ou geradores; além de proporcionar o bombeamento do insumo para alimentação de animais com ganho de produtividade, confiabilidade e proteção das suas fontes.
Em residências e comunidades, os equipamentos permitem acesso a água de forma limpa e silenciosa, mesmo em locais remotos e com difícil acesso. Entre as múltiplas funções por meio da dessalinização e purificação, as bombas solares permitem a retirada e o tratamento de água em locais remotos de forma simples e econômica para irrigação ou consumo.
Atenta ao movimento do mercado, a NeoSolar já buscou soluções de energia solar para produtores rurais e pecuaristas. Recentemente realizou criação de uma loja online da NeoSolar dentro da plataforma Agrofy, um marketplace voltado ao agronegócio, presente no Brasil e outros oito países da América Latina. A empresa foi a primeira empresa a instalar um sistema de energia solar conectado à rede elétrica no Estado de São Paulo e é a principal distribuidora de equipamentos para sistemas off grid do Brasil.
Projeto integra floresta nativa e reduz ao máximo desperdícios
Localizada no condomínio Iporanga, em Guarujá – São Paulo, dentro de uma área bem protegida de Mata Atlântica original, a Casa Guarujá precisou cumprir alguns pré-requisitos por conta de sua privilegiada localização: de modo a preservar a exuberância dessa floresta nativa, a lei permite ocupar apenas 30% da superfície do terreno e o desafio para o escritório Nitsche Arquitetos era acomodar um programa que exigia não menos que 450 m2 para ser construído. Para conseguir isso, foi necessário dividir o programa em três níveis.
O lote de 1.310m² com inclinação constante de 14% permitiu a inserção de um porão, coberto por uma laje de concreto, no qual localizam-se a garagem, áreas técnicas, sauna e spa; estes últimos com vista para a mata no exterior. Há também uma pequena acomodação para um casal de empregados, uma lavanderia e um depósito.
Quatro pilares de aço elevam o volume dos quartos definidos por duas Pratt Truss, criando um espaço livre entre o primeiro andar e o porão. As janelas do quarto se abrem para o topo das árvores e a sombra criada por essa estrutura define a área social. O andar central se constitui por um espaço quase inteiramente aberto, protegido por painéis deslizantes de vidro transparente, permitindo que a floresta seja vista em todos momentos. Painéis camarão de cimento garantem a privacidade, trazendo também dinamismo à fachada. As grandes portas de correr de vidro permitem que os quartos e a cozinha se misturem com um espaço externo coberto, dissolvendo os limites entre interior e exterior, fazendo com que todos os espaços desse nível se integrem.
A construção configurou-se mais como montagem de peças do que processo in loco, reduzindo o desperdício no canteiro de obras e agilizando a construção, tendo em vista a área de trabalho limitada, utilizando os materiais industrializados de forma mais eficaz possível. Garagem é em concreto aparente com sistema de laje tipo cubeta moldada in loco e os materiais em destaque são concreto, aço e vidro. Estruturas metálicas da Engemetal, painéis da fachada da Soltis , marcenaria de Leonhardtdecor e iluminação da Reka.
Principal evento voltado para os mercados de construção civil e arquitetura na América Latina adia edição
A RX (Reed Exhibitions), responsável pela organização e realização da FEICON, comunica o adiamento do evento para 2022. Programada anteriormente para setembro de 2021, a próxima edição será realizada de 29 de março a 1º de abril de 2022, no São Paulo Expo, em São Paulo.
A medida tem como base a reavaliação do cenário atual da pandemia de Covid-19 no Brasil e na cidade de São Paulo, bem como as medidas restritivas do Governo do Estado de São Paulo para o setor de eventos ainda sem previsão de término, e está alinhada com as expectativas e recomendações de entidades e empresas do setor.
A RX continuará a disponibilizar, ao longo de 2021, oportunidades de interação com o setor pela plataforma digital do evento, que produz conteúdo exclusivo e promove discussões relevantes sobre os desafios e as tendências do mercado da construção.
Esta conexão digital está alinhada à estratégia da RX de promover o relacionamento entre expositores e visitantes de forma constante, durante 365 dias por ano, seja no ambiente virtual ou em grandes eventos presenciais. Assim será também a FEICON em 2022, que contará com projetos que estimulam a inovação e a sustentabilidade no setor da construção.
Espécies como pinus e eucalipto estão entre as mais procuradas; processos de tratamento e manutenção garantem durabilidade e resistência para diversas aplicações
As madeiras de plantio (também chamadas de madeiras de reflorestamento) oferecem resistência e durabilidade tão boas quanto aquelas de madeiras nativas, além de sua característica inerente de sustentabilidade – motivos pelos quais têm se tornado uma excelente solução na construção civil. A afirmação não é somente um detalhe técnico, mas algo reconhecido pelo mercado.
De acordo com a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), entidade que representa o setor no Brasil, a indústria de base florestal fechou 2019 com US$ 10,3 bilhões de saldo na balança comercial, segundo melhor resultado dos últimos 10 anos. Atualmente, são cerca de 9 milhões de hectares de árvores plantadas, com espécies como eucalipto, pinus, araucária, paricá e teca.
“Hoje a indústria de preservação de madeiras possui padrões de qualidade que garantem o ótimo desempenho de seus produtos, inclusive para estruturas de edifícios com base em madeira de reflorestamento”, comenta Silvio Lima, gerente comercial da Montana Química, multinacional brasileira especialista em proteção, tratamento e preservação de madeira.
Todos esses benefícios vêm com as vantagens estéticas e de conforto que a madeira oferece. Por exemplo, se antes pensávamos em encontrar a proteção superior contra brocas, cupins e umidade era uma exclusividade de madeiras de matas nativas, o cenário mudou por conta de técnicas e tratamentos aplicados na madeira de plantio. Tanto dentro do processo industrial, quando essas madeiras são submetidas a impregnação de preservativos com funções preventivas contra xilófagos, quanto nas etapas de construção, dentro do canteiro de obras ou nas residências com a utilização de acabamentos com funções preventivas para madeira. Existem hoje no Brasil normas técnicas da ABNT, como a NBR 16.143 (Categorias de Uso), que apoiam os usuários e profissionais do setor para que eles possam fazer as melhores escolhas para seus projetos.
Lima explica que, antes de mais nada, para escolha da melhor madeira a ser utilizada em um projeto, é importante entender qual será a sua condição de uso. “Com essa informação podemos definir qual a melhor madeira, produtos e processos que deverão ser utilizados, conferindo ao projeto a segurança, conforto e qualidade necessários.” O segredo não está apenas no tratamento industrial, mas também na manutenção e no acabamento, com produtos que, além de garantir visual superior às superfícies, também contribuem com a proteção. Com tratamento industrial e manutenção corretos, uma madeira que poderia durar de quatro a cinco anos pode passar a ter uma vida útil de 15 a 20 anos, e dependendo da aplicação, até mesmo 30 anos.
Variedades e melhores aplicações
AROEIRA, MACAÚBA E ITAÚBA – apresentam excelente resistência contra cupins e brocas.
CHAMPANHE, PEROBA IPÊ E TECA – madeiras densas e duradouras, utilizadas quando necessitamos de mais resistência mecânica e contra elementos do clima, como sol e chuva. São boas opções para pilares, decks e outras estruturas, principalmente em ambientes externos. Ipê é uma das variedades mais empregadas.
MAÇARANDUBA E SUCUPIRA – ambas oferecem boa resistência contra umidade. Ideais para ambientes úmidos, nos quais há possibilidade de ataque de fungos à superfície.
GARAPEIRA – oferece facilidade de processamento industrial. Por isso, aceita diversos tipos de acabamento e é atrativa para personalização por parte dos consumidores.
PINUS E EUCALIPTO – espécies mais comuns de madeira tratada industrialmente, acabam reunindo todos os atributos das anteriores, além de preço geralmente mais baixo e sustentabilidade (por serem florestas plantadas, há um ciclo de reposição das árvores que não agride o meio ambiente)
O programa SO+MA Vantagens tem como objetivo impulsionar a reciclagem de resíduos na capital, além de retribuir à população participante com produtos essenciais ou cursos profissionalizantes
O Programa SO+MA Vantagens, desenvolvido pela startup SO+MA em parceria com a Prefeitura e patrocinado pelo Grupo HEINEKEN no Brasil, ganha mais um capítulo com sua expansão na cidade. Neste mês, foram inauguradas 10 novas unidades de coleta de materiais recicláveis na capital baiana, visando promover a economia circular e oferecer benefícios reais para atitudes socioambientais. Isso porque, com o descarte, a população participante pode acumular pontos e trocá-los por produtos ou serviços, como cursos profissionalizantes, alimentação básica e itens de higiene, auxílio de grande importância, em especial, para pessoas em situações de vulnerabilidade durante o período de pandemia.
O projeto busca construir diálogo e reforçar hábitos. “Queremos continuar estimulando boas-práticas e mostrar que comportamentos benéficos, como o hábito da reciclagem, por exemplo, geram impacto positivo na comunidade”, comenta Claudia Pires, fundadora da SO+MA. Além disso, desde o início da pandemia, o projeto teve alta de procura por famílias que viram no SO+MA Vantagens uma oportunidade de complementar sua renda. “Percebemos um aumento significativo da demanda durante o último ano, pois o projeto serve também como apoio às famílias que ficaram em situação de vulnerabilidade devido ao impacto do novo coronavírus na economia” complementa a executiva.
O Grupo HEINEKEN é um dos principais parceiros do programa, que vem atuando em conjunto desde a concepção do projeto. “Nós acreditamos na importância deste programa como um catalisador de mudança social e ambiental, pois ele olha não apenas para a gestão de resíduos, mas também para o desenvolvimento da comunidade local. Por meio dessa parceria, queremos fomentar o diálogo em relação a temas importantes, além de gerar oportunidades e capacitar a população”, afirma Ornella Vilardo, Gerente de Sustentabilidade do Grupo HEINEKEN no Brasil.
O SO+MA Vantagens já impactou mais de 6.000 famílias e tem como principal objetivo engajar temas relevantes na comunidade local, como educação ambiental, prática de reciclagem e destinação correta dos resíduos. Além do aprendizado, a população envolvida é beneficiada com produtos e serviços a partir da troca de pontos que se somam de acordo com o material descartado: garrafas PET, latas de alumínio, plástico, ferro, papel, papelão, vidro e óleo usados. Os pontos de descarte disponíveis no programa são os únicos habilitados a receber vidro na cidade, pois sua reciclagem é peculiar e requer um cuidado ainda maior em sua destinação.
PIONEIRISMO NA CIRCULARIDADE DO VIDRO
Até a implementação do SO+MA Vantagens, em 2019, Salvador não contava ainda com um processo claro sobre o tratamento do vidro descartado pelos consumidores. Após conseguir estabelecer a confiança e os processos necessários para as indústrias e cooperativas, unindo todos os atores da economia circular do início ao fim do processo, o programa foi responsável por implementar a Cadeia do Vidro localmente, com validação e rastreamento de todos os materiais utilizando o blockchain (tecnologia de registro de transações), oferecendo às cooperativas mais uma oportunidade de renda e desenvolvimento da economia circular.
O blockchain é uma rede que funciona com blocos encadeados muito seguros, que carregam as informações sobre todas as transações pelas quais determinado item passou. No Programa SO+MA Vantagens, por exemplo, é a produção, venda ou descarte do material. O método visa oferecer garantia em relação ao resíduo que foi entregue pelo consumidor, destinado corretamente para a reciclagem e retornado ao mercado como uma nova embalagem para consumo, com todas essas informações devidamente registradas. Hoje, este é o único programa em Salvador habilitado para receber vidro, um dos resíduos com maior volume na cidade, e são direcionados para a Indústria Vidreira do Nordeste (IVN), localizada em Estância (SE).
Até o momento, foram mais de 311,5 toneladas de resíduos desviados do aterro e encaminhados corretamente para reciclagem. Outros impactos ambientais positivos já identificados são:
Economia de 906.605,985 KWh de energia. O suficiente para abastecer 108.706 residências por um dia com energia elétrica. (8,34 KWh/residência dia);
Menos 2.928.033,057 litros de água utilizados na produção de novas embalagens. O equivalente para atender 16.267 pessoas por um dia com água. (180L hab/dia);
815.908,750 litros de água deixaram de ser contaminados por óleo. Foram entregues 2.619 litros de óleo;
Menos 1.501.769,548 Kg de CO2 emitidos. Compensando a emissão de gás carbônico equivalente ao consumo de 288.802 pessoas durante um dia (5,2 Kg/dia por pessoa);
Uma linha completa de produtos para agregar qualidade, sustentabilidade e desempenho ao seu projeto
Há mais de 25 anos no mercado, e com uma ampla linha de produtos para atender desde a alvenaria à pavimentação, a PRESTO destaca-se como uma das maiores fabricantes de blocos, pisos, placas, guias e permeáveis de concreto do país. Dentre seus produtos, os permeáveis de concreto PRESTO tem ganhado cada dia mais a cena entre os arquitetos por unir qualidade e sustentabilidade a uma ampla gama de formatos e cores, perfeitamente adaptáveis às mais diversas especificidades de projeto.
A linha de permeáveis é composta por pisos e placas de concreto que permitem a passagem de água da superfície ao solo, facilitando a drenagem, evitando o acúmulo de água e fazendo com que a água atinja às camadas mais inferiores do solo, alimentando os lençóis freáticos, reduzindo o impacto da pavimentação no meio ambiente ou até sendo a solução de coleta de água de chuva para reuso.
Além do compromisso ambiental, também é uma linha de instalação simplificada, com baixo custo de manutenção e design criativo em 5 formatos e 7 cores diferentes, ideal para calçadas, jardins, praças e estacionamentos.
A PRESTO está capacitada para atender sua obra do início ao fim, com o mais elevado padrão de qualidade, fornecendo produtos em conformidade com as normas ABNT, e com selo do INMETRO.
Multinacional brasileira estimula a consciência sobre boa utilização de recurso hídricos, tema central do filme
O Grupo Tigre, multinacional brasileira, líder em soluções para construção civil e cuidado com a água, e seu braço social, o Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH), patrocinam “O Futuro das águas, desafio do século”.
O documentário, dirigido por Camilo Tavares, diretor premiado na França e EUA e com experiência na TV Globo e Canal Futura, e produzido por Nexo Filmes e Lavoura Santa, apresenta os principais desafios e soluções relacionados à gestão da água no Brasil, com destaque para o estado e a cidade de São Paulo. Com uma visão crítica dos desafios hídricos atuais, o filme aponta soluções que mostram bons exemplos na gestão do saneamento e reuso de água em prédios comerciais e na indústria.
“A ideia inicial veio da necessidade de produtos audiovisuais que fomentem uma tomada de consciência perante os recursos híbridos. Agora temos uma chance, com o novo marco do saneamento, de gerir melhor a questão e adotar o modelo da economia circular. A partir daí, fizemos o documentário com o patrocínio cultural da Tigre e o ICRH. Espero que estimule a consciência de todos” – Camilo Tavares, diretor de “O Futuro das águas, desafio do século”
Com duração de 29 minutos, o curta-metragem traz depoimentos de especialistas do setor hídrico. Entre eles está Ewerton Pereira Garcia, diretor da Tigre Água e Efluentes (TAE) que fala sobre um dos grandes temas para reflexão nesta Semana Mundial do Meio Ambiente: a boa utilização da água: “No Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não têm acesso à rede coletora de esgoto, segundo dados do Instituto Trata Brasil. Atender a esse desafio envolve disponibilizar unidades de tratamento cada vez menores com potencial para substituir fossas sépticas e biodigestores, contribuindo para a ampliação do saneamento básico”, declara Garcia.
A previsão é de que o documentário estreie nacionalmente, em TV aberta, em agosto.