Pina Contemporânea

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Visando a conexão entre diferentes bens da arquitetura paulistana, o espaço ganhou forma graças a soluções sustentáveis

 

Somando-se ao conjunto de edifícios da Pinacoteca de São Paulo, que hoje é composto pela Pinacoteca Luz e Pinacoteca Estação, o Pina Contemporânea foi idealizado para ser uma praça pública onde variadas atividades artísticas e culturais são apresentadas. Com projeto assinado pelo escritório Arquitetos Associados, o projeto tem 6.858 m², o que inclui Duas galerias para exibição de obras em grandes formatos, ateliês para atividades educativas, Biblioteca de Artes Visuais, além de loja, auditório, mirante e espaço de acolhimento.

Um dos principais objetivos do Pina Contemporânea é que ele atue como um eixo de circulação, paralelo à Avenida Tiradentes, interligando os diversos imóveis tombados da região, como a Estação da Luz, o Museu de Arte Sacra, o Convento de São Cristóvão, e até o bairro do Bom Retiro, onde estão instalados vários equipamentos culturais. Houve também um trabalho de preservação de bens tombados no próprio lote do projeto, tais quais a Escola Modelo da Luz de Ramos Azevedo, e a EEPG Prudente de Moraes, que foram dedicados a atividades compatíveis às suas estruturas e espacialidades originais.

Os espaços foram projetados com maior flexibilidade, de modo ampliar as possibilidades de uso de acordo com as atividades culturais propostas. Além disso, o escritório Arquitetos Associados apostou na integração de entre física e visual dos ambientes, enfatizando o viés público do projeto e estimulando a livre circulação. Esteticamente, o projeto dialoga com o modernismo, mas sem abrir mão da versatilidade que permite diferentes obras de arte a serem expostas.

 

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A Pina Contemporânea busca integrar-se à cidade, preservando e adaptando edifícios históricos, concebendo espaços públicos abertos e promovendo a sustentabilidade. Fotografia: Nelson Kon.

 

O Pina Contemporânea foi viável graças a variadas soluções sustentáveis, dentre elas a construção industrializada na cobertura e no anel de circulação, estruturados em madeira laminada colada (MLC) e aço, que buscam reduzir o impacto que a implantação geraria tanto na edificação existente quanto no Parque da Luz. O projeto conta ainda com infraestruturas para o reaproveitamento de água e geração de energia, o que lhe trouxe a certificação LEED Silver. Com o projeto, passado e presente se encontram para vislumbrar possíveis futuros.

A organização espacial dos remanescentes da antiga Escola Modelo da Luz e do Convênio Escolar orientou o projeto a constituir um conjunto de grande unidade, reforçado pela acolhedora sombra iluminada definida pela cobertura em continuidade ao bosque do parque. Além do reuso adaptativo das edificações históricas, as soluções sustentáveis, como a construção industrializada na cobertura e anel de circulação, estruturados em MLC e aço, buscam reduzir o impacto da implantação para a edificação existente e, especialmente, para o Jardim da Luz.

 

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A organização espacial dos remanescentes da antiga Escola Modelo da Luz e do Convênio Escolar orientou o projeto a constituir um conjunto de grande unidade, reforçado pela acolhedora sombra iluminada definida pela cobertura em continuidade ao bosque do parque. Fotografia: Nelson Kon.

 

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Além do reuso adaptativo das edificações históricas, as soluções sustentáveis, como a construção industrializada na cobertura e anel de circulação, estruturados em MLC e aço, buscam reduzir o impacto da implantação para a edificação existente e, especialmente, para o Jardim da Luz. Fotografia: Manuel Sá.

 

A criação de um pavimento em subsolo para a área de exposição evita bloqueios visuais além de dar destaque aos bens tombados. A Grande Galeria, compatível com as variadas demandas da arte contemporânea, oferece espaço expositivo flexível.

 

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Fotografia: Nelson Kon.

 

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Fotografia: Manuel Sá.

 

 

 

Inovações em revestimentos funcionais e personalizados

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Versátil, a Trisoft destaca-se por soluções sustentáveis de isolamentos térmico e acústico, de forma personalizada.

 

A Trisoft, indústria 100% nacional, detém um registro invejável: a marca já reciclou o equivalente a mais de cinco bilhões de garrafas PET. Retiradas, enquanto resíduos, do meio ambiente, e após passarem por um processo de seleção, lavagem, moagem e secagem, resultam em um produto denominado Flake, matéria prima para a fabricação das fibras que compõem seus produtos.

Todo o processo de produção, a partir da fibra de PET, é realizado em seus mais de 30 mil m2 de plantas fabris (em Itapevi-SP, Blumenau-SC e Fortaleza-CE), adequando seus produtos para cada projeto, de acordo com as especificações do consultor acústico ou do escritório de arquitetura. São várias as opções, de 1mm a 50mm de espessura para ambientes diversos. Importante saber que a Trisoft consegue moldar, cortar, vincar, estampar, enfim, adequar suas soluções para o melhor desempenho possível, sem alterar o projeto do arquiteto.

 

Painéis adequados a quaisquer ambientes, de fácil aplicação

De acordo com o CEO Maurício Cohab, “os produtos Trisoft são recomendados tanto para áreas internas quanto externas, a depender da necessidade de cada cliente. Temos soluções para escritórios, cinemas, hospitais, restaurantes, residenciais, academias e muito mais. Sempre que houver a necessidade de um tratamento acústico para minimizar ruídos, para promover melhora de um coeficiente térmico ou para simplesmente atender à vontade de se utilizar um produto sustentável, com características de personalização e maleabilidade distintas do convencional de mercado, pode-se pensar produtos Trisoft”.

Leve e de fácil instalação, cada produto tem sua própria caracterização: por exemplo, um painel de revest ness pode ser simplesmente colado na parede; já as soluções “nuvens” e baffles devem ser  penduradas (neste caso, os produtos vêm acompanhados de kit instalação). “Para todos os nossos produtos de linha, contamos com vídeos de instalação, disponíveis em nossos canais, ou ainda indicamos equipes de instalação. Para projetos especiais como fachadas, por exemplo, são estudadas e
desenvolvidas as melhores maneiras de fixação, a depender do local e das condições às quais os produtos serão expostos”, enfatiza Maurício Cohab.

Vale lembrar que, assim como as próprias garrafas PET, os produtos Trisoft podem levar anos e anos para deteriorar-se. Em todo seu ciclo de vida, mantêm suas propriedades acústicas, térmicas e estéticas.

“Poder utilizar produtos a partir do PET na indústria da construção, no design, é incrível. É uma maneira da gente conseguir fazer dele um bom uso. Isso porque o PET tem qualidades únicas. Ele é leve, extremamente forte, resistente à água e às intempéries. Ele é manipulável, cortável. Então, sem dúvida, a lã de PET é um dos materiais do futuro. E não somente por conta das qualidades que possui, mas por ser absolutamente reciclável. A gente está encontrando maneiras nobres de utilizar esse produto. Adoro a Trisoft. O Maurício é super inovador” – Arquiteto Lula Gouveia, Superlimão Studio.

 

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As Fachadas Ventiladas entregam personalização e economia, graças a leveza de sua estrutura. Projeto: Superlimão.

 

Maior eficiência energética

Por serem produzidos exclusivamente a partir de PET reciclado, além de sustentáveis, os produtos Trisoft apresentam naturalmente melhor performance térmica, pois o PET não absorve calor. Ao se produzir, por exemplo, uma fachada com esse material (o mesmo uma cobertura de teto), o calor proveniente do sol não é absorvido, diferentemente de uma fachada metálica, que absorve calor e o irradia para dentro da edificação. Dessa forma, o projeto arquitetônico pode apresentar um melhor coeficiente energético, pois promoverá maior eficiência e menor custo para manter controlada a temperatura interna dos ambientes.

 

Exigências de mercado

São várias as instâncias normativas com as quais a Trisoft está comprometida: ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), Autoextinguível Classe II A do corpo de bombeiros, laudos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), certificação pela ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), membro da ProAcústica (Associação Brasileira para a Qualidade Acústica), da United Nations Global Compact (UN Global Compact) e dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU. Não é
pouco.

Por fim, Maurício Cohab ressalta que “a Trisoft acredita na economia circular. Não basta que o nosso produto seja feito de matéria prima reciclada; ele continua sendo reciclável. Praticamos, assim, a logística reversa, ou seja, quando o cliente cansar de um produto específico pode mandá-lo de volta para a Trisoft, para que seja novamente reciclado e transformado em um novo produto”. Vale conferir!

 

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Na imagem acima, um protetor auricular gigante e amarelo foi instalado na escultura de Baleia na Praça B32, em São Paulo, como parte de uma ação de alerta da Trisoft e ProAcústica acerca da conscientização sobre poluição sonora durante o INAD 2024.

 

 

 

 

 

 

Imagens: Divulgação

RESÍDUOS VERDES

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Especialistas debatem a forma correta de lidar com folhas e galhos de árvores que caem ao longo do ano 

 

Em determinadas épocas, o chão das praças e das vias públicas encontra-se forrado de folhas, galhos, troncos e flores que caem das árvores e dos arbustos. O outono é a estação marcada justamente por esse fenômeno. E esses materiais, também chamados resíduos verdes, são varridos pela gestão pública para que não se acumulem. Mas qual seria o fim ideal para resíduos que são descartados pela própria natureza? 

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, parte dos resíduos verdes recolhidos em espaços públicos são destinados para projetos de compostagem, que transformam o material orgânico em adubo. Nesses casos, o resíduo verde proveniente da queda natural das árvores é unido aos resíduos gerados pelas podas, capinas e despraguejamentos na cidade. Desse material, 30% é levado para o projeto Feiras e Jardins Sustentáveis, que busca oferecer tratamento para resíduos orgânicos de cerca de 180 feiras livres do município.

A cidade conta, segundo a Prefeitura, com cinco pátios de compostagem, localizados nas subprefeituras da Sé, Lapa, Mooca, São Mateus e Ermelino Matarazzo. Entre janeiro e dezembro de 2020, esses pátios receberam 10,5 mil toneladas de resíduos, e com eles foram produzidas 2,1 mil toneladas de composto orgânico. Esse composto, por sua vez, é utilizado como insumos em jardins e praças públicas. O objetivo com essa medida é evitar que mais resíduos verdes sejam despejados em aterros sanitários. 

Outra parte dos resíduos verdes recolhidos – dessa vez, sem especificação exata das quantidades pela prefeitura – é destinada para ações de paisagismo na cidade. O material é triturado e utilizado para evitar a erosão do solo, aumentar o teor de matéria orgânica e facilitar a fixação de adubos minerais. Até o fechamento da reportagem, a Prefeitura não informou quanto dos resíduos verdes são levados para aterros sanitários. 

 

Aterros x compostagem 

Lígia Pinheiro, professora de planejamento urbano e regional na FMU e doutora em geografia, afirma que o uso dos aterros é de praxe no município. A urbanista menciona como exemplo a subprefeitura da Vila Mariana, que possui maquinário para triturar os resíduos verdes e orgânicos, mas que comumente descarta os materiais em aterros, uma vez que ainda não há uma composteira no local. 

Em Vila Mariana também é feito o reaproveitamento dos resíduos em projetos de jardinagem, como explicado por Lígia Pinheiro. “O resíduo triturado pode servir para fazer uma manta e aumentar os nutrientes no solo. Em algumas condições, quando precisam de produção de serrapilheira, eles têm o triturador, então a matéria orgânica volta para as áreas verdes”, diz. Entretanto, de acordo com a professora, quando não há demanda o material segue para os aterros sanitários.  O problema é que os aterros são espaços com vida útil específicas e a utilização excessiva afeta essa vida útil, tornando necessária a criação de novos aterros. 

“O ideal seria se esses materiais fossem aproveitados de maneira que entrassem num ciclo, em vez de serem descartados” – Lígia Pinheiro, professora de planejamento urbano e regional na FMU. 

 

Iniciativa privada 

A recomendação para o reaproveitamento dos resíduos verdes tem se fortalecido e instituições privadas vêm apostando nessa alternativa. Exemplo é a Trashin, startup focada em gestão de resíduos, que trabalha em três frentes: compostagem; biodigestão, que produz biogás e biofertilizantes; e produção de biomassa, que gera uma fonte energética renovável. 

A compostagem é a mais empregada pela empresa junto aos clientes, segundo Sérgio Finger, fundador e CEO da Trashin. “Completamos os resíduos verdes com um composto para que o próprio cliente faça uso ou para ser utilizado em outras cadeiras, como agricultura, jardinagem e outros setores”, explica. 

De acordo com o empresário, a startup já atuou em escolas, shoppings e parques, nos quais foram recolhidas 200 toneladas de resíduos verdes. “A maior parte desses resíduos é utilizada para biodigestão dentro do próprio gerador, reduzindo custo logístico para levar para outro local e acelerando a transformação do composto”, explica. 

Sérgio Finger analisa que um dos maiores desafios para a realização das transformações dos resíduos é justamente a necessidade de espaço apropriado para instalação dos equipamentos de compostagem e biodigestão, além da logística para levar os resíduos até esses locais.

“Geralmente o custo para a destinação em aterros ou descarte inadequado acaba sendo economicamente mais viável para os geradores. Isso causa um impacto negativo na gestão correta destes resíduos” – Sérgio Finger, fundador e CEO da Trashin.

 

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Outra questão é o custo do tratamento, que não é economicamente favorável quando comparado à destinação para aterros. “O tratamento pode levar um tempo às vezes demorado para tratar esse tipo de resíduo em grande escala. O resultado é uma inviabilidade da operação se comparado a essas soluções de maior impacto negativo ambiental”, explica. 

Há ainda outros desafios para a transformação dos resíduos verdes, como apontado por Danilo Urias, diretor comercial do grupo Multilixo, empresa especializada em gestão de resíduos. De acordo com o especialista, os desafios variam de acordo com o tipo de tratamento, mas tanto para a compostagem quanto para a transformação em biomassa o desafio está associado à segregação dos materiais.

“Para que possamos recebê-los, o gerador do resíduo deve fazer a sua separação a fim de que não haja mistura/contaminação com outros resíduos” – Danilo Urias, diretor comercial do grupo Multilixo.

Segundo Vinícius Pardini, gerente comercial do grupo Multilixo, a empresa destina folhas e galhos finos para compostagem, unindo-os a outras matérias orgânicas de origem vegetal e animal. Já galhos maiores, troncos de árvores e madeira em geral são destinadas para produzir biomassa. “Já efetuamos serviços de coleta, transporte e reciclagem de resíduos verdes recolhidos em parques municipais em São Paulo e Grande São Paulo em um volume aproximado de 100 toneladas”, explica. 

O grupo Multilixo atualmente tem contrato de varrição com seis consórcios que atuam na gestão de resíduos na cidade de São Paulo. A unidade de Reciclagem Energética já tem parceria com algumas das empresas que integram esses consórcios para recebimento de resíduos verdes. “Acredito que é uma questão de tempo para que as demais empresas dos consórcios também façam uso dessa modalidade de tratamento”, afirma Vinícius Pardini. 

 

Alternativas 

O reaproveitamento dos resíduos verdes pode ocorrer de forma mais simples que o realizado em processos de compostagem e biodigestão: simplesmente não removendo folhas e galhos que caem no solo. É o que defende o doutor em arquitetura e urbanismo Paulo Pellegrino, professor associado da FAU-USP.

“O ideal seria não haver resíduos verdes a serem descartados, mas serem aproveitados in situ, como no preparo de mulching” – Paulo Pellegrino, professor associado da FAU-USP. 

Mulching, ou cama morta, é o reaproveitamento das cascas, galhos, folhas e flores, que caem das árvores como cobertura do solo, nos locais onde não nasce grama ou tem sombra. Segundo o urbanista, a cobertura do solo por esse material orgânico é benéfica pois remete à serrapilheira natural que se forma no solo das matas. Ou seja, é uma forma da própria natureza reaproveitar seus nutrientes. Assim, o solo e as árvores mantêm-se saudáveis, sem necessidade de transportar os resíduos para tratamento, nem de maquinário específico. “Economia de energia com benefícios sociais e ecológicos”, diz o especialista. 

De acordo com Paulo Pellegrino, a gestão pública da cidade de São Paulo tem falhado na gestão dos resíduos verdes. “Houve uma sensível piora nessa questão por conta do corte raso mais frequente da grama, além da poda drástica de arvores e da exposição do solo a processos erosivos”. Em razão disso, o outono é um período em que esse tema merece especial atenção. “Justamente nessa época seca o solo exposto com grama cortada rente não consegue reter umidade, provocando stress hídrico, que seria evitado pela cobertura com material orgânico”, explica. 

A urbanista Lígia Pinheiro lembra que o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) estimula as cidades paulistas a realizarem a gestão dos resíduos de forma consorciada. Ou seja, enquanto município X recebe recursos para fazer a coleta, o município Y recebe para fazer o tratamento, por exemplo. “Resíduos estão nas demandas que devem estar em escala metropolitana”, esclarece. Dessa forma é possível agir de forma integrada para uma gestão mais eficiente. 

Diante desses desafios, o que se entende é que os resíduos verdes têm grande potencial para serem reaproveitados em diferentes frentes, podendo ser utilizados em pequena ou larga escala, servindo para manutenção das áreas verdes e para produção agrícola. O que falta é saber se a gestão pública saberá como gerir e investir no tratamento sustentável desses materiais. 

 

Urbanismo Ativo: Inclua composteiras caseiras em projetos residenciais 

Qualquer pessoa pode se engajar no reaproveitamento de matéria orgânica adquirindo composteiras caseiras. Esses aparelhos podem ser utilizados em residências, transformando resíduos verdes em húmus. É necessário, contudo, alguns cuidados, como explica Thiago Santos, paisagista da J. Lira Green Life. 

Primeiramente, será necessário um espaço físico para a montagem da composteira. Recomendo utilizar as informações da Embrapa Agroecologia sobre o assunto”, diz. O paisagista afirma que há diversas formas de se montar uma composteira, mas que em geral utilizam-se caixas plásticas com encaixes entre elas, de modo que o resíduo sólido orgânico seja depositado nas caixas superiores, e o resíduo líquido vá se acumulando na última caixa. “Existem kits completos com todo o material necessário vendidos em lojas especializadas em jardinagem e agricultura”, informa Thiago Santos. 

Nas composteiras é possível incluir alimentos cozidos ou crus, cascas, bagaços, sementes de frutas, restos de hortaliças, borra de café, e componentes provenientes da madeira, como papel. Contudo, deve-se evitar óleos, gorduras, alimentos salgados, resíduos animais e excesso de cascas de cítricas. “É possível fazer com as folhas das árvores que caem no jardim no outono, desde que observados os passos para montagem da composteira e suas variáveis do processo”, explica. É importante saber, por exemplo, que resíduos secos devem cobrir os resíduos úmidos. Esses cuidados farão a diferença na qualidade da decomposição. 

As composteiras geram um composto sólido, conhecido como húmus, que serve como adubo orgânico e substrato de desenvolvimento. “O composto líquido é um excelente adubo de superfície e pode ser diluído e aplicado sobre as folhas, diretamente na terra, ou junto com a água de rega”, finaliza Thiago Santos. 

 

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Por Victor Hugo Felix
Imagens: Divulgação

ONU-Habitat lança guia prático para espaços urbanos

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Publicação é dividida em cinco temas que destacam aspectos desejáveis para uma vida urbana mais sustentável e resiliente

 

O Laboratório Urbano UN-Habitat publicou “My Neighborhood”, uma publicação que oferece uma lista de princípios de projeto urbano com o objetivo de criar cidades mais sustentáveis e resilientes. Contendo ações aplicáveis ​​à escala do bairro, o guia se dedica a apresentar uma abordagem integrada que responde a setores-chave, como transporte, iniciativas urbanas locais, moradia, espaços públicos, serviços públicos e outros.

 

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Fossgate em York / Fotografia: cktravels.com

 

A publicação da ONU-Habitat é dividida em cinco temas, cada um destacando aspectos desejáveis ​​da vida urbana: Cidade Compacta, Cidade Conectada, Cidade Inclusiva, Cidade Vibrante e Cidade Resiliente. Oferece princípios acionáveis ​​para ajudar atores urbanos-chave a colaborar e projetar soluções em escala local. O objetivo final da publicação é ajudar a criar bons bairros, entendidos como áreas que proporcionam um ambiente propício para uma melhor qualidade de vida para todos. A escala do bairro garante um impacto máximo dessas estratégias, sem perder de vista os sistemas da cidade que alimentam o bairro.

Juntos, esses capítulos cobrem uma diversidade de indicadores espaciais, como forma, distribuição, proximidade, diversidade, intensidade e conectividade. Em vez de criar uma abordagem linear que divide os assuntos em categorias isoladas, o guia visa conectar as dimensões espaciais de bairros, ruas, espaços abertos e unidades de construção, e destacar como essas características desejáveis ​​funcionam em todas as escalas e dependem umas das outras.

 

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O guia visa ser usado como um banco compartilhado de princípios, oferecendo também uma matriz digital interativa para servir como base para conversas. É dirigido a profissionais de planejamento, urbanistas, especialistas setoriais, grupos da sociedade civil, acadêmicos e representantes governamentais e ONGs. Pode ser usado para iniciar iniciativas interdisciplinares que envolvam grupos comunitários e criar responsabilidade para todos os atores envolvidos.

 

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Programa de Renovação de Habitação – Bairro Mugica – Bueno Aires / Fotografia: cortesia Special Projects Unit Barrio Padre Carlos Mugica

 

Várias outras iniciativas semelhantes se esforçam para ajudar líderes comunitários a criar espaços mais equilibrados, inclusivos e resilientes, com programas diversos voltados para reconsiderar o design apropriado das ruas, criar novos modelos de habitação coletiva ou repensar espaços públicos para receber categorias populacionais negligenciadas. Da mesma forma, em colaboração com a Associação Nacional de Serviços de Saúde, o Heatherwick Studio lançou a iniciativa Heath Street, um guia para repensar ambientes clínicos tradicionais e reimaginar como olhamos para o bem-estar e aspectos de saúde holística da vida urbana. Outras táticas mais subversivas para proteger a comunidade local podem incluir formas disruptivas de arte pública, como grafite de rua e a proteção de espaços para protestos.

A Guardian Glass junta-se à Garantia Solar para oferecer a primeira solução nacional de Integração Fotovoltaica em Edifícios

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O vidro será integrado no sistema de módulos solares da Garantia Solar e poderá ser aplicado como revestimento de fachadas, coberturas e como brises de edifícios

 

Guardian Glass iniciou uma parceria com a Garantia Solar, empresa especializada em sistemas de integração de energia solar na arquitetura, para trazer ao Brasil a primeira solução de Integração Fotovoltaica em Edificações (BIPV, sigla para Building Integrated PhotoVoltaics) desde o início da especificação até a instalação final, tudo em território nacional. A iniciativa segue uma tendência mundial para uma arquitetura mais sustentável e edifícios inovadores, que permitem gerar energia e consumir menos recursos.

O BIPV integra os elementos de geração de energia solar ao próprio design arquitetônico, em vez de adicionar módulos solares convencionais a um edifício apenas após a sua conclusão. A solução ganha relevância à medida que o número de casas, edifícios e prédios públicos que instalam sistemas fotovoltaicos para a geração de energia solar cresce rapidamente.

O sistema BIPV ganha cada vez mais relevância à medida que a conscientização da eficiência energética aumenta. Ele oferece uma abordagem inovadora para a geração de energia solar, combinando funcionalidade com design arquitetônico” – Fábio Reis, Gerente de Desenvolvimento de Produtos da Guardian Glass.

 

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A construção com BIPV acontece com a substituição de materiais de construção convencionais por revestimentos ou coberturas com integração de células fotovoltaicas (Créditos: Solaxess)

 

Com toda a solução agora em território nacional, a Garantia Solar, com o apoio da Guardian Glass, pode atender o Brasil com uma gama completa de BIPV, tanto com vidros de controle solar quanto com opções de módulos coloridos, com especificações totalmente customizadas para cada tipo de projeto, seja ele comercial ou residencial em construção, além de retrofits.

“Percebemos a necessidade e a carência de realmente ter uma empresa que pudesse ir do projeto à instalação final de um sistema BIPV, reunindo os melhores profissionais e empresas que colaboram com o segmento da construção civil há mais de três décadas”, diz Eduardo Lopes, diretor de ESG da Garantia Solar. Ele destaca que outro parceiro desta iniciativa é a Solaxxes, empresa suíça que detém o know-how e a tecnologia que permite dar cor aos módulos fotovoltaicos com alto aproveitamento da luz solar.

Desta forma, a Garantia Solar pretende dar resposta a uma demanda adormecida na arquitetura, disponibilizando soluções BIPV que os clientes valorizam mais do que as alternativas, ajudando-os a gerar energia, a consumir menos recursos e a reduzir as emissões de carbono operacionais dos seus edifícios. “Disponibilizamos agora um produto nobre para o mercado nacional e estamos empenhados em torná-lo acessível, rentável e com retorno do investimento num curto espaço de tempo”, afirma o executivo da Garantia Solar.

Para a arquiteta Clarissa Zomer, diretora de Projetos Arquitetônicos da BIPV Garantia Solar, não faz mais sentido projetar novos edifícios ou reformar fachadas sem considerar a integração da energia solar. “Com as possibilidades que a tecnologia fotovoltaica oferece, o arquiteto poderá manter a estética da obra, agregando benefícios de eficiência e alto desempenho energético, além de usufruir da substituição de materiais passivos por materiais ativos”, explica.

 

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BIPV: o sistema ganha cada vez mais relevância à medida que a conscientização da eficiência energética aumenta (Créditos: Solaxess)

 

Como funciona

A construção com BIPV acontece com a substituição de materiais de construção convencionais por revestimentos ou coberturas com integração de células fotovoltaicas, criando uma dupla função para o sistema fotovoltaico. Assim, diferentes partes da envoltória do edifício passam a gerar energia, como fachadas, coberturas, clarabóias e brises.

O gerente da Guardian explica que, ao servirem simultaneamente como material de envoltória do edifício e gerador de energia, os revestimentos BIPV podem ajudar a reduzir os custos de eletricidade e as emissões de carbono operacionais, bem como aumentar o valor do projeto, acrescentando uma estética inovadora. “Alguns dos principais benefícios do BIPV é poder focar em estratégias para uma arquitetura energeticamente eficiente e auxiliar na pontuação para obtenção de selos e certificações verdes”, diz Reis, ressaltando que a integração do sistema com o edifício torna-se quase imperceptível.

O BIPV ganha ainda mais relevância diante do crescimento acelerado da implantação de painéis solares em prédios, residências e empreendimentos públicos e empresariais dos mais diversos setores. Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil já conta com mais de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, que geram 22 GW, consolidando o avanço da energia fotovoltaica no país.

 

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Suvinil anuncia nova turma do Pintar o Bem para capacitação de moradores de Paraisópolis

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Pintar o Bem é o programa de apoio social, capacitação e educação da marca e já impactou mais de 28 mil pessoas desde seu lançamento.

 

A Suvinil, marca de tintas decorativas da BASF, anuncia nova turma para o programa Pintar o Bem, em parceria com o Instituto Alicerce e G10 Favelas. Durante dez semanas, moradores de Paraisópolis, passaram por aulas teóricas e técnicas com foco em formação profissional e educativa.Ao final, os formandos, que receberam bolsa total de mil e cem reais distribuídos ao longo das semanas de aulas, entregaram a revitalização das fachadas de 25 casas da comunidade.

Os participantes desta turma do Pintar o Bem foram selecionados pela Emprega Comunidades e as aulas teóricas, viabilizadas pelo Instituto Alicerce, abordaram disciplinas como: português, matemática, educação digital e financeira, mercado de trabalho e conhecimentos sobre pintura.

“Acreditamos que com as ações de hoje construímos um futuro sustentável e que a educação é uma ferramenta potente para gerar impacto social. O programa Pintar o Bem é como tangibilizamos essa nossa crença. Com o qual podemos somar conteúdo técnico com pedagógico e contribuir para que as pessoas possam prosperar social e economicamente” – Renato Firmiano, Diretor de Marketing da Suvinil.

Com uma turma mista de homens e mulheres, essa nova rodada da segunda fase do programa Pintar o Bem conta com cerca de 25 alunos que saibam ler e escrever e que tenham afinidade com o universo da pintura. Os conteúdos teóricos, viabilizados pelo Instituto Alicerce, ocorrem duas vezes por semana no Pavilhão do G10 Favelas em Paraisópolis e os técnicos passam para quatro vezes na semana, ministradas pela pintora Miriam Muller, que já possui experiências em projetos sociais na formação de mulheres.

Ricardo Oliveira Leite, Gestor de Tribo, do Instituto Alicerce, organização que atua na recuperação da defasagem escolar, reforça que “o Instituto acredita na educação como uma ferramenta poderosa de transformação social, que visa empoderar as pessoas e melhorar a qualidade de vida delas, nos mais diversos ambientes e faixas etárias possíveis. É por meio da nossa metodologia que queremos levar a educação ainda mais longe”.

 

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Turma do Pintar o Bem – Paraisópolis. Foto: ZEST ONE.

 

Para Rejane Santos, fundadora do Emprega Comunidades e co-fundadora do G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores de impacto social nas favelas, parcerias como essas são muito importantes para a sociedade. “Seguimos juntos dando oportunidade e transformando vidas a partir da capacitação profissional e a empregabilidade”, finaliza.

Ao final de todas as etapas, os alunos e alunas certificados pelo programa, fizeram parte da formatura em comemoração com suas famílias, marcando assim, o fim das aulas e a entrega das novas fachadas. A revitalização das casas em Paraisópolis foi realizada com tintas doadas pela Suvinil e ferramentas doadas pela Atlas – foram mais de 500 litros de tinta. A segunda fase do Pintar o Bem, ao total, recebeu um investimento de cerca de meio milhão de reais, impactando, direta e indiretamente, 400 pessoas.

 

Há 4 anos mudando vidas

Lançado em 2020, o Pintar o Bem foi desenvolvido pela Suvinil, com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS) e o Banco Afro com o objetivo de oferecer apoio financeiro e capacitação aos pintores que ficaram sem trabalho durante a pandemia. Neste período, o projeto arrecadou cerca de R$ 1,6 milhão, entre a marca e parceiros, impactando positivamente pessoas de diferentes regiões do país.

Em 2022, para ir além e ampliar o acesso à educação de qualidade, à qualificação profissional e às oportunidades de trabalho para pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, foi lançada a segunda fase do programa em parceria com o Instituto Alicerce, com o objetivo de transformar e impulsionar caminhos de pessoas em situação de vulnerabilidade e apoiar a entrada de homens e mulheres no mercado de trabalho.

“O programa tem um objetivo que vai além da capacitação técnica, ele permite a vivência de uma profissão e as vantagens que uma carreira pode oferecer em termos de pertencimento e transformação social, promovendo o desenvolvimento do cidadão na sociedade e apoiando a autossuficiência e, consequentemente, a autoestima dessas pessoas” – Celdia Bittencourt, Gerente Sênior de Atendimento ao Cliente & Serviços ao Mercado da Suvinil.

 

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Como forma de acompanhar a efetividade dos impactos sociais do Pintar o Bem, a marca realiza uma pesquisa com os participantes, após formatura, para entender de que forma o programa transforma vidas. Realizada com participantes das nove turmas já formadas, levantamento mostrou que cerca de 40% dessas pessoas, após seis meses do término da participação, já estavam atuando no mercado de pintura e contando com um aumento de renda.

Além disso, as aulas pedagógicas ministradas durante a formação pelo Pintar o Bem alavancaram seus conhecimentos o equivalente a 2,5 anos escolares, em média – 96% relatam uma importante mudança de vida. Esses indicadores revelam a importância da iniciativa como um transformador social, tanto na vida pessoal quanto profissional dos participantes. Desde o lançamento, contemplando as duas fases, o programa já impactou a vida de mais de 28 mil pessoas, direta e indiretamente, com investimento de mais de R$ 2 milhões da Suvinil e seus parceiros.

Além do apoio do Instituto Alicerce e do G10 Favelas, a atuação do Pintar o Bem em Paraisópolis contou com diversos outros parceiros que contribuíram para a viabilização de todas as frentes, como: Emprega comunidades (G10), que atua no recrutamento e acompanhamento dos participantes; Revitaliza (G10), startup responsável pela dinâmica de revitalização das fachadas; Mãos de Fadas (G10), responsáveis pela frente de alimentação do programa; e Costurando Sonhos (G10), que produziram as sacolas entregues na formatura.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Máquina
Imagem: Divulgação Suvinil

Jardim Filtrante: o que é e como funciona?

O sistema usa plantas aquáticas nativas para filtrar poluentes Foto Giselle Cahú ARIES CITinova Easy Resize com

Jardins Filtrantes unem tratamento da água com restauração natural do ecossistema.

 

Um estudo recente da Nature alerta que a poluição das águas poderá causar uma crise de abastecimento hídrico até o final do século 21. A qualidade da água será, especialmente, pior em parte da América do Sul, da África subsaariana e do sudeste da Ásia – regiões já vulneráveis. Reverter esse cenário exigirá que autoridades governamentais priorizem o desenvolvimento sustentável. Neste sentido, soluções baseadas na natureza, como é o caso dos jardins filtrantes, podem tornar-se cada vez mais comuns.

O jardim filtrante é uma abordagem que combina a eficácia do tratamento dos efluentes com a restauração natural do ecossistema aquático de rios. A tecnologia oferece uma solução “dois em um”: a poluição do esgoto e a contaminação das águas pluviais.

Um bom exemplo de aplicação de jardim filtrante ocorreu em Niterói, no Rio de Janeiro, com a criação do Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis. Buscando melhorar a qualidade da água da Lagoa de Piratininga, foram inseridas plantas que ajudam a limpar a água para filtrar as impurezas da águas pluviais e das três principais bacias hidrográficas que desaguam no local: Bacia do Rio Cafubá, Bacia do Rio Arrozal e Bacia do Rio Jacaré.

 

Jardim Filtrante no Parque Orla de Piratininga Niterói (RJ) Foto Arquivo Phytorestore Easy Resize com
Jardim Filtrante no Parque Orla de Piratininga. Foto: Arquivo Phytorestore.

 

Mais recentemente, o sistema de jardim filtrante foi aplicado na foz do Riacho do Cavouco, um afluente do rio Capibaribe em Recife, Pernambuco. No projeto, o tratamento 100% natural ocupa uma área de 7 mil m².

 

Jardim Filtrante no Riacho do Cavouco Recife (PE) Foto Arquivo Phytorestore Easy Resize com
Jardim Filtrante no Riacho do Cavouco. Foto: Arquivo Phytorestore.

 

Ambos projetos foram realizados pela empresa Phytorestore, a mesma que atuou na despoluição do rio Sena, em Paris, e há anos implanta projetos também no Brasil. O jardim filtrante já foi inserido, por exemplo, no Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oréal, no Rio de Janeiro, e no complexo industrial da Natura – o Ecoparque, no Pará. 

Os jardins filtrantes são tecnologias baseadas na natureza para tratamento de águas efluentes e lodos. Em tal sistema, a vegetação substitui o uso de agentes químicos artificiais, mantendo o ecossistema equilibrado sem prejudicar os biomas aquáticos e as diversas formas de vida presentes ali.

A empresa Phytorestore Brasil explica que o jardim filtrante utiliza um sistema de fitorremediação, uma filtragem biológica, composta por camadas de vegetação e substrato natural, que trabalha em conjunto para remover eficientemente os poluentes do esgoto. O processo garante o tratamento dos resíduos poluentes antes que sejam lançados no meio ambiente. Além de tratar águas residuais, o sistema de jardim filtrante também pode ser projetado para o tratamento das águas de rios e cursos d’água contaminados. 

“Por meio de uma combinação de processos naturais, a água é filtrada e despoluída à medida que flui por meio das áreas de vegetação específicas. Isso não apenas melhora a qualidade da água, mas também estimula a regeneração de ecossistemas fluviais degradados” – Thierry Jacquet, paisagista, engenheiro ecológico e planejador urbano, fundador da Phytorestore Brasil.  

 

O sistema usa plantas aquáticas nativas para filtrar poluentes Foto Giselle Cahú ARIES CITinova Easy Resize com
O sistema usa plantas aquáticas nativas para filtrar poluentes. Foto: Giselle Cahú.

 

Desta forma, a solução promove a conservação da água, a proteção da vida aquática e a mitigação da poluição do solo, contribuindo para um ambiente mais saudável e equilibrado. Altamente adaptáveis, os jardins filtrantes podem ser implementados em diferentes escalas, desde residências até grandes instalações industriais. Independentemente do tamanho do projeto, a eficácia e os benefícios ambientais desta solução são mais do que garantidos.

As soluções baseadas na natureza são reconhecidamente ferramentas úteis para combater as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. Neste ano, por exemplo, uma relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) estimou que tais soluções podem gerar mais de 20 milhões de empregos. Ainda assim, há poucos projetos sendo realizados em grande escala no Brasil. Uma pesquisa conduzida pelas universidades de São Paulo (USP) e da Federal do ABC (UFABC) revelou que tais soluções são pouco adotadas em municípios brasileiros mesmo quando os gestores conhecem o conceito.

 

 

Jogo de tabuleiro com soluções urbanas é lançado no Catarse

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“Trilhas Urbanas” diverte enquanto estimula a cooperação para resolução de problemas, a construção de cidadania e o debate de políticas públicas.

 

Vencedor do 5o Prêmio de Design do Instituto Tomie Ohtake (2023), o Trilhas Urbanas é um jogo de tabuleiro no qual, a cada passo, os jogadores mudam o futuro da cidade, une divertimento, imaginação e soluções urbanas avançadas. Para garantir sua produção, a Pistache Editorial está em um financiamento coletivo pela plataforma Catarse. A campanha fica aberta até 10 de outubro. O Trilhas Urbanas tem design de jogo de autoria da urbanista e arquiteta Beatriz Martinez e ilustrações de Bruna Martins.

 

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Enquanto um jogador cria desafios que podem acontecer no território-tabuleiro, os outros participantes precisam encontrar as soluções nas cartas que têm nas mãos – e que cartas! O jogo traz, em suas cartas de soluções, o que há de mais inovador em temas como mobilidade urbana, meio ambiente, patrimônio histórico, cultura, espaços de brincar na cidade, entre outros. Todas as soluções são baseadas em ferramentas implementadas e testadas por urbanistas de vanguarda pelo mundo.

O jogo foi testado durante 3 anos e passou por 2 protótipos. Foi utilizado em processos participativos com crianças, em jogatinas com a família, em eventos de jogos com adultos. É uma ótima pedida para escolas, na discussão sobre temas urbanos.

Pensado para crianças a partir de 7 anos, a mecânica de jogo valida o conhecimento dos participantes e ajuda o grupo a se desenvolver e a pensar junto sobre questões da vida real. Ao mesmo tempo em que é divertido, o Trilhas Urbanas promove a reflexão de forma natural e instigante. “Eu aprendi muito com esse jogo porque inventei soluções para os problemas da cidade que eu nem imaginava que podiam ser resolvidos. Mesmo os desafios mais difíceis, quando pensamos juntos, chegamos numa boa solução. Além disso, comecei a pensar no que posso fazer para melhorar a praça aqui na frente do CCA”, contou Pedro, 12 anos, que participou de uma partida em um processo participativo em São Paulo conduzido pelo CoCriança, parceiro implementador do jogo.

 

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Tabuleiro: caminho que se cria

O tabuleiro do Trilhas Urbanas é formado por 9 peças: a casa (início), a escola (fim) e 7 territórios que devem ser selecionados no início da partida, de acordo com a escolha dos jogadores – é nesses territórios que os desafios acontecem e as soluções serão aplicadas.

No processo de desenho do tabuleiro, Beatriz Martinez chegou a um formato curvo. “As peças tortuosas do tabuleiro representam uma forma de sair do quadro, de romper a margem, de se enveredar pela cidade e por um caminho que nunca é reto”, explica Beatriz.

Por isso, também, o formato do tabuleiro proporciona diversas formas de montagem: a partir da experiência dos jogadores, pode-se selecionar os territórios onde os desafios irão acontecer, e montar da forma que mais fizer sentido para o grupo. As ilustrações contribuem com cor, movimento e diversão – e, não importa a forma de montagem, as ilustrações sempre se encaixam.

Os sete territórios são: avenida, praça, escadaria, rua comercial, patrimônio histórico, rio e praia.

 

Mecânica do jogo

É o jogador da vez, com os dados de ícones, que formula o desafio que será enfrentado pelos outros participantes. Por isso, cada rodada tem uma história diferente para ser solucionada.

Já os outros jogadores buscam em suas cartas de solução a melhor ferramenta para o desafio proposto – e precisam defendê-la com bons argumentos, pois todos os jogadores votam na melhor solução. Cada voto é transformado no número de casas que o jogador irá andar. Quem chegar primeiro ao final do tabuleiro é o vencedor. “É um jogo divertido para pensar em soluções que podem virar realidade. A gente usa muito a criatividade, brincando”, conta João, 10 anos, que jogou o Trilhas Urbanas na fase de testes.

Mas o jogo é semicooperativo: há sempre dois problemas gerais da cidade que precisam ser solucionados na partida, e só há um vencedor se todos, em parceria, puderem resolver esses problemas durante o jogo.

 

O financiamento coletivo

Para tornar o jogo realidade, a Pistache Editorial vai iniciar um financiamento coletivo, de 29 de agosto a 10 de outubro. É possível apoiar com contrapartidas a partir de 45 reais. A contrapartida que inclui o jogo é de 245 reais (nas primeiras 48 horas, o jogo estará com desconto, saindo a R$ 220). Há também opções de kits de jogos para escolas e uma opção inovadora: a recompensa “Apoie uma escola” – nela, o apoiador pode escolher ou sugerir uma escola pública para receber um kit de jogos e debate.

Principais características:

• Fomento à cooperação para resolução de problemas

• Estímulo à cidadania e ao direito à cidade

• Fomento ao debate de políticas públicas

• Tomada de decisão para a construção de cidades mais humanas

• Proporciona um ambiente lúdico e criativo de aprendizado urbanístico

• A cidade como cenário para diferentes disciplinas escolares, baseando-se nas habilidades da BNCC (Base Nacional Comum Curricular)

• Introduz os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) de forma lúdica, mas aplicado em contexto real e cotidiano

• Design e mecânica de jogo vencedores de prêmios: Projeto vencedor do 5o Prêmio Design Tomie Ohtake

 

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SERVIÇO – TRILHAS URBANAS

Tipo Jogo de tabuleiro
Idade A partir de 7 anos
Número de jogadores 3 a 4 (jogo base); 3 a 6 (jogo completo)
Design de jogo Beatriz Martinez
Ilustrações Bruna Martins
Publicação Pistache Editorial
Financiamento coletivo De 29 de agosto a 10 de outubro
Entrega dos jogos dezembro de 2023

Imagens: Divulgação Trilhas Urbanas

 

Conexão Setorial CM – Uma visita à fábrica da Trisoft

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Arquitetos e designers de interiores puderam conhecer de perto todas as soluções Trisoft para conforto acústico arquitetônico em tour fabril realizado pela CM.

 

A Trisoft, empresa líder em soluções sustentáveis de isolamento térmico e acústico atuando há 61 anos no mercado, recebeu no último dia 30 um grupo de Arquitetos e Designers de Interiores para um tour fabril em sua sede, em Itapevi. Os profissionais foram recebidos pela equipe da marca e pelo CEO Maurício Cohab, que pessoalmente apresentou de perto todo o processo de fabricação dos produtos oferecidos pela Trisoft, além de ministrar um grande bate papo sobre a versatilidade das soluções e suas origens sustentáveis: a marca já consumiu o equivalente a mais de 5.1 bilhões de garrafas PET do meio ambiente, que após passar por um processo de seleção, lavagem, moagem e secagem, resulta num produto chamado Flake, matéria prima para a fabricação das fibras que compõem seus produtos.

 

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Pati Cillo, Anderson Schmidt, CEO Maurício Cohab, Nathalia Gomes e Rose Corsini.

 

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Referência em soluções inovadoras e de alta qualidade, adaptando-se constantemente às necessidades dos clientes, a marca atua em mais de 97 segmentos, com mantas, fibras e feltros de poliéster para tratamento termo acústico arquitetônico, estofados, colchões, filtros, calçados, etc. Laudos e certificados garantem a performance e a segurança de seus produtos que, projetados especialmente para atingir os mais altos índices de desempenho, são desenvolvidos sem adição de resina ou água no processo. Tudo é 100% reciclável e a empresa incentiva a logística reversa, onde os restos Trisoft pós consumo podem ser devolvidos para a própria empresa os reciclar.

“Para a Trisoft, tudo é possível. Investir em tecnologia, pessoas e no desenvolvimento de produtos que promovam a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, aliando trabalho, honestidade, responsabilidade e muita fé em Deus são a base de nosso sucesso.” – Maurício Cohab, CEO Trisoft

 

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Dentre as soluções acústica voltadas para o seguimento arquitetônico, estão: BAFFLES TRISOFT, NUVENS TRISOFT, REVEST TRISOFT, COBOGÓ TRISOFT, FORROS TRISOFT e TECH FELT TRISOFT, distribuidas entre diversas linhas, como a CLASSICA, NESS e a recém lançada FOMAKÜSTIKA. Os profissionais puderam conhecer de perto cada uma delas e entender a versatilidade dos produtos. A linha FOMAKÜSTIKA, por exemplo, abre um leque de possibilidades quando o assunto é design. A natureza do material permite que diversas soluções acústicas sejam desenhadas e implementadas, tendo como um único limite a própria imaginação do arquiteto.

 

“Foi muito bacana conhecer a fábrica da Trisoft. Muito interessante descobrir tudo sobre a matéria prima e conhecer as máquinas que eles mesmo fabricam, algo que influencia bastante no impacto final, pois não dependem de outras empresas e acabam produzindo com mais agilidade e também oferecendo uma diversidade maior de produtos. Além de entender um pouco mas sobre a decidação deles e o quanto estão abertos às novas idéias e novas propostas.” – Nathalia Gomes, arquiteta da Perkins&Will.

“Amei a visita a fábrica da TRISOFT! Todas as inovações são fantásticas e deixaram muitas possibilidades na minha cabeça. E o fato de não ter limites para a criatividade e aplicação, é demais! Sem contar que fomos muito bem recebidos pelo CEO Mauricio! Ele é muito entusiasmado com a empresa, isso contagia. Ótima energia e hospitalidade.” – Rose Corsini, arquiteta e designer de interiores da Studio FICODesign.

 

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“Gostaria de agradecer imensamente o convite para visitar a Trisoft. Foi muito bom receber os conhecimentos e ver todo o processo da fábrica, que Mauricio nos proporcionou. Realmente foram conhecimentos importantes e acrescentadores em minha vida profissional. É muito bom saber que temos todo esse acesso a uma fábrica como a Trisoft, a qual nos ajuda a evoluir criativamente e tecnicamente.” – Anderson Schmidt, arquiteto da Anderson Schmidt Arquitetura.Interiores.Iluminação.

 

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Imagens: Phoética