Idea!Zarvos – 15 anos de trajetória dialogando com a cidade

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Pela BEĨ Editora, Idea!Zarvos lança livro sobre seus 15 anos de trajetória na arquitetura autoral.

 

Desde o início de sua atuação, a Idea!Zarvos destacou-se tanto pela qualidade arquitetônica de seus projetos quanto pelo diálogo que estabeleceu com a cidade – sobretudo com a Vila Madalena, bairro da Zona oeste paulistana onde nasceu e construiu suas primeiras obras, antes de expandir-se para outras regiões.

Para marcar seus 15 anos de atividade, lança pela BEĨ Editora o livro Idea!Zarvos 15, no qual os sócios Otavio Zarvos e Luiz Felipe Carvalho relembram a trajetória da incorporadora ao mesmo tempo que explicitam os princípios, valores, decisões que a transformaram no que é hoje. Muito mais que o registro de um “case” de sucesso empresarial, a obra apresenta uma discussão atual sobre urbanismo e uma reflexão sobre a responsabilidade de incorporadores, arquitetos e investidores na construção de uma cidade mais humana e inclusiva. Esse tema é abordado de forma precisa e instigante pelo prefácio do jornalista Raul Juste Lores: “A Idea!Zarvos propôs outro modelo de negócio, de arquitetura e de cidade, e seu efeito multiplicador parece estar começando a dar frutos”. 

Além de fotos dos projetos construídos ao longo dessa década e meia de atuação, o livro traz depoimentos de alguns arquitetos que os assinam – entre os quais Isay Weinfeld, Marcelo Morettin e Vinicius Andrade (Andrade Morettin) e Grégory Bousquet (Triptyque), entre outros.

“A Idea!Zarvos apostou numa arquitetura que traduzisse o jeito de morar de uma nova geração e o mercado finalmente abraçou a ideia. Com isso, a empresa iniciou a ampliação de seu portfólio, abrindo oportunidades para que novos arquitetos pudessem se expressar.” – Isay Weinfeld

 

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Com projeto gráfico de Roberto Cipolla e textos de Rita Corradi, Idea!Zarvos 15 é uma obra de grande impacto visual e também um documento precioso sobre empreendedorismo, urbanismo e arquitetura no Brasil atual.

A Idea!Zarvos é a incorporadora responsável pelos edifícios mais icônicos da nova arquitetura de São Paulo. Contando com o projeto de arquitetos premiados, cada empreendimento é único, com estética diferente dos padrões repetitivos da cidade e com alto potencial de valorização.

Nos 17 anos da incorporadora, sob o comando de Otavio Zarvos, sócio fundador da Idea!Zarvos, e Luiz Felipe Carvalho, sócio e CEO, são 40 prédios entregues e mais 25 entre obras, lançamentos e projetos em desenvolvimento. Airbnb, Nubank, Quinto Andar e outras dezenas de empresas de economia criativa escolheram edifícios da incorporadora para abrigar seus escritórios.

 

FICHA TÉCNICA

Título: Idea!Zarvos 15
Prefácio: Raul Juste Lores
Texto: Rita Corradi
Projeto gráfico: Roberto Cipolla
ISBN: 978-65-86205-25-1
Idioma: Português | Inglês
Páginas: 264
Formato: 23,8 x 23,8 cm
Acabamento: Capa dura com
Ano: 2022
Preço de capa: R$ 275,00

www.ideazarvos.com.br

Ônibus elétricos começam a ser testados em Curitiba

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Veículos vão circular pelas ruas da capital para avaliar experiência dos usuários e desempenho no transporte coletivo.

 

A real transição para uma mobilidade elétrica nas cidades precisa incluir veículos usados no transporte coletivo, como os novos modelos de ônibus elétricos que serão testados em Curitiba, a partir desta semana. Entre os dias 19 e 26 de setembro de 2022, os curitibanos e curitibanas poderão conhecer de perto como são os novos ônibus elétricos, que estarão circulando em cinco linhas – Campo Comprido/CIC, Jardim Ludovica, Detran/Vicente Machado, Campina do Siqueira/Batel e Campo Alegre.

A capital do Paraná pretende dar um salto de qualidade na mobilidade ativa e limpa com a entrada destes veículos na operação do transporte coletivo. O primeiro veículo desta fase de demonstração vai ser trazido pela fabricante chinesa Higer, operada no Brasil pela TEVX Motors, mas outros fabricantes também se preparam para trazer seus veículos à Curitiba.

A circulação dos novos ônibus elétricos pretende avaliar configurações de veículos, seu desempenho nos itinerários e a experiência dos usuários, e ainda vai permitir o treinamento de motoristas na nova tecnologia.

“Essa rodada de testes é a consolidação da construção de política pública de estímulo à uma nova matriz energética para o transporte coletivo. Temos um compromisso com o futuro da cidade, alinhado aos desafios do combate aos riscos climáticos. É a construção da mobilidade limpa para Curitiba e seus cidadãos”, observa Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), responsável pela articulação com os parceiros para a realização dos testes, juntamente com a Urbs.

 

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A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A empresa já colaborou para a transição energética da frota de importantes capitais da América Latina, como Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). Agora a empresa participa do processo em cidades inteligentes brasileiras, como Curitiba.

 

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Vantagens

A eletromobilidade no transporte coletivo reduz a emissão de poluentes gerados pelo uso de combustíveis fosseis e ruído urbano, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida do cidadão. No dia a dia, o usuário também é beneficiado pelo conforto dos veículos, equipados com ar-condicionado, mais espaço entre as poltronas e com avançados sistemas de segurança. O ônibus da Higer tem autonomia para rodar 270 quilômetros, capacidade para 89 passageiros – na configuração feita para Curitiba – e recarrega em até três horas.

Além de imprescindível para o enfrentamento das cidades às mudanças climáticas, a transição para ônibus elétricos representa um salto de qualidade para o setor”, afirma Cristina Albuquerque, gerente de Mobilidade Urbana do WRI Brasil. “O TUMI E-Bus Mission quer acelerar a eletrificação do transporte coletivo em centenas de cidades do mundo, e Curitiba é uma das 20 cidades que recebem apoio aprofundado para liderar esse processo. Apresentar a tecnologia à população é um marco importante”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Divulgação

Impressão 3D – Parede de solo vivo

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Universidade de Virgínia desenvolveu uma nova tecnologia na área de bioconstrução: Parede de solo vivo que brota vegetação.

 

Uma nova pesquisa da Universidade de Virgínia (UVA), nos Estados Unidos, criou um método de impressão 3D que une a estrutura de edifícios com a vegetação. A matéria prima utilizada para a construção é basicamente solo local (terra) e sementes. A nova tecnologia é inédita na área de bioconstrução. O método permite a construção de elementos como paredes e telhados verdes, que funcionariam como isolantes naturais, absorvendo a água da chuva e proporcionando espaços verdes para pessoas, animais e polinizadores.

Para responder à – Por que temos que fazer com que a estrutura ou o edifício seja separada da natureza em que se encontra?” – o professor Ji Ma, na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da UVA, criou um grupo interdisciplinar dentro da universidade com acadêmicos de diversas áreas para, junto, eles desenvolvem um protótipo que comprovou que a impressão 3D de estruturas feitas de solo e sementes é possível de ser feita.

Usando uma impressora 3D do tamanho de uma mesa, o time explorou duas abordagens: em uma, imprimiram o solo e as sementes em camadas sequenciais; na outra, misturaram as sementes ao solo antes de imprimir. Segundo os pesquisadores, ambos os procedimentos deram certo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

A equipe então propôs criar estruturas com geometrias mais complexas, como cúpulas. Os pesquisadores testaram como o material sai da ponta da impressora (ou bocal), em um processo chamado ‘extrusão’. Não foi utilizado nenhum aditivo à mistura do solo.

Os resultados revelaram que as estruturas do solo impressas em 3D podem suportar o crescimento das plantas, mas provavelmente seriam limitadas a plantas que podem sobreviver com pouca água.

“Estamos trabalhando com solos e plantas locais misturados com água; a única eletricidade que precisamos é para mover o material e fazer funcionar uma bomba durante a impressão. Se não precisarmos de uma peça impressa ou se não tiver a qualidade certa, podemos reciclar e reutilizar o material no próximo lote de tintas”, disse Ehsan Baharlou, professor na Escola de Arquitetura da UVA que também participou da pesquisa.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

Escolha das sementes

Para encontrar a mistura certa de solo e sementes, os pesquisadores contaram com a ajuda de David Carr, da Blandy Experimental Farm, uma estação de campo de ciências ambientais no condado de Clarke, Virgínia. Ele forneceu conselhos iniciais sobre uma série de propriedades do solo.

Além de reter água, o solo precisa acumular matéria orgânica e armazenar nutrientes. Ele também precisa permitir que as plantas se fixem na estrutura impressa, para que, uma vez que tenham qualquer tamanho, não desapareçam ou sejam lavadas, ou desidratem e morram.

Carr propôs plantas que ocorrem naturalmente em áreas onde a vida está no limite – plantas nativas norte-americanas que crescem praticamente na rocha nua. “Os telhados verdes tendem a essas espécies que são boas em viver sob essas condições realmente duras, sendo queimadas ao sol”, disse Carr.

Ele recomendou as plantas suculentas como boas candidatas para estruturas de solo de impressão 3D. As suculentas, formalmente conhecidas como gênero sedum, são comumente usadas em telhados verdes. A fisiologia delas se assemelham ao cacto, podendo sobreviver com muita pouca água.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Additive Manufacturing no início deste ano. A equipe também trabalha em experimentos com outros materiais biodegradáveis, incluindo o cânhamo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Virginia University, Tom Daly e Divulgação.

 

MBA Cidades Responsivas tem inscrições abertas para 2ª turma

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Curso totalmente online integra Urban Data Science, tendências acadêmicas e experiências profissionais mais inovadoras em curso hoje no universo da concepção, funcionamento e gestão das cidades 

 

O ensino acadêmico tradicional não contempla a complexidade do funcionamento e da gestão das cidades nem a realidade do mercado de trabalho. Cursos de Arquitetura e Urbanismo, por exemplo, fornecem pouco entendimento sobre as transformações da indústria da construção civil e dlegislação urbana necessários ao exercício da atividade. Já os que atuam profissionalmente dispõem de raras fontes que os possibilitem acompanhar mudança em curso no Brasil e no exterior a partir da adoção de tecnologias como Inteligência Artificial, Machine deep Learn e Big Data no contexto das cidades. Esses são algundos principais temas do MBA Cidades Responsivas, que chega a sua segunda edição. As matrículas podem ser feitas até 25 de outubro.  

Voltado a arquitetos, urbanistas, engenheiros, profissionais da construção civilprofissionais de TI e gestores municipais, o curso traz análises aprofundadas sobre tendências e iniciativas inovadoras no mundo e no país. Para isso, conta com profissionais e acadêmicos de renome internacional, como Patrik Schumacher (diretor do Zaha Hadid Architects, um dos maiores escritórios de arquitetura do mundo), Javier Arpa Fernandez (coordenador de pesquisa e de educação do The Why Factory na TU Delft – Holanda), Alain Bertaud (ex-urbanista-chefe do Banco Mundial e autor de Order Without Design), bem como líderes de projetos pioneiros no mercado brasileiro, caso de Rodrigo Rochasócio e cofundador do Place, startup que fornece, em tempo real, estudos de viabilidade econômica e construtiva de terrenos.  

 

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O MBA é uma iniciativa do grupo de desenvolvimento imobiliário OSPA e da Escolada Livre de Arquitetura (ELA), em parceria com IMED. Reconhecido pelo MEC, dispõe de módulos voltados à Urban Data Science, elemento fundamental tanto às smart cities quanto às cidades responsivas. “Enquanto as primeiras se valem dos dados de forma centralizada para otimizar o funcionamento de seus serviços, nas cidades responsivas, por meio da tecnologia, o cidadão passa a ser integrante ativo e protagonista na  gestão das cidades. É um conceito novo no mundo e que, com o MBA, passa a ter o Brasil como um dos pioneiros na abordagem do tema”, diz Luciana Fonseca, coordenadora do curso

 

“O conceito de responsividade urbana parece distante, mas está presente em serviços como Waze e Uber, em que o usuário tem papel ativo no funcionamento e na melhoria dos aplicativos. Esse poder do coletivo estará cada vez mais presente tanto na iniciativa privada quanto na gestão das cidades” – Lucas Obino, CEO da OSPA e uns dos curadores do MBA. 

 

curso teduração 360 horas ao longo de treze meses. As aulas da nova turma ocorrerão às segundas-feiras e quartas-feiras à noite e, quinzenalmente, aos sábados. Serão totalmente online, ao vivo e contarão, quando ministradas por convidados internacionais, com tradução simultânea. As aulas são gravadas e disponibilizadas aos alunos via plataforma da universidade, garantindo que todos poderão conciliar as suas agendas ao programa de ensino proposto. 

 

As matrículas para o MBA Cidades Responsivas TURMA 2 já estão abertas AQUI! 

Mais informações na página ou pelo telefone (51) 983006208. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Maurício Palhares – MBA Cidades Responsivas
Imagens: Divulgação

III Fórum Nacional BrCidades

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Debates para a construção de uma agenda focando em cidades justas, democráticas e sustentáveis é objetivo do evento em sua 3° edição

 

O III Fórum Nacional BrCidades, promovido pela rede BrCidades, acontece entre os dias 10 a 19 de setembro em formato virtual, com a missão de rediscutir a agenda urbana nacional frente aos desafios dados pela crise sanitária e urbana e participar da necessária construção social de um projeto para as cidades do Brasil. O encontro reunirá integrantes dos Núcleos de 17 estados do país, estudiosos, acadêmicos, profissionais ligados aos temas e lideranças dos movimentos de igualdade de gênero e racial.

A abertura do evento fica a cargo do especial quadro “Meia Hora”, a realizar-se na próxima terça-feira, 7 de setembro, a partir das 20h, com a participação da presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Eleonora Mascia.

O III Fórum Nacional, que conta com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e do Fórum Nacional de Reforma Urbana, incluirá atividades abertas ao público, com mesas, oficinas e palestras, visando mobilizar grupos, organizações e forças sociais. Todas as transmissões acontecem via canal oficial da BRCidades no YouTube.

 

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A diversidade da rede urbana brasileira, com mais de 85% da população morando nas cidades e grande parcela da força de trabalho vivendo em condições precárias, ambientes degradados, situações de risco, sem infraestrutura ou serviços urbanos, em moradias congestionadas e insalubres, tem exigido cuidados de forma a assegurar as particularidades das lutas locais/territoriais e identificar as questões comuns a todas as cidades do Brasil.

A conjuntura de crise nacional e internacional levou à discussão, durante encontro da Frente Brasil Popular em 2017, sobre a necessidade de um movimento para repensar o país e ao convite às Professoras Ermínia Maricato e Karina Leitão, da FAU USP, para tratar do tema da Agenda Urbana. Esse foi o primeiro passo para o surgimento da Rede BrCidades – Um Projeto para as Cidades do Brasil. Em 2018 e 2019, o BrCidades realizou as duas primeiras edições do Fórum Nacional. Em 2020, junto aos Núcleos e aos parceiros, participou da criação das redes “Articulação por Direitos na Pandemia” e a “Campanha Despejo Zero”, além de contribuir na preparação de pautas urbanas de candidatos a vereadores e prefeitos.

Pelas ações desenvolvidas, o BrCidades recebeu o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) em 2018, na categoria Urbanidades. A coordenadora nacional ganhou o Prêmio FPAA 2020 Medalha de Ouro.

 

III Fórum Nacional BrCidades
Data
 10 a 19 de setembro de 2021
Transmissão canal do YouTube do BrCidades

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: BrCidades
Imagem: Divulgação

WAFX Award 2021

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Vencedores do WAFX deste ano apresentam um conjunto inspirador de ideias e abordagens em relação às principais questões do nosso tempo

 

O WAFX Award é concedido a projetos futuros que melhor identifiquem os desafios a serem enfrentados por arquitetos nos anos que se seguem. Doze propostas integram a lista de selecionados pela comenda este ano e as abordagens abrangem assuntos como o controle de pandemias, emergências climáticas, equidade social, identidade cultural, envelhecimento da população, abastecimento de alimentos, e mais.

Nesta semana, entre 12 e 14 de julho, haverá a transmissão do WAF Futures, evento aberto e gratuito patrocinado pela GROHE, que congrega a shortlist da edição a competir nos principais prêmios WAF do próximo dezembro, em Lisboa, diante de um painel de jurados ao vivo que decidirá o vencedor de cada categoria, bem como a melhor proposta geral de todas as categorias. Os proponentes concederão explanações sobre seus projetos a arquitetos e profissionais convidados, e ao público em geral.

 

Em um período de profundas mudanças mundiais, os arquitetos desempenharão papel importante na criação de edifícios, cidades, locais públicos e paisagens que respondam aos desafios já identificados. Há uma imensa quantidade de pesquisas sendo realizadas para as quais esperamos chamar a atenção e às quais pretendemos apoiar por meio de publicações, exposições e iniciativas de financiamento. Os arquitetos mostraram mais uma vez como o design pode ser implantado para enfrentar desafios e investigar oportunidades” – Paul Finch, diretor do programa WAF.

 

VENCEDORES / CATEGORIAS

 

Envelhecimento Populacional
Taikang Community Gui Garden
Sunlay

Este conceito de design origina-se da paisagem natural local e da cultura da região de Guangxi, China, conhecida por seu terreno montanhoso, rios e esplêndidos terraços de arroz. Ele usa técnicas de design moderno para reinterpretar a paisagem de vilas pitorescas, para criar um ambiente de vida natural ideal para comunidades idosas, incluindo acomodação residencial, cuidados médicos, um centro de atividades e suporte para uma vida independente.

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Clima, Energia e Carbono
Paradise, London
Feilden Clegg Bradley Studios

A Paradise transformará um local desativado no sul de Londres, Reino Unido, em 60.000 metros quadrados de trabalho líquido de carbono zero e espaço do criador. O edifício histórico com estrutura de madeira terá uma estrutura de madeira laminada cruzada exposta e luz e ventilação naturais. Projetado para ser flexível no futuro e com baixo consumo de energia, também é projetado com uma estrutura facilmente desmontável como parte de sua estratégia de fim de vida. A proposta está dentro da meta por quase 60 anos de uma pegada de carbono negativa.

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Construção Tecnológica
Museum for Architecture + Residences
Sou Fujimoto Architects

A torre do condomínio, incluindo um museu de arquitetura, é baseada em cabanas tradicionais Bahay Kubo, reinterpretadas em uma estrutura em forma de grade de bambu e entrelaçadas com a fauna natural para criar uma floresta vertical em evolução. O design baseado em conceito é uma extrusão vertical dos campos de arroz que antes cobriam o local do projeto em Laguna, Filipinas.

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Identidade Cultural
Zayed National Museum, Abu Dhabi
Department of Culture and Tourism-Abu Dhabi

O Museu Nacional dos Emirados Árabes Unidos, projetado por Foster + Partners, conta a história do falecido Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, o presidente fundador dos Emirados Árabes Unidos, e mostra a história do país, o patrimônio cultural e a recente transformação social e econômica. A forma contemporânea e altamente eficiente é combinada com o design árabe tradicional e a hospitalidade.

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Tecnologia Digital
Shenzhen Qianhai Telecommunication Centre
Schneider+Schumacher International GmbH

Este centro de telecomunicações em Shenzhen, China, está destinado a se tornar o primeiro data center alto do mundo. Seus andares inferiores estarão relacionados ao entorno urbano da torre e à vida pública da cidade, enquanto o último andar contará com um grande terraço para trabalhadores de TI, oferecendo luz natural e vistas da cidade e da baía. A fachada animada reflete o tema computacional do edifício e incorpora elementos interativos que se movem com o vento.

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Ética e Valores
#WeThePlanet Campus
3deluxe

Esta plataforma verde flutuante e móvel ao largo da costa de Manhattan foi projetada para a realização de encontros internacionais, workshops e programas educacionais que se concentram em transformar nosso mundo para um futuro melhor. O conceito de design fluido e orgânico responde aos elementos naturais que o cercam, água, sol e vento, e o biótopo é projetado para dar tanto quanto recebe da natureza, enquanto gera sua própria energia e água potável.

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Alimento
Cagbalete Sand Clusters
Carlo Calma Consultancy Inc.

Esta proposta para uma nova tipologia de ecoturismo sustentável na Ilha de Cagbalete, Filipinas, é projetada para trazer uma elevação para a agricultura local e as indústrias de pesca, incluindo a criação de caranguejos de lama. O desenvolvimento de uso misto é projetado para misturar agricultura e lazer, incluindo um restaurante da fazenda para a mesa com foco em plantas e produtos locais. É construído a partir de um sistema de unidades pré-fabricadas inspirado nos corais da área, feito de uma membrana de redes de pesca, areia e solo.

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Saúde
The Deformable Modularized COVID-19 Epidemic Prevention Hospital, Shanghai
School of Architecture & Design, China University of Mining and Technology

Este hospital modular de instalação rápida foi projetado como uma solução de resposta rápida a doenças infecciosas em grande escala, como SARS e COVID-19. O esquema considera o isolamento modular ‘ala’ como o módulo central, e ‘tratamento’, ‘escritório’ e ‘limpeza’ como módulos auxiliares, permitindo a construção rápida de hospitais de diferentes combinações e tamanhos. O esquema foi projetado para ser fácil de armazenar, transportar, construir e se adaptar quando chegar ao fim do uso.

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Reuso
Silo City
STUDIO V Architecture

Silo City é uma visão de design para a reutilização da maior coleção de elevadores de grãos do mundo, transformando um terreno de 1.000.000 pés quadrados no rio Buffalo, em Nova York, em um campus de artes e cultura. Silo City acomodará instituições e artistas de base e internacionalmente renomados, apoiados por um desenvolvimento sustentável, incluindo comércio, residencial e hospitalidade que surgem dos temas, arquitetura e história do local.

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Cidades Inteligentes
Toyota Woven City
B.I.G. Architecture D.P.C.

Toyota Woven City é a primeira incubadora urbana do mundo dedicada ao avanço de todos os aspectos da mobilidade no sopé do Monte Fuji, no Japão. Com uma via primária otimizada para veículos autônomos mais rápidos, um passeio recreativo para tipos de micro-mobilidade, como bicicletas e scooters e um parque linear dedicado a pedestres, flora e fauna, visa trazer igualdade para diferentes formas de transporte e criar mais segurança , conexões amigáveis ​​para pedestres.

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Equidade Social
A Resilient Duplex for Fort Severn First Nation
Two Row Architect and KPMB Architects

Esta tipologia habitacional é baseada em consultas com Fort Severn First Nation, a comunidade mais ao norte de Ontário, acessível apenas por via aérea e rodoviária. O sistema de construção durável e facilmente transportável foi projetado para ajudar os idosos a viver de forma independente na comunidade por mais tempo, ao mesmo tempo que fornece unidades para famílias jovens, que muitas vezes acabam vivendo em condições de superlotação com os pais e irmãos por falta de outras opções.

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Água
Horizon Manila
William Ti, Jr.

Horizon Manila é um plano mestre de 419 hectares projetado para servir como um novo centro de crescimento e desenvolvimento para a capital das Filipinas. O novo distrito é composto por três ilhas divididas por um parque de canal de 4 km, criando muitos bairros ribeirinhos, jardins e parques urbanos diferentes, para permitir a evolução de um ambiente urbano diversificado e permeável.Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: WAFX Award
Imagens: Divulgação

Alta PLUVIOSIDADE

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A importância de um bom planejamento urbano para lidar com as abundantes chuvas de verão.

 

Durante longo período, a estratégia da engenharia fluvial e hidráulica esteve focada em retificar o leito dos rios e córregos para que suas vazões fossem dirigidas pelo caminho mais curto e com a maior velocidade de escoamento possível, visando ganhar novas terras para a agricultura, novas áreas para a urbanização e minimizar os efeitos locais das cheias. E apesar de ser natural o ser humano estabelecer sua morada próximo a cursos d’água, construir cidades sob essa concepção gerou consequências negligenciáveis, principalmente à nível de planejamento: a variedade de biota é reduzida de uma maneira alarmante e as cheias hoje causam prejuízos cada vez maiores, por vezes irreversíveis.

Quando o curso hídrico atinge sua capacidade máxima de água ela começa a vazar e, sem a devida área de preservação nas margens, escorre sem controle. A ausência de infraestrutura urbana para a adequada coleta e direcionamento da água da chuva pode acarretar diversos danos para as áreas atingidas que vão além de um simples alagamento, como erosões em áreas desprotegidas e terrenos íngremes, assoreamento de corpos hídricos e problemas estruturais nos pavimentos, além de deslizamentos de terra e graves inundações.

Nas cidades, a impermeabilização do solo, que é provocada tanto pelas construções de casas, comércios ou indústrias quanto pela pavimentação de ruas e calçadas, eleva o escoamento superficial durante o período chuvoso, que natural ou artificialmente flui para a parte mais baixa que são os córregos e rios. Por vezes, no processo de escoamento, a água não é direcionada da maneira correta para os corpos d’água, o que faz com que ela chegue com muita energia, destruindo completamente o leito do manancial e suas margens, provocando consequentemente as enchentes. As áreas que deveriam ser preservadas para suportar o transbordamento do rio são ocupadas por inúmeras construções civis.

Portanto, além do crescimento urbano desordenado, os principais problemas residem no desrespeito humano à um planejamento ambiental eficiente e, claro, na falta de atitudes conscientes desta problemática. Uma ocupação urbana inadequada, a falta de infraestrutura em drenagem, a poluição, o desmatamento, as queimadas e o descarte incorreto de resíduos sólidos são ações que só agravam. O depósito de entulhos de construção, lixo e esgoto também dificultam o escoamento de água, além de facilitar a proliferação de vetores de doenças. Na pressa por dar uma resposta ágil à população, o poder público vai pelas vias mais rápidas e não necessariamente mais baratas, na tentativa de minimizar os efeitos e prejuízos.

A questão só poderá ser enfrentada com eficiência se as diferentes abordagens e soluções para a drenagem – as do urbanismo e as da engenharia, forem combinadas. No verão, com o aumento dos índices pluviométricos, quando as chuvas são muito intensas, as enxurradas tendem a ocorrer e intensificar o poder das enchentes. A instalação de sistemas de drenagem são meios que ajudam a conter ou a escoar o curso das águas por meio de bocas de lobo, piscinões ou dutos, que levam o excesso de água para outra localidade.

 

Imagens Recorte MIDIAS

 

A mudança das chuvas, com picos de precipitação concentrados em determinados locais, vem exigindo que a engenharia reveja procedimentos de dimensionamento. Melhorar o sistema de piscinões e promover soluções de drenagem com qualidade urbanística – parques lineares, renaturalização e estruturação de redes associadas a eixos de mobilidade – são meios previstos e em uso.

Existe ainda outro aspecto a ser considerado com relação às chuvas: as estruturas urbanas são vulneráveis também a chuvas não tão intensas, mas que se estendem por muitos dias. Os espaços que absorvem e detém as águas, seja o solo de áreas verdes permeáveis ou piscinões, esgotam sua capacidade. A canalização dos rios, que é feita para aumentar a velocidade de escoamento e posteriormente se voltaram ao armazenamento de grandes volumes em piscinões, também não resolvem este cenário de chuvas.

Há mundialmente uma forte promoção quanto ao processo de renaturalização, buscando a revitalização e a recuperação, como o controle efetivo das cargas poluidoras na bacia hidrográfica, o reestabelecimento das funções ecossistêmicas dos corpos d’águas e a integração da população no processo, a fim de garantir sua efetividade e durabilidade.

 

InstagramA implementação de projetos voltados para a renaturalização de rios exige a disponibilidade de áreas e novos  conceitos na engenharia hidráulica e de planejamento territorial. Dentre alguns pontos que podemos destacar na está exatamente a remoção das canalizações que são trocadas por quebra-correntes de gabiões e pedras. As barragens podem servir para controle do fluxo de água no rio, mas ao invés de comportas e vertedouros, fazer uso de tentos transversais, que facilitam a migração de espécies, por exemplo.

Renaturalizar significa voltar ao natural, é a volta às características naturais do rio, com intervenções que visam promover um aspecto natural que favorece tanto a harmonia paisagística quanto a flora e a fauna do corpo d´água, procurando estabelecer um equilíbrio e uma dinâmica entre os limites e peculiaridades de um ambiente urbanizado e um ambiente mais natural, além de também visar a preservação e recuperação das áreas naturais de recarga e inundação.

 

A verdade é que as cidades ocuparam o espaço dos rios, alteraram solos e fluxos de superfície, e precisam ser adaptadas para que os moradores convivam em segurança com as chuvas. Um trabalho de integração dos diferentes tipos de conhecimento sobre a cidade é necessário e deveria acontecer em vários níveis da prática. Maior entrosamento entre procedimentos de drenagem e compreensão do potencial urbanístico ajuda planejar locais estratégicos para a implantação de parques e áreas verdes, áreas de risco prioritárias para receber projetos de qualificação habitacional ou até melhorar processos de controle do assoreamento. Uma melhor distribuição de recursos, maior monitoramento e real controle de riscos são questões que devem ser mobilizadas em conjunto; caso de não somente considerar a boa articulação de uma gestão urbana, mas primeiramente humana. 

 

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As margens renaturalizadas do Meno (Main), em Frankfurt.

 

São Paulo é uma das cidades que enfrentam grandes problemas no assunto devido ao crescimento urbano desordenado e sem planejamento ambiental. A CM conversou com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), criada recentemente em 2019, que tem o objetivo de conduzir de forma sustentável o desenvolvimento socioeconômico em todo o território de São Paulo, por meio da gestão sistêmica das Políticas Estaduais de Meio Ambiente e Infraestrutura. Para desempenhar suas atribuições: Infraestrutura, que congrega as áreas de recursos hídricos, saneamento, resíduos sólidos, energia e mineração; e Meio Ambiente, que aglutina a coordenação do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais – SEAQUA.

“As iniciativas da SIMA, com o apoio da Defesa Civil, buscam reduzir danos materiais e, principalmente, preservar vidas durante o período chuvoso. Por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), nós temos realizado o desassoreamento dos rios, manutenção de pôlderes, construção e limpeza de piscinões, entre outras medidas preventivas. O recente estudo divulgado pelo Instituto Geológico também é uma ferramenta fundamental e que contribui para minimizar os efeitos de eventos, como deslizamentos de terra e inundações” – Marcos Penido, secretário da SIMA

Em 2020 o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, assumiu a operação dos conjuntos de pôlderes (equipamentos hidráulicos para controlar cheias) das pontes das Bandeiras, Casa Verde e Anhanguera, na Marginal Tietê. Com esta ação mais 26 bombas foram integradas ao sistema do DAEE, que já operava outros pôlderes nas pontes do Limão, Aricanduva, Vila Maria e Vila Guilherme. Os conjuntos funcionam de maneira integrada e permitem maior eficiência do processo. O DAEE realizou ainda a limpeza, capina, roçada e desassoreamento de 25 piscinões. Apenas em 2020 foram retirados 220.477 m³ destas estruturas e capinados mais de 892.090 m².

 

InstagramPara minimizar o impacto das chuvas na capital paulista, promoveu-se ações de desassoreamento de córregos, rios e piscinões, assim como a integração de pôlderes (estruturas hidráulicas artificiais), que minimizam os prejuízos na época das cheias. A marginal do rio Tietê possui 12 conjuntos de bombas, distribuídos em 7 pontes: Aricanduva, Vila Maria, Limão, Vila Guilherme, Bandeiras, Casa Verde e Anhanguera. São 47 equipamentos instalados que podem bombear, em média, 16,16 m³ metros cúbicos por segundo (16.160 litros por segundo) das marginais de volta para o rio. O bombeamento auxilia na retirada da água das marginais e do grande volume que chega dos bairros durante as chuvas. A ação é eficiente: A Holanda, por exemplo, é um dos países que utilizam em larga escala o sistema de pôlderes e a região se destaca no desenvolvimento de engenharia especializada nesse tipo de edificação. O país possui cerca de 3 mil pôlderes, alguns com mais de 50 mil hectares.

 

Além disto, outras ações contribuem ao quadro geral: atualmente, 24 piscinões são administrados pelo DAEE e no ano passado foram contabilizadas a remoção de 220.470 m³ de sedimentos nestes. Executa-se também um pacote de projetos para serviços e obras que visam combater as enchentes nas regiões do Rio e Alto Tietê. Em 2020, o DAEE desassoreou um volume de 431,5 mil m³ de sedimentos do rio.

 

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Ponte Aricanduva tem 2 pôlderes. Na imagem, lado direito com 4 bombas instaladas.

 

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Trabalhos de desassoreamento no Rio Pinheiros, em São Paulo.

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Divulgação

 

PONTO focal

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‌‌Uma‌ ‌árvore,‌ ‌que‌ ‌deveria‌ ‌ser‌ ‌preservada‌ ‌no‌ ‌local,‌ ‌foi‌ ‌o‌ ‌ponto‌ ‌de‌ ‌partida‌ ‌para‌ ‌este‌‌ projeto‌ ‌de‌ ‌espaços‌ ‌amplos‌ ‌e‌ ‌conectados.‌‌

 

A Roof House, apelidada assim por conta da enorme cobertura que domina praticamente todo o terreno de lados iguais, de 190 m², é um projeto complementar à uma antiga casa da família que fica muito próxima dali, na região metropolitana de Lat Phrao, distrito de Bangkok, Tailândia. O cliente queria uma estrutura que pudesse oferecer atividades complementares às funções existentes da antiga casa, com grande espaço de uso comum onde toda a família pudesse se reunir e receber, mas que ao mesmo tempo fosse flexível o bastante em caso de futuras demandas e consequentes transformações.

Com tal proposta em mente, Nuttapol Techopitch e os arquitetos da Looklen Architects desenvolveram uma tipologia de planta aberta e integrada onde todos os ambientes compartilham o mesmo amplo espaço. A presença de uma árvore bem no meio do terreno, que deveria ser preservada, demarcou que a planta da casa fosse organizada ao redor de um pátio central que a acolhe. Este pátio, afinal, tornou-se o ponto focal do espaço programático da casa, funcionando como um lugar de descompressão e de conexão com o mundo exterior, íntimo e reservado, cercado por uma série de espaços fluidos e interconectados. As aberturas voltadas para o norte e o leste possuem cinco metros de altura, inundando os espaços interiores com luz natural ao longo do dia.

 

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Para o paisagismo, foi levado em consideração critérios climáticos, o design e orientação da casa, que foi planejada para gerar sombra e ventilação abundante, e aspectos botânicos, como perfume e visual.  A família tem um cão de estimação que adora cavar, e o projeto levou isso em consideração, propondo plantas de folhas largas e criando um modo de plantar que facilite a substituição, caso necessário.

A grande cobertura, executada em aço, que emoldura e protege o pátio interior, permite abundante iluminação e ventilação natural aos ambientes interiores, estrategicamente proporcionando um melhor desempenho energético. Além disso, fornece sombra para as outras áreas por seus longos beirais. O forro de madeira Beger foi escolhido para proporcionar uma atmosfera mais aconchegante à um espaço “transparente”, assim como para proporcionar um melhor desempenho acústico e térmico neste como um todo. Piso Casa Rocca.

A planta da casa foi organizada ao redor de um pátio central que acolhe a árvore existente e distribui os espaços da casa a partir do espaço criado para ela.

 

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O projeto de iluminação foi concebido para proporcionar tantas opções quanto possível, desde iluminação pontual até uma fita de LED perimetral que ilumina a parte baixa de toda a cobertura em seus quatro lados. As esquadrias são Fameline e o envidraçamento é Guardian.

 

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A frente da casa possui grande abertura, contemplada por uma ampla estrutura de 14 metros de comprimento. Para construir uma perspectiva interessante, a parede, junto ao acesso, também foi inclinada como se refletisse o ângulo do telhado, compatível com o pátio central.

 

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floorplan

 

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Por Redação
Imagens: Varp Studio

Smart CITIES e a eficência da informação

Em conjunto com as tecnologias, processos colaborativos entre gestores públicos e a sociedade civil é de extrema importância para o desenvolvimento funcional de smart city.

 

De acordo com dados das Nações Unidas (2017), atualmente, mais da metade da população mundial vive em cidades ou centros urbanizados e se espera que até 2050 esse número cresça para cerca de 70%. Dada a importância das cidades, a arquitetura e o urbanismo buscam essencialmente que estes espaços de assentamentos humanos proporcionem formas de serem inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, com foco constante em melhorias de infraestrutura e redução de vulnerabilidades.  

 

A pandemia causada pelo coronavírus COVID-19 tem gerado mudanças significativas nos padrões de consumo, nos níveis de produção e estilo de vida das pessoas em todo o mundo. Evidenciou-se, por exemplo, uma crise sanitária com grande impacto na economia mundial e na forma de funcionamento das cidades, trazendo à tona maiores, mais urgentes e novas reflexões sobre smart city. Na busca por minimizar impactos, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, eficiência de recursos e serviços e uso das tecnologias de informação e comunicação, cidades inteligentes ganham destaque no campo do urbanismo e gestão pública.  

 

Figura B Plano Piloto Brasília

 

Um grande desafio é identificar áreas e grupos mais vulneráveis. Em conjunto com as tecnologias, processos colaborativos entre gestores públicos e a sociedade civil é de extrema importância. Plataformas colaborativas e modelos de negócio participativos tornem-se cada vez mais comuns no futuro próximo. Muitas cidades fazem uso de sensores integrados que realizam a coleta de uma quantidade enorme de dados, possibilitando a tomada de ações com base em inteligência artificial e machine learning para benefício dos cidadãos. Se utilizadas com responsabilidade e seriedade, tais ferramentas impactam profundamente o cotidiano e geram “armas” para enfrentar crises. Na China, Han (2020) aponta que a vigilância digital, proporcionada pelo uso do big data e ação de especialistas em informática e TICs, auxilia no enfrentamento ao Covid-19 tanto quanto a área de saúde. A coleta, tratamento e uso de dados será fundamental, principalmente durante e pós-eventos catastróficos, e deverão ser utilizados de forma adequada, com a devida proteção e sigilo dos cidadãos.  

 

Mas uma forma de pensar as cidades, amplamente discutida nos últimos anos, é com olhar voltado para soluções baseadas na natureza. Esse tipo de estratégia está relacionado ao conceito da biomimética, que pode ser definido como a área da ciência que tem por objetivo estudar e entender os fenômenos biológicos e suas funções, procurando aprender com a natureza, suas estratégias e soluções (Herzog, 2013). A infraestrutura convencional, produzida em sua grande parte por concreto, asfalto, entre outros materiais de grande impacto ambiental, normalmente chamada de infraestrutura cinza, deve ser gradativamente complementada e em alguns casos substituída por uma infraestrutura verde, baseada em um desenho urbano ecológico, que combine tais estratégias de soluções integradas à natureza. Utilizar a vegetação como um elemento fundamental para a entrega de algum serviço à cidade também é tecnológico, e de grande melhoria urbana, como por exemplo conforto térmico, aumento da biodiversidade e sequestro de CO2 e poluentes no ar.  

 

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Tem ganhado destaque as chamadas “cidades esponjas”, como um modelo que priorize a infiltração das águas da chuva em vez de seu escoamento, buscando por maior porosidade e permeabilidade dos espaços livres e construídos, para que a água possa ser absorvida. Com base nessas soluções, as cidades tendem a ser mais adaptáveis aos futuros impactos das mudanças climáticas, regulam melhor questões relacionadas à drenagem e ao tratamento de doenças e possibilitam regeneração de áreas até então degradadas. Um caso emblemático é a renaturalização do riacho Cheonggyecheon, localizado em Seul (Coreia do Sul), onde foi derrubada uma via expressa elevada para a construção de um espaço de lazer em torno ao riacho recuperado, trazendo uma nova realidade (regenerativa) para a região. 

 

Os impactos relacionados às mudanças climáticas e pandemias como a de agora incidirão de formas diferentes em cada cidade e nos diferentes grupos da população. A importância do benefício ao cidadão, como centro para qualquer projeto e gestão de uma cidade inteligente, é fundamental. Uma mudança de postura se faz cada vez mais necessária, buscando o replanejamento e a regeneração de cidades, mais resilientes e equilibradas ecologicamente, onde ações em conjunto parece ser a chave.  

 

 

 

 

 

Fonte: Archdaily 
Por Redação 
Imagem: Divulgação