Saiba mais sobre as novas exigências para bicicletas e patinetes elétricos

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Novas regras do Contran estabelecem algumas obrigatoriedades para os condutores.

 

As mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em vigor desde o início de julho, estabelecem novas exigências para veículos como motos elétricas, que agora devem ter placa e CHN. As bicicletas e patinetes elétricos estão incluídos em outra categoria, no entanto, os condutores também precisam estar atentos às novas regras.

Mesmo que não seja necessária Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e emplacamento, as bicicletas devem ter motor elétrico auxiliar, com limite de 1000W de potência e velocidade máxima de 32 km/h. Já os patinetes elétricos, que fazem parte dos chamados autopropelidos, precisam possuir, no máximo, 4000W de potência e limite de velocidade de 32 km/h.

As novas regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) são uma tentativa de disciplinar o trânsito e garantir um uso mais seguro desses modais. Além das velocidades máximas permitidas, o pacote de medidas determina as características de cada veículo, locais onde podem circular e diferencia o que são ciclomotores, bicicletas elétricas e equipamentos de mobilidade individual, como patinetes e skates.

 

Formalização e melhora na mobilidade

Uma das prerrogativas da nova medida é normatizar o uso dos modais eletrificados, o que irá garantir mais segurança operacional e aumentar a proteção para os pedestres. “A regulamentação é sempre bem-vinda, pois define os caminhos para os negócios e também para os consumidores, possibilitando o aumento nas vendas e no uso deste tipo de modal”, opina o engenheiro e especialista do centro de pesquisa, tecnologia e inovação Lactec, Carlos Gabriel Bianchin.

As bicicletas e patinetes elétricos fazem parte de um conceito amplo: a micromobilidade. O termo, criado em 2017 pelo especialista em tecnologia romeno Horace Dediu, aponta os veículos elétricos levíssimos como alternativas vantajosas para os usuários nas grandes cidades, seja do ponto de vista ambiental ou da saúde.

Outra grande vantagem do uso desses modais de transportes é a possibilidade de se locomover de forma mais ágil, evitando engarrafamentos, aponta Bianchin. “Principalmente quando consideramos os centros urbanos, o adensamento de veículos torna o deslocamento um verdadeiro transtorno. Tais soluções permitem o deslocamento rápido e seguro em vias apropriadas para estes modais”.

 

Contribuição com o meio ambiente

Além de não emitir poluição sonora, os veículos eletrificados ainda contribuem para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. A seu favor, ainda contam o pequeno porte, o baixo peso e a versatilidade. “Estes veículos também beneficiam novos modelos de negócio e trazem mais qualidade no deslocamento em centros urbanos e pequenas distâncias”, explica o especialista.

A nova regulação é um passo importante não somente para melhorar a qualidade do trânsito, mas também para formalizar o uso desses modais. Bianchin destaca que a regulamentação e a construção de vias apropriadas são pontos importantes para os consumidores aderirem a este tipo de transporte. O objetivo é fazer com que o uso seja feito com garantia e tratamento correto, pois são modais menores e individuais, não sendo possível disputar espaço com carros em vias urbanas”, afirma. Com isso, aumenta a segurança para o setor, para os usuários e também para o seu entorno.

 

 

 

 

 

Imagem: Ilustrativa/Divulgação

Concreto têxtil é opção para construção de estruturas livres de corrosão

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 UFRGS é a primeira universidade brasileira a iniciar pesquisa sobre nova tecnologia.

 

Nas última década, a busca por materiais cimentícios que permitam criar estruturas resistentes e duráveis tem impulsionado o trabalho de pesquisadores no Brasil e no mundo. É nesse contexto que surge o concreto têxtil (textile-concrete, em inglês), material que tem configuração semelhante aos tecidos e que utiliza uma rede formada por polímeros em substituição ao aço no concreto armado.

As vantagens associadas a essa nova tecnologia são muitas. A começar pela possibilidade de moldar o concreto em sessões mais esbeltas e arrojadas, uma vez que passa a ser desnecessário o cobrimento mínimo das armaduras. Mas o maior benefício está relacionado à durabilidade. Afinal, ao dispensar o uso de elementos metálicos, o concreto torna-se isento de corrosão, fenômeno que é o principal redutor de vida útil das estruturas de concreto. Há, ainda, ganhos atrelados à sustentabilidade, decorrentes do fato de as estruturas serem produzidas com menor volume de concreto e terem maior durabilidade.

O concreto têxtil tende a ser aproveitado principalmente pelo segmento de pré-fabricados de concreto, para a produção de elementos em forma de painéis e para peças com sessões mais complexas. Componentes produzidos com concreto têxtil podem ser produzidos com seções transversais de espessura significativamente menores (5-50 mm) do que aquelas produzidas em concreto convencional.

 

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Inovador, material utiliza rede de matriz polimérica para substituir as armaduras de aço.

 

Outra aplicação importante é no reforço e reparo de estruturas corroídas, incluindo em edifícios históricos. “Nesses casos, o concreto têxtil pode recompor de forma muito eficiente a capacidade de carga original, sem implicar em elevação de peso”, comenta Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele lembra que o concreto têxtil pode utilizar fibras de diferentes origens e morfologias, como as de carbono e as de vidro, especificadas em função da necessidade do elemento estrutural resistir a esforços. Segundo ele, os pesquisadores investigam, no momento, como esse novo material se comporta em ensaios de envelhecimento e quando exposto a temperaturas elevadas.

“Com o concreto têxtil, o limite de cobrimento mínimo não será mais pautado pela corrosão, e sim pelo comportamento desejável da estrutura em caso de incêndio” – Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

 

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Com aproximadamente 100 metros, a passarela de concreto têxtil em Albstadt-Lautlingen é a primeira aplicação prática do concreto têxtil e atualmente o maior obra do tipo do mundo.

 

O futuro do concreto armado

primeira aplicação prática do concreto têxtil está exposta na cidade de Albstadt, no sul da Alemanha. Trata-se de uma passarela com 97 metros de comprimento executada com fios de fibra de vidro para armar os componentes pré-fabricados. A superestrutura com o concreto têxtil pesa aproximadamente 40% menos, em comparação à execução com concreto armado.

Outras obras de referência são a reforma da catedral de Aachen, também na Alemanha, que empregou reforço de argamassa têxtil nos reparos estruturais. O desenvolvimento do concreto têxtil é resultado de um avanço gradativo que vem ocorrendo no desenvolvimento dos materiais poliméricos. Ao longo dessa trajetória, um momento importante foi o desenvolvimento de fios poliméricos por pesquisadores da Universidade Técnica de Dresden, em parceria com o Instituto de Pesquisa Têxtil Saxon, em Chemnitz.

Depois disso, os avanços foram muitos. Tanto é que na Alemanha já há empresa que desenvolve comercialmente concreto têxtil para múltiplas aplicações, especialmente para painéis de fachadas. A próxima etapa nessa linha evolutiva é a formatação de uma nova teoria de dimensionamento estrutural.

“Como ocorre com outros materiais construtivos, o concreto têxtil não é uma panaceia, mas uma solução ótima para algumas aplicações”, pondera o professor da UFRGS. “Para compor uma viga tradicional, por exemplo, sua utilização não faz muito sentido. Mas em peças com geometrias especiais ele pode ser bastante competitivo”, conclui Silva Filho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: AECweb
Imagem: Jörg-Singer e Divulgação

Precariedade habitacional na América Latina é tema de projeto colaborativo

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“Cidades Invisíveis, Pessoas Incríveis” analisa áreas marginalizadas em Macapá, São Paulo e Cidade Juarez, no México.

 

A falta de moradia adequada é um dos maiores desafios para os governos e populações dos países da América Latina. A precariedade habitacional se manifesta por meio de favelas, cortiços e conjuntos habitacionais degradados. Em busca de alternativas para melhorias concretas, uma grande equipe de acadêmicos, com participação de líderes comunitários, criou o projeto colaborativo “Cidades Invisíveis, Pessoas Incríveis”. O primeiro resultado das ações foi um documentário que mostra, por meio de entrevistas e registros audiovisuais, o uso do espaço público e esforços de mobilização social em áreas marginalizadas de três cidades: Macapá (conhecidas como ressacas, localizadas na Amazônia brasileira), Paraisópolis (a maior comunidade da capital paulista, que completou 100 anos em 2021) e Sendero de San Isidro (em Cidade Juarez, no México, fronteira com os Estados Unidos). Três universidades latino-americanas estão envolvidas no projeto: Universidade Federal do Amapá, em Macapá, Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, e Universidad Autónoma de Cidade Juarez, no México.

“A América Latina é o lugar mais desigual do planeta e na configuração de suas cidades é possível realizar aproximações espaciais que ultrapassam os limites geográficos. Entre Macapá, São Paulo e Cidade Juarez existem imensas distâncias geográficas, porém, encontramos problemas semelhantes entre eles: falta de infraestrutura, exclusão social e pobreza. A falta de água nas casas também é apontada no documentário como um problema grave enfrentado pelos moradores”, explica Bianca Moro de Carvalho, coordenadora do projeto, doutora em Arquitetura e Urbanismo e mestre em Planejamento Urbano.

 

 

A cidade de Macapá é apresentada através da problemática das ressacas, que são áreas alagadas que concentram moradias de risco na capital. Essas regiões recebem grande número de migrantes do interior da Amazônia que buscam encontrar novas oportunidades de emprego, saúde e educação para suas famílias. São Paulo, a cidade mais rica do Brasil, é apresentada através de Paraisópolis, a quinta maior favela do Brasil. A comunidade é reconhecida por sua força de mobilizações sociais fortemente organizadas. No México, na Cidade Juarez, a precariedade destaca-se no conjunto habitacional San Isidro. Construído pelo governo mexicano, na região há falta de infraestrutura e a localização distante da cidade tem provocado abandono de milhares de casas. “Cidades Invisíveis, Pessoas Incríveis” também analisa o papel das lideranças locais na construção de espaços inclusivos e no exercício da cidadania.

“Essas pessoas muitas vezes são relegadas ao esquecimento porque fazem um trabalho silencioso. Precisamos dar visibilidade a eles e suas ações inspiradoras. É importante a própria comunidade identificar pessoas que estão realizando trabalho de grande importância para a sociedade, e entrar em contato conosco através da plataforma Cipesin, pois o projeto traz mensagens que funcionam como gritos de socorro. Identifica carências de infra-estrutura de nossas cidades, ao mesmo tempo que revela a necessidade de melhoria da qualidade de vida” – Bianca Moro de Carvalho

 

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O próximo trabalho, que também vai incluir documentário e entrevistas, será realizado no sertão da Bahia, em Bom Jesus da Lapa. O projeto usa a metodologia da mídia participativa, que pode ser uma forma criativa para o exercício da cidadania dos moradores das áreas segregadas,além de ser uma ferramenta que permite a inclusão social de moradores de regiões vulneráveis. A técnica utiliza recursos audiovisuais e mídia como forma de compreensão da linguagem urbana, arquitetônica e cultural. A proposta é registrar as condições de habitabilidade, informalidade e organização social dos assentamentos precários das populações de áreas fragilizadas, trazendo a possibilidade de ouvir suas vozes.

Conheça o projeto Cipesin
Site: https://cipesin.com

 

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Como a visualização de dados pode moldar a arquitetura e as cidades

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Saiba um pouco mais sobre como a visualização de som, imagens e dados demográficos podem inspirar criativamente a Arquitetura.

 

Manuel Lima é um designer e pesquisador conhecido por seu trabalho em visualização e mapeamento de redes complexas. Ele é o fundador do VisualComplexity.com, membro da Royal Society of Arts, e foi nomeado uma das “50 mentes mais criativas e influentes” pela revista Creativity. A entrevista a seguir explora suas inspirações e processos, assim como seus pontos de vista sobre como a visualização dos dados pode ajudar a melhorar a qualidade das nossas cidades.

 

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Anéis e espirais. Christian Tominski e Heidrun Schumann, exposição interativa em espiral aprimorada, 2008. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

 

O que inicialmente o inspirou a converter dados em imagens?

Manuel Lima (ML): Às vezes é difícil encontrar esse momento específico em que a vida o impele a algo, mas me lembro de uma situação específica em 2004. Eu estava fazendo um mestrado em Belas Artes na Parsons School of Design, em Nova York. Eu estava na plateia assistindo a uma palestra de um professor chamado Christopher Kirwin, que apresentava algo como o “understanding spectrum“. É um diagrama que tem nomes diferentes, mas basicamente mostra como os dados levam à informação, informação ao conhecimento e conhecimento à sabedoria.

Embora minha experiência e treinamento tenham vindo do lado do design industrial, eu estava interessado e queria fazer parte desse processo. Especificamente, construindo uma ponte entre informação e conhecimento, entre produtores e consumidores. Eu acho que é uma das coisas mais difíceis que podemos fazer. Faz sentido quando os seres humanos são ótimos em coletar informações, e é por isso que temos o fenômeno do big data hoje.

Mas agora precisamos entender os dados, transformá-los em informações e, finalmente, em conhecimento. Esse é o nosso maior desafio. Para mim, foi como um chamado. Houve um tempo em que pensei: uau, preciso fazer parte desse movimento. Eu queria trabalhar criando conhecimento e sabedoria através de dados.

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Rodas e tortas. Jess3 Quem ocupa Wall Street ?, 2011. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Uma parte importante de saber o que fazer com os dados é saber quais perguntas devem ser feitas. Como você sabe quais são os dados relevantes que devem ser mostrados em meio a tantos?

ML: Eu acho que sempre surge da pergunta que você está tentando responder. Em sua mente, ao tentar realizar uma visualização, você está pensando em uma pergunta que deseja responder ou em uma mensagem que deseja transmitir. Às vezes, os dados que podem servir a esse propósito são ignorados. Então, digamos que você esteja tentando entender melhor os diferentes dados demográficos de um lugar. Provavelmente, tentaremos entender os usuários, no sentido de procurar saber como eles navegam através de um edifício ou projeto urbano. Você tem essa pergunta imediata em mente e os dados podem fornecer essa resposta.

Por isso, os dados sem processamento raramento são suficientes para que um padrão faça sentido. A resposta que você precisa está em visualizá-los. Se necessário, converter e traduzir dados em metáforas visuais e modelos que podem ser entendidos. Desta maneira, é possível responder a esta pergunta por meio de algum tipo de visualização ao mesmo tempo em que serve como mensagem que se deseja transmitir.

Como você faz isso? Como você trabalha?

ML: Hoje existem muitas ferramentas diferentes que você pode usar. Existem diferentes bibliotecas disponíveis para entender o mundo. Ultimamente, estou mais interessado em taxonomia, em entender o sistema. Eu realmente sinto que a visualização de dados é uma linguagem. Da mesma forma que a linguagem escrita é composta por blocos que assumem a forma de palavras que, por sua vez, são combinadas e criam sentenças, o mesmo acontece com a visualização de dados. Temos gráficos que você pode combinar usando cor, tamanho ou forma. E através desse processo, você cria mensagens significativas.

Procuro olhar para as diferentes maneiras pelas quais as pessoas têm usado essa linguagem, entendendo as semelhanças e as diferenças ao longo do tempo, não apenas nos tempos modernos, mas também voltando à história e entendendo como os humanos têm usado as imagens, símbolos e comunicação visual como meio de transmissão de informações.

Sempre fico fascinado por quanto tempo isso acontece. Estamos usando imagens há muito mais tempo do que a linguagem escrita. O alfabeto mais antigo conhecido tem aproximadamente 6.000 anos. O primeiro tipo de representação pictórica remonta a 40.000 anos atrás. Temos usado imagens e símbolos por muito mais tempo do que o sistema escrito. Então, de alguma forma, está embutido em nosso DNA; Temos uma forte inclinação para imagens.

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Ebbs e fluxos. Siori Kitajima e Ravi Prasad (oposto) Luz solar, gordura e felicidade, 2012. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Hoje, as pessoas não apenas escrevem e leem mais, mas também veem mais imagens: o Instagram e o Pinterest estão cheios de fotografias de arquitetura e cidades. Isso me leva à próxima pergunta: como você acha que a visualização de dados pode ajudar a arquitetura e as cidades?

ML: Eu acho que pode ajudar de três maneiras diferentes:

Pode servir de inspiração. Uma das melhores coisas que descobri sobre a complexidade visual é que, quando comecei a colocar a ciência por trás disso, há mais de quinze anos, notei uma maravilhosa polinização cruzada de ideias. Recebi e-mails de biólogos inspirados em recursos visuais que viram, por exemplo, algo completamente diferente. E até me lembro de um e-mail de um arquiteto que recebi naquela época; eles estavam usando visualizações que encontraram em uma rede social e estavam aplicando algumas dessas ideias em um edifício. A arquitetura, como qualquer campo criativo, pode ser inspirada por muitas áreas diferentes, uma delas é a visualização. Pode ser uma visualização de som, dados demográficos ou qualquer outra coisa, mas pode ser uma ótima fonte de inspiração.

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Formas e limites. Matteo Bonera, Giulia De Amicis, Francesco Roveta e Mir Shahidul Islam (Agência Visual) Tutti i voli portano a Londra (Todos os vôos estão indo para Londres), 2013. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

A outra maneira é por meio da metodologia, que também pode ser inspiradora para a arquitetura. Hoje, muitos campos são gerenciados por códigos. Uma das melhores coisas que sigo são as artes generativas e as pessoas que criam arte através de códigos, através de algoritmos. Elas estão criando formas interessantes, imprevisíveis e únicas. Elas não são criadas por computadores, mas por máquinas. Então, eu acho que isso é algo que a arquitetura também está tentando entender: como a forma pode ser criada através de código, algoritmo e máquinas. Me parece muito interessante. Especialmente quando se trata de Inteligência Artificial – e estamos falando muito sobre design orientado por Inteligência Artificial. Há uma oportunidade para a arquitetura alimentada por inteligência artificial, onde podemos criar um elemento de surpresa através desse processo.

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Mapas e plantas. Ji Soo Han e Paul Ornsby, Situatorist Drawing Device, 2010. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Meu terceiro ponto é que a visualização pode trazer muitas ideias para arquitetos e planejadores urbanos. Um dos grandes projetos que vem à mente se chama Tracing the Visitor’s Eye, construído na cidade de Barcelona há aproximadamente 10 anos. Eles coletaram todas as imagens enviadas para o Flickr que foram tiradas na cidade de Barcelona. Duas coisas eram importantes: o momento em que a foto foi tirada e o local. Eles utilizaram esses dados e recriaram o caminho que as pessoas percorreram pela cidade. Agora imagine a riqueza dessa visualização. De repente, você tem esse mapa de onde as pessoas estão realmente navegando e por quais ruas estão andando. Por onde elas começam? Onde elas terminaram sua jornada? Para um planejador urbano, ou mesmo o prefeito de uma cidade, há muitas ideias realmente interessantes que podem ser derivadas desse processo.

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Nós e links. Justin Matejka e George Fitzmaurice (Autodesk Research) OrgOrgChart: A evolução de uma organização, 2012. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

O lamentável é que, às vezes, as pessoas que estão tornando as visualizações realmente interessantes não estão necessariamente conversando com as pessoas que podem se beneficiar delas, como arquitetos e urbanistas. Eu acho que há uma grande oportunidade para esse tipo de pensamento estar mais conectado às pessoas que podem se beneficiar dele.

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Uma taxonomia de círculos: 1) Anéis e espirais 2) Rodas e tortas 3) Grades e gratículas 4) Ebbs e fluxos 5) Formas e limites 6) Mapas e plantas 7) Nós e links. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Fonte: Archdaily, por Fabian Dejtiar
Todas as imagens são cortesia de Manuel Lima 

3° edição NaLata Festival Internacional de Arte Urbana

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Terceira edição do NaLata promove a resistência por meio da modificação da paisagem de São Paulo através do grafite.

 

Pela terceira vez consecutiva, o NaLata Festival Internacional de Arte Urbana transforma a paisagem da cidade de São Paulo a partir da valorização da arte de rua. Com início em 15 de outubro, o evento conta com 14 artistas e acontece nos bairros de Pinheiros, Vila Madalena e na França. O governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, apresenta a edição de 2022 do festival. Com coprodução da Agência InHaus, NaLata e C.B ME, a curadoria artística é de Luan Cardoso, com patrocínio das empresas Tiger, QuintoAndar, Mars, Suvinil, Loga e copatrocínio da Bom Ar.

A fim de promover a democratização da arte nos espaços urbanos, como uma espécie de museu a céu aberto, o tema proposto para esta edição é Resistência. “O NaLata proporciona uma experiência cultural diferente em um espaço aberto, que está sempre em constante movimento. Para nós, a arte é uma importante ferramenta de resistência, (de)marcação de espaços e transformação. Reunir obras de novos artistas com nomes já consagrados é um grande ganho para a cidade, que cada vez mais se torna relevante no cenário mundial de muralismo”, comenta Luan Cardoso.

 

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Obra Chromadynamica para Valência (2020) de Felipe Pantone | Imagem cortesia de Felipe Pantone | Crédito FPSTUDIO

 

O argentino Felipe Pantone é um dos artistas convidados para integrar o grupo de talentos que transmutará cenários da capital paulista. Grande nome da arte contemporânea e reconhecido mundialmente, é grafiteiro desde os 12 anos. Em seu trabalho, utiliza muito da colisão entre o passado analógico e o futuro digital. Para Felipe, sua arte é uma forma de reflexão sobre como consumimos informações visuais. Além disso, para ele, graças aos avanços tecnológicos e à invenção de televisões e computadores, a percepção humana de luz e cor mudou completamente.

Seu conterrâneo, o artista e arquiteto Pastel FD também participa do festival. Sua obra não segue o padrão convencional de arquitetura e está orientada para a criação de um diálogo natural com o meio ambiente. Seu estilo floral traz referências à flores e plantas que crescem entre calçadas e em ambientes urbanos, como uma crítica ao reflexo humano de controle do espaço.

O pintor e escultor alexHORNEST, um dos nomes pioneiros do grafite das ruas de São Paulo, se inspira na relação entre a cidade e seus habitantes para compor suas obras. O artista acredita ainda na possibilidade de interação entre o trabalho e o espectador, onde um depende do outro para existir. Para criar texturas e contraste entre as camadas, alexHORNEST costuma utilizar uma mistura de tinta a óleo, acrílica e automotiva como principal elemento de suas pinturas, potencializando a tridimensionalidade – uma constante em suas produções.

Já o brasileiro Arlin Graff, que atualmente vive em Cleveland, utiliza elementos geométricos para compor suas obras e também se inspira na fauna selvagem, fazendo estudos aprofundados sobre cada animal a fim de entender a construção anatômica e o comportamento instintivo deles. Graff trará ao NaLata a pintura de uma onça-pintada, ressignificando a paisagem da Rua Pedroso de Morais, em Pinheiros.

Outro destaque será Rafael Sliks, um dos principais nomes do cenário mundial da arte urbana. Seu estilo pessoal faz referência a grandes figuras como Lascaux, Da Vinci, Magritte e Yves Klein, sem perder a identidade urbana e muito influenciada pelo skate e pela memória afetiva das HQs lidas na infância. No NaLata, Slikspintará sua primeira empena no Brasil.
A artista visual Manuela Navas também se apresentará. Utilizando técnicas de pintura, fotografia e xilogravura, ela costuma retratar em seus trabalhos cenas do cotidiano, quase sempre protagonizadas por corpos negros e femininos.

Representando a primeira geração de grafiteiros do Brasil, Speto trará aos arranha-céus de São Paulo seu estilo único, inspirado no folclore e na literatura de cordel brasileira. Nos anos 80, ainda adolescente, o artista comprou sua primeira lata por incentivo do filme Beat Street e nos anos 90, já estava auxiliando na construção da identidade visual de bandas renomadas da época, como Planet Hemp, Raimundos e Nação Zumbi.

Vai estar no evento o muralista contemporâneo Apolo Torres, que já teve trabalhos expostos no Brasil, na Itália e nos Estados Unidos. Reconhecido por estampar em suas obras diferentes perspectivas sobre o mundo e sobre o corpo em que habita, Apolo propõe a este festival uma empena que reproduz o interior de vários apartamentos, refletindo o modo de vida do cidadão paulistano.

 

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Obra Luz Negra, de Monica Ventura, ficará no Largo da Batata de 15 a 30 de outubro | Crédito Acervo da artista

 

Mônica Ventura levará a instalação Luz Negra para a região do Largo da Batata . “Uma mulher negra feliz é um ato revolucionário” é a frase da escritora Juliana Borges exposta no letreiro criado por Mônica. Seu trabalho gira em torno da complexidade da mulher preta inserida em diversos contextos sociais e culturais.

O paulistano Ise é mais uma das atrações do festival. Sua proposta é desenvolver trabalhos relacionando retratos e identidades através de pequenos grafites espalhados pela cidade, simbolizando personagens urbanos e cotidianos.

Éder Oliveira participa do NaLata colorindo os arredores da Rua Inácio Pereira da Rocha, na região de Pinheiros. Natural da região do Salgado paraense, possui trabalhos em acervo no Centro de Arte Dos de Mayo, em Madri, do Itaú Cultural, do Museu de Arte de Belém e do Museu de Arte do Rio, entre outros.

Artista e ativista, Panmela Castro desenvolveu sua trajetória na arte a partir de vivências no subúrbio carioca. Cria da pichação, dos bailes funk e do surfe ferroviário, ela exibirá essas influências em sua instalação “Amor Vandal”, parte da série de espelhos que também estão expostos na 13ª Bienal do Mercosul.

Filipe Grimaldi é um dos nomes brasileiros de peso que compõem o time de talentos da edição de 2022 do NaLata. Formado em design gráfico, ele utiliza letras, palavras e frases como sua principal característica, em que o contraste cromático também se faz muito presente.

A edição deste ano do NaLata inclui ainda a produção de um painel na França, assinado pelo brasileiro Thiago Nevs, que foi um dos ganhadores do concurso Novos Talentos Murais SP, realizado na edição de 2020, a fim de introduzir novos nomes à cena artística paulistana. Localizada na comuna de Biarritz, esta será a primeira incursão internacional do festival.

 

Casa NaLata

A programação do NaLata Festival integra arte urbana, música, workshops e eventos. Com isso, foi criada a Casa NaLata, como espaço de convivência e troca, onde toda essa movimentação artística acontecerá. A programação é gratuita e terá workshops ministrados pela Sticker Up e pelo coletivo de arte SHN, além de instalações assinadas pelos artistas Theodoro Autops, Gueto, Coyo, Loucos, Gui Ga e Lixomania. “O NaLata reforça o poder de transformação do meio pela arte”, comenta Juliano Libman, sócio da agência InHaus.

As principais ativações dos patrocinadores também ocorrem na Casa NaLata. A ambientação realizada pela Suvinil tem a cor tendência para o ano de 2023. A Tiger, cerveja puro malte, terá um bar exclusivo no local, onde também promoverá uma exposição que dialoga com a cultura urbana, trazendo o skate como um novo suporte para criações artísticas de renomados artistas da cena do grafite. Já o QuintoAndar marcará presença no lounge, com uma exposição de lambe-lambes que mostra que morar melhor é diferente para cada pessoa e que o morar, vai além das quatro paredes de um apartamento, valorizando o entorno e a comunidade. Os lambe-lambes poderão ser retirados gratuitamente pelo público. O ambiente também disponibilizará um mapa das empenas realizadas pelo NaLata desde sua primeira edição, em 2020.

“A Casa NaLata é um espaço de convivência, resistência e ocupação da cidade de São Paulo através da arte, onde todos são convidados para participar das diversas ativações e atividades artísticas,” informa Luiz Restiffe, sócio da agência InHaus.

A programação completa da Casa NaLata poderá ser conferida AQUI!

 

Sobre NaLata Festival

Idealizado e curado por Luan Cardoso, com coprodução da Agência InHaus, comandada por Juliano Libman e Luiz Restiffe, NaLata e C.B ME, o NaLata Festival Internacional de Arte Urbana traz para a população paulistana a oportunidade da vivência da arte, por meio de obras de muralistas importantes da cena do grafite mundial desde sua primeira edição, em 2020. O governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, apresenta esta edição, que conta com o patrocínio de Tiger, QuintoAndar, Mars, Suvinil, Loga e co-patrocínio da Bom Ar.

A cobertura do festival também pode ser acompanhada pelo site.

 

Serviço

Casa NaLata
Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 2833 – Pinheiros, São Paulo
*Horário de funcionamento: Sexta e sábado das 14:00 às 23:00 e domingo das 14:00 às 18:00
Entrada gratuita

As empenas podem ser conferidas nos seguintes endereços:

alexHORNEST – Rua Inácio Pereira da Rocha, 80 – Pinheiros, São Paulo
Apolo Torres – Rua Arthur de Azevedo, 1985 – Pinheiros, São Paulo
Arlin Graff – Rua Pedroso de Morais, 227 – Pinheiros, São Paulo
Éder Oliveira – Rua Inácio Pereira da Rocha, 80 – Pinheiros, São Paulo
Felipe Pantone – Av. Brigadeiro Faria Lima, 628 – Pinheiros, São Paulo
Filipe Grimaldi – Rua Teodoro Sampaio, 2550 – Pinheiros, São Paulo
Manuela Navas – Rua Pedroso de Morais, 227 – Pinheiros, São Paulo
Panmela Castro – Rua Guaicuí, 47 – Pinheiros, São Paulo
Pastel – Av. Faria Lima, 558 – Pinheiros, São Paulo
Rafael Sliks – Rua Fernão Dias, 594
Speto – Av. Brigadeiro Faria Lima, 628 – Pinheiros, São Paulo
As instalações e intervenções artísticas dos artistas Mônica Ventura e Ise serão na região do Largo da Batata.

 

 

 

 

The Design Museum em Londres exibe o trabalho de Yinka Ilori

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Com curadoria de Priya Khanchandani, a exposição celebra a mistura de influências culturais de Ilori.

 

A exposição PARABLES FOR HAPPINESS, do designer britânico-nigeriano Yinka Ilori, apresenta-se pela primeira vez no The Design Museum, em Londres. Exibidos de 25 de setembro de 2022 a 25 de junho de 2023, aspectos essenciais da obra de Ilori serão colocados ao lado de influências fundamentais, incluindo obras de arte, fotografias e móveis, para têxteis nigerianos. A curadoria de Priya Khanchandani celebra as influências culturais de Ilori e desembala os ingredientes de uma linguagem visual diáspora.

 

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Yinka Ilori. Imagem Cortesia de Yinka Ilori.

 

A obsessão por cores vem dos tecidos africanos de sua infância e é a base de sua prática que ele captura regularmente junto com os padrões geométricos no design nigeriano. Estabelecendo seu estúdio em 2017, o trabalho de Ilori tem oscilado a partir da arquitetura, mobiliário e design gráfico.

“Ao longo dos anos, meu trabalho ganhou reconhecimento pelo forte uso da cor, padrão e narrativa que vem da minha herança nigeriana. No entanto, muitas vezes se desviou das tendências de design e tem sido mal compreendido. Esta exibição traça minhas inspirações e jornada criativa à medida que transitei do design de móveis para instalações públicas orientadas pela comunidade” – Yinka Ilori.

 

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O Estrel Berlin. Imagem Adam-Scott.

 

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LetsBringLondonTogether. Imagem Cortesia de Yinka Ilori.

 

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A exposição inclui alguns de seus principais projetos arquitetônicos, como a Lavanderia dos Sonhos, que foi construída a partir de mais de 200.000 tijolos LEGO. Isso será mostrado ao lado de um modelo do artista Bodys Isek Kingelez, demonstrando o potencial utópico da arquitetura que ressoa na obra de Ilori.

 

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Os visitantes também examinarão o, agora desmontado, pavilhão do Palácio colorido de 10 metros de altura, idealizado para a Dulwich Picture Gallery, em 2019, e sua transformação multicolorida de travessias de pedestres pelo centro de Londres. Outros projetos destacados incluem sua criação de palco para o BRIT Awards 2021 e The Flamboyance of Flamingos, uma transformação colorida de playground de uma área de jogo fora de uso em Barking e Dagenham, Reino Unido.

 

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O Pavilhão do Palácio colorido / Pricegore + Yinka Ilori. Imagem Adam-Scott.

 

A exposição de Ilori mostra também seu fascínio por cadeiras. Com mais de 80 cadeiras projetadas, PARABLES FOR HAPPINESS mostra um de seus primeiros projetos: uma série de cadeiras antigas reformadas que foram hackeadas para adicionar cor, reestruturadas e ajustadas em suas formas para transmitir narrativas através delas, que traz tradições verbais nigerianas em conversa com o design contemporâneo.

Ao lado dos mais de 100 objetos expostos, alguns dos itens pessoais de Ilori serão exibidos, refletindo sua herança nigeriana. Isso inclui um Dùndún tradicional (Talking Drum) e álbuns de Afrobeat, hip hop, R&B, e grime com letras em iorubá ou nigeriano. Esses álbuns e sua conexão inspiraram o título da exibição. A abertura coincide com o London Design Festival 2022, um dos eventos mundiais que traz e exibe o melhor em arquitetura, arte e design.

 

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8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility

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Evento revela as cidades mais inteligentes e conectadas do país e propõe debate de ideias e projetos para dar eficiência à relação entre os municípios e seus habitantes.

 

A 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, principal encontro nacional entre sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público para o debate e apresentação de projetos sobre cidades inteligentes e mobilidade urbana, ocorrerá agora em outubro.

Realizado de 4 a 5 de outubro de 2022, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e também no dia 6 de outubro, mas apenas na versão digital, o evento é esperado com muita expectativa pela iniciativa privada e pelas gestões públicas em todo o país, porque é durante o Connected Smart Cities & Mobility que é revelada qual a cidade mais inteligente e conectada do país.

Trata-se da edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities, elaborado em parceria com a Urban Systems. O ranking CSC é um minucioso levantamento que identifica as cidades que melhor se posicionaram na avaliação de critérios por eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, totalizando 680 cidades.

No ano passado, São Paulo (SP) se manteve no primeiro lugar geral do ranking. Florianópolis (SC) foi a segunda colocada, seguida de Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Niterói (RJ) e Salvador (BA). Também foram premiadas as cidades de Balneário Camboriú (SC), Belo Horizonte (MG), Barueri (SP), Palmas (TO), e Jaguariúna (SP). Prefeitos e secretários municipais receberam o troféu de cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

 

Soluções inteligentes para cidades inteligentes

A transformação da pirâmide demográfica, os fluxos migratórios acelerados pela pandemia, a recessão econômica mundial que pressiona e transforma as relações de trabalho e as formas de consumo, entre tantas outras “novas” realidades deflagradas nos últimos dois anos evidenciaram a necessidade de propor o debate em torno das transformações necessárias nas relações entre os centros urbanos e seus habitantes. É nesse contexto que o Connected Smart Cities & Mobility acontece.

Temos como propósito aproximar os stakeholders e promover as boas práticas e os projetos que viabilizem melhorias concretas na experiência cotidiana de cada indivíduo. O objetivo do Connected Smart Cities & Mobility é trazer soluções para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes, humanas e sustentáveis e, por isso, reunimos empresas de diversos segmentos de atuação e o poder público para que juntos viabilizem sinergias que promovam desenvolvimento” – Paula Faria, CEO da Necta – Conexões com Propósito, idealizadora do evento.

O evento tem 12 palcos simultâneos nas quais as seguintes temáticas serão abordadas por especialistas: cidades prósperas, cidades empreendedoras, cidades participativas engajadas urbanismo sustentável nas cidades, cidades conectadas, cidades resilientes e inclusivas, mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, data analytics e tendências, conectividade e integração.

Além de rodadas de negócios e workstations, o Connected Smart Cities & Mobility conta com a participação de empresas líderes em soluções inteligentes para mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo.

 

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Prêmio

Ainda durante o Connected Smart Cities & Mobility acontece também a premiação dos melhores projetos inovadores, orientados para a resolução de problemas das cidades e elaborados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede no Brasil.

Este ano, o prêmio está dividido em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, referindo-se a iniciativas que ainda não atingiram o break even e que estão sendo financiadas por investimentos e não pelo resultado das receitas e lucros gerados. A segunda categoria são Negócios em Operação, ou seja, produtos ou serviços que já tenham gerado receita para suas empresas e que estão plenamente disponíveis no mercado.

Na oitava edição, o prêmio é uma iniciativa da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, da Necta, em parceria com a Neurônio Ativação de Negócios e Causas.

 

AirConnected

Simultaneamente ao Connected Smart Cities, a Necta organiza o AirConnected – Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico, evento dedicado à cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos.

Em 2022 o evento traz uma novidade: o lançamento do Connected Urban Air Mobility (CUAM), conectando as novas soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana, eventos simultâneos e complementares ao CUAM.

Em 2021, o Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected reuniram mais de 300 palestrantes e, aproximadamente, 600 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, além de 2.400 acessos que foram registrados na plataforma de transmissão online.

 

SERVIÇO

8ª Connected Smart Cities & Mobility e Airconnected

Quando: 4 a 5 de outubro de 2022 (presencial) e 6 de outubro (digital).
Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Inscrições: clique aqui.

Idea!Zarvos – 15 anos de trajetória dialogando com a cidade

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Pela BEĨ Editora, Idea!Zarvos lança livro sobre seus 15 anos de trajetória na arquitetura autoral.

 

Desde o início de sua atuação, a Idea!Zarvos destacou-se tanto pela qualidade arquitetônica de seus projetos quanto pelo diálogo que estabeleceu com a cidade – sobretudo com a Vila Madalena, bairro da Zona oeste paulistana onde nasceu e construiu suas primeiras obras, antes de expandir-se para outras regiões.

Para marcar seus 15 anos de atividade, lança pela BEĨ Editora o livro Idea!Zarvos 15, no qual os sócios Otavio Zarvos e Luiz Felipe Carvalho relembram a trajetória da incorporadora ao mesmo tempo que explicitam os princípios, valores, decisões que a transformaram no que é hoje. Muito mais que o registro de um “case” de sucesso empresarial, a obra apresenta uma discussão atual sobre urbanismo e uma reflexão sobre a responsabilidade de incorporadores, arquitetos e investidores na construção de uma cidade mais humana e inclusiva. Esse tema é abordado de forma precisa e instigante pelo prefácio do jornalista Raul Juste Lores: “A Idea!Zarvos propôs outro modelo de negócio, de arquitetura e de cidade, e seu efeito multiplicador parece estar começando a dar frutos”. 

Além de fotos dos projetos construídos ao longo dessa década e meia de atuação, o livro traz depoimentos de alguns arquitetos que os assinam – entre os quais Isay Weinfeld, Marcelo Morettin e Vinicius Andrade (Andrade Morettin) e Grégory Bousquet (Triptyque), entre outros.

“A Idea!Zarvos apostou numa arquitetura que traduzisse o jeito de morar de uma nova geração e o mercado finalmente abraçou a ideia. Com isso, a empresa iniciou a ampliação de seu portfólio, abrindo oportunidades para que novos arquitetos pudessem se expressar.” – Isay Weinfeld

 

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Com projeto gráfico de Roberto Cipolla e textos de Rita Corradi, Idea!Zarvos 15 é uma obra de grande impacto visual e também um documento precioso sobre empreendedorismo, urbanismo e arquitetura no Brasil atual.

A Idea!Zarvos é a incorporadora responsável pelos edifícios mais icônicos da nova arquitetura de São Paulo. Contando com o projeto de arquitetos premiados, cada empreendimento é único, com estética diferente dos padrões repetitivos da cidade e com alto potencial de valorização.

Nos 17 anos da incorporadora, sob o comando de Otavio Zarvos, sócio fundador da Idea!Zarvos, e Luiz Felipe Carvalho, sócio e CEO, são 40 prédios entregues e mais 25 entre obras, lançamentos e projetos em desenvolvimento. Airbnb, Nubank, Quinto Andar e outras dezenas de empresas de economia criativa escolheram edifícios da incorporadora para abrigar seus escritórios.

 

FICHA TÉCNICA

Título: Idea!Zarvos 15
Prefácio: Raul Juste Lores
Texto: Rita Corradi
Projeto gráfico: Roberto Cipolla
ISBN: 978-65-86205-25-1
Idioma: Português | Inglês
Páginas: 264
Formato: 23,8 x 23,8 cm
Acabamento: Capa dura com
Ano: 2022
Preço de capa: R$ 275,00

www.ideazarvos.com.br

Ônibus elétricos começam a ser testados em Curitiba

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Veículos vão circular pelas ruas da capital para avaliar experiência dos usuários e desempenho no transporte coletivo.

 

A real transição para uma mobilidade elétrica nas cidades precisa incluir veículos usados no transporte coletivo, como os novos modelos de ônibus elétricos que serão testados em Curitiba, a partir desta semana. Entre os dias 19 e 26 de setembro de 2022, os curitibanos e curitibanas poderão conhecer de perto como são os novos ônibus elétricos, que estarão circulando em cinco linhas – Campo Comprido/CIC, Jardim Ludovica, Detran/Vicente Machado, Campina do Siqueira/Batel e Campo Alegre.

A capital do Paraná pretende dar um salto de qualidade na mobilidade ativa e limpa com a entrada destes veículos na operação do transporte coletivo. O primeiro veículo desta fase de demonstração vai ser trazido pela fabricante chinesa Higer, operada no Brasil pela TEVX Motors, mas outros fabricantes também se preparam para trazer seus veículos à Curitiba.

A circulação dos novos ônibus elétricos pretende avaliar configurações de veículos, seu desempenho nos itinerários e a experiência dos usuários, e ainda vai permitir o treinamento de motoristas na nova tecnologia.

“Essa rodada de testes é a consolidação da construção de política pública de estímulo à uma nova matriz energética para o transporte coletivo. Temos um compromisso com o futuro da cidade, alinhado aos desafios do combate aos riscos climáticos. É a construção da mobilidade limpa para Curitiba e seus cidadãos”, observa Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), responsável pela articulação com os parceiros para a realização dos testes, juntamente com a Urbs.

 

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A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A empresa já colaborou para a transição energética da frota de importantes capitais da América Latina, como Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). Agora a empresa participa do processo em cidades inteligentes brasileiras, como Curitiba.

 

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Vantagens

A eletromobilidade no transporte coletivo reduz a emissão de poluentes gerados pelo uso de combustíveis fosseis e ruído urbano, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida do cidadão. No dia a dia, o usuário também é beneficiado pelo conforto dos veículos, equipados com ar-condicionado, mais espaço entre as poltronas e com avançados sistemas de segurança. O ônibus da Higer tem autonomia para rodar 270 quilômetros, capacidade para 89 passageiros – na configuração feita para Curitiba – e recarrega em até três horas.

Além de imprescindível para o enfrentamento das cidades às mudanças climáticas, a transição para ônibus elétricos representa um salto de qualidade para o setor”, afirma Cristina Albuquerque, gerente de Mobilidade Urbana do WRI Brasil. “O TUMI E-Bus Mission quer acelerar a eletrificação do transporte coletivo em centenas de cidades do mundo, e Curitiba é uma das 20 cidades que recebem apoio aprofundado para liderar esse processo. Apresentar a tecnologia à população é um marco importante”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Divulgação