Exposição na Pinacoteca revisita a arte visual de John Graz, um dos mais importantes modernistas brasileiros
Inaugurada em 31 de julho pela Pinacoteca de São Paulo, a exposição John Graz: idílio tropical e moderno reúne cerca de 155 itens que revisitam a trajetória de Graz, um dos mais importantes nomes do modernismo no Brasil, com foco em sua atuação como artista visual e a dedicação de seus trabalhos à temática indígena, a fauna e flora, a história e cultura popular brasileiras.
A programação acontece no ano que antecede o centenário da Semana de Arte Moderna, que teve Graz como um dos participantes.
A curadoria de Fernanda Pitta, curadora sênior, e Thierry Freitas, assistente curatorial do museu, ressalta a dedicação de Graz à criação de um imaginário moderno e tropical a partir de suas pinturas, desenhos e estudos, refletindo também a multiplicidade e versatilidade do artista.
A organização expositiva das obras segue núcleos temáticos relacionados aos principais assuntos trabalhados pelo artista: Arcádia; Temática Indígena; Natureza brasileira, História e cultura popular; indigenismo e abstração e design. Ainda que o foco seja a produção visual, a exposição exibe mobiliários que demonstram o interesse de Graz pela criação de um design moderno e brasileiro, além de estudos de arquitetura, decoração e fotos dos ambientes que o artista idealizou.
Em 1925, Graz apresenta em São Paulo móveis tubulares, feitos de canos metálicos e laminados de madeira, com formas geometrizadas. Dotado de grande conhecimento técnico e fabril, acompanha pessoalmente a produção das peças no Liceu de Artes e Ofícios, onde conta com a colaboração de Federico Oppido (1877 – 1950).
Ao projetar os móveis, prevê sua distribuição no espaço e sua relação com painéis, vitrais e afrescos, sendo inovador na decoração de ambientes. A integração dos elementos é uma característica das casas decoradas por John Graz: a mesma proposta estende-se dos painéis pintados aos móveis, objetos e iluminação.
O artista desenhava os modelos em papel, em alguns casos executava projetos que demonstravam como havia pensado todo o interior da residência. Sua qualidade artística permitia que os clientes visualizassem suas ideias e certamente encantava àqueles que contratavam seus serviços.
John Graz; guache e grafite sob papel; 70 x 100 cm.
Residência Cunha Bueno; Jardim projetado por John Graz; Anos 30.
Serviço John Graz: idílio tropical e moderno
De 31 de julho de 2021 a 31 de janeiro de 2022
Estação Pinacoteca – Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia
De quarta a segunda, das 10h às 18h
Ingresso Gratuito, mas a entrada só é permitida com a reserva pelo site www.pinacoteca.org.br
Brasil tem potencial de recuperar 800 mil toneladas de metais por ano com Economia Circular
Economia Circular é um Tratado Internacional publicado em 2015 e obrigatório para todos os países membros da União Europeia, entrou em vigor em 2020. O Tratado traz diversas medidas para aumentar a reciclagem, efetuar o tratamento térmico e biológico da fração pós-reciclagem (ou não reciclável) e eliminar por completo a utilização de aterros sanitários, permitindo apenas a disposição de materiais inertes em aterros que não podem ser reciclados, reutilizados ou aproveitados a sua energia.
Segundo Yuri Schmitke A. B. Tisi, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética (ABREN), a recuperação energética é parte essencial e importante nessa equação, pois são poucos os resíduos passíveis de serem reciclados. Muitos dos materiais plásticos não são recicláveis e têm elevado poder calorífico que seria desperdiçado caso fosse destinado aos aterros sanitários, que além de causar severos danos ambientais, não contribui em absolutamente nada para a Economia Circular, e por isso não são mais considerados uma solução inserida dentro da Economia Circular.
Certificados “zero landfill” começam a tomar força, ainda mais com a agenda ESG que permeia as atividades empresariais, e produtos brasileiros exportados para a União Europeia passarão a perder valor se não forem devidamente certificados. Uma delas é o certificado da UL denominado zero landfill. A indústria que pretender aderir ao certificado deve reciclar todos seus resíduos que forem economicamente viáveis e tecnicamente possíveis, e destinar o restante para o tratamento térmico ou biológico, a depender da fração que se pretende tratar, sendo possível destinar para aterros apenas materiais inertes e que não trazem risco à saúde pública ou ao meio ambiente.
Yuri Schmitke comenta que hoje perde-se muito tempo em atividades periféricas de reaproveitamento e reutilização de resíduos, quando o foco deveria ser em implementar medidas de grande porte para os grandes centros urbanos, como o tratamento térmico por meio das usinas de recuperação energética (waste-to-energy) e o tratamento biológico por meio da biodigestão anaeróbia (apenas fração orgânica). Somente com a adoção de tais tecnologias é que se torna possível atingir plenamente o conceito de Economia Circular, e a participação do setor privado é essencial por meio dos modelos de concessão e project finance.
Segundo estudos da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA, 2015), o custo do atendimento médico à população afetada pela má gestão do lixo é calculado entre 10 e 20 $/T (dólares por tonelada) de resíduo sólido urbano (RSU), equivalente a uma média de 75 R$/t (reais por tonelada). Somente nas 28 regiões metropolitanas do Brasil com mais de 1 milhão de habitantes, seria assim possível economizar cerca de R$ 2,4 bilhões por ano, ou R$ 72 bilhões em 30 anos na saúde pública. Se consideramos todo o lixo não tratado e que pode causar dano à saúde pública, que representa aproximadamente 96% das 79 milhões de toneladas geradas por ano no Brasil, o gasto com a saúde pública perfaz a quantia de R$ 5,6 bilhões de reais por ano, ou R$ 160 bilhões em 30 anos.
Os locais onde as usinas de recuperação energética de resíduos (URE) foram implementadas apresentam também as taxas de reciclagem mais elevadas no mundo. No Brasil, elas permitiriam a recuperação de em média 23 kg de metais reciclados para cada tonelada de resíduo tratado. A implantação de usinas nas 28 regiões metropolitanas Brasileiras, com mais de 1 milhão de habitantes, teria potencial de recuperar mais de 800.000 toneladas de metais por ano, e que continuariam enterrados e perdidos. Aterros não permitem a recuperação de metais.
Existe enorme potencial de investimento em biodigestão anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, com geração de eletricidade a partir da queima do biogás ou utilização de biocombustível a partir do biometano, que constitui cerca de 55% da composição do biogás, e é um gás renovável que pode ser misturado em qualquer fração com o gás natural, podendo abastecer frotas de veículos, ônibus e caminhões. Outro importante potencial reside no coprocessamento, que consiste na separação e blendagem do Combustível Derivado de Resíduos (CDR), fração não reciclagem e inorgânica do RSU, que hoje já é utilizado em diversas cimenteiras em substituição ao coque (combustível fóssil), para produção de clínquer, utilizado na fabricação do cimento Portland, ou em outros processos industriais e para geração de eletricidade.
O Brasil possui 38 fábricas com licença ambiental para o coprocessamento, mas substitui apenas 16,2% do combustível fóssil por CDR, sendo que Alemanha substitui 62%, Bélgica 58%, Suécia 49%, França 35%, Itália 36% e Portugal 19%. Vale ressaltar, a utilização do CDR, que também pode ser por meio de resíduos industriais (têxtil, pneu, etc.), industriais perigosos e biomassa (carvão vegetal, lodo de esgoto e resíduos agrícolas), está dentre as metas de redução de gases de efeito estufa, sendo que a meta do Brasil para 2050 é substituir até 44% por combustíveis alternativos.
Se considerarmos um cenário hipotético que represente 58% de todo o lixo urbano gerado no Brasil (RSU), englobando as 28 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes, somados a 62 municípios com mais de 200 mil habitantes, poderão ser demandados investimentos de R$ 78,3 bilhões (CAPEX), nas 274 usinas URE (94), CDR (95) e Biogás (85), incluindo ainda o aumento de três vezes dos atuais índices de reciclagem.
Nesse cenário apresentado, é considerado o tratamento de 46 milhões de toneladas de RSU por ano, sendo destinado 62% para URE, 21% para CDR, 11% para biogás e 6% para reciclagem, sendo que somente 4% continuará sendo destinado para aterros. Serão gerados 15 mil empregos diretos, e evitados 63 milhões de toneladas de CO2 equivalente, o que corresponde a 192 milhões de árvores plantadas por ano, área similar ao Município de São Paulo.
Outros programas também são importantes, como a implementação efetiva da coleta seletiva, programas de educação ambiental, logística reversa e exoneração tributária no beneficiamento e recuperação de materiais. Por meio de estratégias que induzam comportamentos positivos na sociedade, torna-se possível atingir melhores índices de reciclagem, reaproveitamento e reutilização de resíduos, assim como a aceitação de que a recuperação energética da fração não reciclável é parte vital neste processo. No entanto, espera-se que o Brasil possa efetivamente entender o que significa Economia Circular e aproveitar os seus benefícios, que ocorrem de forma especial na geração de energia limpa por meio da fração não reciclável dos resíduos.
Sobre a ABREN
A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) tem como objetivo fomentar a recuperação energética de resíduos, resolvendo simultaneamente dois grandes problemas atuais do Brasil e do mundo: a destinação dos resíduos sólidos e a geração de energia limpa. A problemática dos resíduos, produzidos em quantidades cada vez mais monumentais, danificando o meio ambiente, a biodiversidade e a saúde pública, passou a ter uma solução, o da recuperação energética.
A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão integrada e sustentável de resíduos por meio da sua recuperação energética, conhecida como Waste-to-Energy (WTE) ou Energy from Waste (EfW). O Presidente Executivo da ABREN é também o Presidente do WtERT Brasil, representando desta forma o Conselho Global do WtERT (GWC).
É também associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA) e da Federação da Indústria Alemã de Gerenciamento de Resíduos, Água e Matérias-primas ou Bundesverband der Deutschen Entsorgungs, Wasser-und Rohstoffwirtschaft e. V. (BDE), o que permite à ABREN receber informações relevantes sobre o mercado de resíduos internacional, participar de eventos, integrar grupos técnicos de trabalho e buscar a troca de conhecimento para o desenvolvimento do mercado brasileiro.
Exposição em Berlim reúne a obra de Yayoi Kusama em retrospectiva abrangente instalada no Gropius Bau
A primeira retrospectiva da obra de Yayoi Kusama produzida nas últimas oito décadas está sendo apresentada no Gropius Bau, em Berlim, na Alemanha.
A exposição de 3.000 m² intitulada “Um buquê de amor que vi no universo” (A bouquet of love I saw in the universe, em inglês) retoma oito dos primeiros projetos de exposição de Kusama na Alemanha e na Europa durante a década de 1960 e parte de seu trabalho solo nos EUA e na Ásia nas décadas de 1950 e 1980. Yayoi Kusama é uma das artistas mais importantes da contemporaneidade do mundo, tendo como marca registrada os padrões pontilhados – ou bolinhas. Em grande parte influenciada por sua ansiedade e vívidos episódios de alucinação, que apareciam na forma de manchas, redes e flashes de luz, muitas de suas obras se tornaram a forma de expressar seus problemas mentais.
Na entrada, uma instalação de 11 metros de altura com 16 tentáculos rosa pontilhados convidam os visitantes a explorar suas criações hipnotizantes. A exposição oferece uma visão geral das eras criativas que marcaram seu trabalho, ao mesmo tempo em que engaja o visitante em inúmeras atividades imersivas, como uma sala de espelho infinito ou uma espaço com bolas de luz flutuantes e coloridas tão características do trabalho da artista.
Os visitantes têm a oportunidade de explorar o pioneirismo de sua obra, incluindo o material de arquivo e os filmes que ela produziu nos últimos oitenta anos. É possível interagir com pinturas, esculturas, instalações, vídeos, imagens em grande escala e salas de caixas espelhadas.
A exposição fica instalada até 15 de agosto em Berlim. Para quem deseja visitá-la mesmo não estando na cidade, o Gropius Bau disponibilizou um tour digital completo por suas instalações que pode acessado AQUI.
Um escritório que desperte a imaginação e promova o bem-estar conectando funcionários e natureza caracterizam este projeto no Vale do Silício
Alugado inteiramente pela Apple, Inc., o Central + Wolfe, um campus curvilíneo de concreto e vidro com 18 acres projetado pelo escritório norte americano HOK, possui três edifícios principais em forma de pétala, um edifício autônomo de comodidades e uma estrutura de estacionamento. O ecossistema único do norte da Califórnia está em exposição total em todo o local, com praças abertas, quadras esportivas, trilhas e espaços verdes paisagísticos que integram sequoias, carvalhos vivos e gramíneas nativas.
Uma fachada de vidro curvada tricota as três asas de escritório para formar uma instalação unificada em forma de trevo. Os edifícios de escritórios parecem flutuar acima da ponte de entrada do terceiro andar porte-cochères que se assemelham a varandas gigantes e dão aos transeuntes vistas claras para o coração do campus. O design flexível permite que os três edifícios operem juntos para um único inquilino ou independentemente e subdivididos para múltiplos ocupantes.
O design biofílico traz o exterior para dentro de casa e cria espaços de trabalho ao ar livre, proporcionando uma rica variedade de experiências que colocam os funcionários em contato com a natureza. Os três edifícios e construções de comodidades separadas incluem um quadrilátero interior que funciona como principal centro social e local de encontro.
O campus alcançou o status LEED Platinum e os edifícios foram projetados para serem zero energy. As saliências de concreto atuam como uma extensão da laje do chão e protegem as paredes de vidro do ganho de calor solar. A estratégia do estacionamento foi preservar 53% do local com espaço aberto. Jardins de águas pluviais repletos de flores silvestres nativas e perenes coletam e tratam o escoamento da água da chuva em biowales.
Segundo dia de palestras na Expolux Digital Week abordou as tendências do mercado para otimização dos parques de luzes urbanos
Iluminação Pública (IP) é um tema que tem mobilizado as cidades brasileiras que buscam eficiência enérgica atrelada a outros quesitos, como aumento da segurança, redução do consumo e diminuição de gastos nas contas públicas. O assunto foi tema do segundo dia de palestras, 11 de agosto, na Expolux Digital Week, maior evento do ano para profissionais e empresas do setor de Iluminação.
Os termos eficiência e planejamento marcaram a rodada de palestras. “A gente começou a ver, com a vinda dos LEDs, uma correria para se fazer tudo muito rápido, considerando apenas a eficácia das luminárias. Vamos pensar nos projetos, fazer com calma, para que sejam bem elaborados, porque o parque de iluminação dura anos, décadas”, reforçou o Engenheiro Eletrônico e Gerente Comercial da Ilumatic Iluminação, Anderson Mendes, responsável pela palestra A influência da luz na vida noturna das cidades.
“Você não pode apenas levar em consideração a norma, é preciso refletir também na utilização deste espaço, se é comercial, para lazer ou cultural. E, para isso, temos que analisar a ambiência e a interação social. No final das contas, fazemos projetos para as pessoas. Por isso, a importância de analisar essas questões e, depois, tomar decisões” – Anderson Mendes, Engenheiro Eletrônico e Gerente Comercial da Ilumatic Iluminação.
Segundo o engenheiro, a partir dessa definição é que são estudados elementos como efeitos de luz, níveis de luminância, temperaturas de cor, índice de reprodução de cor, a modelagem, enfim uma série de quesitos do projeto, sempre respeitando a norma NBR 5101, que estabelece as diretrizes de IP. “A luminária não aparece somente a noite, ela aparece também durante o dia, então um dos quesitos que levamos em consideração é a visualização diurna dos equipamentos. É importante fazer o projeto considerando que as pessoas vão usar os espaços durante os dois períodos”, destacou.
Na sequência, a modernização reforçou a temática, com a palestra Iluminação Pública e a Telegestão: as novas tecnologias, aplicações e normativas, feita pelo Engenheiro Eletricista, Diretor Comercial da Tecnowatt Iluminação, Luciano Rosito, que apontou as tendências dos projetos de luz nos espaços urbanos. “Inovar é mais que substituir as lâmpadas à vapor de sódio por LED. O LED é o presente. Outras tecnologias podem surgir, mas o que a gente vê como grande possibilidade de aplicação, em Iluminação Pública é o sistema de controle, é a telegestão que também está ligado com a gente considerar o projeto de IP urbano”, comentou. O engenheiro aproveitou para reforçar que os sistemas inteligentes devem ser avaliados como uma fonte de ganho para as cidades com o tempo e não apenas pelo custo de implementação.
“Pelo controle remoto dos sistemas de luzes conseguimos gerar parques, sistemas de IP público complexos com grandes quantidades de luzes com o controle de acionamento. É claro que o LED facilita muito a difusão desse sistema, pela facilidade de acionar, controlar e dimerizar. Com a telegestão, é possível monitorar o sistema, economizar energia onde é possível, otimizando, assim, toda a infraestrutura de iluminação” – Luciano Rosito, Engenheiro Eletricista, Diretor Comercial da Tecnowatt Iluminação.
Vantagens do LED
Quem fechou a programação de palestras da edição foi o Engenheiro Eletricista e Gestor de Novos Negócios na Trópico Iluminação, José Gimenes, que abordou o tema A importância do Led na iluminação pública. Em sua exposição, o especialista destacou as caraterísticas técnicas da tecnologia e a sua eficiência, motivos pelos quais atualmente ela tem ganhado espaço nos parques de IP. O profissional também destacou a importância da tecnologia no desenvolvimento dos novos projetos para cidades inteligentes, incluindo a telegestão.
“Esse retrofit é devido à duas vantagens que o LED apresenta: durabilidade de até cem mil horas de vida útil, se considerarmos 12 horas de funcionamento por dia, serão aproximadamente 23 anos, economia de energia de até 80% em alguns casos. Na IP, a tecnologia tem modernizado os parques com diminuição da manutenção e melhor qualidade de iluminamento médio e uniformidade” – José Gimenes, Engenheiro Eletricista e Gestor de Novos Negócios na Trópico Iluminação.
Nesta quinta-feira, 12, terceiro e último dia do evento, estão programadas rodadas de negócios nacionais para compradores e empresas do setor convidados pela organização. “Estamos animados com os resultados. Registramos um bom volume de participantes e qualificada audiência. Isso demonstra como a Expolux, e agora a Digital Week, tem um papel estratégico no planejamento de profissionais e empresas do setor, que reconhecem no evento uma oportunidade singular de unir networking, negócios, atualização profissional e visão de mercado e tendências para a criação das próximas linhas de produtos e serviços”, explica Ivan Romão, gerente da Expolux.
Para quem não pôde acompanhar, as palestras serão disponibilizadas gratuitamente em formato On Demand na plataforma digital do evento, a Expolux Lights On. A Expolux Digital Week tem organização da RX (Reed Exhibitions) e apoio da Associação Brasileira da Industria da Iluminação (ABILUX).
CASACOR São Paulo já tem data para acontecer: de 21 de setembro a 15 de novembro
CASACOR São Paulo, a maior e mais reconhecida mostra do segmento de arquitetura, decoração, design e paisagismo das Américas, ocorrerá de 21 de setembro a 15 de novembro. Durante 2 meses, o público poderá visitar a mostra em seu novo endereço, no mais novo espaço de eventos multiuso da América Latina, o Parque Mirante. O local estará preparado para obedecer aos protocolos sanitários e garantir a integridade física de todos nesse período de pandemia, em todas as fases do evento.
Na CASACOR São Paulo 2021, serão apresentados mais de 9.000m² de área construída, com cerca de 60 ambientes, além de casas, estúdios e lofts, assinados pelos principais nomes da arquitetura brasileira e jovens talentos. A mostra vai ocupar todo o rooftop, com vista privilegiada para o Pico do Jaraguá, e mais um pavimento do edifício.
O tema a ser explorado pelo elenco este ano é a Casa Original. A inspiração para o conceito surgiu antes mesmo da pandemia que nos trancou em casa e impôs novas reflexões sobre o morar contemporâneo. A tendência, captada no mundo pré-pandemia, continua atual. Naquele momento, o mal-estar provocado pelo excesso, pela exaustão digital e pela ansiedade, pedia uma pausa. Como resposta, a Casa Original promove uma série de reflexões, sobretudo pelo evidente desejo de retorno às origens, de buscar na ancestralidade e na simplicidade o necessário equilíbrio entre o passado e o futuro.
“Faremos uma CASACOR inteligente, um pouco mais compacta do que as apresentadas nos últimos anos, com fluxo de visitação programada e uma grande estrutura de receptivo, bem adequada aos novos tempos” – Livia Pedreira, presidente do conselho curador.
Vista aérea do Parque Mirante, onde acontece a CASACOR SP 2021. Créditos: Felipe Avarena
Os arquitetos, designers e paisagistas do elenco CASACOR serão convidados a pensar sobre esse novo universo do morar: o lugar de afetos e memórias que celebra nossa identidade. “A pandemia antecipou esse movimento de volta para casa, para os afazeres cotidianos, para a autossuficiência doméstica, mas também nos plugou definitivamente no universo digital”, lembra Livia Pedreira.
A CASACOR 2021 tem patrocínio Master Deca, Coral é a Tinta Oficial, LG é a parceira oficial de tecnologia, patrocínio local Duratex e apoio local Portinari e Allianz Parque. A pré-venda de convites começa on-line no dia 16 de agosto e terá 15% de desconto para quem adquirir ingressos até o dia 05 de setembro.
Escada da Casa Batlló recebeu uma cortina de 164.000 metros de correntes de alumínio para criar experiência imersiva aos visitantes
Como parte da nova Casa Batlló Experience, o arquiteto japonês Kengo Kuma foi convidado a projetar uma escada de emergência vestida com 164.000 metros de corrente de alumínio que captam a luz como se fossem redes de pesca. Segundo o arquiteto, as correntes brincam com a luz através do brilho, das silhuetas e das sombras criadas por seu formato ondulante.
O design tira inspiração da própria Casa Batlló, edifício modernista desenhado por Antoni Gaudí localizado em Barcelona, mais especificamente o pátio de luzes da residência. A instalação propõe uma gradação de tons, iniciando mais claros na parte superior, no nível do telhado, e escurecendo ao nível inferior, até atingir tons pretos.
A escadaria parece suspensa no ar e cria um incrível efeito de passagem, pensado para enriquecer ainda mais a experiência dos visitantes do edifício icônico. A intervenção arquitetônica forma o núcleo da circulação vertical da Casa Batlló Experience, uma nova exposição imersiva de 2.000 m² dentro da obra-prima modernista. A nova escada conecta oito andares e os depósitos de carvão no porão.
“Imaginamos este espaço revestido de cortinas de alumínio, que com sua materialidade captam a luz como se fossem redes de pesca e nos mostram todas as suas formas: luminosidade, silhuetas, sombras; assim dispensando o uso de qualquer outro material e apagando esta caixa cega e sua escada usando apenas correntes” – Kengo Kuma
O projeto também encarou o desafio de encontrar uma solução para neutralizar o som das correntes. Para isso, o Departamento de Desenvolvimento e Inovação da empresa Montblanc criou painéis acústicos inovadores que cobrem o teto acima das correntes e neutralizam o ruído causado pelo seu movimento.
Fonte: Designboom, Archello e Arquitectura Viva
Imagens: Pere Vivas e Biel Puig/Jordi Anguera/Divulgação
Enriquecimento do ar de combustão com O2 no processo de produção é um dos mais buscados pelo setor de construção, bem como o uso do nitrogênio
O setor da construção civil no Brasil teve o maior crescimento em oito anos segundo *dados da Câmara Brasileira da Industria da Construção (Cbic). Outro dado, da *Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat), aponta que os 22 segmentos que compõem o setor tiveram expansão real de mais de 24%, no último semestre. A projeção de crescimento para o setor foi revisada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e passou de 4% para 8%.
São boas notícias, portanto, para o segmento de cimento, material fundamental para a construção civil, cuja produção, por sua vez, está ligada à indústria de gases industriais, que fornece oxigênio e nitrogênio a fim de tornar todo o processo produtivo, seguro e sustentável.
A aplicação do oxigênio pela indústria de cimento ocorre, no estágio inicial. A matéria-prima, composta de calcário, argila e outros materiais, é misturada lentamente a altas temperaturas (em torno de 1450 ºC) e para isso são utilizados grandes fornos rotativos com queimadores e câmaras de pré-calcinação, que queimam combustíveis na presença de ar, composto majoritariamente por nitrogênio e por apenas 21% de oxigênio, o elemento comburente.
O segredo para a maior produtividade desse processo é, portanto, a adição de oxigênio puro ao ar de combustão, elemento que aumenta a temperatura da chama da combustão e também possibilita queimar maiores quantidades de combustíveis alternativos, como pneus e blends, em substituição ao coque, (carvão mineral), gerando redução de custos com combustíveis.
“Quando aumentamos a concentração de oxigênio nos processos de combustão, a temperatura da chama se eleva, o que gera mais calor, possibilitando aumento de produção. O aumento do % de oxigênio no ar de combustão possibilita também a queima de maior quantidade de combustíveis com menor poder calorífico, como resíduos descartados por outras empresas, que iriam parar em aterros. Com a utilização de ar enriquecido se consegue obter aumentos de mais de 100% na quantidade de combustíveis alternativos queimados, em substituição ao coque, combustível não-renovável, o que torna a operação mais benéfica ao meio ambiente” – Fábio Mimessi, Engenheiro de Aplicações Especialista da Air Products Brasil.
Outro gás muito usado na produção de cimento, por razões de segurança, é o nitrogênio, diretamente aplicado nos silos em que o coque é armazenado. “Por se tratar de um produto combustível e que gera grande quantidade de particulados (poeira de carvão), os silos de carvão são atmosferas explosivas, com altos riscos de incêndios e explosões”, explica Mimessi.
Além de manter a segurança, o nitrogênio é usado para o resfriamento rápido do concreto, em obras de médio e grande porte, que podem precisar que o concreto atinja temperatura entre 15 ºC e 25 ºC a fim de evitar trincas e fissuras na produção de blocos. O resfriamento é feito por meio de injeção de nitrogênio líquido à temperatura de – 196º Celsius, no caminhão-betoneira ou na esteira de alimentação, que vai do silo até o caminhão.
Por ter uma temperatura tão baixa, o nitrogênio líquido resfria o concreto muito mais rápido, reduzindo em mais de 50% o tempo de preparação do concreto e gerando economia para a empreiteira. Em locais com temperatura ambiente acima de 30º a 32º C, o ganho é ainda mais notável, já que é muito difícil ou quase impossível se fazer o resfriamento adequado com gelo ou água gelada, devido às limitações destes produtos em termos de capacidade de resfriamento. Nestes casos, o uso de nitrogênio líquido é a única maneira de se conseguir baixas temperaturas no concreto, em pouco tempo e com viabilidade econômica.
Fonte: Valor. Globo / Air Products Brasil.
Imagem: Divulgação
Novo ponto turístico, Sampa Sky tem decks de vidros Guardian a 150 metros de altura
Nova atração turística localizada no prédio mais alto do Centro de São Paulo, com inauguração prevista para o dia 8 de agosto, o Sampa Sky é um espaço de 700 m2 localizado no 42o andar do edifício Mirante do Vale, com
amplas janelas que exibem todo o horizonte da cidade de São Paulo a partir desta região central. Os vidros e espelhos
utilizados no espaço, inclusive na construção dos decks retráteis, posicionados a 150 metros de altura, são produtos Guardian, grande parceira do projeto.
Atrações principais, são dois decks retráteis feitos de vidro: um voltado para a face sul, com vista sobre o Viaduto Santa Ifigênia e o Vale do Anhangabaú, e outro para a face norte, sobre a avenida Prestes Maia. A atração foi inspirada no Sky Deck de Chicago, nos Estados Unidos, que fica no 103º andar do edifício Willis Tower, a 412 metros de altura.
Para os grandes vãos e janelas, os criadores do Sampa Sky precisavam de um vidro de neutralidade, para que o público pudesse apreciar a vista confortavelmente e sem distorção das cores. O vidro escolhido para o projeto foi o ClimaGuard SunLight da Guardian Glass, que oferece transparência e conforto térmico, com ótimos níveis de transmissão de luz. O resultado para todo o espaço é de abundância de luz natural e sem distorção de cores. O
ClimaGuard SunLight reduz a necessidade de iluminação artificial e ajuda a manter o ambiente mais
fresco, contribuindo com a redução do consumo de energia pelos aparelhos de ar-condicionado.
“O SunLight é um produto de performance com estética similar ao vidro incolor, justamente para permitir a visão de todo o skyline de São Paulo. É um produto versátil, que permite ser laminado, temperado e perfurado, inclusive para os decks de vidro, formando uma construção muito robusta para as atrações principais do novo ponto turístico” – Betânia Danelon, gerente comercial do segmento de arquitetura da Guardian no Brasil.
O projeto dos decks foi desenvolvido especialmente para o Sampa Sky e sua instalação no Mirante do Vale. São quatro camadas de vidro Guardian Glass de 10 mm – sendo a externa o ClimaGuard SunLight e as três internas de vidro incolor – com três intercamadas de PVB estrutural Eastman. Essa construção apresenta resistência superior a 30 toneladas, o que dá segurança à atração turística e aos visitantes para apreciar a vista e posar para fotos nos decks de vidro, explica Alessandro Martineli, que é um dos sócios do Sampa Sky.
O espaço foi idealizado pelo chef André Berti, em parceria com Alessandro Martineli e Antônio Carlos da Relva Caldeira. “Ao buscarmos uma solução de vidros com tecnologia, qualidade e performance para o Sampa Sky, nossa primeira escolha foi a Guardian”, comenta Martineli.
Ao todo, a Guardian contribuiu com 220 m2 de ClimaGuard SunLight, 360 m2 de vidro incolor de diversas espessuras, para laminação, e ainda 65 m2 de espelhos, que complementam a decoração com a abundância de luz natural no espaço do Sampa Sky e o reflexo dos céus de São Paulo. No projeto, foi utilizado o Espelho Guardian Evolution, que conta com reflexão perfeita e maior durabilidade.
“Estamos muito satisfeitos com a repercussão que o Sampa Sky vem recebendo, mesmo antes da inauguração. Em especial, sobre o visual lindo e sem distorção para apreciar o horizonte de São Paulo, para as muitas fotos, vídeos e posts que as pessoas vão fazer no local e nos decks suspensos. É isso que os vidros SunLight permitem” – Renato
Sivieri, diretor comercial da Guardian Glass.
O espaço será inaugurado no Dia dos Pais, 8 de agosto. Os ingressos já estão à venda pelo Sympla
com valor promocional de R$ 30,00 (para os dois primeiros meses). Além da vista, o Sampa Sky contará com um espaço para café. Mais informações no Instagram do Sampa Sky.