Projeto de atmosfera casual e layout fluido conecta-se de maneira significativa com a paisagem natural ao seu entorno.
Localizada em Ontário e com 1600 m2, de área construída, a casa do Lago Huron, projeto do escritório SAOTA, compreende dois elementos sobrepostos que pousam discretamente na paisagem florestal circundante. O terreno, situado em um talude de transição entre o lago e a floresta, possui um desnível de 3,5 metros em relação à cota da estrada, atingindo o lago para configurar um jardim no embasamento. A parte posterior da residência, recuada na propriedade de forma a preservar o penhasco natural, se configura em uma parede de vidro de dois pavimentos, que permite o acesso de luz natural para o amplo interior e um grande espaço ao ar livre foi planejado para as tardes de verão no lago.
Pretendendo aprimorar a experiência de uma casa de veraneio, o projeto de abordagem arquitetônica contemporânea consiste em uma série de caixas empilhadas e suspensas, uma incorporando o edifício no plano do solo, a outra suspensa ao alto para permitir que um espaço social exista entre os volumes. Um volume interno/externo ao sul ancora o edifício e maximiza as vistas, permitindo que os espaços de estar ocupem o primeiro plano. O nível inferior é em concreto e os níveis superiores com estrutura emoldurada de aço. De espaços fluidos, pavimentos de fácil circulação e layout simples e bem estruturado, a residência conta com pé direito triplo que permite a entrada de luz natural e destaca a paisagem.
Um sistema de automação controla e monitora a casa, garantindo alto desempenho tecnológico; o painel solar de 15kw, fornece energia suficiente para a casa e o excedente é regularmente alimentado de volta à rede elétrica, para crédito e uso posterior. O projeto ainda integra outros dois sistemas: um subterrâneo de águas pluviais na propriedade e um séptico eco-flo, para tratar todos os requisitos de esgoto no local.
O pavimento superior é totalmente privativo aos proprietários, abrigando a suíte master, um escritório e uma academia. A casa é em grande parte escondida pelos pinheiros ao redor, aparecendo como uma simples caixa de pedra, que flutua sem esforço entre os troncos das árvores. Na fachada da casa, uma área de entretenimento coberta ao ar livre limita a piscina.
Voltada para o Lago Huron, o pé direito triplo permite a entrada de muita luz natural e destaca a paisagem.
O vasto volume central é sutilmente contrastado com os volumes mais íntimos e contidos da cozinha e de outros cômodos, para uma experiência espacial ampla e bem articulada. Um grande espaço ao ar livre foi planejado para as tardes de verão.
Os revestimentos Neolith em grandes formatos, externos e internos, configuram um sistema de painéis de cerâmica, robustos e resistentes o suficiente para suportar o extremo clima canadense, que, somado a eficiência energética da casa, a longevidade da strução e de seus materiais, contribuem para a sua sustentabilidade. A cor mais clara refere-se à areia da praia em frente à propriedade, o painel mais escuro à casca das árvores da floresta, propondo diálogo e conexão com o entorno.
A importância de um bom planejamento urbano para lidar com as abundantes chuvas de verão.
Durante longo período, a estratégia da engenharia fluvial e hidráulica esteve focada em retificar o leito dos rios e córregos para que suas vazões fossem dirigidas pelo caminho mais curto e com a maior velocidade de escoamento possível, visando ganhar novas terras para a agricultura, novas áreas para a urbanização e minimizar os efeitos locais das cheias. E apesar de ser natural o ser humano estabelecer sua morada próximo a cursos d’água, construir cidades sob essa concepção gerou consequências negligenciáveis, principalmente à nível de planejamento: a variedade de biota é reduzida de uma maneira alarmante e as cheias hoje causam prejuízos cada vez maiores, por vezes irreversíveis.
Quando o curso hídrico atinge sua capacidade máxima de água ela começa a vazar e, sem a devida área de preservação nas margens, escorre sem controle. A ausência de infraestrutura urbana para a adequada coleta e direcionamento da água da chuva pode acarretar diversos danos para as áreas atingidas que vão além de um simples alagamento, como erosões em áreas desprotegidas e terrenos íngremes, assoreamento de corpos hídricos e problemas estruturais nos pavimentos, além de deslizamentos de terra e graves inundações.
Nas cidades, a impermeabilização do solo, que é provocada tanto pelas construções de casas, comércios ou indústrias quanto pela pavimentação de ruas e calçadas, eleva o escoamento superficial durante o período chuvoso, que natural ou artificialmente flui para a parte mais baixa que são os córregos e rios. Por vezes, no processo de escoamento, a água não é direcionada da maneira correta para os corpos d’água, o que faz com que ela chegue com muita energia, destruindo completamente o leito do manancial e suas margens, provocando consequentemente as enchentes. As áreas que deveriam ser preservadas para suportar o transbordamento do rio são ocupadas por inúmeras construções civis.
Portanto, além do crescimento urbano desordenado, os principais problemas residem no desrespeito humano à um planejamento ambiental eficiente e, claro, na falta de atitudes conscientes desta problemática. Uma ocupação urbana inadequada, a falta de infraestrutura em drenagem, a poluição, o desmatamento, as queimadas e o descarte incorreto de resíduos sólidos são ações que só agravam. O depósito de entulhos de construção, lixo e esgoto também dificultam o escoamento de água, além de facilitar a proliferação de vetores de doenças. Na pressa por dar uma resposta ágil à população, o poder público vai pelas vias mais rápidas e não necessariamente mais baratas, na tentativa de minimizar os efeitos e prejuízos.
A questão só poderá ser enfrentada com eficiência se as diferentes abordagens e soluções para a drenagem – as do urbanismo e as da engenharia, forem combinadas. No verão, com o aumento dos índices pluviométricos, quando as chuvas são muito intensas, as enxurradas tendem a ocorrer e intensificar o poder das enchentes. A instalação de sistemas de drenagem são meios que ajudam a conter ou a escoar o curso das águas por meio de bocas de lobo, piscinões ou dutos, que levam o excesso de água para outra localidade.
A mudança das chuvas, com picos de precipitação concentrados em determinados locais, vem exigindo que a engenharia reveja procedimentos de dimensionamento. Melhorar o sistema de piscinões e promover soluções de drenagem com qualidade urbanística – parques lineares, renaturalização e estruturação de redes associadas a eixos de mobilidade – são meios previstos e em uso.
Existe ainda outro aspecto a ser considerado com relação às chuvas: as estruturas urbanas são vulneráveis também a chuvas não tão intensas, mas que se estendem por muitos dias. Os espaços que absorvem e detém as águas, seja o solo de áreas verdes permeáveis ou piscinões, esgotam sua capacidade. A canalização dos rios, que é feita para aumentar a velocidade de escoamento e posteriormente se voltaram ao armazenamento de grandes volumes em piscinões, também não resolvem este cenário de chuvas.
Há mundialmente uma forte promoção quanto ao processo de renaturalização, buscando a revitalização e a recuperação, como o controle efetivo das cargas poluidoras na bacia hidrográfica, o reestabelecimento das funções ecossistêmicas dos corpos d’águas e a integração da população no processo, a fim de garantir sua efetividade e durabilidade.
A implementação de projetos voltados para a renaturalização de rios exige a disponibilidade de áreas e novos conceitos na engenharia hidráulica e de planejamento territorial. Dentre alguns pontos que podemos destacar na está exatamente a remoção das canalizações que são trocadas por quebra-correntes de gabiões e pedras. As barragens podem servir para controle do fluxo de água no rio, mas ao invés de comportas e vertedouros, fazer uso de tentos transversais, que facilitam a migração de espécies, por exemplo.
Renaturalizar significa voltar ao natural, é a volta às características naturais do rio, com intervenções que visam promover um aspecto natural que favorece tanto a harmonia paisagística quanto a flora e a fauna do corpo d´água, procurando estabelecer um equilíbrio e uma dinâmica entre os limites e peculiaridades de um ambiente urbanizado e um ambiente mais natural, além de também visar a preservação e recuperação das áreas naturais de recarga e inundação.
A verdade é que as cidades ocuparam o espaço dos rios, alteraram solos e fluxos de superfície, e precisam ser adaptadas para que os moradores convivam em segurança com as chuvas. Um trabalho de integração dos diferentes tipos de conhecimento sobre a cidade é necessário e deveria acontecer em vários níveis da prática. Maior entrosamento entre procedimentos de drenagem e compreensão do potencial urbanístico ajuda planejar locais estratégicos para a implantação de parques e áreas verdes, áreas de risco prioritárias para receber projetos de qualificação habitacional ou até melhorar processos de controle do assoreamento. Uma melhor distribuição de recursos, maior monitoramento e real controle de riscos são questões que devem ser mobilizadas em conjunto; caso de não somente considerar a boa articulação de uma gestão urbana, mas primeiramente humana.
As margens renaturalizadas do Meno (Main), em Frankfurt.
São Paulo é uma das cidades que enfrentam grandes problemas no assunto devido ao crescimento urbano desordenado e sem planejamento ambiental. A CM conversou com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), criada recentemente em 2019, que tem o objetivo de conduzir de forma sustentável o desenvolvimento socioeconômico em todo o território de São Paulo, por meio da gestão sistêmica das Políticas Estaduais de Meio Ambiente e Infraestrutura. Para desempenhar suas atribuições: Infraestrutura, que congrega as áreas de recursos hídricos, saneamento, resíduos sólidos, energia e mineração; e Meio Ambiente, que aglutina a coordenação do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais – SEAQUA.
“As iniciativas da SIMA, com o apoio da Defesa Civil, buscam reduzir danos materiais e, principalmente, preservar vidas durante o período chuvoso. Por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), nós temos realizado o desassoreamento dos rios, manutenção de pôlderes, construção e limpeza de piscinões, entre outras medidas preventivas. O recente estudo divulgado pelo Instituto Geológico também é uma ferramenta fundamental e que contribui para minimizar os efeitos de eventos, como deslizamentos de terra e inundações” – Marcos Penido, secretário da SIMA
Em 2020 o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, assumiu a operação dos conjuntos de pôlderes (equipamentos hidráulicos para controlar cheias) das pontes das Bandeiras, Casa Verde e Anhanguera, na Marginal Tietê. Com esta ação mais 26 bombas foram integradas ao sistema do DAEE, que já operava outros pôlderes nas pontes do Limão, Aricanduva, Vila Maria e Vila Guilherme. Os conjuntos funcionam de maneira integrada e permitem maior eficiência do processo. O DAEE realizou ainda a limpeza, capina, roçada e desassoreamento de 25 piscinões. Apenas em 2020 foram retirados 220.477 m³ destas estruturas e capinados mais de 892.090 m².
Para minimizar o impacto das chuvas na capital paulista, promoveu-se ações de desassoreamento de córregos, rios e piscinões, assim como a integração de pôlderes (estruturas hidráulicas artificiais), que minimizam os prejuízos na época das cheias. A marginal do rio Tietê possui 12 conjuntos de bombas, distribuídos em 7 pontes: Aricanduva, Vila Maria, Limão, Vila Guilherme, Bandeiras, Casa Verde e Anhanguera. São 47 equipamentos instalados que podem bombear, em média, 16,16 m³ metros cúbicos por segundo (16.160 litros por segundo) das marginais de volta para o rio. O bombeamento auxilia na retirada da água das marginais e do grande volume que chega dos bairros durante as chuvas. A ação é eficiente: A Holanda, por exemplo, é um dos países que utilizam em larga escala o sistema de pôlderes e a região se destaca no desenvolvimento de engenharia especializada nesse tipo de edificação. O país possui cerca de 3 mil pôlderes, alguns com mais de 50 mil hectares.
Além disto, outras ações contribuem ao quadro geral: atualmente, 24 piscinões são administrados pelo DAEE e no ano passado foram contabilizadas a remoção de 220.470 m³ de sedimentos nestes. Executa-se também um pacote de projetos para serviços e obras que visam combater as enchentes nas regiões do Rio e Alto Tietê. Em 2020, o DAEE desassoreou um volume de 431,5 mil m³ de sedimentos do rio.
Ponte Aricanduva tem 2 pôlderes. Na imagem, lado direito com 4 bombas instaladas.
Trabalhos de desassoreamento no Rio Pinheiros, em São Paulo.
27º Congresso Mundial de Arquitetos oferece programação virtual gratuita. Confira!
A SEMANA ABERTA UIA2021RIO é uma semana especial de conteúdos disponibilizados abertamente ao público, e parte integrante do 27º Congresso Mundial de Arquitetos, promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA), pela primeira vez no Brasil. O 27º Congresso Mundial de Arquitetos, programado para ocorrer presencialmente de 18 a 22 de julho no Rio de Janeiro, antecede seu roteiro com sessões virtuais, de 22 a 25 de março, pela inaugural Semana Mundial de Arquitetos UIA2021RIO.
Orientados pelo tema “Fragilidades e Desigualdades sociais”, arquitetos e urbanistas, reunidos por Elisabete França, Coordenadora do Comitê Científico do UIA2021RIO, trarão visões e experiências sobre o enfrentamento de situações críticas e tentativas de reverter as condições precárias de moradores de favelas, cortiços, abrigos temporários, assentamentos informais e unidades habitacionais produzidas por autoconstrução ou autogestão. O conteúdo permanece aberto durante a semana de realização, mas, depois, só terão acesso os inscritos no próprio Congresso.
De março a junho haverá uma extensa e intensa programação virtual, aberta a todos os continentes, trilíngue.
Confira o roteiro da primeira Semana Mundial de Arquitetos UIA2021RIO
22/3 (segunda-feira), 9h – A arquitetura da inclusão social Convidados Fabienne Hoelzel (Suíça) e Maria Alice Rezende de Carvalho (Brasil) Moderação Mariana Barros
23/3 (terça-feira), 9h – O que é mesmo periferia? Convidados Alfredo Brillembourg (Venezuela/EUA) e Gilson Rodrigues (Brasil) Moderação Fernando Serapião
24/3 (quarta-feira), 9h – Arquitetura na favela Convidados Alejandro Echeverri (Colombia) e Jorge Jáuregui (Brasil) Moderação Evelise Grunow
25/3 (quinta-feira), 11h – Live de Encerramento Fragilidades e Desigualdades
Projeto resgata técnica ancestral e incorpora terra retirada do próprio terreno.
Os clientes deste projeto, idealizado pelo arquiteto Guilherme Paoliello, fizeram apenas dois pedidos especiais: um espaço mais isolado da casa para a prática de yoga e uma adega generosa, já que possuem uma pequena produção de vinho. A construção da casa de 702,64 m² e 2 pavimentos, localizada na Serra da Mantiqueira, em São Paulo, se deu de forma alongada e sinuosa, conformando um “S” aberto que se encaixa perfeitamente no relevo quase sem movimentação de terra, com vista para o horizonte sobre a mata nativa adjacente.
A residência utiliza técnicas construtivas adaptadas ao local e de baixo impacto ao meio ambiente. Toda a terra gerada pela movimentação da terraplenagem e proveniente das escavações das fundações foram aproveitadas no embasamento, com paredes de terra socada na técnica ancestral revisitada da taipa de pilão, escolha que também ajuda a manter a temperatura ideal para armazenagem dos vinhos. A casa dispõe de sistemas sustentáveis próprios, como aquecimento solar, geração de energia fotovoltaica, captação e reaproveitamento das águas pluviais, o que torna esta construção praticamente autossuficiente em consumo de água e energia elétrica.
“O diferencial do projeto está justamente no sistema construtivo utilizado. As paredes de taipa, além de serem sustentáveis por reaproveitarem a terra retirada do próprio terreno, também auxiliam na questão térmica da armazenagem do vinho, algo solicitado pelo cliente.”- Guilherme Paoliello, arquiteto.
Pelo formato e topografia do terreno, a implantação da construção se deu de forma alongada, em três seções de reta conformando um “S” aberto. Desta forma, a construção se encaixa no relevo quase sem movimentação de terra, conformando o programa de maneira linear.
Todos os ambientes da casa se voltam para o fundo do lote, com magnífica vista do horizonte. Na face oposta, voltada para a rua de acesso, um paliteiro de madeira, ao longo de toda a fachada, protege de maneira leve e não totalmente opaca os ambientes da casa, preservando sua privacidade.
Sem pilares, foram projetadas duas vigas de concreto longitudinais com balanços simétricos, para distribuir as cargas de maneira uniforme sobre as paredes de taipa no pavimento térreo. A estrutura de madeira laminada colada em eucalipto do pavimento superior repousa suavemente, através de uma sequência modular de vigas transversais de madeira, sobre as vigas de concreto.
No pavimento superior, de um lado os dormitórios e banheiros e de outro o espaço de convívio social, bastante transparente para a vista. Aqui, com todas as funções integradas e abertas, reforçando a ideia do compartilhamento de atividades, desfrutando da paisagem e do horizonte variado.
Toda a estrutura foi montada rapidamente e coberta com telhas metálicas “sanduiche” (camada dupla de chapas metálicas com miolo de poliuretano expandido) protegendo desta forma as paredes e a estrutura de madeira das intempéries. As telhas metálicas se apresentam integralmente na arquitetura como cobertura e forro interno dos espaços, a camada superior foi pintada na cor terracota e na face inferior interna aos ambientes da casa foi pintada de branco.
Ornare Lab une tecnologia e exclusividade no novo modelo de negócio da brand de luxo.
De olho nos movimentos do mercado, onde a flexibilização e o digital têm se tornado necessários para o sucesso – vide as startups, Ornare desenvolveu um novo modelo de negócios dedicado a personalização de projetos em realidade virtual. Maior brand de luxo no segmento de móveis sob medida no Brasil e Estados Unidos, traz para o mercado nacional uma nova experiência no desenvolvimento e especificação de projetos residenciais, corporativos e hoteleiros.
Na Ornare Lab, novo perfil de unidade de negócios da marca, uma moderna sala recebe toda a estrutura exclusiva da marca para criar uma experiência única no atendimento ao cliente, que se adapta às novas rotinas de segurança que o momento que vivemos pede. Os showrooms e flagships Ornare seguem um padrão de atendimento boutique, o Lab é como um atelier, onde o projeto é costurado e visualizado com base na percepção visual do cliente. Focado em arquitetos e incorporadoras de alto padrão, a Ornare Lab atende a um cliente por vez, em horário marcado. A expertise no relacionamento com profissionais e o refinamento e assertividade na escolha do endereço são diferenciais da marca na estratégia de sucesso dos Labs.
Toda essa exclusividade, somada aos óculos de realidade virtual, sensores e câmeras, que vão auxiliar na criação dos projetos adicionam ainda mais qualidade ao atendimento. Com os óculos criam-se ambientes virtuais, nos quais é possível caminhar e interagir com as peças, oferecendo opções de personalização. Na fase de elaboração do projeto, a planta do espaço é reproduzida para tornar a experiência mais próxima do real, incluindo, por exemplo, paisagens que integram o ambiente externo. Os equipamentos registram o deslocamento do cliente em ambientes que reproduzem as soluções Ornare para projetos de cozinhas, salas, escritórios, home theaters, closets, entre outros. Cores, acabamentos, acessórios e disposição de portas, gavetas e prateleiras podem ser trocados ao toque do cliente até que seja alcançado o modelo ideal. Durante o processo de criação, mostruários especiais também serão entregues no endereço do cliente.
Primeira empresa do segmento a implementar esta tecnologia em seu modelo de negócio, Ornare contou com uma equipe multidisciplinar de colaboradores que envolve especialistas em TI, design e arquitetura. Somado a isso, foi investido R$ 1 milhão de reais em equipamentos. Para dar start, a empresa está em negociação com empresários que atuam no segmento de decoração e construção civil e novos investidores que buscam um negócio próprio. Com Ornare Lab, o foco é expandir nas cidades com até 1 milhão de habitantes para atendimento da marca em território nacional. A empresa prevê a abertura de 15 franquias nos próximos dois anos. Hoje, são 13 showrooms no Brasil e cinco nos Estados Unidos.
Plurais, peças adquirem características variadas e se transformam graças ao design criativo de seus criadores.
Móveis versáteis podem ser a solução para quem busca um jeito inteligente de organizar e otimizar cômodos pequenos. Itens que se adaptam às necessidades do cotidiano garantem auxílio para ambientes dinâmicos, que demandam grande atividade e movimento constante, tanto ao ganho de espaço quanto à funcionalidade indispensável. Um bom design aqui é encontrar as melhores soluções possíveis para que o conforto e a praticidade nunca faltem. Além, é através dele que tais solução fazem a diferença e amparam os hábitos rotineiros de um lar.
FOLDING RISING CHAIR
A Folding Rising Chair enfatiza a forma natural que um objeto pode adquirir transformando-se e cada pedaço da peça tem sua própria tarefa para o sucesso desta transformação. A base de qualquer cadeira é a superfície plana em que você eventualmente se sentará. Usando essa percepção como ponto de partida, o designer Robert Van Embricqs fez vários cortes em uma superfície plana e estabeleceu diferentes fios semelhantes a feixes, algo que por si só criou as características preliminares, mas já distintas, de qualquer cadeira: costas, assento e pernas. O ritmo das vigas de madeira (a peça possui três opções) dá à cadeira uma forma orgânica e posicionando-a em definitivo evidenciou-se a conexão intrínseca entre sua materialidade e seu design.
“Até que ponto o objeto que você está criando é capaz de ditar seu próprio design? É possível até mesmo para um objeto ‘dizer’ qual forma é o seu mais adequado? E se assim for, qual será o resultado final?” – Robert Van Embricqs
Encontrando inspiração para seus projetos em estruturas ósseas, vida vegetal e movimento, Robert é fascinado pela complexidade esteticamente agradável, mas estabelecida da forma natural. A abordagem de um design minimalista, que pode ser melhor descrita como uma colaboração equilibrada entre o designer e o material, é uma escolha consciente para uma funcionalidade não carregada de conformidade ou previsibilidade.
NEXO
Móveis são peças de interação, em contato direto com o corpo do usuário e a pluralidade está relacionada com a diversidade de coisas reunidas em um único espaço. Criação da designer Ana Neute para Líder Interiores, Nexo faz parte da coleção Plural, desenhada para a marca. Com diversas funções e significados, o móvel tem o espelho como elemento principal, objeto que conecta os demais componentes da peça. Apta para uma recepção, mostra o que precisa ser visto em um aparador, e esconde o que não precisa em um nicho, que pode servir para uma hortinha caseira; na função armário, reserva e apoia acessórios diversos do dia a dia.
“O uso funcional de móveis e objetos, planejados a partir dos princípios do bom design, trazem praticidade, alegria e usabilidade para a vida das pessoas, influenciando positivamente em suas rotinas.” – Ana Neute
Acompanhando todas as etapas do processo criativo, do desenho à mão até o desenvolvimento da peça no chão de fábrica, Ana crê no diálogo e na evolução através de experiências e trocas, buscando levar à vida das pessoas objetos que não só as beneficie em todos os sentidos, mas propondo um trabalho carinhoso, pautado pela ligação emocional e afetiva que as peças podem agregar.
RADIUS WORK STATION
Ideal para quem não precisa de uma mesa todos os dias ou não quer desfigurar seu ambiente de convivência, Radius é perfeito para estes quando não há espaço suficiente para um home office típico. Ispirado pelo cotidiano simples e real, a peça idealizada pelo designer Michael Hilgers evidencia um processo de escolha por parte do usuário; um móvel de configuração flexível, adaptável e funcional, para usos múltiplos. Fechado, o objeto é também um elemento decorativo, quando ativado para qualquer atividade se torna solução e adquire novo significado.
“Embora meus projetos às vezes pareçam bastante racionais o processo de desenvolvimento, pelo menos no início, é bastante espontâneo e intuitivo. Adoro desenvolver móveis que resolvam problemas cotidianos e tornar o espaço mais funcional.” – Michael Hilgers
Influenciado e focado nos espaços que nos cercam, Michael está sempre preparado para descobertas espontâneas e, segundo ele, nada se compara ao momento iluminado da criação. Trabalhando em soluções para uma vida compacta, suas criações oferece uma resposta inovadora para problemas do cotidiano através da reinterpretação, funções ocultas e construção incrivelmente simplista.
Publicação do Instituto dos Arquitetos do Brasil vai reunir projetos arquitetônicos e planos urbanísticos que colaboram com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a Agenda 2030 e os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável com o objetivo de que os países membros somassem esforços para o cumprimento das metas estabelecidas. As metas vão desde cidades e comunidades sustentáveis, passando por consumo e produção responsáveis, bem como combate à fome e às mudanças climáticas. Consolidando o trabalho realizado nos últimos anos na divulgação da Agenda 2030, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) convida os profissionais de arquitetura e urbanismo a inscrever, a partir do dia 1º de março, projetos arquitetônicos e planos urbanísticos para a 2ª Edição do Guia IAB para a Agenda 2030.
Os projetos e planos selecionados integrarão a nova publicação, que será lançada em julho de 2021, no Rio de Janeiro, durante o 27º Congresso Internacional da União Internacional de Arquitetos (UIA). Podem ser inscritos projetos e planos localizados no território nacional ou no exterior, elaboradas a partir de 2015.
As inscrições ficarão abertas até 18 de abril deste ano e podem ser realizadas AQUI!
Guia IAB para a Agenda 2030
Em 2020, o IAB – por meio do Grupo de Trabalho da Agenda 2030 da Comissão de Política Urbana e Habitação Social – produziu uma versão brasileira da publicação da Comissão da UIA, apresentando projetos de arquitetura e planos urbanísticos do Brasil que colaboram com cada um dos 17 ODS. O Guia IAB para a Agenda 2030, ao apresentar uma seleção de projetos resultantes da atuação profissional de arquitetos e urbanistas brasileiros, traz uma pequena e significativa amostra do compromisso dessa categoria com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estipulados pela ONU. Para a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas – FNA, a sustentabilidade do planeta e das cidades não é somente uma variável a mais a ser considerada, mas elemento central das atividades de projeto e planejamento.
O GUIA IAB já é referência para arquitetos e urbanistas, bem como para toda a sociedade.” – Patryck Araújo Carvalho – Secretário de Políticas Públicas e Relações Institucionais da FNA.
1ª telha fotovoltaica de concreto do Brasil recebe registro do INMETRO e começa a ser produzida pela Eternit.
A Eternit – companhia especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil, e líder de mercado no segmento de coberturas – recebeu no início deste mês o registro do INMETRO para a telha fotovoltaica de concreto BIG-F10 – 1ª telha de concreto com tecnologia desenvolvida no Brasil, que capta energia solar para a produção de energia elétrica a partir de células fotovoltaicas aplicadas diretamente nas telhas, sem a necessidade de painéis adicionais. O modelo já tinha aprovação do Instituto e agora está certificado sob o registro 005443/2020.
A Tégula Solar, empresa que pertence ao Grupo, iniciou a produção sob demanda na fábrica de Atibaia, no interior paulista, para projetos-pilotos em parceria com clientes selecionados em locais residenciais, comerciais e de agronegócio. Com capacidade total de 11 MWp/a (ou 11 Megawatts-pico ao ano) em geração de energia, a unidade recebeu a instalação de equipamentos nacionais e importados, e adaptou sua infraestrutura para a fabricação da nova linha de produtos de alta tecnologia. A comercialização para o grande público em todo o país está prevista para o primeiro semestre de 2021.
“Somos a única companhia brasileira a produzir localmente um produto revolucionário que irá ajudar a diminuir o consumo de energia tradicional de forma ecológica, ao mesmo tempo em que promove eficiência no uso.” – Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.
Cada telha de concreto da Eternit Solar produz 9,16 watts e tem dimensão de 365 x 475 mm. A capacidade de produção média mensal de uma única telha é de 1,15 Kilowatts hora por mês (kwh/mês). A estimativa é que essa tecnologia seja vantajosa para o consumidor ao permitir entre 10% e 20% de economia no valor total da compra e da instalação das telhas fotovoltaicas, em relação aos painéis solares montados em cima de telhados comuns. O retorno sobre o investimento ocorre dentro de um período relativamente curto, de 3 a 5 anos, dependendo do sistema.
O número de telhas fotovoltaicas necessário para uma residência vai depender da quantidade de energia que se deseja produzir, da localização do imóvel, inclinação e orientação com relação ao sol, entre outros fatores. Uma residência pequena pode ter em torno de 100 a 150 telhas fotovoltaicas de concreto. Casas de médio e alto padrão, de 300 a 600 unidades ou mais. O restante do telhado é feito com telhas comuns, complementadas com acabamentos como cumeeiras, laterais, espigão do mesmo modelo, com mesmo material e encaixes perfeitos, garantindo a melhor estética do telhado.
Como grande vilão na batalha contra a natureza, o transporte vem passando por muitas mudanças, desde a mobilidade sustentável urbana até soluções efetivas para grandes frotas.
Os veículos estão na lista dos maiores poluentes do planeta com o processo de queima e evaporação de combustível. De acordo com os dados do SEEG, os transportes de cargas e passageiros, foram responsáveis pela emissão de cerca de 196,5 Mt de CO², em 2019. Algumas mudanças já foram adotadas, como o uso de biocombustíveis (livres de CO²) e os veículos elétricos, e outras estão a caminho como o programa de controle da poluição do ar para veículos pesados (Proconve). No entanto, quando falamos em empresas com grandes frotas é preciso tempo para reestruturação econômica e adaptação, o que não significa continuar poluindo.
Segundo Daniel Schnaider, especialista em tecnologias disruptivas e CEO da Pointer by Powerfleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas, soluções como a Pointer SmartSaver foram desenvolvidas para que a redução de combustível atingisse o equilíbrio em todos os seus pilares: social, econômico e ecológico. Com o uso da IoT, a solução é capaz de economizar cerca de 26% de combustível por mês, em uma frota de 8 mil veículos. A redução de poluentes segue o mesmo número.
“Embora frotas sustentáveis sejam uma demanda essencial e muito desejada, nem todas empresas conseguirão fazer a transição, principalmente em meio à crise. Trocar dezenas de milhares de veículos de alto custo para suas versões elétricas de uma única vez é inviável. Isso requer tempo e muito investimento. Mas não por isso a sustentabilidade deve ser uma premissa descartada, pelo contrário. É possível inclui-la no planejamento de redução de custos. Não é necessário esperar pelo elétrico para ajudar o meio ambiente. Podemos revolucionar a gestão de frotas e veículos sustentáveis no mundo agora mesmo.” – Daniel Schnaider, CEO Pointer by PowerFleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT.
Ainda, no conceito de sustentabilidade o uso da tecnologia prevê manutenções preventivas aos veículos e rotas otimizadas. A inteligência artificial do driver feedback, em tempo real identifica padrões não desejados como ultrapassagem em faixa contínua, alta velocidade, direção com celular, falta de respeito ao pedestre e até mesmo distância segura do veículo da frente, evitando freadas bruscas e desgaste desnecessário dos pneus.
Pointer by Powerfleet Brasil
A multinacional de origem israelense iniciou operações em 1994 e está presente no Brasil desde 2010. Em 2019, foi adquirida pela norte-americana PowerFleet®. A companhia é especializada no desenvolvimento de ferramentas, serviços e tecnologias para gestão inteligente de frotas de empresas e locadoras, com foco em soluções de telemetria. Além de possibilitarem uma redução de custos em torno de 20%, seus produtos proporcionam o monitoramento remoto dos veículos, diminuindo a incidência de fraudes, desvios de conduta e roubo de cargas. Com mais de 3 milhões de produtos de telemetria vendidos reúne mais de 50 mil carros, motocicletas, caminhões e implementos rodoviários rastreados no Brasil e 600 mil no mundo.
Fonte Pointer by Powerfleet Brasi
Imagem: Tomáš Malík