EFICIÊNCIA na medida

dupla Easy Resize com

Sede empresarial tem projeto eficiente e ganha selo LEED Platinum

 

Buscar soluções ecológicas e sustentáveis durante a obra e após sua conclusão foi o desejo dessa empresa de laticínios para a construção de sua sede, em Goiânia. Com cerca de 8.430 m² dividos em cinco pavimentos, tem projeto da arquiteta Christiane Abrão Helou, em parceria com os engenheiros Luis Antônio Maciel Pitaluga e Stayllon Patrick de Souza e Silva, e conquistou a Certificação LEED Platinum, com 97 pontos. “Além da preocupação ambiental, o projeto deveria priorizar por um ambiente agradável para seus usuários, proporcionando alto rendimento das equipes”, afirma Christiane.

Estruturada em concreto armado, a sede possui fachada composta por alumínio, mármores regionais, vidros de alta eficiência e isolamento térmico e acústico, criando uma envoltória leve e resistente. “Internamente, produtos como tintas, colas, silicones, selantes e afins, foram definidos de acordo com seu índice de emissão de compostos orgânicos voláteis (COV) para garantir a qualidade do ar no ambiente interno”, explica a profissional, que tinha a eficiência nas instalações como um pré-requisito do projeto. “Os resultados obtidos foram frutos de estudos e simulações prévias, analisando desde a localização do terreno, até os pontos onde eram extraídas as matérias primas dos materiais que foram agregados ao edifício. Buscou-se proporcionar a seus colaboradores uma edificação eficiente, confortável acessível e agradável”, diz. 

“O projeto foi concebido como uma edificação prática e eficiente, compatível com a visão da empresa de trabalhar a sustentabilidade não apenas atendendo a exigências legais, mas com um objetivo maior” – Christiane Abrão Helou

Para a constituição da fachada, vidros de alta performance (Cebrace) permitem a conservação a temperatura interna e iluminação natural. Também para auxiliar no conforto térmico, a sede conta com um telhado verde.

Além da utilização de materiais inteligentes como os vidros de alta performance, que auxiliam no conforto térmico e acústico, o prédio conta com placas fotovoltaicas que geram uma economia de 50% de energia em relação a edifícios similares – o que garantiu ao projeto o selo PROCEL Nível A em eficiência energética. Um sistema de reuso de água pluvial economiza 47% desse recurso.

São mais de 10% – ou cerca de 950 m² – de áreas de paisagismo, que se distribuem em zonas internas e externas. Foram escolhidas espécies vegetais nativas da região, evitando um desequilíbrio na flora das imediações. Toda a irrigação é feita com água coletada da chuva.

 

MG Easy Resize com

Easy Resize com

MG Easy Resize com

dupla Easy Resize com

 

A madeira certificada foi destaque em alguns dos ambientes internos, de acordo com sua utilização. Um sistema de iluminação (Mingrone Iluminação) foi ainda dimensionado para complementar a iluminação natural.

Internamente, o edifício ganhou piso de porcelanato ou PVC, que alia o efeito estético à alta resistência mecânica. O sistema de forros modulares de gesso acartonado (Placo) proporcionou fácil acesso às instalações dispostas acima deste.

 

Easy Resize com

MG Easy Resize com

 

Na área de escritório, o piso vinílico (Beaulieu) foi o escolhido. Um sistema de controle central automatizado (LG) para climatização, iluminação, bombeamento e persianas que acompanham a luz solar (Uniflex) garante eficiência.

Espaço de descompressão e refeitório fazem parte da composição da sede, que conta com iluminação (Philips) controlada pelo sistema Dynalight. Com preocupação ambiental em todas as etapas de projeto,  94% dos resíduos gerados durante a construção foi reciclado.

 

Easy Resize com

Easy Resize com

Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

Por: Marcela Millan
Imagens: Edgard César

Portobello – Cobogó da Mundaú é identidade nacional

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com

Cobogó da Mundaú, lançamento sustentável da Portobello, é finalista do Prêmio Human City Design Award.

 

Desenvolvido pelos designers Marcelo Rosenbaum e o Instituto A Gente Transforma em parceria com o designer Rodrigo Ambrosio e o artesão Itamácio dos Santos, o produto será lançado pela Portobello, por meio de sua marca de design democrático Pointer (em breve estará disponível nas lojas Portobello Shop).

O projeto Cobogó da Mundaú está entre os 10 finalistas do Prêmio Human City Design Award 2020, que identifica designers e instituições envolvidos em projetos que contribuem para o relacionamento harmonioso e sustentável entre as pessoas e o meio ambiente. O reconhecimento vem da criação do Cobogó de Sururu, elemento construtivo vazado produzido com a casca do sururu, de identidade nacional e alagoana, e que reforça a economia circular.

 

Portobello Cobogo Sururu Revestir Easy Resize com

 

Cobogó de Sururu da Mundaú nasceu do projeto Maceió Mais Inclusiva Através da Economia Circular – Cooperação Técnica do BID Lab, o Laboratório de Inovação do Grupo BID, em parceria com o IABS (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade) e a Prefeitura de Maceió. A pesca do sururu, molusco considerado patrimônio cultural imaterial de Alagoas, é uma das atividades mais tradicionais da economia local. Porém, apenas na Comunidade do Vergel, localizada às margens da Lagoa do Mundaú, na zona urbana de Maceió (AL), o resíduo gerado pela pesca chega a mais de 300 toneladas/mês em cascas de sururu. O Cobogó da Mundaú, elemento vazado utilizado para possibilitar maior ventilação e iluminação no interior de imóveis, traz a casca do sururu em sua composição, tornando-o um produto com identidade nacional e alagoana.

 

Cobogo de Sururu da Mundau Easy Resize com

Materia prima casaca Sururu Easy Resize com

 

O prêmio é uma iniciativa do Governo Metropolitano de Seul e a Seoul Design Foundation, que tem como apoiadores o Human Cities EU Network, World Design Organization (WDO), The UNESCO Creative Cities Network, Cumulus, The Silk Road Universities Network (SUN), Korean Federation of Design Associations.

O ‘Human City Design Award’ foi criado há cinco anos com o objetivo de contribuir para uma relação harmoniosa entre o ser humano e o meio ambiente por meio do design. A proposta do prêmio é discutir o design como uma solução criativa para problemas sociais complexos na cidade e expandir os efeitos curativos do design em todo o mundo, fazendo com que o setor de design contribua para o desenvolvimento da humanidade. O prêmio é concedido a designers que contribuíram para a construção de uma relação mais harmoniosa e sustentável entre pessoas e pessoas, pessoas e sociedade, pessoas e meio ambiente, e pessoas e natureza.

 

Portobello Cobogo Mundau Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Portobello
Imagens: Divulgação

 

 

Sobre as águas

Easy Resize com

Biblioteca flutuante une construção sustentável e educação ambiental

 

Flutuando sobre o Lago Mamori, na floresta amazônica, uma nova proposta de construção ecológica e socialmente inclusiva começa a ganhar forma. Trata-se da Biblioteca Comunitária Flutuante do Mamori, com cerca de 35 m², desenhada por Marko Brajovic em parceria com a bióloga e biomimetista Alessandra Araújo, com o designer Nacho Marti e com toda a comunidade local. “Com infraestrutura leve e simples, porém eficaz, o projeto funcionará como referência e aprendizado para a construção sustentável e educação ambiental. Ele apresenta um protótipo de arquitetura experimental, com uso de materiais locais e reciclados”, afirma Marko.

Como destaque de reaproveitamento, a cobertura da biblioteca será composta por telhas feitas a partir de garrafas PET recicladas. Além de ser uma solução sustentável, foi uma escolha pensada para resistir ao clima da região, com chuvas constantes e ventos fortes, que não permitem o uso de recursos tradicionais no teto. Para a estrutura, que deveria acompanhar o subir e descer da água, peças de madeira sobrepostas e parafusadas criam um sistema leve e eficiente.

O projeto propõe um processo colaborativo com a comunidade do Lago Mamori, na Amazônia legal, envolvendo construção sustentável e educação” – Marko Brajovic

Projetada para atender a população de quase 2.200 habitantes que vive à margem do Lago Mamori, a Biblioteca Flutuante contará com um acervo voltado à preservação cultural e natural, ecologia, tratamento de resíduos sólidos e reciclagem. Sua arquitetura foi pensada para se mimetizar com a paisagem.

 

Easy Resize com

 

Com arquitetura orgânica e vernacular, a biblioteca contará com dois acessos. Sem vidros, as portas receberão apenas telas mosquiteiras. Construída essencialmente com materiais locais e reciclados, conta com teto de telhas de garrafas PET.

Em seu interior, a biblioteca contará com uma mesa para até oito pessoas, no centro, estantes para abrigar os livros e esteiras, no chão, para os pequenos. A estrutura foi projetada para comportar até quatro toneladas, mas a ideia é que apenas dez pessoas a utilizem simultaneamente.

 

Easy Resize com

Easy Resize com

 

Depois de grandes pesquisas e experimentações em design e arquitetura com um forte relacionamento com a comunidade local, o Atelie Marko Brajovic apontou que muitos problemas locais estão diretamente relacionados à tecnologias e materiais de construção industrializados. Por isso, para a Biblioteca Flutuante, voltaram os olhos para técnicas e materiais locais, respeitando a comunidade.

Para que o sistema ficasse leve e se adaptasse às mudanças da água, que tem uma maré que sobe por volta de 8 a 10 metros por ano, o arco superior da biblioteca foi construído com uma técnica que Leonardo da Vinci utilizava na construções de pontes, com peças de madeira sobrepostas e parafusadas.

Envolver a comunidade local em todo o processo construtivo foi uma das preocupações do Atelie Marko Brajovic. Ainda em andamento, a previsão é que a biblioteca seja concluída no início de 2021.

 

Easy Resize com

IMG Easy Resize com

 

A Biblioteca Flutuante conta com uma estrutura de madeira, leve e em formato de arco, que é recoberta por um teto de telhas de garrafa PET. Internamente, o espaço foi pensado para comportar até dez pessoas.

Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Marcela Millan
Imagens: Atelier Marko Brajovic

 

A produção de cimento pode ser sustentável?

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com

A “calcinação de argila” como alternativa sustentável no setor da construção.

 

Se a indústria do cimento fosse um país, seria o terceiro maior emissor de CO2 do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e China. Na América Latina, Brasil e México são produzidos mais de 100 milhões de toneladas métricas de cimento por ano (MTA). Argentina e Peru seguem em produção e consumo de cimento com mais de 10 MTA. No mundo, a produção de cimento responde por um total de 8% das emissões globais e 40% das emissões são provenientes da liberação de Dióxido de Carbono (CO2) encontrado no calcário, substância base utilizada na criação do cimento.

Este cenário climático global tem apresentado a necessidade de optar por alternativas menos poluentes e, assim, reduzir as emissões de CO2 associadas à produção de cimento. A FLSmidth, empresa que fornece soluções de engenharia, equipamentos e serviços inovadores para as indústrias de cimento e mineração em todo o mundo, estima que as emissões globais de CO2 poderiam ser reduzidas em 3% se o calcário fosse substituído por argila na produção. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor da construção, foi desenvolvida a tecnologia conhecida como “calcinação de argila” para substituir o calcário por argila.

 

“Quarenta por cento das emissões vêm da liberação de CO2 que está embutido em um material de base usado para a criação de cimento: o calcário.” –  Fleming Voetmann, vice-presidente da FLSmidth.

 

MissionZero é um dos projetos mais inovadores da FLSmidth, que visa orientar a indústria do cimento em um caminho mais sustentável e, portanto, atingir zero emissões de CO2 até 2030. Para atingir esse objetivo, a empresa iniciou projetos-piloto com clientes e instituições acadêmicas e o uso e os resultados deste novo cimento “verde” em estradas curtas e pequenas pontes têm sido promissores. No momento, há aproximadamente 70% da tecnologia necessária para cumprir a promessa do MissionZero de atingir zero emissões de CO2 até 2030. “Estamos confiantes de que a abordagem e o investimento que estamos fazendo em pesquisa e desenvolvimento fornecerão os 30% restantes em nos próximos anos”, disse Voetmann.

Além da técnica de calcinação da argila, existem outras iniciativas, como a eliminação gradativa de fontes de energia fóssil por meios como a eletrificação. Outro fator importante a levar em conta é a mudança de mentalidade do setor. Esse esforço exige não apenas investimentos em máquinas e equipamentos, mas também um compromisso com o combate aos desafios da desaceleração do aquecimento global. O setor público deve iniciar o processo para que essas iniciativas tecnológicas abram o caminho para os usuários finais: as fábricas de cimento. Os requisitos também podem ser estabelecidos para a pegada de CO2 deixada por edifícios recém-construídos, bem como a criação de um imposto sobre produtos que contenham carbono e pode-se até estipular que 30% ou mais dos materiais usados em grandes projetos de construção sejam sustentáveis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Flsmidth
Imagem: Ilustrativa

 

 

FLUIDEZ orgânica

dupla Easy Resize com

Elementos curvos e retos compõem a residência, que preservou árvores originais do terreno.

 

 

Preservar – e, por quê não? – homenagear o centenário Ipê Amarelo que ocupava o terreno dessa residência, em Goiânia, foi o norte do projeto de Léo Romano. Com 482 m², a casa se insere em um lote longilínio, com 25 m de frente e 100 m de profundidade, e tem acesso feito por uma grande passarela, que convida ao desfrute da natureza.

Com volumetria dividida em dois partidos, a residência conta com uma caixa de madeira, que abriga a ala íntima, e outra de concreto, para a área social. “Ela foi concebida de modo a causar o mínimo de impacto ambiental, desde sua construção até a manutenção diária”, explica Léo Romano. Vários materiais e revestimentos foram produzidos in loco, como os pilares de concreto da fachada e os painéis de madeira. A permeabilidade é garantida através de caixas de infiltração e do uso de pedrisco em vários locais do jardim. Soma-se a isso, orientação solar e ventilação adequada para garantir conforto.

“A obra bem coordenada gerou, ainda, um mínimo de resíduos em todas as suas etapas construtivas”, comemora o profissional. A inovação da residência está ligada ao seu partido arquitetônico e conceito de moradia. A opção pela implantação privilegia a sinergia entre casa e natureza” – Léo Romano

Com arquitetura fluida e forma orgânica, a casa se divide em dois momentos – uma caixa de concreto, sustentada por três pilares, abriga a área social e de lazer. O bloco de madeira com janelas redondas, por sua vez, comporta a área íntima. Uma laje curva une os dois partidos.

O conforto térmico da casa é garantido através das paredes ventiladas que envelopam a residência – materiais como a madeira (Tableria, Aldeia Acabamentos) e os planos de concreto são grampeados afastados, garantindo que o ar flua na cavidade intermediária. As paredes construídas em alvenaria tradicional recebem manta térmica isolante.

 

Easy Resize com

Easy Resize com

 

Pensada para uma residência unifamiliar, a acessibilidade é garantida por rampa de acesso de carros e aberturas fartas em todos os ambientes, podendo assim atender eventuais usos para portadores de necessidades especiais.

A rampa longilínea da acesso à casa e aos ambientes sociais e de lazer, todos bastante integrados entre si. A opção pela implantação privilegia a sinergia entre casa e natureza.

 

dupla Easy Resize com

 

 

Para garantir eficiência acústica, a sala de pé direito duplo recebe teto em madeira, persianas em tecido e móveis acolchoados. Peças de design brasileiro (AZ Decor) se destacam, de nomes como Sergio Rodrigues e Jorge Zalszupin. Para aconchego, os espaços internos são revestidos com laminado de cumaru nas paredes e o piso é de porcelanato (Portobello), que se estende por todos os ambientes.

Na residência as grandes aberturas e a ventilação cruzada garantem a qualidade do ar. A luz natural é filtrada nos ambientes através de persianas e esquadrias que facilitam este controle. Bem iluminada por grandes aberturas, a luz artificial só é acionada no período noturno.

 

Easy Resize com

Easy Resize com

MG Easy Resize com

 

Projetada para aproveitar o terreno longilíneo e preservar o Ipê que havia no terreno, a casa tem forma orgânica e é dividida em dois blocos – um de madeira, outro de concreto. Os quartos ocupam a posição frontal da casa e todas as aberturas se fazem para os jardins laterais.

 

PRANCHA page Easy Resize com

PRANCHA page Easy Resize com

 

PRANCHA page Easy Resize com

 

Acesso RESPONSÁVEL

Imagens Recorte Instagram Easy Resize com

Gestão dos recursos hídricos com foco em sustentabilidade e melhoria de uso da água são imprescindíveis para ecossistema saudável.

 

Há vinte anos atrás, em 8 de janeiro de 1997, foi sancionada a Lei nº 9.433, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), mudando para sempre o paradigma dos recursos hídricos no país. Em 1998, foi instalado o Conselho Nacional de Recursos Hídricos na função de estabelecer diretrizes complementares à implementação da política e a gestão nela previstos.

Uma vez que a União e os estados, cada um em suas respectivas esferas, têm o dever de implementar o Singreh, legislar sobre as águas e organizar um sistema de administração de recursos hídricos que atenda às necessidades regionais; o governo, a sociedade civil organizada e os usuários da água atuam em conjunto na definição de políticas acerca dos recursos hídricos. Segundo a Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos Hídricos tem seis fundamentos e prevê que a gestão dos recursos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, de forma descentralizada e participativa, contando com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

Também determina que, em situações de escassez, o uso prioritário da água é para o consumo humano e para a dessedentação de animais e que a bacia hidrográfica é a unidade de atuação do Singreh e de implementação da PNRH. Pela lei, não existem águas particulares ou privadas com domínio ligado à propriedade da terra. E também não existem recursos hídricos de domínio dos municípios. Todas as águas pertencem à União e aos estados.
Para apresentar as definições internacionalmente acordadas sobre esse tema, o Grupo Assessor do Sistema ONU no Brasil lançou em março de 2018, em Brasília, o glossário de termos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – Água potável e saneamento.

“A conscientização e a educação são as principais ferramentas para superar barreiras sociais, culturais e de consumidores. Em um mundo onde as demandas de água doce estão crescendo continuamente e onde os recursos hídricos limitados são cada vez mais desgastados por excesso de captação, poluição e mudanças climáticas, negligenciar as oportunidades decorrentes da gestão melhorada de águas residuais é nada menos que impensável”, diz o relatório oficial das Nações Unidas.

A água potável limpa e segura é vital para a sobrevivência de todos os organismos vivos e para o funcionamento dos ecossistemas, comunidades e economias. O uso ineficiente, a degradação da água pela poluição, a superexploração das reservas de águas subterrâneas, atividades agrícolas e industriais que se expandem cada vez mais à medida que as populações humanas crescem e as mudanças climáticas já alteraram o ciclo hidrológico global. Se as tendências atuais persistirem a qualidade da água continuará a se degradar ameaçando a saúde humana e ecossistemas, contribuindo para a escassez de água e restringindo o desenvolvimento econômico sustentável.

 

ONU

Cerca de 12% de toda a água doce do planeta encontra-se em território brasileiro. Ao todo, são 200 mil microbacias espalhadas em 12 regiões hidrográficas, como as bacias do São Francisco, do Paraná e a Amazônica. É um enorme potencial hídrico, capaz de prover um volume de água por pessoa 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m³/s por habitante por ano. Apesar da abundância, os recursos hídricos brasileiros não são inesgotáveis e o acesso à água não é igual para todos. As características geográficas de cada região e as mudanças de vazão dos rios, que ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano, afetam a distribuição.

No Brasil, independentemente da grande disponibilidade hídrica, a distribuição é irregular e desigual. O acesso ao saneamento básico por exemplo, segundo o Instituto Trata Brasil, contribui para a saúde da população e proteção dos recursos hídricos, uma vez que os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos reduz perdas e mau uso de água. Um estudo realizado pelo Instituto, aponta que o país atende somente 50,3% da população com rede coletora de esgoto e, desse total, trata apenas 42,67%; e revela ainda que 37 % da água tratada no Brasil é simplesmente perdida no processo de distribuição, em parte por vazamentos nos canos e tubulações, enquanto que uma quantidade considerável se perde por ligações ilegais.

Aqui, há uma oportunidade de ação para a construção civil, que cada vez mais vem incorporando aos seus empreendimentos operações ecoeficientes, como a instalação de reservatórios extras para a captação pluvial e o reúso de água. A redução do consumo e a aplicação de soluções inteligentes para instalações hidráulicas pode começar ainda na fase de projeto e definição do produto – com técnicas da chamada construção seca, por exemplo – e seguir até a etapa de especificação de equipamentos e implantação de sistemas que permitam o uso racional pelo cliente final.

Além dos sistemas de reúso, dentre as soluções existentes e mais comuns estão os sistemas de individualização dos registros de água, captação de chuva, válvulas de descarga com duplo fluxo, bacias sanitárias com caixa acoplada e instalação de arejadores para torneiras e de restritores de vazão. Na intenção de orientar o setor sobre o tema no estado de São Paulo, o Sinduscon/SP participou, em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Agência Nacional de Águas (ANA – entidade responsável pela elaboração e implementação de planos de recursos hídricos em bacias hidrográficas de domínio federal e oferecer apoio técnico para elaboração desses planos em outras esferas), da elaboração do Manual de conservação e reúso da água em edificações e o documento, publicado em 2005, está sendo relançado com atualizações.

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a década 2018-2028 como a Década Internacional para Ação, Água para o Desenvolvimento Sustentável, que começou no Dia Mundial da Água, em 22 de março de 2018, e termina no Dia Mundial da Água, em 22 de março de 2028. Há uma necessidade urgente para a comunidade global – setores público e privado – de unir-se para assumir o desafio de proteger e melhorar a qualidade da água nos nossos rios, lagos, aquíferos e torneiras. Assim como a consciência individual de todos aqueles que se beneficiam pelo uso racional da água.

Produtos e programas economizadores de água vem sendo desenvolvidos em prol de um consumo mais razoável e grandes marcas levantam a bandeira, como é o caso da Deca. A empresa lançou o Programa Deca ProÁgua em julho de 2013, auxiliando na gestão consciente da água como por exemplo o diagnóstico hídrico de edificações, apontando quais produtos e locais de maior consumo de água e possíveis vazamentos.

 

“O aspecto mais importante que o profissional deve considerar é o de projetar e especificar produtos de acordo com o perfil de usuário e local em que o ambiente está inserido. Além disso, considerar sempre os princípios de sustentabilidade no projeto e levar em consideração a infraestrutura adequada a cada tipologia de produto escolhido”, orienta Fernanda Daya, gerente de marketing da Deca.

 

 

 

Por Redação

Imagem: Divulgação

 

EFICIÊNCIA comprovada!

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com

Conheça as principais certificações ambientais e pelos selos de sustentabilidade para a construção civil.

 

A construção civil é um grande gerador de resíduos e emissor de gases de efeito estufa. Com o objetivo de incentivar mudanças no setor para reduzir os impactos gerados, vários países desenvolveram sistemas de certificação ambiental para edificações. Também conhecidos como “selos verdes”, os selos ambientais tem a função de atestar sustentabilidade e são voltados principalmente para questões relativas a impactos ao meio ambiente e consumo de recursos naturais. Infelizmente, a indústria da construção contribui com uma quantidade significativa de resíduos de obra e demolição, e representam a maior parcela do uso final global de energia e das emissões de CO2 relacionadas à energia. 

Um dos desafios da agenda 2030 — que corresponde ao conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável — é construir cidades cada vez mais sustentáveis e ambientalmente eficientes. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são metas estabelecidas pela ONU e relacionadas aos principais desafios para o desenvolvimento econômico e social do planeta. Muitas dessas metas estão relacionadas aos impactos causados pelas atividades do mercado de Engenharia e Construção. Incorporadoras e construtoras estão apostando em selos de certificação sustentável como posicionamento de marca, já que traz um viés de qualidade por se tratar de um empreendimento certificado e fortalece a credibilidade, atestando a responsabilidade social e ambiental.

Dentre os principais benefícios alcançados ao construir edifícios verdes é justamente a economia significativa em consumo de energia, aquecimento e refrigeração durante a vida útil do edifício. Certificações valorizam o valor do edifício sustentável, identificando uma propriedade que reduziu as despesas operacionais, aumentando a satisfação do ocupante e apresentando reduções significativas: despesas com resíduos; despesas de energia; despesas de água; despesas de financiamento; custos de manutenção e reparo; custo de seguro; custo de financiamento; taxa de ocupação; rent premium e valor da propriedade. 

“Há anos o SindusCon-SP apoia e incentiva o uso de fontes renováveis alternativas, defende a democratização de geração energética e o consumo racional de água e energia em projetos, edificações e uso final dos empreendimentos imobiliários. Para ser considerada sustentável, uma construção precisar ter olhar para alguns quesitos e pensar em vários aspectos; a escolha dos materiais, a escolha dos sistemas construtivos e, por fim, como será definido o próprio empreendimento.” – SindusCon-SP

Grande desafio ao adotar estratégias de design sustentável tende a ser o custo associado à seleção de materiais e sistemas construtivos que atendam aos critérios do sistema de classificação, e o mercado geralmente não está preparado para todos as estratégias ecológicas determinadas. Equipes operacionais de construções mais sofisticadas também podem não estar preparadas para executar sistemas mais avançados e um treinamento adequado acaba gerando custos ao proprietário. No Brasil, existem diversos sistemas de classificação que atendem a diferentes tipos de projetos ou objetivos e diferem em seu foco e aplicações.  Por meio delas estabelece-se métricas e atinge-se patamares superiores comparado à construções sustentáveis tradicionais. 

 

LEED

Os projetos que buscam a certificação LEED – Leadership in Energy and Environmental Design – são analisados por 8 dimensões. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações), que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum. A certificação LEED pode ser aplicada a diversos tipos de projetos, em qualquer fase da construção, incluindo novas construções, reformas, operação e manutenção. As tipologias variam entre: BD+C (Novas Construções), ID+C (Design de Interiores), O+M (Edifícios Existentes) e ND (Bairros). Avaliando um empreendimento em diversas categorias, é o selo ecológico com maior reconhecimento a nível internacional, sendo adotado nos cinco continentes.

Para obter a certificação LEED é preciso que o projeto esteja registrado junto ao USGBC. No Brasil, quem fornece essa certificação, adaptada de acordo com as condições e realidade do país, é o GBC – Green Building Council Brasil, dentre outras certificações. 

“Nossa missão é transformar a indústria da construção civil e a cultura da sociedade em direção à sustentabilidade, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green building em um processo integrado, contribuindo para garantir o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, impactos socioambientais e uso de recursos naturais.” – Green Building Council Brasil.

AQUA-HQA

O selo foi desenvolvido a partir da certificação francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environnementale) e aplicado no Brasil exclusivamente pela Fundação Vanzolini. Avalia o desempenho ambiental de uma construção por sua natureza arquitetônica e técnica, bem como pela gestão de projeto, e estrutura-se em dois instrumentos principais: o Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) e o referencial de Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). As fases analisadas são programa, concepção, realização da obra e uso do edifício. O desempenho associado pode ser Bom, Superior ou Excelente. São emitidos 6 tipos de certificação: Edifícios Habitacionais; Escritórios e Edifícios Escolares; Renovação; Hospedagem, Lazer, Bem Estar, Eventos e Cultura; Bairros e Loteamentos e os benefícios de um empreendimento com o selo AQUA são os seguintes: a qualidade de vida do seu usuário, a economia de água, a energia elétrica, a disposição de resíduos e respetiva manutenção e a contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental da localização em que se insere.

 

WELL

A certificação ambiental WELL é o primeiro que se foca na saúde e no bem-estar dos usuários, sendo um complemento e uma alternativa às outras certificações ambientais. Criado pelo International Well Building Institute em 2015 parte da premissa de que o maior custo de uma edificação comercial são das pessoas que as habitam. Em três níveis de certificação, Prata, Ouro e Platina, a classificação final é calculada a partir de 102 características descritivas, divididas em sete áreas de avaliação, como o ar, água, alimentação, iluminação, saúde física, conforto e mente.

 

PROCEL

PROCEL Edifica é um selo ambiental desenvolvido pela ELETROBRAS/PROCEL, dirigido a edifícios comerciais de serviços ou públicos e residenciais, com o objetivo de promover a eficiência energética e é uma das certificações ambientais que classifica o desempenho da construção. São incentivados projetos que estimulem e aproveitem a iluminação e ventilação natural dos edifícios, na busca por combater o desperdício, assim como reduzir custos e os investimentos setoriais. O Selo Procel Edificações é outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construído, sendo avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar.

 

SELO CASA AZUL

O Selo Casa Azul é uma classificação socioambiental dos projetos habitacionais financiados pela Caixa Econômica Federal. Foi o primeiro sistema de certificação criado para a realidade da construção habitacional brasileira e é um instrumento de classificação destinado a propostas de empreendimentos que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. São elegíveis projetos novos em fase de análise ou já analisados e contratados, desde que a obra ainda não tenha sido iniciada.

 

BREEAM

BREEAM são as iniciais de Building Research Establishment Environmental Assessment Method, um selo de certificação ambiental de edifícios criado em 1990 com base em critérios relacionados com o bem-estar ambiental, aos quais atribui uma pontuação que varia entre os resultados de aprovação, como: Bom, Muito bom, Ótimo e Excelente. Sendo a principal certificação ambiental de edifícios utilizada no Reino Unido atualmente está disseminado nos cinco continentes e avalia todas as fases do empreendimento de construção, considerando o consumo de menos energia e água, a contaminação resultante do empreendimento, os materiais utilizados, a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos direta e indiretamente, o transporte, a gestão de resíduos, o uso do terreno e a também a inovação empregada.

 

EDGE

A certificação Edge – Excellence in Design for Greater Efficiencies – é uma certificação para edifícios sustentáveis, focada em questões que mais causam impacto ambiental na construção civil, considerando 3 categorias: consumo de energia, consumo de água e na energia incorporada nos materiais. Presente em 150 países, ele certifica 6 tipologias de projeto e tem como objetivo incentivar a prática sustentável em empreendimentos de países emergentes. O EDGE é composto por um software que roda em uma plataforma web, uma norma, e um sistema de certificação de sustentabilidade e pode ser acessado gratuitamente, permitindo a avaliação de um projeto de construção de acordo com uma linha de base, apropriada e calibrada ao país em questão. Mais simplificado, o sistema eliminou o comissionamento de gestão de resíduos, de obra, de controle de erosão e poluição durante o período da construção e possui uma ferramenta online onde é possível imputar dados relativos à eficiência energética e hídrica, como orientação solar de vidro, brise, materiais de cobertura e fachada, desempenho de sistemas de ar condicionado, impactos no consumo de água, e assim por diante. Para que você obtenha a certificação, precisa ter minimamente um desempenho em 20% menor de energia, 20% melhor em consumo de água e 20% a menos de energia incorporada nos materiais, em comparação com um edifício referência de mesma localidade, no caso do Brasil. 

Recorte Instagram Easy Resize com

Mas boas práticas vão além da certificação! Não adianta só se falar em economia de energia e de água se o empreendimento não preenche todos os requisitos básicos desde a sua concepção, e para isso é preciso pensar na certificação desde o projeto em um contexto geral e não só em alguns itens. É antecipar soluções que evitem a criação de um problema e não lidar com ele quando já existente, e incentivar a adoção de práticas que contribuam ao real valor de se aplicar a sustentabilidade na construção civil. O reconhecimento por meio das certificações deixam claro quais são as especificidades necessárias no quesito ecológico. A certificação ambiental atesta que as construções são saudáveis para o meio ambiente, com critérios sustentáveis para os edifícios, uma vez que eles são os grandes consumidores dos recursos naturais.

A CM buscou maiores informações sobre processos com o CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, uma empresa de consultoria e gerenciamento especializada em qualidade, tecnologia, gestão, sustentabilidade e inovação para o setor da construção atuando de forma integrada em 8 áreas.  

Dentre as valorizações já citadas, a implantação de boas práticas de governança tem sido primordial. Para as empresas, aderir aos padrões ESG – Environmental, Social and Governance, é uma oportunidade de buscar sustentabilidade a longo prazo, conquistar mais eficiência nas operações e elevar a resiliência durante crises. Estratégias ESG estão deixando de ser uma tendência para virar algo mandatório. “Ao implantar o sistema é preciso considerar aspectos como mudanças climáticas, gestão da água e da energia, riscos ambientais, qualidade urbana e uso do solo, entre outros pontos. No âmbito social, as empresas precisam estar atentas a aspectos como direitos humanos, relações de trabalho, diversidade e equidade, além de relações com a comunidade. Na dimensão da governança, por sua vez, são trabalhados temas como estrutura de compliance, gestão de crises e planos de contingência, segurança e proteção de dados, etc.” – explica Roberto de Souza, CEO do CTE.  

“Uma adesão bem-sucedida ao Sistema ESG requer condução da alta administração das empresas, consolidada em um documento de referência, com o detalhamento das diretrizes, requisitos e indicadores. A partir desse referencial, podemos estabelecer padrões e ferramentas de controle para garantir a implementação do ESG, a identificação de não conformidades e a adoção de ações corretivas, preventivas e de melhoria.”-  CTE

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Divulgação

Guardian Glass lança vidro de controle solar!

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com

SunGuard Âmbar confere estética diferenciada e conforto térmico a projetos comerciais e residenciais.

 

A diferenciação estética é um dos quesitos que os projetos arquitetônicos mais buscam para se destacarem e se tornarem referênciassem deixar de lado o conforto e o bem-estarbenefícios fundamentais, principalmente, em locais como as residências e os ambientes de trabalho. Pensando nisso, Guardian Glass lança o novo vidro de controle solar SunGuard Âmbar. Com tonalidade âmbar/bronze, o produto chega para suprir a demanda crescente da arquitetura comercial e residencial por vidros com grande impacto estético, que aliam conforto térmico e a economia de energia. Além disso, o produto possui uma excelente combinação entre entrada de luz e bloqueio de calor e baixos índices de reflexão interna e externa, o que também é uma tendência nos projetos. 

Renato Sivieri, diretor de marketing da Guardian Glass, explica que nesta busca pela diferenciação o tom âmbar vem ganhando a preferência entre arquitetos e construtores, especialmente, por estar alinhado com a tendência de cores inspiradas pela beleza da natureza.

O SunGuard Âmbar chega para mudar a forma como enxergamos os horizontes da arquitetura, agregando poder, requinte e sofisticação para que cada projeto seja único. Temos desenvolvido vidros com valor agregado pensando nas necessidades dos nossos clientes e parceiros, em relação à variedade estética – que está em alta neste momento –, a flexibilidade de design, a eficiência energética e o bem-estar dos consumidores.” – Renato Sivieri, diretor de marketing da Guardian Glass. 

Além da cor diferenciada, o vidro bloqueia 51% do calor, permite a entrada de 44% de luz solar no ambiente interno, e possui índices de reflexão externa de 14% e reflexão interna de 13%. Protege ainda móveis, tapetes e pisos contra os raios do sol, sendo ideal para fachadas, janelas, portas, sacadas, varandas, coberturas e também pode ser aplicado em móveis e decoração de ambientes. SunGuard Âmbar utiliza como base o vidro incolor e seu acabamento pode ser monolítico, temperado, laminado e insulado, o que confere ao produto mais versatilidade de aplicação. 

O produto, que é produzido na unidade da Guardian Glass em Porto Real (RJ), integra a Série Solar, da linha SunGuardque reúne vidros que bloqueiam o calor e os raios UVA e UVB, proporcionam melhor aproveitamento da luz natural e contribuem para o conforto térmico e redução do consumo de energia elétrica. Integram também a Série Solar os vidros Neutral 14, Silver 20, Silver 32, Neutral Plus 41, Chrome, Royal Blue 20, Royal Blue 30, LB32, ReflectGuardian, além do ClimaGuard SunLight. 

 

SunGuard Ambar m Easy Resize com

 

Para ajudar construtores, processadores e arquitetos a encontrarem as melhores soluções e estratégias para cada tipo de obra, a Guardian Glass possui uma equipe de gerentes técnicos dedicados auxiliar na especificação de vidros de controle solar do ponto de vista da pesquisa, de design e desempenho. Este serviço de consultoria, que já é prestado presencialmente, está disponível agora de forma remota.

Acesse a consultoria online AQUI.

 

SunGuard Ambar Imprensa Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Guardian Glass
Imagens: Divulgação

Alta PLUVIOSIDADE

Fotopag Easy Resize com

A importância de um bom planejamento urbano para lidar com as abundantes chuvas de verão.

 

Durante longo período, a estratégia da engenharia fluvial e hidráulica esteve focada em retificar o leito dos rios e córregos para que suas vazões fossem dirigidas pelo caminho mais curto e com a maior velocidade de escoamento possível, visando ganhar novas terras para a agricultura, novas áreas para a urbanização e minimizar os efeitos locais das cheias. E apesar de ser natural o ser humano estabelecer sua morada próximo a cursos d’água, construir cidades sob essa concepção gerou consequências negligenciáveis, principalmente à nível de planejamento: a variedade de biota é reduzida de uma maneira alarmante e as cheias hoje causam prejuízos cada vez maiores, por vezes irreversíveis.

Quando o curso hídrico atinge sua capacidade máxima de água ela começa a vazar e, sem a devida área de preservação nas margens, escorre sem controle. A ausência de infraestrutura urbana para a adequada coleta e direcionamento da água da chuva pode acarretar diversos danos para as áreas atingidas que vão além de um simples alagamento, como erosões em áreas desprotegidas e terrenos íngremes, assoreamento de corpos hídricos e problemas estruturais nos pavimentos, além de deslizamentos de terra e graves inundações.

Nas cidades, a impermeabilização do solo, que é provocada tanto pelas construções de casas, comércios ou indústrias quanto pela pavimentação de ruas e calçadas, eleva o escoamento superficial durante o período chuvoso, que natural ou artificialmente flui para a parte mais baixa que são os córregos e rios. Por vezes, no processo de escoamento, a água não é direcionada da maneira correta para os corpos d’água, o que faz com que ela chegue com muita energia, destruindo completamente o leito do manancial e suas margens, provocando consequentemente as enchentes. As áreas que deveriam ser preservadas para suportar o transbordamento do rio são ocupadas por inúmeras construções civis.

Portanto, além do crescimento urbano desordenado, os principais problemas residem no desrespeito humano à um planejamento ambiental eficiente e, claro, na falta de atitudes conscientes desta problemática. Uma ocupação urbana inadequada, a falta de infraestrutura em drenagem, a poluição, o desmatamento, as queimadas e o descarte incorreto de resíduos sólidos são ações que só agravam. O depósito de entulhos de construção, lixo e esgoto também dificultam o escoamento de água, além de facilitar a proliferação de vetores de doenças. Na pressa por dar uma resposta ágil à população, o poder público vai pelas vias mais rápidas e não necessariamente mais baratas, na tentativa de minimizar os efeitos e prejuízos.

A questão só poderá ser enfrentada com eficiência se as diferentes abordagens e soluções para a drenagem – as do urbanismo e as da engenharia, forem combinadas. No verão, com o aumento dos índices pluviométricos, quando as chuvas são muito intensas, as enxurradas tendem a ocorrer e intensificar o poder das enchentes. A instalação de sistemas de drenagem são meios que ajudam a conter ou a escoar o curso das águas por meio de bocas de lobo, piscinões ou dutos, que levam o excesso de água para outra localidade.

 

Imagens Recorte MIDIAS

 

A mudança das chuvas, com picos de precipitação concentrados em determinados locais, vem exigindo que a engenharia reveja procedimentos de dimensionamento. Melhorar o sistema de piscinões e promover soluções de drenagem com qualidade urbanística – parques lineares, renaturalização e estruturação de redes associadas a eixos de mobilidade – são meios previstos e em uso.

Existe ainda outro aspecto a ser considerado com relação às chuvas: as estruturas urbanas são vulneráveis também a chuvas não tão intensas, mas que se estendem por muitos dias. Os espaços que absorvem e detém as águas, seja o solo de áreas verdes permeáveis ou piscinões, esgotam sua capacidade. A canalização dos rios, que é feita para aumentar a velocidade de escoamento e posteriormente se voltaram ao armazenamento de grandes volumes em piscinões, também não resolvem este cenário de chuvas.

Há mundialmente uma forte promoção quanto ao processo de renaturalização, buscando a revitalização e a recuperação, como o controle efetivo das cargas poluidoras na bacia hidrográfica, o reestabelecimento das funções ecossistêmicas dos corpos d’águas e a integração da população no processo, a fim de garantir sua efetividade e durabilidade.

 

InstagramA implementação de projetos voltados para a renaturalização de rios exige a disponibilidade de áreas e novos  conceitos na engenharia hidráulica e de planejamento territorial. Dentre alguns pontos que podemos destacar na está exatamente a remoção das canalizações que são trocadas por quebra-correntes de gabiões e pedras. As barragens podem servir para controle do fluxo de água no rio, mas ao invés de comportas e vertedouros, fazer uso de tentos transversais, que facilitam a migração de espécies, por exemplo.

Renaturalizar significa voltar ao natural, é a volta às características naturais do rio, com intervenções que visam promover um aspecto natural que favorece tanto a harmonia paisagística quanto a flora e a fauna do corpo d´água, procurando estabelecer um equilíbrio e uma dinâmica entre os limites e peculiaridades de um ambiente urbanizado e um ambiente mais natural, além de também visar a preservação e recuperação das áreas naturais de recarga e inundação.

 

A verdade é que as cidades ocuparam o espaço dos rios, alteraram solos e fluxos de superfície, e precisam ser adaptadas para que os moradores convivam em segurança com as chuvas. Um trabalho de integração dos diferentes tipos de conhecimento sobre a cidade é necessário e deveria acontecer em vários níveis da prática. Maior entrosamento entre procedimentos de drenagem e compreensão do potencial urbanístico ajuda planejar locais estratégicos para a implantação de parques e áreas verdes, áreas de risco prioritárias para receber projetos de qualificação habitacional ou até melhorar processos de controle do assoreamento. Uma melhor distribuição de recursos, maior monitoramento e real controle de riscos são questões que devem ser mobilizadas em conjunto; caso de não somente considerar a boa articulação de uma gestão urbana, mas primeiramente humana. 

 

fotopag Easy Resize com
As margens renaturalizadas do Meno (Main), em Frankfurt.

 

São Paulo é uma das cidades que enfrentam grandes problemas no assunto devido ao crescimento urbano desordenado e sem planejamento ambiental. A CM conversou com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), criada recentemente em 2019, que tem o objetivo de conduzir de forma sustentável o desenvolvimento socioeconômico em todo o território de São Paulo, por meio da gestão sistêmica das Políticas Estaduais de Meio Ambiente e Infraestrutura. Para desempenhar suas atribuições: Infraestrutura, que congrega as áreas de recursos hídricos, saneamento, resíduos sólidos, energia e mineração; e Meio Ambiente, que aglutina a coordenação do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais – SEAQUA.

“As iniciativas da SIMA, com o apoio da Defesa Civil, buscam reduzir danos materiais e, principalmente, preservar vidas durante o período chuvoso. Por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), nós temos realizado o desassoreamento dos rios, manutenção de pôlderes, construção e limpeza de piscinões, entre outras medidas preventivas. O recente estudo divulgado pelo Instituto Geológico também é uma ferramenta fundamental e que contribui para minimizar os efeitos de eventos, como deslizamentos de terra e inundações” – Marcos Penido, secretário da SIMA

Em 2020 o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, assumiu a operação dos conjuntos de pôlderes (equipamentos hidráulicos para controlar cheias) das pontes das Bandeiras, Casa Verde e Anhanguera, na Marginal Tietê. Com esta ação mais 26 bombas foram integradas ao sistema do DAEE, que já operava outros pôlderes nas pontes do Limão, Aricanduva, Vila Maria e Vila Guilherme. Os conjuntos funcionam de maneira integrada e permitem maior eficiência do processo. O DAEE realizou ainda a limpeza, capina, roçada e desassoreamento de 25 piscinões. Apenas em 2020 foram retirados 220.477 m³ destas estruturas e capinados mais de 892.090 m².

 

InstagramPara minimizar o impacto das chuvas na capital paulista, promoveu-se ações de desassoreamento de córregos, rios e piscinões, assim como a integração de pôlderes (estruturas hidráulicas artificiais), que minimizam os prejuízos na época das cheias. A marginal do rio Tietê possui 12 conjuntos de bombas, distribuídos em 7 pontes: Aricanduva, Vila Maria, Limão, Vila Guilherme, Bandeiras, Casa Verde e Anhanguera. São 47 equipamentos instalados que podem bombear, em média, 16,16 m³ metros cúbicos por segundo (16.160 litros por segundo) das marginais de volta para o rio. O bombeamento auxilia na retirada da água das marginais e do grande volume que chega dos bairros durante as chuvas. A ação é eficiente: A Holanda, por exemplo, é um dos países que utilizam em larga escala o sistema de pôlderes e a região se destaca no desenvolvimento de engenharia especializada nesse tipo de edificação. O país possui cerca de 3 mil pôlderes, alguns com mais de 50 mil hectares.

 

Além disto, outras ações contribuem ao quadro geral: atualmente, 24 piscinões são administrados pelo DAEE e no ano passado foram contabilizadas a remoção de 220.470 m³ de sedimentos nestes. Executa-se também um pacote de projetos para serviços e obras que visam combater as enchentes nas regiões do Rio e Alto Tietê. Em 2020, o DAEE desassoreou um volume de 431,5 mil m³ de sedimentos do rio.

 

Fotopag Easy Resize com
Ponte Aricanduva tem 2 pôlderes. Na imagem, lado direito com 4 bombas instaladas.

 

Fotopag Easy Resize com
Trabalhos de desassoreamento no Rio Pinheiros, em São Paulo.

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Divulgação