Heloisa Crocco envelopa Kempinski Laje de Pedra em instalação

Casulo de Heloisa Crocco Kempinski Laje de Pedra

A obra de uma das artistas visuais mais influentes do Brasil está entre as maiores criações de arte contemporânea do Rio Grande do Sul

 

“Topomorfose”, a pesquisa que estuda o desenvolvimento e crescimento da madeira e suas texturas e marca a trajetória da artista Heloisa Crocco ganha um capítulo hiperbólico: o projeto Casulo que será instalado em Canela, na Serra Gaúcha.

A interferência, assinada em conjunto com a Perkins&Will, irá envelopar o tradicional Laje de Pedra, que se prepara para ser o primeiro hotel da rede de luxo Kempinski no Brasil. O projeto será uma das maiores intervenções artísticas contemporâneas do Rio Grande do Sul de escala comparável à intervenção no Muro da Mauá, em Porto Alegre, com 400m de extensão. Assim como na natureza, Casulo será um induto até o (re)nascimento.

 

“Por muitos anos a laje de pedra ficou escondida pela construção do hotel. Este foi o ponto de partida da ideia de “encasular” o existente para daqui três anos revelar a transformação. Pensei em um material da região, muito familiar ao meu trabalho e que quando for retirado será reaproveitado” – Heloisa Crocco

 

A estrutura é grandiosa: cinco mil barrotes de pinus de reflorestamento sustentável, com 7 metros de altura por 200m de comprimento irão sobrepor painéis com arte da obra de Heloisa Crocco impressa em lona fosca envelopando o edifício existente. Os painéis trazem estampados mais uma aplicação de Topomorfose, a pesquisa icônica da artista e designer.

 

Casulo de Heloisa Crocco Kempinski Laje de Pedra

 

A instalação começou em 1º de setembro e deve ficar pronta até o final de outubro. Casulo irá envelopar o Laje de Pedra até a obra de retrofit do hotel ser finalizada, em 2024. A madeira que já passou pela transformação do reflorestamento e que teve um papel importante na colonização da região no século XIX, agora irá absorver novas marcas da passagem do tempo, transformando-se conforme o andar dos anos e traduzindo de maneira precisa a pesquisa de décadas de Heloisa.

 

“A natureza, especialmente a madeira e o reaproveitamento, é o que rege meu trabalho. Existe esta fusão entre as linguagens arquitetura, arte, design e artesanato, isso sempre me interessou. Minha pesquisa é uma extensão da natureza  aplicada a todas estas expressões. A integração entre as linguagens é um desdobramento natural” – Heloisa Crocco

 

O projeto coloca arquitetura, história, arte, tempo e natureza lado a lado ao imprimir todos esses elementos na madeira, um símbolo material para representar o desejo da rede Kempinski em criar lugares únicos com identidade local.

Casulo será o portal de acesso ao Mirante do Laje, espaço de encontro da gastronomia, arte e cultura onde irá operar o recém anunciado restaurante 1835, parceira entre o grupo 20BARRA9 e o Toro Gramado, e, ainda, o Bar do Laje. “Nosso desejo sempre foi marcar a transformação do Laje com uma intervenção artística de grandeza proporcional, o Laje que renasce como arte e cultura”, celebra Márcio Carvalho, um dos sócios da LDP Canela S/A, proprietária do futuro Kempinski Laje de Pedra.

 

Casulo de Heloisa Crocco Kempinski Laje de Pedra

 

Concluídas as obras de renovação e expansão do hotel, igualmente assinadas pela Perkins&Will, o material envoltório será reaproveitado em suas áreas internas. Para isso, a artista e o empreendimento irão envolver estudantes de escolas públicas e universidades locais, a fim de transformar os elementos brutos da natureza em novos objetos artísticos e decorativos para o interior do hotel.

“Reaproveitar, reutilizar é a nova ordem e o que vejo de mais lindo neste caso é que através deste projeto envolveremos a comunidade como em um grande laboratório”, vibra Heloisa que buscou na memória os piqueniques da adolescência no Laje de Pedra e seu tempo de estágio em tapeçaria com a artista alemã Elizabeth Rosenfeld, um dos grandes nomes da elite cultural da região, raízes para desenvolver o projeto.

Casulo é uma criação de Heloisa Crocco e tem projeto arquitetônico e detalhamento de fachada da arquiteta Daniela Jacques, do escritório Divisão de Efêmeros.

 

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Heloisa Crocco Foto de Cristiano Carniel Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Somos FTcom
Imagens: Cristiano Carniel e Divulgação

Arquitetura e tecnologia: impressão 3D

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Como a impressão 3D está transformando a indústria da construção civil

 

A impressão 3D, em suas diversas modalidades, é uma tecnologia voltada à prototipagem e à construção de objetos e edifícios de forma rápida e precisa. As impressoras 3D disponíveis no mercado hoje comumente utilizam metal em pó ou materiais plásticos para imprimir objetos e estruturas personalizadas, sobrepondo camada sobre camada de acordo com as informações fornecidas por um modelo digital.

A aplicação de tecnologias de impressão 3D na arquitetura é hoje uma das principais tendências na industria da construção civil. De forma muito similar as pequenas impressoras de mesa atualmente disponíveis no mercado—largamente utilizadas para a produção e prototipagem de pequenos objetos—, os sistemas de impressão 3D comumente utilizados na arquitetura estão compostas por um cabeçote de impressão, que derrete e/ou deposita o material em camadas sobrepostas para a construção de estruturas complexas. Desta forma, uma casa ou um conjunto de casas (mesmo que cada estrutura tenha uma forma diferente), pode ser construída automaticamente através do emprego de um sistema automatizado conectado a um programa de execução.

 

Outdoor Printing Easy Resize com

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Uma das principais vantagens da impressão 3D aplicada à arquitetura é a rapidez e a eficiência nos processos de construção. Com as tecnologias atualmente disponíveis, é possível erguer a estrutura de uma casa de cerca de 50 metros quadrados em apenas um dia.  A impressão 3D de edifícios também reduz consideravelmente o desperdício na construção.

Em média, ao longo do processo de construção de uma casa de pequeno porte são geradas até 4 toneladas de lixo. Para a construção da estrutura do contra-piso, por exemplo, o concreto é aplicado de maneira não uniforme, resultando em um desperdício de praticamente metade de todo volume de concreto, independentemente do uso de estruturas complementares de suporte. Este é um dado particularmente alarmante, porque a industria do cimento, o principal componente do concreto, é responsável por cerca de 7% das emissões globais de dióxido de carbono. Em contraste, uma impressora 3D pode ser calibrada de forma a executar estruturas com espessuras regulares e precisas, utilizando somente a quantidade exata de concreto e apenas onde for realmente necessário. Isso é o que chamamos de otimização de topologia.

Outra vantagem da impressão 3D aplicada à arquitetura é que o sistema faz a leitura de um arquivo digital, eliminando a necessidade de converter todo o projeto em desenhos bidimensionais, minimizando erros de leitura e compatibilidade e problemas desnecessários, resultado em uma maior economia de tempo e recursos. E ainda há um benefício extra em um processo de construção digitalizado e automatizado. É possível desenvolver infinitas variações de um mesmo tema assim como desenvolver projetos customizados ou semi-customizados a um custo relativamente baixo, principalmente porque os processos de impressão 3D independem do uso de mão de obra qualificada.

 

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Por outro lado, sistemas automatizados de impressão em concreto ainda estão muito defasados em relação às tecnologias de impressão 3D mais simples. Em primeiro lugar, está a dificuldade de controlar a pega do concreto para que ele possa fluir livremente e de forma uniforme ao longo de todo o processo de impressão. Somado a isso, uma vez projetado pelo cabeçote da impressora, o concreto deve adquirir resistência muito rapidamente e suficiente para suportar as camadas subsequentes. E finalmente, entre atrasar e acelerar a pega do concreto fresco, é preciso garantir a aderência entre as camadas para que a estrutura funcione de forma coesa e integrada.

Além do mais, as tecnologias de impressão 3D em concreto também precisam evoluir em uma série de outras frentes para poder superar os muitos desafios encontrados em um canteiro de obras a céu aberto, como a presença de poeira e água da chuva assim como as variações de temperatura e umidade no ambiente—variáveis que afetam e muito o desempenho do concreto.

 

Cabana de leitura impressa em 3D / Professor XU Weiguo’s Team

Projetada pelo Professor Xu Weiguo da Escola de Arquitetura da Universidade de Tsinghua e construída com impressoras e materiais desenvolvidos pela equipe, a cabana de leitura impressa em 3D foi inaugurada recentemente no Parque de Ciência e Tecnologia Baoshan Wisdom Bay de Shanghai e conta com espaços para a exposição de livros e para a realização de eventos como debates e palestras.

O projeto da Book Cabin partiu do esboço do conceito, depois utilizou o software MAYA de acordo com as necessidades da modelagem da construção, que por sua vez modelou a forma do espaço e a da estrutura de forma racionalizada para determinar o modelo de implementação. Em seguida, se estabeleceu o planejamento das etapas e a codificação da impressão para completar o arquivo digital e, em seguida, tais arquivos conduziram o equipamento robótico de impressão 3D para a impressão em concreto do material camada por camada, construindo assim a forma curva do projeto. A Book Cabin tem uma área total de cerca de 30 metros quadrados e pode acomodar 15 pessoas para diversas atividades.

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Robot-Printed ‘Cloud Village’ / Philip Feng Yuan’s Team

Criado por Philip Feng Yuan e sua equipe, o pavilhão “Cloud Village” foi impresso em 3D em 2018 no Arsenale de Veneza para a Bienal de Arquitetura daquele ano. Através de suas formas orgânicas, o pavilhão chinês Cloud Village foi pensado para criar e abrigar uma série de diferentes espaços abertos e semi-abertos.

O projeto do pavilhão, através de sua semiótica e materialidade, foi inspirado em elementos da arquitetura tradicional chinesa. Utilizando material plástico reciclado, o pavilhão Cloud Village procura estabelecer uma crítica sobre a atual crise ambiental que assola o país, convidando-nos a refletir sobre novas formas alternativas de se construir no futuro.

figure Lim ZHANG Easy Resize com

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Por: Archdaily

Imagens: Cortesia XWG Archi Studio at Tsinghua University, cortesia of Philip Feng Yuan e cortesia Professor XU Weiguo’s Team.

 

 

Mostra ‘Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra’

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Na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o pavilhão expositivo aliado à programação do UIA2021RIO explora técnicas de construção naturais e desafios da arquitetura contemporânea

 

 

Até 17 de outubro, a Praça Mauá, no Rio de Janeiro, que já abriga o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR), apresenta mais uma experiência arquitetônica através do Future Now Pavilion, pavilhão de exposições ao ar livre ‘Future Now – Revisiting Earthen Architecture’ (‘Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra’). O projeto é uma das poucas exposições físicas integradas à 27ª edição do Congresso Mundial de Arquitetos (UIA2021RIO), e trata de inovações nas tecnologias de construção em terra, como forma de refletir sobre os desafios da arquitetura contemporânea, com questões ambientais urgentes. Em dois formatos, exposição e webinars gratuitos, a mostra apresenta inovação tecnológica, fabricação digital, cultura e história do pisé (técnica de construção em argila, por nome taipa, no Brasil), e suas aplicações mais contemporâneas.

Construído em madeira de reflorestamento e cultivada localmente, o pavilhão de exposições reúne 24 painéis fotográficos e tipográficos e foi projetado pelos arquitetos chilenos Diego Baloian, Sebastián Silva, Matías Baeza e Juan Pablo Peró, em colaboração com a ITA Construtora, empresa brasileira de construção especializada em madeira sustentável e principal patrocinadora da iniciativa. O trabalho conjunto garantiu estrutura completamente reutilizável e reciclável, e pegada de carbono 100% compensada por projetos de economia de carbono da MyClimate.

 

A geometria circular do pavilhão, que propõe um sistema de construção modular e pré-fabricado baseado em peças de madeira, interage com o público por meio de uma rampa de acesso livre e um espaço interior capaz de se adaptar a múltiplas formas de apropriação pelo cidadão”-  arquiteto Diego Baloian.

 

FutureNowPavilion RiodeJaneiroBrazil InsightArchitecture PhotoPabloCasalsAguirre

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Um dos destaques é o projeto mais recente de Roger Boltshauser, a Kiln Tower, que revela a experiência dos alunos com a construção em terra. Outra obra exibida na mostra é a Robotic Clay Rotunda, da Gramazio Kohler Research, que funde a aplicação de argila com fabricação digital, construindo através da robótica e sem desperdício. “O processo de manufatura aditiva agrega cilindros de argila – os chamados ‘tijolos macios por prensagem’ -, que possibilita a produção de estruturas geometricamente complexas”, descreve. Concluído em março de 2021, na Suíça, o Robotic Clay Rotunda faz parte da estrutura externa aparente do laboratório de música Hi-Fi.

 

Devemos reconhecer que nada é para a eternidade e que o ambiente de construção precisa de manutenção e transformação constantes. Esta descoberta simples torna imperativo construir com desperdício zero e materiais neutros em carbono para procurar uma expressão arquitetônica radicalmente contemporânea, é necessário escrever um novo capítulo sobre a rica história das construções de argila, que é radicalmente projetada no futuro. E o futuro é agora” – Fabio Gramazio, da ETH Zurich.

 

FutureNowPavilion RiodeJaneiroBrazil InsightArchitecture PhotoPabloCasalsAguirre

 

Programação de Webinars – Futuro Agora

Integrante à mostra e paralelo ao congresso UIA2021RIO, a Insight Architecture também produz, em colaboração com a Swissnex Brasil, quatro webinares acerca de desenvolvimentos tecnológicos e  impacto na arquitetura contemporânea. AQUI. 

10/9, às 14h – Revisando a arquitetura da terra

29/9, às 14h – Earth, Clay and Context

6/10, às 14h – Sobre fabricação digital na arquitetura

14/10, às 14h – Uso da madeira na construção

 

 

 

Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra
Local
 Praça Mauá, s/n – Centro do Rio de Janeiro
Período expositivo até 17 de outubro de 2021
Horário 10h às 18h
Acesso Entrada Franca
Site

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Archdaily e UIA2021RIO
Imagens: Pablo Casals Aguirre e Divulgação

Premiação IABsp 2021

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A Edição do Centenário privilegia um retrato mais coletivo, diverso e complexo da produção recente, identificando valores e avanços na produção arquitetônica e urbana brasileira.

 

A Premiação IABsp 2021 – Edição do Centenário inaugura um novo momento na longa tradição de reconhecimento e consagração da arquitetura e do urbanismo promovido pelo IABsp e pelos diversos Departamentos Estaduais do IAB ao longo de sua história, que se alinham pela primeira vez com o objetivo comum de articular uma premiação nacional.

Com o objetivo de ampliar sua abrangência sem deixar de valorizar a diversidade de iniciativas e sem negligenciar as particularidades específicas de cada contexto, as premiações estaduais deste ano serão coordenadas em categorias equivalentes, de modo a garantir condições de equidade, para que então possam ser avaliadas conjuntamente em uma etapa nacional. Além das novas categorias promoverem um equilíbrio entre diferentes práticas da arquitetura e do urbanismo, o modelo do prêmio também seguirá tendências de edições anteriores, em que o júri poderá selecionar até três propostas em cada categoria, entre projetos, obras construídas e trabalhos realizados, sem distinção classificatória.

A inscrição dos trabalhos está organizada nas seguintes categorias:

  1. Edificações, mais Destaque Casa do Ano e Destaque Impacto Social;
  2. Interiores e Design, mais Destaque Objeto;
  3. Urbanismo, Planejamento e Cidades, mais Destaque Anual Especial e Destaque Marina Harkot de Ativismo Urbano;
  4. Técnicas e Tecnologia, mais Destaque Anual Especial COVID-19; e
  5. Cultura Arquitetônica, mais Destaque Anual Especial COVID-19 e Destaque do Centenário IAB.

 

Acesse o edital AQUI!

 Cronograma

9.1. Lançamento do Edital e Início das inscrições: 30 de Setembro
9.2. Anúncio do júri: Outubro de 2021
9.3. Divulgação do primeiro bloco de respostas: 08 de Outubro
9.4. Divulgação do segundo bloco de respostas: 22 de Outubro
9.5. Divulgação do terceiro e último bloco de respostas: 05 de Novembro.
9.6. Prazo final de inscrições e entrega dos trabalhos: 15 de Novembro às 23h59
9.7. Cerimônia de premiação: 15 de Dezembro de 2021
9.8. Cerimônia de premiação Nacional: Janeiro de 2022

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: IAB SP
Imagem: Divulgação IAB SP

Japan House na DW!

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Escultura cinética e instalação com 9 mil balões são atrações da Japan House na DW!

 

Duas exposições inéditas marcam a participação da Japan House na DW! 2021. Em “Equilíbrio”, criação da dupla Daisy Balloon, mais de 9 mil balões criam um grande impacto visual e encantam os visitantes. Já em “Parade – um pingo pingando, uma conta, um”, Yuko Mohri ressignifica objetos e utensílios comuns.

Em uma visita à Japan House, a experiência começa na calçada: logo na entrada, um grande painel criado pelo arquiteto Kengo Kuma reveste a fachada. Usando madeira Hinoki, sua construção utiliza a arte japonesa do encaixe.  Depois de observar o painel, você pode começar pelo andar térreo. Logo você vai se deparar com a instalação “Equilíbrio”, de Daisy Balloon, criada pela dupla Rie Hosokai e Takashi Kawada. Com 11 metros de comprimento e mais de três de altura, a obra traz mais de 9 mil balões cobertos com uma camada externa de película polarizada, que revela um efeito semelhante ao da aurora boreal quando a luz incide no conjunto.

A intervenção condensa muitos conceitos e formas de pensamento típicos japoneses, valoriza o equilíbrio e a harmonia, simboliza de maneira poética a passagem do tempo, reforça a importância e fascínio pelas inexoráveis regras da natureza ao mesmo tempo que, com o uso de balões que desafiam sua essência efêmera, também aborda uma dualidade constante que nos permeia.

“A forma orgânica da exposição sugere o percurso do ciclo da água, como se os balões fossem gotículas e nuvens subindo no ar para se transformar em chuva e precipitar de volta ao chão”, explica Natasha Barzaghi Geenen, curadora da exposição e Diretora Cultural da Japan House São Paulo.

 

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No segundo andar, mais uma instalação: “Parade – Um Pingo Pingando, Uma Conta, Um Conto”, de Yuko Mohri. A obra homenageia Tom Jobim, a partir de uma releitura da artista entre os objetos de sua instalação e a letra da famosa canção e, ao mesmo tempo, exalta a filosofia japonesa do you no bi [conceito do filósofo japonês Soetsu Yanagi (1889-1961)], que ressignifica utensílios comuns, valorizando a beleza dos objetos cotidianos.

A intervenção consiste em uma máquina desenvolvida pela artista com ajuda de engenheiros, baseada em uma placa de prototipagem eletrônica de código aberto que lê os desenhos de uma toalha de mesa estampada com frutas coloridas.

As imagens são traduzidas em correntes elétricas que percorrem diversos fios, provocando reações inesperadas como uma luz que liga e desliga, espanadores que pulam no chão, um acordeão que parece ganhar vida própria. “A ideia é causar curiosidade e maravilhamento, com os objetos retirados de suas funções primárias e costurados numa teia poética, valorizados nessa colagem espacial, nos deixando mais conscientes do nosso entorno”, afirma Natasha Barzaghi Geenen, curadora da exposição.

 

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As exposições contam com recursos de acessibilidade como audiodescrição, libras e elementos táteis. Acesse japanhousesp.com.br e programe sua visita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por DW!
Imagens: Marina Melchers

CAU/SP – Live debate o tema ‘BIM’ com arquitetos e urbanistas

Imagens SITE

A existência de software livre e gratuito para projetar em BIM será um dos pontos de discussão.

 

O CAU/SP, por meio de sua Comissão Temporária de BIM (CTBIM-CAU/SP), promove no dia 27/10, quarta-feira, às 20h, uma ‘live’ gratuita com o objetivo de debater, junto aos arquitetos e urbanistas, os temas: 

  1. O que é BIM (Modelagem da Informação da Construção)? 
  2. Quais as iniciativas governamentais a respeito de BIM? 
  3. Onde o arquiteto e urbanista pode utilizar BIM? 
  4. De que forma entregamos? Vamos olhar o decreto! 
  5. De que modo o arquiteto e urbanista pode se preparar para utilizar BIM e prestar serviços relacionados a sua atribuição (atribuições e atividades)?

Estas são as questões pautadas para o debate, embasadas nos decretos referentes a BIM e na legislação da autarquia. Durante o evento, os membros da comissão vão discutir as dúvidas e comentários que surgirem no chat.

 

“Live” CAU DEBATE BIM
Dia 27 de outubro de 2021, a partir das 20h
Transmissão pelo canal do CAU/SP no portal YouTube

 

 

Protagonismo de arquitetos e designers em projetos sustentáveis é tema de evento gratuito promovido pelo Imaflora

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Encontro online que integra o calendário da 10ª DW! Semana de Design de São Paulo 
reúne especialistas do setor para discutir oportunidades que a sustentabilidade pode trazer para a arquitetura e para os negócios da construção civil. 

 

 

O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de madeiras nativas em todo o mundo. Por aqui, 90% de toda a produção abastece o mercado interno, em especial, os setores da construção, movelaria e marcenarias – o que torna essas áreas da economia grandes motores para impulsionar o combate à ilegalidade e ao desmatamento e, ao mesmo tempo, gerar oportunidades de novos negócios sustentáveis. 

Profissionais que atuam nesse setor, como arquitetos e designers de produtos, são fundamentais na promoção de uma cadeia mais sustentávelcapaz de se fortalecer sob parâmetros legais e reforçando a importância das florestas no cenário de mudanças climáticas.  

A maior parcela da madeira nativa é consumida em obras residenciais, sendo que boa parte da madeira extraída das florestas ainda tem uma aplicação com baixa agregação de valor. Outro desafio é combater a origem ilegal da madeira. Segundo levantamentos recentes feitos pelo Imazon, no Pará, e pelo Instituto Centro de Vida (ICV), no Mato Grosso (os maiores estados produtores de madeira nativa no Brasil), cerca de 40% da madeira é extraída ilegalmente, um volume ainda muito desafiador. 

 

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Fotografia de Nathalia Segato.

 

Pensando no protagonismo dos profissionais da construção, arquitetura e design e em como suas escolhas, decisões e recomendações sobre a origem, as matérias primas e a sustentabilidade em seus projetos ajudam no cuidado com o meio ambiente e na proteção as florestas, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) realiza o encontro “Arquitetura do Amanhã 2: Construindo Negócios Sustentáveis”dia 7 de outubro, das 16h às 18h, no canal do YouTube da entidade, com participação de diversos convidados especiais e apoiadores. 

 

“Acreditamos que o segmento de arquitetura e design pode fazer a diferença à medida que considere o uso da madeira, sua origem e a conexão do produto com a Amazônia. Sabemos que somente através do uso dos produtos florestais poderemos agregar valor à floresta e mantê-la em pé” –Leonardo Sobral, gerente florestal do Imaflora. 

 

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Fotografia de Joel Jasmin.

 

De acordo com Sobral, houve um aumento na procura por madeira legal e até certificada por parte de pequenas médias empresas da indústria marceneira e moveleira“Há um crescimento na demanda por móveis e objetos de decoração com pegada de responsabilidade referente à origem da madeira, e isso é algo que agrega valor não apenas à floresta como também às empresas que consideram a sustentabilidade em seus negócios”, complementa. 

 

Sobre o evento 

Com inscrição gratuita, o encontro online contará com dois painéis de diálogos, cada um com dois convidados e um mediador, que conversarão sobre temas ligados às oportunidades de negócios para players de empreendimentos sustentáveis e à pauta de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG), o índice que avalia as operações das empresas de acordo com seus impactos nestes três eixos da sustentabilidade e que tem ganhado cada vez mais importância no mercado global de madeira. 

Na estreia, em março passado, o talk show totalizou 614 inscritos e engajou cerca de 13 mil pessoas nas redes sociais. Para esta segunda edição, a expectativa é alcançar ainda mais participantes e ampliar o foco dos debates.  Entre os convidados já confirmados estão: 

 Nicolaos Theodorakis, CEO e sócio fundador da Noah Wood Building Design, além de empreendedor do mercado imobiliário há 10 anos;

– Cristiano do Valleengenheiro agrônomo, fundador da Tora Brasil, empresa especializada na produção de móveis de madeira da Amazônia, certificada pelo FSC; 

– Kátia Punhagui, arquiteta urbanista, doutora em Arquitetura, Energia e Meio Ambiente (Universidade Politécnica da Catalunha) e em Engenharia da Construção Civil (Poli-USP), é professora do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA, Foz do Iguaçu);

– Tatiana Tibiriçá, arquiteta urbanista, sócia-proprietária do escritório Ipê-Amarelo Arquitetura, responsável pelo projeto da sede do Imaflora, com madeiras certificadas.

São apoiadores do evento: Noah Wood Building Design, Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), Marquetti Bonetti Arquitetos Associados, Tora Brasil, Núcleo da Madeira e IpêAmarelo Arquitetura. 

 

Programação prévia: 

16h00 – Abertura e boas vindas

Leonardo Sobral (Gerente florestal do Imaflora)

Monica Duarte Aprilanti (Núcleo da madeira)

16h15 – ESG no mercado de Arquitetura e Design

15’ Marcelo Rosenbaum (Rosenbaum Design) – Impacto social positivo da Arquitetura e Design

15’ Nicolaos Theodorakis (Noah Wood Building Design) – Projetos sustentáveis e o crescimento da pauta ESG

15’ Perguntas Moderador

17h – Alternativas rumo a sustentabilidade possível

Moderador: Cristiano do Valle (Tora Brasil)

10’ Tatiana Tibiriçá (Ipê-Amarelo) – Construções sustentáveis em madeira

10’ Fernando Gouveia – (Laboratório de Produtos Florestais – LPF) – Espécies de madeiras e seus usos: a importância da pesquisa.

10’ Kátia Punhagui – (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – CBCS) – A importância de considerar a origem, os tipos de materiais e descarte.

15’ Perguntas Moderador

17h45 – Encerramento com tour pelas tecnologias sustentáveis na sede do Imaflora

 

 

 

Agenda

Arquitetura do Amanhã 2: Construindo Negócios Sustentáveis

Data: 07.10.2021

Horário: das 16h às 18h

Local: https://www.youtube.com/user/Imaflora
Formulário de inscrição gratuita: www.imaflora.org

 

Sobre o Imaflora 

O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) é uma organização sem fins lucrativos, criada em 1995 sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica, associada a boas práticas de manejo e à gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola, colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer a diferença nas regiões em que atua, criando modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em diferentes municípios, regiões e biomas do país.

Mais informações: www.imaflora.org.br 

 

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Fotografia de Sebastien Goldberg.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por: Divulgação

 

 

 

 

 

 

ONU Habitat: Circuito Urbano 2021

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A 4ª edição do Circuito Urbano selecionou 178 propostas que discutirão o tema ‘Cidades na linha de frente da ação climática’.

 

Para promover os debates do evento anual Outubro Urbano, realizado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o escritório do ONU-Habitat no Brasil criou, em 2018, o Circuito Urbano, uma iniciativa de visibilidade e apoio institucional a eventos organizados por diversos atores em todo o país. O ONU-Habitat participa ativamente das agendas globais, como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, estruturada em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sendo responsável principalmente pelo ODS 11, que busca tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

A realização já apoiou aproximadamente 400 eventos e, em 2021, a 4ª edição do Circuito Urbano, a realizar-se entre 1º e 31 de outubro, selecionou 178 propostas encabeçadas por instituições de ensino, autarquias de arquitetura, iniciativas privadas e outras para integrarem a programação oficial do Circuito.  Novamente de forma virtual, os encontros ao vivo ou gravados previamente estarão sob a temática ‘Cidades na linha de frente da ação climática’, relacionando-se com os quatro eixos de discussão:

  1. Cidades Sustentáveis e Livres de Carbono;
  2. Cidades Inclusivas e Justas;
  3. Cidades Saudáveis;
  4. Cidades Resilientes.

 

Circuitourbano

 

Um dos principais objetivos das Nações Unidas em 2021 é fortalecer a ação climática através da construção de uma coalizão global para neutralidade de carbono, adaptação e resiliência climática até 2050, limitando o aumento da temperatura global a 1,5°C (…). O debate sobre o tema vem em um momento fundamental após a revelação de dados alarmantes pelo recente relatório publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) estabeleceu-se em 1978, como resultado da Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (Habitat I).
Com sede em Nairóbi, capital do Quênia, é a agência das Nações Unidas que atua em prol do desenvolvimento urbano social, econômico e ambientalmente sustentável.

Quanto ao Outubro Urbano, que se inicia com o Dia Mundial do Habitat (toda primeira segunda-feira do mês, neste ano 4 de outubro), e se encerra com o Dia Mundial das Cidades, celebrado em 31 de outubro, o evento é sempre guiado por dois temas estimulantes ao debate entre diversos atores sobre como melhorar a vida urbana.

Em 2021, de acordo com a linha de discussão do Circuito Urbano, o foco será no papel das cidades na luta contra a emergência climática – ‘Acelerando a ação urbana para um mundo livre de carbono’ e ‘Adaptando cidades para a resiliência climática’, abordados respectivamente durante o Dia Mundial do Habitat e Dia Mundial das Cidades. O evento é preparação para a COP26, que acontecerá entre 1º e 12 de novembro deste ano, em Glasgow, no Reino Unido.

 

Confira a programação completa!

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Circuito Urbano
Imagens: Divulgação

CASACOR SP – Patricia Hagobian

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Loft Zéfiro, por Patrícia Hagobian, com ambientes arejados e muita elegância, foi criado para a 34ª edição da CASACOR São Paulo

Inspirada no Deus Zéfiro – do vento oeste -, a designer Patrícia Hagobian criou um espaço híbrido e multifuncional, distribuídos em 140 m², para seu ambiente na 34ª edição da CASACOR. O Lóft Zéfiro Dunelli é marcado pela ventilação livre e pontos de calmaria para o olhar. Com todo mobiliário fornecido pela Dunelli, o intuito foi de trazer leveza e fluidez ao ambiente, vindo de encontro com o tema da exposição, “Casa Original”, um retorno às origens e busca da ancestralidade. Para isso, Patrícia optou por móveis com linhas retas, formas orgânicas e uma diversidade de texturas, como madeira, mármore, laca e aço. A permeabilidade do vento revela em momentos estratégicos, a linha do horizonte, exibindo pontos de calmaria para o olhar.
Estante Kronos Dunelli Easy Resize com
A conexão com a natureza e a liberdade vivenciada pelos velejadores é uma vertente do loft. No convite para sermos mais amigáveis com o planeta, que tal escancarar a janela, deixar a porta aberta e permitir a brisa entrar? E ainda que o mundo nos queira em caixinhas apertadas, a existência em algum momento se expande naturalmente – a casa conecta e conta histórias. E essa expõe a saga de um velejador apaixonado pela brisa, que conduz o vento para dentro de sua casa e da sua alma.
A necessidade de ambientes arejados em uma situação de pandemia é uma das principais características trazidas pelos profissionais da CASACOR. Mas além da ventilação cruzada, um pré-requisito da própria mostra, o projeto Loft Zéfiro traz um elemento inovador: vãos de entrada de ar, que integram todos os ambientes no alto das paredes.No amplo ambiente da mostra, logo na entrada, uma porta generosa e pivotante se destaca.
Na entrada, o destaque fica por conta do tapete verde redondo, com borda virada, esculpido manualmente em um desenho com linhas paralelas, convergindo em um ponto central. Ele é complementado por duas poltronas Mitra, do designer Maurício Bonfim, que foram produzidas em madeira maciça, com encosto curvado e detalhes em aço. A designer inseriu nichos de plantas para transmitir acolhimento e valorizar o espaço. Ainda no hall, a mesa lateral Lev, do Studio Fresa, ganha função de aparador.
MA Tif Dunelli Easy Resize com
A releitura da lacuna sai do óbvio e atravessa todas as paredes em aberturas contínuas de 50 cm acima das janelas, dando entrada para o vento e para o céu. Os curiosos vãos trazem a tendência de novos tempos de forma prática, arejando e trazendo segurança sanitária para o ambiente, mas também abraçam a tendência do subjetivo, dualidade entre o sólido e o fluído, traz conforto e acolhimento. Ao adentrar, revela um espaço onde a premissa é leveza. Ao passar pelo Hall de distribuição, a janela se abre, e um volume se forma, demarcando a área da Cozinha e Sala de Almoço.
Para a sala de jantar, integrada à cozinha, a junção da mesa Grian, com tampo em laca, desenhada pelo Studio Luazzu, com as cadeiras da Lattoog, em estrutura de tauari e assento de fibra de vidro revestida, resultaram em uma composição clean e arrojada.
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Passando para o living, tanto o sofá Berilo, com detalhe em carvalho, quanto a poltrona Safira, levam a assinatura de Maurício Bonfim. Combinadas com a mesa de centro com tampo em mármore exótico Prada Nuovo, proporcionam uma atmosfera aconchegante e, ao mesmo tempo, sofisticada . Com o pé direito mais alto e volumes pronunciados, o Living é emoldurado pela vista. É no espaço mais generoso da casa, que a paisagem de tirar o fôlego se anuncia: o Home Office passa a coexistir e permite um momento de absoluto respiro. Em total interação, o closet completamente aberto, confere fluidez.
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Banco Cogumelo Dunelli Easy Resize com
Não menos importante, o quarto é o espaço mais intimista. Grandes portas de correr permitem a integração. A cama possui linhas verticais trabalhadas individualmente, e ao mesmo tempo sugerem uma curva, unindo tecnologia construtiva e design artesanal. No lounge de saída, estantes assinadas pela arquiteta e fornecidas pela Dunelli recebem uma coleção de ampulhetas, fazendo alusão que apenas o tempo pode curar tudo.
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Banco Ripado Dunelli Easy Resize com

 

 

Por Divulgação
Imagens: Divulgação