Coleção reinterpreta São Paulo a partir de tapetes e tapeçarias

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Série assinada por Ricardo Abreu remonta a capital paulista a partir de projetos urbanísticos e paisagísticos feitos para a cidade.

 

Como seria São Paulo se projetos urbanísticos e paisagísticos para diferentes pontos emblemáticos da capital tivessem saído do papel? Foi a partir dessa reflexão que surgiu a coleção Urbano, assinada pelo arquiteto Ricardo Abreu para a by Kamy Verde.

Com sete peças já desenvolvidas, a série apresenta recortes icônicos da cidade reinterpretados a partir de projetos que poderiam ter transformado São Paulo com verdadeiros tapetes vegetais, apresentando a riqueza arquitetônica e ambiental – muitas vezes negligenciada – da metrópole, enriquecendo-a com cores vibrantes e texturas envolventes.

“Os tapetes representam parques lineares que poderiam conectar o indivíduo à cidade, criando espaços de convívio e harmonia. A perspectiva da cidade é aérea porque é partir deste olhar, com a cidade sob os nossos pés, que nos deparamos com a imensa escassez de conexões verdes. Assim como um tapete na sala de estar sinaliza o principal lugar de um núcleo familiar, o lugar de convívio e conexão entre as pessoas, esses pontos são potencialmente capazes de conectar o indivíduo com a cidade” –  Ricardo Abreu.

 

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Além da proposta conceitual, as peças da Urbano são produzidas de forma artesanal por meio de fragmentos de outros tapetes. Esses fragmentos são reaproveitados pela by Kamy Verde, que promove o design 360° e a sustentabilidade ao criar peças exclusivas. As diversas técnicas empregadas nos tapetes e tapeçarias resultam em combinações únicas de cores e texturas, enriquecendo ainda mais a expressividade do design têxtil.

Considerado um dos nomes mais promissores da arquitetura brasileira, Ricardo Abreu se destaca pela irreverência e criatividade. A parceria com a by Kamy na coleção Urbano é reflexo dessa busca constante por excelência e qualidade em seus projetos.

Com uma abordagem contemporânea e inovadora, Ricardo é reconhecido nacional e internacionalmente. A já premiada carreira deste jovem arquiteto inclui o troféu do The Architecture MasterPrize, na categoria de Design de Interiores, pelo “Loft Fétiche” para CASACOR São Paulo 2019; e o Prêmio Internacional TILE Brasil Projeto 2019, na categoria Retrofit, com a Casa Guaratinguetá. A Urbano é a primeira coleção de design assinada por Ricardo Abreu e celebra a união entre a arquitetura e a natureza.

 

Conheça cada uma das peças

URBANO TIETÊ BKV
4,00 X 1,90 m

Alvo de inúmeros projetos de paisagismo e urbanismo nunca concluídos, o tapete Urbano Tietê simboliza o oásis de vida e bem-estar que esse trecho de São Paulo poderia proporcionar, conectando diferente pontos da capital por meio da natureza. É um convite para almejar uma cidade onde a revitalização efetiva da sua hidrografia é uma realidade.

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URBANO PARAISÓPOLIS BKV (2023)
5,00 x 3,50m

Uma das duas maiores favelas de São Paulo e entre as seis maiores do Brasil, Paraisópolis é interpretada neste tapete, que sugere uma conexão mais fluída com a metrópole e a natureza, destacando as potencialidades arquitetônicas e culturais efervescentes nessa comunidade.

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URBANO DOM PEDRO BKV (2022)
4,00 x 2,00 m

No coração da cidade de São Paulo, o Parque Dom Pedro é cortado por diversos viadutos e as mais variadas linhas de transporte público. Uma enorme mancha verde com potencial de conexão do pedestre com a cidade, mas que hoje se encontra completamente abandonada.

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URBANO NOVA AUGUSTA BKV (2023)
2,50 x 2,50 m

A rua Augusta frequentemente é objeto de diversos projetos de reurbanização. A criação de ilhas de conforto nos cruzamentos das ruas priorizaria o pedestre, que se vê engolido pela massa construída nesta região da cidade.

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URBANO NOVA PAULISTA BKV (2022)
3,00 x 1,70 m

O tapete “Nova Paulista” é uma interpretação artística da icônica Avenida Paulista, coração pulsante da cidade de São Paulo. Inspirado na vibrante atmosfera urbana dessa região emblemática, o tapete representa uma Paulista mais verde, que abraça a cultura e as pessoas que transitam por essa avenida tomada por arranha-céus.

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URBANO MINHOCÃO BKV (2022)
4,30 x 3,10 m

Uma interpretação artística e inspiradora do icônico Elevado Presidente João Goulart, popularmente conhecido como Minhocão. Neste projeto, o tapete reimagina o espaço urbano do Minhocão como um exuberante parque linear, onde o concreto e o cinza dão espaço ao harmonioso diálogo entre a natureza e o convívio urbano.

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URBANO MARGINAL BKV (2022)
4,30 x 2,21 m

Talvez por estar mais próxima do centro financeiro da capital paulista, a Marginal Pinheiros foi uma das regiões que mais receberam intervenções urbanísticas e paisagísticas nas últimas décadas. Dos inúmeros planos de plantio de árvores, ciclovias, transporte público e despoluição do rio, pouco se avançou efetivamente. Ao menos no plano imaginativo, aqui se faz um exercício de se pensar em uma marginal viva, dinâmica e integradora.

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Imagens: Emerson Alves e Divulgação

Crea-SP confere posse à primeira mulher na Presidência

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Engenheira Lígia Marta Mackey é sucessora do presidente Vinicius Marchese, que assumirá o Confea.

 

Os quase 90 anos de história do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) foram marcados, nesta quinta-feira (14/12), por um momento único e histórico: a posse da primeira mulher eleita para presidir a autarquia. A engenheira civil Lígia Marta Mackey assume o cargo apenas em 1º de janeiro para a gestão de 2024 a 2026, mas já soma apoios entre profissionais registrados, entidades de classe e poder público.

“Estar aqui, sendo empossada como a primeira mulher eleita em 89 anos de Crea-SP, é um grande desafio para mim. Espero inspirar outras profissionais que desejam e precisam assumir cargos de liderança a acreditarem em seus potenciais” – Lígia Marta Mackey.

A nova presidente do Conselho paulista falou ainda da sucessão ao mandato do atual presidente Vinicius Marchese. “A data de hoje tem um outro significado muito especial. É o reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado há sete anos e precisa ter continuidade”, defendeu Lígia.

 

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Marchese assumirá, também em janeiro, a Presidência do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Essa semana ele foi diplomado em Brasília e, na ocasião, contou como foi a campanha em que percorreu todos os estados brasileiros e Distrito Federal. “Podem ter certeza que o Confea será pautado com base nesse conhecimento para que essa estrutura, que precisa elevar o nível de prestação de serviço aos profissionais, alcance verdadeiramente a sociedade”. Ter em São Paulo alguém de sua confiança contribuirá para isso. “É muito melhor para todo mundo quando trabalhamos em um espírito de entrega e de coletividade”, afirmou o engenheiro.

Além deles, também foram empossados, em Brasília, os conselheiros federais engenheiro Daniel Montagnoli Robles, como titular, e geólogo Ronaldo Malheiros Figueira, como suplente, que representarão São Paulo no Plenário do Confea. Na capital paulista, quem mais tomou posse dos cargos, em reeleição, foi a diretoria da Caixa de Assistência aos Profissionais do Crea-SP (Mútua-SP), composta pelos engenheiros Renato Archanjo de Castro, diretor geral; Cláudia Aparecida Ferreira Sornas Campos, diretora financeira; e Ronaldo Florentino dos Santos, diretor administrativo.

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem: Divulgação.

Tijolo Permeável na Construção Civil

Foto Divulgação

Material poroso, fabricado com resíduos cerâmicos, pode contribuir para reduzir alagamentos nas cidades.

 

Na busca pelo desenvolvimento de produtos mais circulares, a empresa chinesa Yi Design vem criando diferentes tijolos a partir de materiais reciclados. Os produtos são alternativas construtivas para um grande problema do setor: a geração de resíduos cerâmicos. Cerca de 18 milhões de toneladas de resíduos cerâmicos são produzidos todos os anos na China, segundo a Yi Design. Com sede em Jingdezhen, a capital da cerâmica do país, o grupo desenvolveu o YiBrick, um tijolo permeável composto por mais de 90% de cerâmica reciclada. A produção do material ainda inclui águas residuais e o pó fino da trituração dos resíduos brutos.

 

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Além de seu impacto ambiental positivo, o produto possui uma variedade de cores, texturas e acabamentos. Isso permite que o tijolo tenha um amplo potencial de aplicações, desde decoração de interiores até construção. Devido à sua permeabilidade à água, por exemplo, o produto pode ser usado como infraestrutura pública na construção de cidades-esponja ou em qualquer lugar propenso a alagamentos.

O YiBrick foi desenvolvido sobretudo para pisos e a empresa criou mais outras duas alternativas para paredes: YiBrick Handmade e o YiTile. O primero é voltado para paredes internas e fachadas, são tijolos artesanais feitos com materiais 100% reciclados. Os esmaltes são feitos com biomassa reciclada e cinzas volantes, além de resíduos de construção. Já o YiTile é feito com mais de 70% de materiais reciclados e as cores podem ser personalizadas.

Desde 2021, quando a empresa foi lançada, 82 toneladas de resíduos já foram desviadas de aterros e transformadas em tijolos. A Yi Design também já recebeu diversos prêmios em reconhecimento pela inovação do material criado. No mais recente deles, o projeto foi selecionado na categoria de design sustentável do Dezeen Awards 2023.

 

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Imagens: Divulgação

Entre cheios e vazios

Traama Arquitetura Casa Cor KA fotógrafa Júlia Tótoli IMPRESSÃO Easy Resize com

Projeto destaca elementos de propósito bem definido, enfatizando a importância do essencial na criação de uma arquitetura sólida e significativa.

 

O escritório Traama Arquitetura (@traama.arq), comandado pelas arquitetas Amanda Saback e Ana Luiza Veloso, ficou encarregado de projetar e construir uma residência do zero, de forma aconchegante e funcional. A família é composta por um casal, seus dois filhos adultos e dois gatos. Os moradores desejavam que a casa contemplasse três suítes, um quarto de hóspedes, sala, cozinha e gourmet integrado. Além disso, solicitaram lavanderia, uma sauna e piscina.

A casa de Arniqueiras, região administrativa do Distrito Federal, é um projeto de arquitetura que vai além de luxuosos materiais, destacando-se pela ênfase na planta bem resolvida e funcional, conforto térmico, aproveitamento da luz e ventilação natural. Com seus 400 m², a residência incorpora elementos de design que criam movimento e funcionalidade.

As fachadas exibem uma interação marcante entre cheios e vazios, formas e linhas precisamente alinhadas. Na fachada principal, as aberturas se integram às ripas, proporcionando um aspecto limpo e privativo à entrada da casa. Enquanto isso, a fachada posterior apresenta amplas superfícies envidraçadas, que facilitam a apreciação do jardim e a entrada de luz natural.

Uma consideração importante no projeto foi a topografia do terreno, que não apresentava uma inclinação acentuada. Essa condição permitiu posicionar a construção mais próxima a via de acesso, liberando espaço para um jardim e área de lazer otimizados.

 

Traama Arquitetura Casa Cor KA fotógrafa Júlia Tótoli IMPRESSÃO Easy Resize com

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O fluxo dentro da casa começa com a opção de dois acessos: um de serviço que leva diretamente à lavanderia e à cozinha, e um social que conduz fluidamente os moradores à sala ou à escada. A posição estratégica da escada, logo em frente à porta de entrada, agiliza o acesso à área íntima.

A cozinha, concebida como o coração da casa, desfruta de uma localização central e é integrada à área de lazer, tornando-se um ponto de encontro para a família e amigos. Na sala, o pé direito duplo, a escada helicoidal e a adega se harmonizam para criar um ambiente marcante. Grandes aberturas em vidro inundam o espaço com luz natural, criando um ambiente acolhedor e confortável.

 

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Na área externa, a escolha de poucos revestimentos contribui para uma estética atemporal e evita excessos. Portas de vidro controlam a integração entre o interior e o pátio, enquanto a piscina reforça a
conexão visual entre os espaços.

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Imagens: Júlia Tótoli

 

COP 28 define compromisso de triplicar as fontes renováveis

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Metas estabelecidas até 2030 têm apoio do setor solar brasileiro e podem abrir caminhos para maior liderança do País na transição energética.

 

O compromisso de triplicar o uso de energias renováveis no mundo e de duplicar a eficiência energética até 2030, conforme documento assinado na COP28, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, traz uma grande oportunidade para o Brasil se posicionar como liderança e protagonista neste processo, a partir de seus vastos recursos naturais renováveis. A capital reuniu líderes mundiais de 30 de novembro a 12 de dezembro para traçar um caminho ambicioso na luta global contra as alterações climáticas.

A avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Para a entidade, que participou de uma série de eventos, encontros e debates ao longo da COP 28, representada pelo seu conselheiro Rodrigo Pedroso, o acordo reconhece o papel estratégico das energias renováveis na redução de emissões de gases de efeito estufa e no combate às mudanças climáticas.

 

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Pnud/Manuth Buth Estudantes plantam manguezais num esforço para mitigar os danos na costa do Camboja

 

Um dos pontos de atenção, segundo a ABSOLAR, é a ausência de um compromisso explícito de eliminação gradativa dos combustíveis fósseis. Na visão da entidade, este cenário não é insuficiente para limitar o aumento da temperatura global, ameaçando intensificar eventos climáticos extremos e os danos decorrentes do aquecimento global.

A entidade espera que os compromissos assumidos pelos países evoluam na COP 29, no Azerbaijão, em 2024. “As fontes renováveis, em especial a solar fotovoltaica, saem muito fortalecidas da COP 28, com um compromisso claro dos governos de 119 países, de ampliar o seu uso ainda nesta década. Sem as renováveis, a meta de manter em 1,5º C o aquecimento do planeta, conforme determinado no próprio Acordo de Paris, de 2015, seria inatingível”, destaca Pedroso.

“Nesta COP 28, ficou evidente que muitos países planejam estar, em décadas, num patamar de desenvolvimento de fontes renováveis que o Brasil já possui hoje. Além disso, foi consenso que a Amazônia é um dos maiores ativos ambientais do Brasil e precisa transformar este potencial em desenvolvimento socioeconômico para a região e suas populações”, complementa.

Para o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, diante do acordo assinado na COP 28, a entidade e o setor solar brasileiro estão comprometidos e prontos para acelerar a descarbonização do Brasil. “Com a combinação das tecnologias sustentáveis solar fotovoltaica, armazenamento de energia elétrica e hidrogênio verde podemos, em pouco tempo, impulsionar o desenvolvimento social, econômico e ambiental, com a geração de milhares de novos empregos verdes, trazendo mais renda para os trabalhadores e a população”, conclui Sauaia.

 

Indicadores da energia solar no Brasil

O País acaba de ultrapassar a marca de 36 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 16,3 % da matriz elétrica nacional.

Desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 174,3 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 48,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou cerca de 1,1 milhão de empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 44 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

 

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O que é uma ‘COP’?

As Cúpulas do Clima da ONU são reuniões anuais de alto nível governamental focadas na ação climática. São também referidas como COPs, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, Unfccc.

A convenção da Unfccc entrou em vigor em 21 de março de 1994 para evitar interferências humanas “perigosas” no sistema climático. Hoje, ratificada por 198 países, tem adesão quase universal. O Acordo de Paris, adotado em 2015, funciona como uma extensão dessa convenção e desde sua adoção as conferências subsequentes focaram na implementação do seu objetivo principal: Limitar o aumento da temperatura média global para bem abaixo dos 2°C e avançar nos esforços para limitar o aumento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

 

Como a COP28 contribuirá para a luta global contra as mudanças climáticas?

Quase oito anos após o Acordo de Paris e na metade do caminho da Agenda 2030, a COP28 é uma oportunidade para estabelecer num novo caminho para uma ação climática eficaz. Como mostram vários relatórios da ONU, o mundo não está na direção certa para cumprir os objetivos do Acordo de Paris.

Em 2020, cada país apresentou os seus planos nacionais de ação climática destinados a reduzir as emissões e avançar na adaptação aos impactos das mudanças climáticas. Com a próxima rodada destes planos planejada para 2025, o resultado do processo de Balanço Global poderá encorajar os países a aumentar a ambição e a definir novas metas, indo além das políticas e compromissos existentes.

Com várias questões em jogo, a conferência em Dubai é tida como um momento decisivo para transformar os planos climáticos em ações ambiciosas e virar o jogo contra a crise climática.

 

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ONU/Mark Garten O secretário-geral da ONU, António Guterres (no centro), visita a base Frei Antártica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes: Nações Unidas e Absolar
Imagens: OMM/Fouad Abdeladim, Pnud/Manuth Buth, ONU/Mark Garten e Divulgação.

 

Casa e Mercado promove Ciclo de Palestras na Belas Artes

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Ciclo de Palestras promovido pela CM pretendeu fomentar aprendizados aos alunos do Centro Universitário Belas Artes e permitir um diálogo aberto entre bem sucedidos escritórios do cenário atual e futuros profissionais.

 

Na primeira quarta-feira do mês de dezembro, a Casa e Mercado promoveu, junto ao Centro Universitário Belas Artes, um ciclo de palestras destinadas aos alunos sobre os seguintes assuntos: Arquitetura, Urbanismo e Design. A ocasião contou com a especial participação do estúdio ACIA Arquitetos e dos escritórios BLOCO Arquitetos e TRIPTYQUE Architecture. No final de cada apresentação foi aberto um bate-papo para perguntas e respostas no momento presente, enriquecendo a experiência dos alunos e palestrantes.  

Em síntese, os principais assuntos abordados pelos primeiros profissionais em palco, da ACIA Arquitetos, navegaram sob o tema “O Futuro das Cidades”. Fabio Aurichio e Ricardo Baddini, Sócios-fundadores do estúdio, iniciaram a apresentação comentando sobre como o período pandêmico do Covid-19 afetou a convivência humana e transformou o cenário atual urbano, sinalizando que se estabeleceu em sociedade um certo “efeito pendular” (ficar indo de um ponto ao outro). A apresentação dos arquitetos então sugeriu algumas ideias e reflexões sobre como melhorar esse impasse e assim regenerar a comunidade, colocando a cidade como fomentadora de integrações. A policentralidade também foi levada em pauta como um modelo humano – a cidade de 15min, o Plano de Paris: viver, trabalhar e prosperar sem grande deslocamento.

“As cidades devem se adaptar às pessoas, transformando os espaços em “placemaking” – que significa criar lugares, mas o conceito vai muito além dos espaços físicos. Essa abordagem tem o objetivo de transformar bairros, cidades e regiões. E o foco dessa transformação é a conexão entre as pessoas, ou seja, o futuro das cidades é pelo caminho da humanização!” –  Fabio Aurichio, sócio-fundador da ACIA Arquitetos. 

 

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Logo em seguida, o escritório BLOCO Arquitetos, formado pelo trio Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho, discutiram sobre questões de  “Processo e Identidade”. Diante disso, apresentaram cases singulares, esmiuçando projetos e técnicas utilizadas na elaboração de cada um deles. Dentre alguns destaques, o sistema “Off Grid” – sistema isolado e autônomo que tem como principal característica o “auto sustento”, ou seja, um sistema não conectado à rede elétrica que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver outro meio de produção; e a “Fossa Ecológica” – um sistema de tratamento de esgoto que utiliza processos naturais para a decomposição da matéria orgânica sendo uma alternativa à fossa séptica, que utiliza produtos químicos para o tratamento do esgoto. 

O projeto da Casa Bacuri, que pertence a Mariana Siqueira, foi um dos mais detalhados pelos sócios. Os arquitetos relataram os desafios de criação, trazendo aos espectadores um pouco das soluções elaboradas às demandas solicitadas. O ideal, por exemplo, era conseguir manter as árvores do local e otimizar os recursos disponíveis, como criar uma estrutura de madeira laminada para coletar a água da chuva, que posteriormente teria usos diversos. “Tivemos a ideia de dar o nome à casa de Bacuri, que faz referência a uma planta do cerrado, por ser muito resistente”, explicaram. 

“Uma coisa que a gente tenta é não chegar com uma ideia pré concebida. Queremos primeiro entrar no lugar, sentir o lugar, pois ele é que orienta nosso trabalho. As ideias são projetos que não tenham o que ser tirado deles, ou seja, os princípios continuam sendo os mesmos, de repetição e adaptação de linguagem.” – BLOCO Arquitetos

 

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Por fim, foi a vez da TRIPTYQUE Architecture que trouxe como tema central “O Vocabulário Sustentável”. Gustavo Panza, diretor de Arquitetura do escritório, apresentou a história da arquitetura e da própria TRIPTYQUE, apontando estratégias e modificações que ocorreram com o tempo. Para conduzir a conversa no momento atual, foram citadas teorias e dados de pesquisas, apontando características e singularidades da Arquitetura Européia e Brasileira. Gustavo contou sobre como sua experiência no “Xingu” o ensinou a trabalhar com elementos mais sustentáveis e os desafios de aplicar tais conceitos. Dentre alguns projetos que melhor ilustram as premissas do escritório, Edifício De Uso Misto, Conjunto Modular e Conjunto Multifamiliar,  destacou o retrofit na Cidade Matarazzo.

“As cidades foram sendo geradas com discrepância e mal planejamento fazendo com que haja uma forte resiliência à natureza. Por isso, realmente procuramos meios mais sustentáveis.” –  Gustavo Panza, diretor de arquitetura da TRIPTYQUE Architecture. 

 

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Por Redação
Imagens: Phoética

 

OrçaFascio lança solução para projetos estruturais integrado a softwares da Autodesk

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O plugin OF Estrutural OrçaFascio automatiza o detalhamento das estruturas, otimizando tempo e recursos.

 

OrçaFascio, construtech líder em tecnologia para orçamentos de obras, anunciou a chegada de mais uma nova solução para contribuir com a inovação do setor. Com o OF Estrutural, plugin voltado para o projeto estrutural da obra, é possível, ao mesmo tempo, ir documentando e criando um modelo computadorizado da estrutura planejada, realizando simulação de uma construção de verdade que permite uma melhor precisão e agilidade para extração de tabelas, lista de materiais e até de orçamentos a partir do método BIM, podendo reduzir o tempo de detalhamento da estrutura em até 80%.

Atualmente, o Revit e o TQS, softwares BIM para arquitetura, urbanismo, engenharia e design, são os principais aliados dos projetistas para desenvolver o projeto da estrutura de maneira mais eficiente e ágil. Porém, mesmo com o uso da ferramenta, o detalhamento checa um elemento por vez, e esse processo leva horas. O OF Estrutural é um plugin desenvolvido pela OrçaFascio que automatiza o detalhamento, uma vez que o engenheiro alimenta o plugin dentro do Revit, apontando qual é a estrutura e assim o sistema replica para tudo que for igual.

“O que estamos fazendo é transformar um dos trabalhos mais difíceis, cansativos e passíveis de erro do engenheiro em algo muito mais automatizado. Nossa estimativa é que ao invés desse profissional passar uma semana trabalhando no projeto, consiga fazer esse mesmo trabalho em apenas uma tarde usando o plugin. Estamos trocando uma quantidade gigante de horas de dedicação por uma otimização do tempo desse profissional, deixando também o detalhamento do projeto o mais claro possível para que os engenheiros na obra evitem erros e falhas na estrutura” – Antonio Fascio, CEO e fundador da OrçaFascio.

Um dos principais objetivos da solução é garantir que o projeto estrutural esteja o mais claro possível quando chegar na construção já que, de acordo com uma pesquisa realizada pela Autodesk, 52% do retrabalho em canteiros de obra é causado por falta de dados. Essa tecnologia pode atuar diretamente nesse aspecto, reduzindo drasticamente erros desnecessários.

Um exemplo para ilustrar é o modo como o plugin informa a distância entre as colunas da fundação e identifica o material utilizado. É comum que esqueçam alguma parte dessa checagem, obrigando os engenheiros a realizarem o retrabalho, já que a parte estrutural não é passível de erros. Além disso, depois de alimentar o software com as informações, o processo de detalhamento é feito em minutos, poupando mais de 10x o tempo que seria usado nesse processo se fosse feito sem o plugin e, claro, garantindo que não aconteçam erros.

Dessa forma, todas as informações sobre a execução do projeto estão no OF Estrutural. O Plugin foi lançado com 17 funções diferentes e serão implementadas outras 9, todas elas focadas no tempo do detalhamento e na geração de vistas da obra. A expectativa da OrçaFascio é que o lançamento do OF Estrutural traga 400 novos clientes para a empresa com receita de R$2 milhões de faturamento no primeiro ano  “O lançamento chega para fechar um excelente ano para a OrçaFascio. Em 2023, passamos por muitas mudanças devido ao crescimento do negócio e o OF Estrutural é um passo que segue nessa direção”, conclui o CEO.

Em 2021 e 2022, a OrçaFascio lançou dois plugins para as partes elétricas e hidráulicas das obras. O OF Hidráulico permite dimensionar e calcular a pressão da água de acordo com as normas brasileiras, além de  identificar e corrigir o nivelamento e tubulações. Já o novo OF Elétrico 3.0 oferece a possibilidade de importação de diagramas de quadros vinculados, cargas elétricas e identificadores de fiação. Dessa forma, o OF Estrutural chega para cumprir com o propósito da empresa em digitalizar, aprimorar os processos e baixar os custos no setor da construção civil.

Fundação Bienal elege presidência da Diretoria Executiva

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Nova presidente assume em 2 de janeiro de 2024 com proposta de reestruturar a maneira como é designada a curadoria da Bienal de São Paulo.

 

A Fundação Bienal de São Paulo elegeu nesta terça, dia 12 de dezembro, uma nova Diretoria Executiva: Andrea Pinheiro será a nova presidente da Fundação Bienal de São Paulo. O mandato tem vigência de dois anos, podendo haver reeleição para mais dois. Andrea Pinheiro toma posse em janeiro de 2024 com a proposta de criar um comitê colegiado para a seleção da curadoria da 36ª Bienal de São Paulo, além de intensificar ainda mais o papel educativo e formador da instituição.

Gestora experiente, Andrea Pinheiro tem mais de trinta anos de atuação no mercado financeiro e soma experiências em funções de governança, cargos de alta gerência e liderança de equipes. Ela atuou como a segunda vice-presidente das últimas duas gestões da Diretoria Executiva (2019-2023), estando à frente sobretudo dos esforços de captação de recursos. Durante o período, a quantidade de patrocinadores da Fundação Bienal passou de dezoito, em dezembro de 2018, para 48, em dezembro de 2023, além de mais treze apoiadores internacionais e dezesseis parceiros.

 

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Andrea Pinheiro. Fotografia: Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo

 

Alinhada com o time que há mais de dez anos deu início à revitalização da instituição, Andrea Pinheiro sucede José Olympio da Veiga Pereira. Ela assume a presidência de uma instituição saudável e sustentável, que opera com autonomia financeira, transparência e com um equipe permanente especializada, resultado de um processo de fortalecimento institucional iniciado há quase quinze anos.

A Bienal de São Paulo se coloca como uma janela que não apenas nos conduz a novos horizontes, mas também nos incita à reflexão sobre aquilo que nos constitui. Ao compartilhar a diversidade da arte global e brasileira, ela se abre para um público tanto nacional quanto internacional. Em contraste com outras bienais, mais direcionadas a especialistas, a Bienal de São Paulo acolhe calorosamente apreciadores de eventos culturais, bem como aqueles que estão dando os primeiros passos no vasto universo das artes. É notável que uma parte significativa dos visitantes seja composta por aqueles que estão se familiarizando pela primeira vez com o cenário artístico, fortalecendo assim o nosso papel educativo e tornando-o cada vez mais atuante dentro da instituição. Mais do que um simples evento, a Bienal de São Paulo representa uma oportunidade única de transformação, renovando-se a cada dois anos e exercendo uma influência singular sobre a percepção daqueles que se aproximam dela. Nosso propósito vai além de trazer a arte para perto; é educar e inspirar nossos novos frequentadores” – Andrea Pinheiro

Para o biênio 2024-2025, estão programados projetos como as mostras itinerantes da 35ª Bienal de São Paulo, que chegarão ao número recorde de onze cidades brasileiras e quatro estrangeiras; a participação oficial do Brasil na 60ª Bienal de Veneza e na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza; a continuidade das ações de catalogação e conservação do Arquivo Histórico Wanda Svevo; além, é claro, da 36ª Bienal de São Paulo.

 

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Maguy Etlin é eleita primeira vice-presidente da Diretoria, composta ainda por outros seis membros: Ana Paula Martinez, Francisco Pinheiro Guimarães, Luiz Lara, Rita Drummond, Roberto Otero e Solange Sobral. Fotografia: Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo

 

 

Casa de Vidro ganha exposição permanente da coleção de arte popular dos Bardi

EXPO PERMANENTE©️MARINA LIMA Easy Resize com

Exposição reúne centenas de objetos de uso doméstico e uma variedade de outras peças que traduzem o gosto do casal Bardi pelo fazer humano e por compartilhar conhecimento.

 

O Instituto Bardi / Casa de Vidro, ganha exposição permanente de arte popular e tecidos de Lina Bo e P. M. Bardi. A exposição, resultado da Parceria de Fomento CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, reúne centenas de objetos de uso doméstico, ferramentas, bonecos, cerâmicas e uma variedade de outras peças que traduzem o gosto do casal Bardi pelo fazer humano, em especial, do povo brasileiro.

Em setembro 2022, o “Projeto de Conservação e Expografia: Coleção de objetos e tecidos de arte popular de Lina Bo e P. M. Bardi foi contemplado no edital de chamamento público 006 PAT – Cultural, Apoio à Assistência Técnica a Preservação de Patrimônio Cultural e às ações do CAU/SP que visa reconhecer e valorizar a atuação de arquitetos e urbanistas no processo de preservação e conservação de bens culturais para além das edificações.

O projeto buscou solucionar questões museais relacionadas à conservação e exposição de objetos de valor cultural e histórico, reunidos em armários nas dependências da Casa de Vidro e desconhecidos do público visitante, pesquisadores, profissionais e sociedade em geral.

 

EXPO PERMANENTE©️MARINA LIMA Easy Resize com

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Nesse contexto, os arquitetos Marcelo Ferraz e André Vainer que integraram a equipe de Lina Bo Bardi, elaboraram um plano de conservação para os armários do vestuário da arquiteta, conhecido como closet de Lina, em resposta aos desafios de espaço e condições ambientais adequadas para compartilhar com o público parte da coleção de objetos e tecidos de arte de popular dos Bardi.

Com o projeto, dois armários foram transformados para receber a exposição permanente na Casa de Vidro, com objetos que já viajaram o mundo em mostras de importante museus e foram apresentados na exposição inaugural da sede do MASP na avenida paulista em 1969: “A mão do povo Brasileiro”, com curadoria e design expositivo de Lina Bo Bardi.  A exposição foi realizada no museu também em 2016.

Para o curador do Instituto, Renato Anelli, a exposição permanente reforça um traço importante do casal Bardi que é gerar conhecimento e compartilhá-lo. “Já o projeto, no contexto do PAT, incentiva a preservação da memória cultural do país, contribuindo para ampliar a percepção da arquitetura e do papel do CAU/SP nesse campo”, comenta Anelli.

O projeto foi idealizado por Anna Carboncini, conselheira do Instituto e responsável pelo acervo dos Bardi por quase duas décadas, que faleceu em novembro de 2022.

 

EXPO PERMANENTE©️MARINA LIMA Easy Resize com

EXPO PERMANENTE©️MARINA LIMA Easy Resize com

 

Serviço
Exposição permanente de arte popular e tecidos do casal Lina Bo e P. M. Bardi
Visitação: quinta a sábado
Horários: 10h, 11h30, 14h e 15h30
Agendamento: visita@institutobardi.org.br

Imagens: Divulgação/ Instituto Bardi. Marina Lima, 2023.