Dinamismo volumétrico

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Sob a premissa de um urbanismo focado no pedestre, empreendimento propõe uma forma de habitar que prima pelo bem-estar e em viver a cidade ao seu redor

 

Majoritariamente residencial unifamiliar, o Cap. 1 Três Figueiras, é um empreendimento que propõe o conceito de casas suspensas, tendo os terraços como peças de destaque no projeto assinado pelo escritório OSPA Arquitetura e Urbanismo. Localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, todas as unidades são dispostas de frente, garantindo as orientações leste e oeste, além de visuais de uma das Figueiras que dão nome ao bairro Três Figueiras e se encontra no terreno.

Recentemente, o empreendimento foi destaque no iF Design Award, uma das principais premiações de design do mundo, vencendo na categoria Residential Architecture da edição 2025. Realizado pelo iF International Forum Design GmbH, instituição fundada em 1953 em Hannover, na Alemanha, o concurso contou com quase 11 mil inscrições de 66 países, que concorreram em 75 categorias. Os vencedores foram definidos por 131 jurados de 23 países com base em critérios como concepção, forma, funcionalidade, diferenciação, inovação e sustentabilidade ligadas ao design, elementos evidentes no Cap1 Três Figueiras.

 

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Situado em um bairro bucólico, os terraços são peça importante do projeto. Fotografia: Gabriel Konrath.

 

A volumetria do projeto é fruto da ideia de seguir o padrão geométrico do entorno: os quatro lotes existentes são base para quatro blocos, cada qual com quatro apartamentos escalonados. A edição do prisma original reduz o impacto da edificação na região, afastando-a da via pública a cada pavimento, além de acompanhar a topografia original do terreno e gerar terraços privativos com piscinas lineares, ora a frente do apartamento, ora perpendicular à divisa lateral, criando dinamismo para os volumes.

 

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Fotografia: Gabriel Konrath.

 

Visando gerar maior privacidade entre as unidades e reforçar o conceito de casas suspensas, cada apartamento ganha uma bandeja com seção “U” em concreto aparente, coroada na sua frente pela piscina revestida em pedra Hijau. A disposição dos ambientes na planta de cada unidade busca posicionar áreas sociais em frente ao terraço, o que, juntamente com as amplas esquadrias piso-teto, borra as delimitações entre áreas externas e internas.

 

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Fotografia: Gabriel Konrath.

 

As áreas condominiais são propostas na fachada do pavimento térreo, seguindo a premissa de um urbanismo focado no pedestre e em uma cidade mais permeável visualmente. A edificação ganha uma área que, no dia a dia, é entendida como um lounge, uma extensão do hall de acesso. Conforme a necessidade, divisórias retráteis acústicas são fechadas, garantindo o isolamento para o uso privativo.

 

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Fotografia: Gabriel Konrath.

 

Os mais de 50 metros de testada são utilizados para um jardim escalonado que faz a transição entre a calçada pública e as áreas condominiais do projeto. Com paisagismo de Alex Hanazaki, um jardim vertical se estende por toda a divisa dos fundos, sendo visto pelas suítes de todas as unidades.

 

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Fotografia: Gabriel Konrath.

 

 

Maximizando os jardins

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Em conexão íntima e constante com a natureza, residência conta com decks externos e recebe luz natural em abundância

 

Um casal que amava o lugar onde vivia há muitos anos, no Itanhangá, no Rio de Janeiro, deseja uma nova residência, mais simples, prática, sem excessos, com muita beleza e um jardim generoso.  O estudo inicial do projeto, assinado pelo escritório be.bo, considerava a construção da casa em CLT (Cross Laminated Timber), onde acabamento e estrutura se integrariam, mas os clientes, preocupados com a durabilidade e manutenção, optaram por uma obra tradicional, mantendo o resultado estético previsto.

A disposição linear da construção, posicionada ao longo do limite longitudinal do terreno, foi planejada para favorecer a entrada principal por um caminho verdejante, maximizando os jardins e preservando quase todas as árvores existentes.  O acesso para os carros e as áreas de serviço foram posicionadas na parte frontal do terreno, enquanto os espaços íntimos ficaram ao fundo. No encontro entre esses espaços, está a sala de jantar aberta, celebrando o desejo dos clientes de comer ao ar livre.

 

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No encontro entre espaços, está a sala de jantar aberta, celebrando o desejo dos clientes de comer ao ar livre. Claraboias permitem que o céu se torne parte integrante do dia a dia. A residência recebe luz natural em abundância e interage harmoniosamente com os jardins. Fotografia: Leonardo Costa.

 

A linearidade se apresenta também na circulação interna responsável pelo acesso a todos os cômodos, com um ritmo marcado pelos montantes intercalados com vidros e seguidos em toda a extensão por um longo banco. A casa de 310 m² de área construída recebe luz natural em abundância e interage harmoniosamente com os jardins, o que garante a experiência de um morar deliciosamente ventilado e solar, algo desejado pelos moradores.

 

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A linearidade se apresenta também na circulação interna, com um ritmo marcado pelos montantes intercalados com vidros e seguidos em toda a extensão por um longo banco. Fotografia: Leonardo Costa.

 

Cada ambiente conta com decks externos que promovem uma conexão íntima e constante com a natureza, e claraboias posicionadas na sala de jantar e banheiros permitem que o céu se torne parte integrante do dia a dia.

 

 

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Os decks externos reforçam a uma conexão com o entorno. Fotografia: Leonardo Costa.

 

Ripas de concreto que imitam tábuas de madeira carbonizadas foram aplicadas na fachada e, para conservar o mesmo contraste acolhedor, algumas paredes internas foram revestidas com chapas de compensado naval de pinus.  Os toques de cor ficaram reservados aos elementos decorativos de total curadoria do cliente.

 

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Ripas de concreto que imitam tábuas de madeira carbonizadas foram aplicadas na fachada. Na visita ao terreno, uma grande surpresa: a posição escolhida da casa trazia com ela um enqua¬dramento perfeito da Pedra da Gávea, um deleite para os olhos dos moradores. Fotografia: Leonardo Costa.

 

 

Pina Contemporânea

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Visando a conexão entre diferentes bens da arquitetura paulistana, o espaço ganhou forma graças a soluções sustentáveis

 

Somando-se ao conjunto de edifícios da Pinacoteca de São Paulo, que hoje é composto pela Pinacoteca Luz e Pinacoteca Estação, o Pina Contemporânea foi idealizado para ser uma praça pública onde variadas atividades artísticas e culturais são apresentadas. Com projeto assinado pelo escritório Arquitetos Associados, o projeto tem 6.858 m², o que inclui Duas galerias para exibição de obras em grandes formatos, ateliês para atividades educativas, Biblioteca de Artes Visuais, além de loja, auditório, mirante e espaço de acolhimento.

Um dos principais objetivos do Pina Contemporânea é que ele atue como um eixo de circulação, paralelo à Avenida Tiradentes, interligando os diversos imóveis tombados da região, como a Estação da Luz, o Museu de Arte Sacra, o Convento de São Cristóvão, e até o bairro do Bom Retiro, onde estão instalados vários equipamentos culturais. Houve também um trabalho de preservação de bens tombados no próprio lote do projeto, tais quais a Escola Modelo da Luz de Ramos Azevedo, e a EEPG Prudente de Moraes, que foram dedicados a atividades compatíveis às suas estruturas e espacialidades originais.

Os espaços foram projetados com maior flexibilidade, de modo ampliar as possibilidades de uso de acordo com as atividades culturais propostas. Além disso, o escritório Arquitetos Associados apostou na integração de entre física e visual dos ambientes, enfatizando o viés público do projeto e estimulando a livre circulação. Esteticamente, o projeto dialoga com o modernismo, mas sem abrir mão da versatilidade que permite diferentes obras de arte a serem expostas.

 

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A Pina Contemporânea busca integrar-se à cidade, preservando e adaptando edifícios históricos, concebendo espaços públicos abertos e promovendo a sustentabilidade. Fotografia: Nelson Kon.

 

O Pina Contemporânea foi viável graças a variadas soluções sustentáveis, dentre elas a construção industrializada na cobertura e no anel de circulação, estruturados em madeira laminada colada (MLC) e aço, que buscam reduzir o impacto que a implantação geraria tanto na edificação existente quanto no Parque da Luz. O projeto conta ainda com infraestruturas para o reaproveitamento de água e geração de energia, o que lhe trouxe a certificação LEED Silver. Com o projeto, passado e presente se encontram para vislumbrar possíveis futuros.

A organização espacial dos remanescentes da antiga Escola Modelo da Luz e do Convênio Escolar orientou o projeto a constituir um conjunto de grande unidade, reforçado pela acolhedora sombra iluminada definida pela cobertura em continuidade ao bosque do parque. Além do reuso adaptativo das edificações históricas, as soluções sustentáveis, como a construção industrializada na cobertura e anel de circulação, estruturados em MLC e aço, buscam reduzir o impacto da implantação para a edificação existente e, especialmente, para o Jardim da Luz.

 

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A organização espacial dos remanescentes da antiga Escola Modelo da Luz e do Convênio Escolar orientou o projeto a constituir um conjunto de grande unidade, reforçado pela acolhedora sombra iluminada definida pela cobertura em continuidade ao bosque do parque. Fotografia: Nelson Kon.

 

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Além do reuso adaptativo das edificações históricas, as soluções sustentáveis, como a construção industrializada na cobertura e anel de circulação, estruturados em MLC e aço, buscam reduzir o impacto da implantação para a edificação existente e, especialmente, para o Jardim da Luz. Fotografia: Manuel Sá.

 

A criação de um pavimento em subsolo para a área de exposição evita bloqueios visuais além de dar destaque aos bens tombados. A Grande Galeria, compatível com as variadas demandas da arte contemporânea, oferece espaço expositivo flexível.

 

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Fotografia: Nelson Kon.

 

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Fotografia: Manuel Sá.

 

 

 

Inovações em revestimentos funcionais e personalizados

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Versátil, a Trisoft destaca-se por soluções sustentáveis de isolamentos térmico e acústico, de forma personalizada.

 

A Trisoft, indústria 100% nacional, detém um registro invejável: a marca já reciclou o equivalente a mais de cinco bilhões de garrafas PET. Retiradas, enquanto resíduos, do meio ambiente, e após passarem por um processo de seleção, lavagem, moagem e secagem, resultam em um produto denominado Flake, matéria prima para a fabricação das fibras que compõem seus produtos.

Todo o processo de produção, a partir da fibra de PET, é realizado em seus mais de 30 mil m2 de plantas fabris (em Itapevi-SP, Blumenau-SC e Fortaleza-CE), adequando seus produtos para cada projeto, de acordo com as especificações do consultor acústico ou do escritório de arquitetura. São várias as opções, de 1mm a 50mm de espessura para ambientes diversos. Importante saber que a Trisoft consegue moldar, cortar, vincar, estampar, enfim, adequar suas soluções para o melhor desempenho possível, sem alterar o projeto do arquiteto.

 

Painéis adequados a quaisquer ambientes, de fácil aplicação

De acordo com o CEO Maurício Cohab, “os produtos Trisoft são recomendados tanto para áreas internas quanto externas, a depender da necessidade de cada cliente. Temos soluções para escritórios, cinemas, hospitais, restaurantes, residenciais, academias e muito mais. Sempre que houver a necessidade de um tratamento acústico para minimizar ruídos, para promover melhora de um coeficiente térmico ou para simplesmente atender à vontade de se utilizar um produto sustentável, com características de personalização e maleabilidade distintas do convencional de mercado, pode-se pensar produtos Trisoft”.

Leve e de fácil instalação, cada produto tem sua própria caracterização: por exemplo, um painel de revest ness pode ser simplesmente colado na parede; já as soluções “nuvens” e baffles devem ser  penduradas (neste caso, os produtos vêm acompanhados de kit instalação). “Para todos os nossos produtos de linha, contamos com vídeos de instalação, disponíveis em nossos canais, ou ainda indicamos equipes de instalação. Para projetos especiais como fachadas, por exemplo, são estudadas e
desenvolvidas as melhores maneiras de fixação, a depender do local e das condições às quais os produtos serão expostos”, enfatiza Maurício Cohab.

Vale lembrar que, assim como as próprias garrafas PET, os produtos Trisoft podem levar anos e anos para deteriorar-se. Em todo seu ciclo de vida, mantêm suas propriedades acústicas, térmicas e estéticas.

“Poder utilizar produtos a partir do PET na indústria da construção, no design, é incrível. É uma maneira da gente conseguir fazer dele um bom uso. Isso porque o PET tem qualidades únicas. Ele é leve, extremamente forte, resistente à água e às intempéries. Ele é manipulável, cortável. Então, sem dúvida, a lã de PET é um dos materiais do futuro. E não somente por conta das qualidades que possui, mas por ser absolutamente reciclável. A gente está encontrando maneiras nobres de utilizar esse produto. Adoro a Trisoft. O Maurício é super inovador” – Arquiteto Lula Gouveia, Superlimão Studio.

 

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As Fachadas Ventiladas entregam personalização e economia, graças a leveza de sua estrutura. Projeto: Superlimão.

 

Maior eficiência energética

Por serem produzidos exclusivamente a partir de PET reciclado, além de sustentáveis, os produtos Trisoft apresentam naturalmente melhor performance térmica, pois o PET não absorve calor. Ao se produzir, por exemplo, uma fachada com esse material (o mesmo uma cobertura de teto), o calor proveniente do sol não é absorvido, diferentemente de uma fachada metálica, que absorve calor e o irradia para dentro da edificação. Dessa forma, o projeto arquitetônico pode apresentar um melhor coeficiente energético, pois promoverá maior eficiência e menor custo para manter controlada a temperatura interna dos ambientes.

 

Exigências de mercado

São várias as instâncias normativas com as quais a Trisoft está comprometida: ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), Autoextinguível Classe II A do corpo de bombeiros, laudos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), certificação pela ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), membro da ProAcústica (Associação Brasileira para a Qualidade Acústica), da United Nations Global Compact (UN Global Compact) e dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU. Não é
pouco.

Por fim, Maurício Cohab ressalta que “a Trisoft acredita na economia circular. Não basta que o nosso produto seja feito de matéria prima reciclada; ele continua sendo reciclável. Praticamos, assim, a logística reversa, ou seja, quando o cliente cansar de um produto específico pode mandá-lo de volta para a Trisoft, para que seja novamente reciclado e transformado em um novo produto”. Vale conferir!

 

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Na imagem acima, um protetor auricular gigante e amarelo foi instalado na escultura de Baleia na Praça B32, em São Paulo, como parte de uma ação de alerta da Trisoft e ProAcústica acerca da conscientização sobre poluição sonora durante o INAD 2024.

 

 

 

 

 

 

Imagens: Divulgação

ONU-Habitat lança guia prático para espaços urbanos

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Publicação é dividida em cinco temas que destacam aspectos desejáveis para uma vida urbana mais sustentável e resiliente

 

O Laboratório Urbano UN-Habitat publicou “My Neighborhood”, uma publicação que oferece uma lista de princípios de projeto urbano com o objetivo de criar cidades mais sustentáveis e resilientes. Contendo ações aplicáveis ​​à escala do bairro, o guia se dedica a apresentar uma abordagem integrada que responde a setores-chave, como transporte, iniciativas urbanas locais, moradia, espaços públicos, serviços públicos e outros.

 

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Fossgate em York / Fotografia: cktravels.com

 

A publicação da ONU-Habitat é dividida em cinco temas, cada um destacando aspectos desejáveis ​​da vida urbana: Cidade Compacta, Cidade Conectada, Cidade Inclusiva, Cidade Vibrante e Cidade Resiliente. Oferece princípios acionáveis ​​para ajudar atores urbanos-chave a colaborar e projetar soluções em escala local. O objetivo final da publicação é ajudar a criar bons bairros, entendidos como áreas que proporcionam um ambiente propício para uma melhor qualidade de vida para todos. A escala do bairro garante um impacto máximo dessas estratégias, sem perder de vista os sistemas da cidade que alimentam o bairro.

Juntos, esses capítulos cobrem uma diversidade de indicadores espaciais, como forma, distribuição, proximidade, diversidade, intensidade e conectividade. Em vez de criar uma abordagem linear que divide os assuntos em categorias isoladas, o guia visa conectar as dimensões espaciais de bairros, ruas, espaços abertos e unidades de construção, e destacar como essas características desejáveis ​​funcionam em todas as escalas e dependem umas das outras.

 

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O guia visa ser usado como um banco compartilhado de princípios, oferecendo também uma matriz digital interativa para servir como base para conversas. É dirigido a profissionais de planejamento, urbanistas, especialistas setoriais, grupos da sociedade civil, acadêmicos e representantes governamentais e ONGs. Pode ser usado para iniciar iniciativas interdisciplinares que envolvam grupos comunitários e criar responsabilidade para todos os atores envolvidos.

 

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Programa de Renovação de Habitação – Bairro Mugica – Bueno Aires / Fotografia: cortesia Special Projects Unit Barrio Padre Carlos Mugica

 

Várias outras iniciativas semelhantes se esforçam para ajudar líderes comunitários a criar espaços mais equilibrados, inclusivos e resilientes, com programas diversos voltados para reconsiderar o design apropriado das ruas, criar novos modelos de habitação coletiva ou repensar espaços públicos para receber categorias populacionais negligenciadas. Da mesma forma, em colaboração com a Associação Nacional de Serviços de Saúde, o Heatherwick Studio lançou a iniciativa Heath Street, um guia para repensar ambientes clínicos tradicionais e reimaginar como olhamos para o bem-estar e aspectos de saúde holística da vida urbana. Outras táticas mais subversivas para proteger a comunidade local podem incluir formas disruptivas de arte pública, como grafite de rua e a proteção de espaços para protestos.

As principais tendências de materiais na arquitetura em 2024

Classic luxury empty room with boiserie on the wall Pink colored

Desde técnicas resgatadas da França Imperial até o uso de materiais sustentáveis, 2024 promete tendências ecléticas na decoração e arquitetura

 

Conhecer quais são as tendências de arquitetura, design e decoração é uma maneira de se manter atualizado com as preferências do mercado imobiliário, seja para vender um imóvel, ou apenas para reformar e deixar o lugar com um toque mais moderno e sofisticado. A cada ano, as tendências mudam; o que no ano anterior era novidade hoje pode ser antiquado, e por esse motivo pode ser difícil acompanhar a evolução das tendências. Abaixo, um guia para conhecer algumas das principais tendências de arquitetura em 2024. Confira!

 

Classic luxury empty room with boiserie on the wall Pink colored

 

Baixo relevo veio para dominar

Os revestimentos em baixo relevo chegaram em 2024 para quebrar a hegemonia do alto relevo. A tendência busca a retomada da técnica milenar de decoração para criar padrões e formas intrincados que trazem personalidade e profundidade ao ambiente.

Existem centenas de estilos diferentes, de padrões geométricos a formas orgânicas contínuas, para uma sensação de fluidez na superfície aplicada.

 

Elementos vazados

Outra forte tendência para arquitetura e design em 2024 está na aplicação de elementos vazados utilizando colunas falsas para criar uma moldura entre cômodos (seja para fazer uma separação imaginária de ambientes ou como artigo para exposição de tapeçaria, treliças e até plantas).

Existem diversos tipos de aplicação de elementos vazados, desde os clássicos cobogós, típicos do Nordeste brasileiro, até apresentações mais modernas, com vidros, madeira e cimento queimado.

 

Uso de boiserie

Muitos podem não conhecer esse estilo pelo nome, mas já podem ter visto em algum filme ou série (especialmente aqueles que se passam no final do século XVIII em diante).

A boiserie é um estilo arquitetônico e de decoração francês que emprega uma espécie de moldura nas paredes para criar um aspecto de painéis (muito utilizado nos palácios da monarquia francesa).

As molduras podem ser feitas de diversos materiais como madeira, MDF, espuma, isopor e até concreto. Além disso, podem ser pintadas da mesma cor da parede para uniformidade e para criar uma área de destaque na parede, seja para pendurar um quadro, destacar uma janela ou um espelho.

 

Aposte no marmorizado

Outra tendência que nunca sai de moda e é atemporal é o uso de revestimentos marmorizados. É uma escolha clássica, que combina com a maioria das decorações e estilos quando utilizado com parcimônia.

Não é preciso gastar muito em uma única placa de mármore importado para ter um resultado impactante. Atualmente existem diversos tipos de revestimentos de porcelanatos e azulejos que mimetizam perfeitamente a estética do mármore e que não são tão caros quanto a pedra em si.

 

Elementos naturais: mais que necessários

Uma forma de trazer aconchego para a decoração e que está em alta em 2024 é o uso de elementos naturais, como madeira, treliça, bambu, rattan e palha indiana.

Esses materiais, além de serem sustentáveis, retiram um pouco daquele sentimento de frieza que algumas decorações mais modernas podem proporcionar e trazem mais calor e aconchego para o ambiente.

 

 

 

 

Por: SimoneN
Imagem: iStock

Mighty Buildings: Revolucionando a Construção Sustentável

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Combinação de impressão 3D, robótica e ciência dos materiais abre novos caminhos para a construção civil

 

A Mighty Buildings anuncia participação no Green Interiors Day de Milão, diretamente da Califórnia, para compartilhar suas inovações em casas impressas em 3D. Esta empresa está na vanguarda da construção sustentável, trazendo soluções que são verdadeiramente revolucionárias.

A empresa se destaca por sua capacidade de construir casas sustentáveis em apenas 4 dias, com uma equipe de apenas 4 pessoas, gerando 99% menos desperdício em comparação com métodos tradicionais de construção. Isso não apenas otimiza o processo de construção mas também contribui significativamente para a redução do impacto ambiental.

 

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Um dos aspectos mais impressionantes é o material utilizado pela Mighty Buildings, conhecido como Lumos. Este material inovador cura rapidamente, transformando-se em uma substância 5 vezes mais forte que o concreto, tanto em tensão quanto em flexibilidade, e ainda é 30% mais leve. A combinação de impressão 3D, robótica e ciência dos materiais abre novos caminhos para a construção civil, oferecendo durabilidade, eficiência e sustentabilidade.
Compromisso com o Meio Ambiente
Além da inovação em construção, a Mighty Buildings também se destaca pelo uso de materiais 60% reciclados, reafirmando seu compromisso com práticas sustentáveis. A tecnologia de automação avançada utilizada em sua fábrica permite que a construção seja realizada com precisão, reduzindo o desperdício a quase zero.
A participação da empresa no Green Interiors Day em Milão trará oportunidade para difundir mais sobre como a impressão em 3D pode fortalecer o futuro dos interiores sustentáveis.

Usina Solar utiliza IA para estabelecer padrão de segurança na geração de energia fotovoltaica

Usina terá capacidade de gerar até kilowatt hora Crédito Dago Nogueira Mackenzie ()

Em parceria com Mackenzie e Huawei, Multinacional investiu R$ 1,7 milhões no projeto, que tem foco em pesquisa e desenvolvimento

 

O projeto “Inova Solar: Mackenzie – Huawei” foi inaugurado na última quinta-feira (21), na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis. A Huawei Digital Power é a unidade de negócios de energia solar da multinacional líder em infraestrutura para Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) e dispositivos inteligentes.

Alguns dos objetivos são desenvolver pesquisa na geração de energia solar e, com isso, criar uma norma nacional de segurança para instalação, manutenção e prevenção de acidentes, criar um modelo preditivo de previsão de geração de energia e saber como os otimizadores – dispositivos que reduzem o impacto que a sombra causa na instalação – podem melhorar a eficiência do sistema.

A usina terá capacidade de gerar até 20 kilowatt-hora e, por ano, 20 megawatts. Os inversores Huawei instalados na usina possuem a tecnologia AFCI (arc fault circuit interrupter), que monitora a ocorrência de arcos voltaicos, geralmente causados por maus contatos nas instalações, e desligam automaticamente em 0,5s, garantindo a segurança dos sistemas.

O professor da Escola de Engenharia (EE) da UPM e pesquisador integrante do projeto, Bruno Luis Soares de Lima, explica que os inversores solares fabricados no Brasil serão submetidos a testes pela Universidade. “Vamos analisar como a proteção elétrica dos inversores solares se comporta quando submetidos a arcos voltaicos, considerando como parâmetros e procedimento de testes requisitos de normas internacionais”, comentou.

 

Usina terá capacidade de gerar até kilowatt hora Crédito Dago Nogueira Mackenzie ()

 

O Brasil ainda não tem uma norma para a segurança dos sistemas de geração de energia solar, e uma das intenções do projeto é ajudar a criar esse padrão, com base em referências internacionais. “Essa norma está em elaboração pelo comitê da ABNT e quando ela sair o desejo é que o nosso laboratório seja um dos certificadores dos equipamentos”, disse o professor.

Para a Huawei Digital Power, o projeto reflete a visão da multinacional nas ações que promovem inovação, segurança e capacitação, e os resultados vão permitir que a sociedade se beneficie.

“A usina é pequena em relação ao tamanho da Universidade para que tenhamos um controle dos testes, para pesquisa e desenvolvimento. Os resultados vão gerar frutos para serem replicados. É essencial ter segurança para todo mundo, por isso os nossos inversores já são fabricados com essa camada de proteção. Alguns países já têm obrigatoriedade e padrões e é isso que também queremos para o Brasil”, comentou Andrey Oliveira, diretor de soluções residenciais da Huawei Digital Power.

 

Tecnologia, algoritmo e inteligência artificial

A usina solar também conta com soluções inovadoras e inteligência artificial (IA). Um drone vai sobrevoar a instalação para fazer a manutenção do sistema e, a partir do sobrevoo, o dispositivo detecta defeitos.

O projeto Inova Solar: Mackenzie – Huawei também pretende desenvolver um algoritmo de previsão de geração de energia solar, que vai se basear nas medições históricas da usina, nas câmaras que medem o sombreamento e na estação meteorológica que mede os dados climáticos para gerar um modelo de inteligência artificial. A partir desses dados, a expectativa é prever quanto uma usina pode gerar de energia. Atualmente, a falta dessa previsão é uma das dores do mercado de energia fotovoltaica. “A usina entra em operação e muitas vezes gera menos do que foi planejado no projeto”, explicou o professor Bruno.

 

Educação e capacitação

O laboratório será utilizado pelos alunos da graduação do Mackenzie. A usina será incorporada às aulas da disciplina de Geração de Energia. O Corpo de Bombeiros de São Paulo também recebeu um curso de capacitação em energia fotovoltaica, e por meio de EAD (Educação à Distância), os profissionais treinados poderão ministrar aulas para bombeiros dos outros estados do Brasil.

O objetivo é que esses socorristas entendam os riscos, a manutenção da instalação fotovoltaica – que permanece ligada em muitos casos por conta da captação da energia solar – e que tenham conhecimento para realizar salvamentos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Mackenzie
Imagem: Dago Nogueira/Mackenzie

Casa e Mercado promove Ciclo de Palestras na Belas Artes

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Ciclo de Palestras promovido pela CM pretendeu fomentar aprendizados aos alunos do Centro Universitário Belas Artes e permitir um diálogo aberto entre bem sucedidos escritórios do cenário atual e futuros profissionais.

 

Na primeira quarta-feira do mês de dezembro, a Casa e Mercado promoveu, junto ao Centro Universitário Belas Artes, um ciclo de palestras destinadas aos alunos sobre os seguintes assuntos: Arquitetura, Urbanismo e Design. A ocasião contou com a especial participação do estúdio ACIA Arquitetos e dos escritórios BLOCO Arquitetos e TRIPTYQUE Architecture. No final de cada apresentação foi aberto um bate-papo para perguntas e respostas no momento presente, enriquecendo a experiência dos alunos e palestrantes.  

Em síntese, os principais assuntos abordados pelos primeiros profissionais em palco, da ACIA Arquitetos, navegaram sob o tema “O Futuro das Cidades”. Fabio Aurichio e Ricardo Baddini, Sócios-fundadores do estúdio, iniciaram a apresentação comentando sobre como o período pandêmico do Covid-19 afetou a convivência humana e transformou o cenário atual urbano, sinalizando que se estabeleceu em sociedade um certo “efeito pendular” (ficar indo de um ponto ao outro). A apresentação dos arquitetos então sugeriu algumas ideias e reflexões sobre como melhorar esse impasse e assim regenerar a comunidade, colocando a cidade como fomentadora de integrações. A policentralidade também foi levada em pauta como um modelo humano – a cidade de 15min, o Plano de Paris: viver, trabalhar e prosperar sem grande deslocamento.

“As cidades devem se adaptar às pessoas, transformando os espaços em “placemaking” – que significa criar lugares, mas o conceito vai muito além dos espaços físicos. Essa abordagem tem o objetivo de transformar bairros, cidades e regiões. E o foco dessa transformação é a conexão entre as pessoas, ou seja, o futuro das cidades é pelo caminho da humanização!” –  Fabio Aurichio, sócio-fundador da ACIA Arquitetos. 

 

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Logo em seguida, o escritório BLOCO Arquitetos, formado pelo trio Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho, discutiram sobre questões de  “Processo e Identidade”. Diante disso, apresentaram cases singulares, esmiuçando projetos e técnicas utilizadas na elaboração de cada um deles. Dentre alguns destaques, o sistema “Off Grid” – sistema isolado e autônomo que tem como principal característica o “auto sustento”, ou seja, um sistema não conectado à rede elétrica que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver outro meio de produção; e a “Fossa Ecológica” – um sistema de tratamento de esgoto que utiliza processos naturais para a decomposição da matéria orgânica sendo uma alternativa à fossa séptica, que utiliza produtos químicos para o tratamento do esgoto. 

O projeto da Casa Bacuri, que pertence a Mariana Siqueira, foi um dos mais detalhados pelos sócios. Os arquitetos relataram os desafios de criação, trazendo aos espectadores um pouco das soluções elaboradas às demandas solicitadas. O ideal, por exemplo, era conseguir manter as árvores do local e otimizar os recursos disponíveis, como criar uma estrutura de madeira laminada para coletar a água da chuva, que posteriormente teria usos diversos. “Tivemos a ideia de dar o nome à casa de Bacuri, que faz referência a uma planta do cerrado, por ser muito resistente”, explicaram. 

“Uma coisa que a gente tenta é não chegar com uma ideia pré concebida. Queremos primeiro entrar no lugar, sentir o lugar, pois ele é que orienta nosso trabalho. As ideias são projetos que não tenham o que ser tirado deles, ou seja, os princípios continuam sendo os mesmos, de repetição e adaptação de linguagem.” – BLOCO Arquitetos

 

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Por fim, foi a vez da TRIPTYQUE Architecture que trouxe como tema central “O Vocabulário Sustentável”. Gustavo Panza, diretor de Arquitetura do escritório, apresentou a história da arquitetura e da própria TRIPTYQUE, apontando estratégias e modificações que ocorreram com o tempo. Para conduzir a conversa no momento atual, foram citadas teorias e dados de pesquisas, apontando características e singularidades da Arquitetura Européia e Brasileira. Gustavo contou sobre como sua experiência no “Xingu” o ensinou a trabalhar com elementos mais sustentáveis e os desafios de aplicar tais conceitos. Dentre alguns projetos que melhor ilustram as premissas do escritório, Edifício De Uso Misto, Conjunto Modular e Conjunto Multifamiliar,  destacou o retrofit na Cidade Matarazzo.

“As cidades foram sendo geradas com discrepância e mal planejamento fazendo com que haja uma forte resiliência à natureza. Por isso, realmente procuramos meios mais sustentáveis.” –  Gustavo Panza, diretor de arquitetura da TRIPTYQUE Architecture. 

 

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Por Redação
Imagens: Phoética