8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility

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Evento revela as cidades mais inteligentes e conectadas do país e propõe debate de ideias e projetos para dar eficiência à relação entre os municípios e seus habitantes.

 

A 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, principal encontro nacional entre sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público para o debate e apresentação de projetos sobre cidades inteligentes e mobilidade urbana, ocorrerá agora em outubro.

Realizado de 4 a 5 de outubro de 2022, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e também no dia 6 de outubro, mas apenas na versão digital, o evento é esperado com muita expectativa pela iniciativa privada e pelas gestões públicas em todo o país, porque é durante o Connected Smart Cities & Mobility que é revelada qual a cidade mais inteligente e conectada do país.

Trata-se da edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities, elaborado em parceria com a Urban Systems. O ranking CSC é um minucioso levantamento que identifica as cidades que melhor se posicionaram na avaliação de critérios por eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, totalizando 680 cidades.

No ano passado, São Paulo (SP) se manteve no primeiro lugar geral do ranking. Florianópolis (SC) foi a segunda colocada, seguida de Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Niterói (RJ) e Salvador (BA). Também foram premiadas as cidades de Balneário Camboriú (SC), Belo Horizonte (MG), Barueri (SP), Palmas (TO), e Jaguariúna (SP). Prefeitos e secretários municipais receberam o troféu de cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

 

Soluções inteligentes para cidades inteligentes

A transformação da pirâmide demográfica, os fluxos migratórios acelerados pela pandemia, a recessão econômica mundial que pressiona e transforma as relações de trabalho e as formas de consumo, entre tantas outras “novas” realidades deflagradas nos últimos dois anos evidenciaram a necessidade de propor o debate em torno das transformações necessárias nas relações entre os centros urbanos e seus habitantes. É nesse contexto que o Connected Smart Cities & Mobility acontece.

Temos como propósito aproximar os stakeholders e promover as boas práticas e os projetos que viabilizem melhorias concretas na experiência cotidiana de cada indivíduo. O objetivo do Connected Smart Cities & Mobility é trazer soluções para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes, humanas e sustentáveis e, por isso, reunimos empresas de diversos segmentos de atuação e o poder público para que juntos viabilizem sinergias que promovam desenvolvimento” – Paula Faria, CEO da Necta – Conexões com Propósito, idealizadora do evento.

O evento tem 12 palcos simultâneos nas quais as seguintes temáticas serão abordadas por especialistas: cidades prósperas, cidades empreendedoras, cidades participativas engajadas urbanismo sustentável nas cidades, cidades conectadas, cidades resilientes e inclusivas, mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, data analytics e tendências, conectividade e integração.

Além de rodadas de negócios e workstations, o Connected Smart Cities & Mobility conta com a participação de empresas líderes em soluções inteligentes para mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo.

 

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Prêmio

Ainda durante o Connected Smart Cities & Mobility acontece também a premiação dos melhores projetos inovadores, orientados para a resolução de problemas das cidades e elaborados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede no Brasil.

Este ano, o prêmio está dividido em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, referindo-se a iniciativas que ainda não atingiram o break even e que estão sendo financiadas por investimentos e não pelo resultado das receitas e lucros gerados. A segunda categoria são Negócios em Operação, ou seja, produtos ou serviços que já tenham gerado receita para suas empresas e que estão plenamente disponíveis no mercado.

Na oitava edição, o prêmio é uma iniciativa da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, da Necta, em parceria com a Neurônio Ativação de Negócios e Causas.

 

AirConnected

Simultaneamente ao Connected Smart Cities, a Necta organiza o AirConnected – Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico, evento dedicado à cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos.

Em 2022 o evento traz uma novidade: o lançamento do Connected Urban Air Mobility (CUAM), conectando as novas soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana, eventos simultâneos e complementares ao CUAM.

Em 2021, o Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected reuniram mais de 300 palestrantes e, aproximadamente, 600 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, além de 2.400 acessos que foram registrados na plataforma de transmissão online.

 

SERVIÇO

8ª Connected Smart Cities & Mobility e Airconnected

Quando: 4 a 5 de outubro de 2022 (presencial) e 6 de outubro (digital).
Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Inscrições: clique aqui.

Ônibus elétricos começam a ser testados em Curitiba

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Veículos vão circular pelas ruas da capital para avaliar experiência dos usuários e desempenho no transporte coletivo.

 

A real transição para uma mobilidade elétrica nas cidades precisa incluir veículos usados no transporte coletivo, como os novos modelos de ônibus elétricos que serão testados em Curitiba, a partir desta semana. Entre os dias 19 e 26 de setembro de 2022, os curitibanos e curitibanas poderão conhecer de perto como são os novos ônibus elétricos, que estarão circulando em cinco linhas – Campo Comprido/CIC, Jardim Ludovica, Detran/Vicente Machado, Campina do Siqueira/Batel e Campo Alegre.

A capital do Paraná pretende dar um salto de qualidade na mobilidade ativa e limpa com a entrada destes veículos na operação do transporte coletivo. O primeiro veículo desta fase de demonstração vai ser trazido pela fabricante chinesa Higer, operada no Brasil pela TEVX Motors, mas outros fabricantes também se preparam para trazer seus veículos à Curitiba.

A circulação dos novos ônibus elétricos pretende avaliar configurações de veículos, seu desempenho nos itinerários e a experiência dos usuários, e ainda vai permitir o treinamento de motoristas na nova tecnologia.

“Essa rodada de testes é a consolidação da construção de política pública de estímulo à uma nova matriz energética para o transporte coletivo. Temos um compromisso com o futuro da cidade, alinhado aos desafios do combate aos riscos climáticos. É a construção da mobilidade limpa para Curitiba e seus cidadãos”, observa Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), responsável pela articulação com os parceiros para a realização dos testes, juntamente com a Urbs.

 

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A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A empresa já colaborou para a transição energética da frota de importantes capitais da América Latina, como Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). Agora a empresa participa do processo em cidades inteligentes brasileiras, como Curitiba.

 

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Vantagens

A eletromobilidade no transporte coletivo reduz a emissão de poluentes gerados pelo uso de combustíveis fosseis e ruído urbano, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida do cidadão. No dia a dia, o usuário também é beneficiado pelo conforto dos veículos, equipados com ar-condicionado, mais espaço entre as poltronas e com avançados sistemas de segurança. O ônibus da Higer tem autonomia para rodar 270 quilômetros, capacidade para 89 passageiros – na configuração feita para Curitiba – e recarrega em até três horas.

Além de imprescindível para o enfrentamento das cidades às mudanças climáticas, a transição para ônibus elétricos representa um salto de qualidade para o setor”, afirma Cristina Albuquerque, gerente de Mobilidade Urbana do WRI Brasil. “O TUMI E-Bus Mission quer acelerar a eletrificação do transporte coletivo em centenas de cidades do mundo, e Curitiba é uma das 20 cidades que recebem apoio aprofundado para liderar esse processo. Apresentar a tecnologia à população é um marco importante”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Divulgação

Impressão 3D – Parede de solo vivo

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Universidade de Virgínia desenvolveu uma nova tecnologia na área de bioconstrução: Parede de solo vivo que brota vegetação.

 

Uma nova pesquisa da Universidade de Virgínia (UVA), nos Estados Unidos, criou um método de impressão 3D que une a estrutura de edifícios com a vegetação. A matéria prima utilizada para a construção é basicamente solo local (terra) e sementes. A nova tecnologia é inédita na área de bioconstrução. O método permite a construção de elementos como paredes e telhados verdes, que funcionariam como isolantes naturais, absorvendo a água da chuva e proporcionando espaços verdes para pessoas, animais e polinizadores.

Para responder à – Por que temos que fazer com que a estrutura ou o edifício seja separada da natureza em que se encontra?” – o professor Ji Ma, na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da UVA, criou um grupo interdisciplinar dentro da universidade com acadêmicos de diversas áreas para, junto, eles desenvolvem um protótipo que comprovou que a impressão 3D de estruturas feitas de solo e sementes é possível de ser feita.

Usando uma impressora 3D do tamanho de uma mesa, o time explorou duas abordagens: em uma, imprimiram o solo e as sementes em camadas sequenciais; na outra, misturaram as sementes ao solo antes de imprimir. Segundo os pesquisadores, ambos os procedimentos deram certo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

A equipe então propôs criar estruturas com geometrias mais complexas, como cúpulas. Os pesquisadores testaram como o material sai da ponta da impressora (ou bocal), em um processo chamado ‘extrusão’. Não foi utilizado nenhum aditivo à mistura do solo.

Os resultados revelaram que as estruturas do solo impressas em 3D podem suportar o crescimento das plantas, mas provavelmente seriam limitadas a plantas que podem sobreviver com pouca água.

“Estamos trabalhando com solos e plantas locais misturados com água; a única eletricidade que precisamos é para mover o material e fazer funcionar uma bomba durante a impressão. Se não precisarmos de uma peça impressa ou se não tiver a qualidade certa, podemos reciclar e reutilizar o material no próximo lote de tintas”, disse Ehsan Baharlou, professor na Escola de Arquitetura da UVA que também participou da pesquisa.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

Escolha das sementes

Para encontrar a mistura certa de solo e sementes, os pesquisadores contaram com a ajuda de David Carr, da Blandy Experimental Farm, uma estação de campo de ciências ambientais no condado de Clarke, Virgínia. Ele forneceu conselhos iniciais sobre uma série de propriedades do solo.

Além de reter água, o solo precisa acumular matéria orgânica e armazenar nutrientes. Ele também precisa permitir que as plantas se fixem na estrutura impressa, para que, uma vez que tenham qualquer tamanho, não desapareçam ou sejam lavadas, ou desidratem e morram.

Carr propôs plantas que ocorrem naturalmente em áreas onde a vida está no limite – plantas nativas norte-americanas que crescem praticamente na rocha nua. “Os telhados verdes tendem a essas espécies que são boas em viver sob essas condições realmente duras, sendo queimadas ao sol”, disse Carr.

Ele recomendou as plantas suculentas como boas candidatas para estruturas de solo de impressão 3D. As suculentas, formalmente conhecidas como gênero sedum, são comumente usadas em telhados verdes. A fisiologia delas se assemelham ao cacto, podendo sobreviver com muita pouca água.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Additive Manufacturing no início deste ano. A equipe também trabalha em experimentos com outros materiais biodegradáveis, incluindo o cânhamo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Virginia University, Tom Daly e Divulgação.

 

Arquitetura Orgânica

Em equilíbrio, design elaborado une artesanato ancestral às técnicas modernas de construção.

 

The Arc é o novo edifício do campus da Green School em Bali, Indonésia. Primeira edificação do tipo já feita, foi construída a partir de uma série de arcos de bambu de 14 metros de altura que abrangem 19 metros, interligados por grades anticlásticas que derivam sua força de curvar-se em duas direções opostas. A estrutura de 760 m² foi idealizada pela IBUKU, uma equipe de jovens designers, arquitetos e engenheiros que exploram formas inovadoras de usar o bambu para construções, em parceria com Jörg Stamm e Atelier One. 

 

 

O projeto exigiu meses de pesquisa e desenvolvimento nos detalhes sob medida e servirá como referência construtiva para estruturas leves. O design refinado foi inspirado pela natureza: dentro de uma caixa torácica humana, uma série de costelas trabalhando na compressão são mantidas no lugar por uma camada flexível tensa de músculo e pele, criando um fino, mas forte encosto para os pulmões. A orquestração contraintuitiva da geometria do The Arc traz a estrutura para um estado de equilíbrio, diminuindo consideravelmente a necessidade de material estrutural, conferindo um volume interno sem precedentes e sem quaisquer treliças sustentadoras. 

“As grades formam o gabinete do telhado e fornecem resistência aos arcos parabólicos. Os dois sistemas juntos criam uma estrutura única e altamente eficiente, capaz de flexionar sob carga permitindo que a estrutura redistribua peso, facilitando forças localizadas nos arcos”, explica Neil Thomas, diretor do Atelier One. As grades parecem ser penduradas nos arcos, mas elas, de fato, os seguram.

 

 

“The Arc da Green School entra em uma nova era para a arquitetura orgânica, um novo espaço de bem-estar comunitário e ginásio para o campus extraordinário. Embarcar em um projeto nunca antes executado exigiu alguma bravura e otimismo. Fomos criativos e teimosos o suficiente para pesquisar e desenvolver as respostas necessárias para o sucesso do projeto” – IBUKU

 

Feita em Bambu, The Arc emprega estratégias da natureza para criar grandes espaços com estrutura mínima. Para garantir a máxima precisão, os artesãos trabalharam dentro de um sistema de coordenadas tridimensional que permitiu uma adesão confiável das curvaturas das grades a requisitos específicos de engenharia. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Tommaso Riva

Mostra ‘Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra’

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Na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o pavilhão expositivo aliado à programação do UIA2021RIO explora técnicas de construção naturais e desafios da arquitetura contemporânea

 

 

Até 17 de outubro, a Praça Mauá, no Rio de Janeiro, que já abriga o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR), apresenta mais uma experiência arquitetônica através do Future Now Pavilion, pavilhão de exposições ao ar livre ‘Future Now – Revisiting Earthen Architecture’ (‘Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra’). O projeto é uma das poucas exposições físicas integradas à 27ª edição do Congresso Mundial de Arquitetos (UIA2021RIO), e trata de inovações nas tecnologias de construção em terra, como forma de refletir sobre os desafios da arquitetura contemporânea, com questões ambientais urgentes. Em dois formatos, exposição e webinars gratuitos, a mostra apresenta inovação tecnológica, fabricação digital, cultura e história do pisé (técnica de construção em argila, por nome taipa, no Brasil), e suas aplicações mais contemporâneas.

Construído em madeira de reflorestamento e cultivada localmente, o pavilhão de exposições reúne 24 painéis fotográficos e tipográficos e foi projetado pelos arquitetos chilenos Diego Baloian, Sebastián Silva, Matías Baeza e Juan Pablo Peró, em colaboração com a ITA Construtora, empresa brasileira de construção especializada em madeira sustentável e principal patrocinadora da iniciativa. O trabalho conjunto garantiu estrutura completamente reutilizável e reciclável, e pegada de carbono 100% compensada por projetos de economia de carbono da MyClimate.

 

A geometria circular do pavilhão, que propõe um sistema de construção modular e pré-fabricado baseado em peças de madeira, interage com o público por meio de uma rampa de acesso livre e um espaço interior capaz de se adaptar a múltiplas formas de apropriação pelo cidadão”-  arquiteto Diego Baloian.

 

FutureNowPavilion RiodeJaneiroBrazil InsightArchitecture PhotoPabloCasalsAguirre

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Um dos destaques é o projeto mais recente de Roger Boltshauser, a Kiln Tower, que revela a experiência dos alunos com a construção em terra. Outra obra exibida na mostra é a Robotic Clay Rotunda, da Gramazio Kohler Research, que funde a aplicação de argila com fabricação digital, construindo através da robótica e sem desperdício. “O processo de manufatura aditiva agrega cilindros de argila – os chamados ‘tijolos macios por prensagem’ -, que possibilita a produção de estruturas geometricamente complexas”, descreve. Concluído em março de 2021, na Suíça, o Robotic Clay Rotunda faz parte da estrutura externa aparente do laboratório de música Hi-Fi.

 

Devemos reconhecer que nada é para a eternidade e que o ambiente de construção precisa de manutenção e transformação constantes. Esta descoberta simples torna imperativo construir com desperdício zero e materiais neutros em carbono para procurar uma expressão arquitetônica radicalmente contemporânea, é necessário escrever um novo capítulo sobre a rica história das construções de argila, que é radicalmente projetada no futuro. E o futuro é agora” – Fabio Gramazio, da ETH Zurich.

 

FutureNowPavilion RiodeJaneiroBrazil InsightArchitecture PhotoPabloCasalsAguirre

 

Programação de Webinars – Futuro Agora

Integrante à mostra e paralelo ao congresso UIA2021RIO, a Insight Architecture também produz, em colaboração com a Swissnex Brasil, quatro webinares acerca de desenvolvimentos tecnológicos e  impacto na arquitetura contemporânea. AQUI. 

10/9, às 14h – Revisando a arquitetura da terra

29/9, às 14h – Earth, Clay and Context

6/10, às 14h – Sobre fabricação digital na arquitetura

14/10, às 14h – Uso da madeira na construção

 

 

 

Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra
Local
 Praça Mauá, s/n – Centro do Rio de Janeiro
Período expositivo até 17 de outubro de 2021
Horário 10h às 18h
Acesso Entrada Franca
Site

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Archdaily e UIA2021RIO
Imagens: Pablo Casals Aguirre e Divulgação

Economia Circular e recuperação energética

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Brasil tem potencial de recuperar 800 mil toneladas de metais por ano com Economia Circular

 

Economia Circular é um Tratado Internacional publicado em 2015 e obrigatório para todos os países membros da União Europeia, entrou em vigor em 2020. O Tratado traz diversas medidas para aumentar a reciclagem, efetuar o tratamento térmico e biológico da fração pós-reciclagem (ou não reciclável) e eliminar por completo a utilização de aterros sanitários, permitindo apenas a disposição de materiais inertes em aterros que não podem ser reciclados, reutilizados ou aproveitados a sua energia.

Segundo Yuri Schmitke A. B. Tisi, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética (ABREN), a recuperação energética é parte essencial e importante nessa equação, pois são poucos os resíduos passíveis de serem reciclados. Muitos dos materiais plásticos não são recicláveis e têm elevado poder calorífico que seria desperdiçado caso fosse destinado aos aterros sanitários, que além de causar severos danos ambientais, não contribui em absolutamente nada para a Economia Circular, e por isso não são mais considerados uma solução inserida dentro da Economia Circular.

Certificados “zero landfill” começam a tomar força, ainda mais com a agenda ESG que permeia as atividades empresariais, e produtos brasileiros exportados para a União Europeia passarão a perder valor se não forem devidamente certificados. Uma delas é o certificado da UL denominado zero landfill. A indústria que pretender aderir ao certificado deve reciclar todos seus resíduos que forem economicamente viáveis e tecnicamente possíveis, e destinar o restante para o tratamento térmico ou biológico, a depender da fração que se pretende tratar, sendo possível destinar para aterros apenas materiais inertes e que não trazem risco à saúde pública ou ao meio ambiente.

Yuri Schmitke comenta que hoje perde-se muito tempo em atividades periféricas de reaproveitamento e reutilização de resíduos, quando o foco deveria ser em implementar medidas de grande porte para os grandes centros urbanos, como o tratamento térmico por meio das usinas de recuperação energética (waste-to-energy) e o tratamento biológico por meio da biodigestão anaeróbia (apenas fração orgânica). Somente com a adoção de tais tecnologias é que se torna possível atingir plenamente o conceito de Economia Circular, e a participação do setor privado é essencial por meio dos modelos de concessão e project finance.

Segundo estudos da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA, 2015), o custo do atendimento médico à população afetada pela má gestão do lixo é calculado entre 10 e 20 $/T (dólares por tonelada) de resíduo sólido urbano (RSU), equivalente a uma média de 75 R$/t (reais por tonelada). Somente nas 28 regiões metropolitanas do Brasil com mais de 1 milhão de habitantes, seria assim possível economizar cerca de R$ 2,4 bilhões por ano, ou R$ 72 bilhões em 30 anos na saúde pública. Se consideramos todo o lixo não tratado e que pode causar dano à saúde pública, que representa aproximadamente 96% das 79 milhões de toneladas geradas por ano no Brasil, o gasto com a saúde pública perfaz a quantia de R$ 5,6 bilhões de reais por ano, ou R$ 160 bilhões em 30 anos.

Os locais onde as usinas de recuperação energética de resíduos (URE) foram implementadas apresentam também as taxas de reciclagem mais elevadas no mundo. No Brasil, elas permitiriam a recuperação de em média 23 kg de metais reciclados para cada tonelada de resíduo tratado. A implantação de usinas nas 28 regiões metropolitanas Brasileiras, com mais de 1 milhão de habitantes, teria potencial de recuperar mais de 800.000 toneladas de metais por ano, e que continuariam enterrados e perdidos. Aterros não permitem a recuperação de metais.

 

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Existe enorme potencial de investimento em biodigestão anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, com geração de eletricidade a partir da queima do biogás ou utilização de biocombustível a partir do biometano, que constitui cerca de 55% da composição do biogás, e é um gás renovável que pode ser misturado em qualquer fração com o gás natural, podendo abastecer frotas de veículos, ônibus e caminhões. Outro importante potencial reside no coprocessamento, que consiste na separação e blendagem do Combustível Derivado de Resíduos (CDR), fração não reciclagem e inorgânica do RSU, que hoje já é utilizado em diversas cimenteiras em substituição ao coque (combustível fóssil), para produção de clínquer, utilizado na fabricação do cimento Portland, ou em outros processos industriais e para geração de eletricidade.

O Brasil possui 38 fábricas com licença ambiental para o coprocessamento, mas substitui apenas 16,2% do combustível fóssil por CDR, sendo que Alemanha substitui 62%, Bélgica 58%, Suécia 49%, França 35%, Itália 36% e Portugal 19%. Vale ressaltar, a utilização do CDR, que também pode ser por meio de resíduos industriais (têxtil, pneu, etc.), industriais perigosos e biomassa (carvão vegetal, lodo de esgoto e resíduos agrícolas), está dentre as metas de redução de gases de efeito estufa, sendo que a meta do Brasil para 2050 é substituir até 44% por combustíveis alternativos.

Se considerarmos um cenário hipotético que represente 58% de todo o lixo urbano gerado no Brasil (RSU), englobando as 28 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes, somados a 62 municípios com mais de 200 mil habitantes, poderão ser demandados investimentos de R$ 78,3 bilhões (CAPEX), nas 274 usinas URE (94), CDR (95) e Biogás (85), incluindo ainda o aumento de três vezes dos atuais índices de reciclagem.

Nesse cenário apresentado, é considerado o tratamento de 46 milhões de toneladas de RSU por ano, sendo destinado 62% para URE, 21% para CDR, 11% para biogás e 6% para reciclagem, sendo que somente 4% continuará sendo destinado para aterros. Serão gerados 15 mil empregos diretos, e evitados 63 milhões de toneladas de CO2 equivalente, o que corresponde a 192 milhões de árvores plantadas por ano, área similar ao Município de São Paulo.

Outros programas também são importantes, como a implementação efetiva da coleta seletiva, programas de educação ambiental, logística reversa e exoneração tributária no beneficiamento e recuperação de materiais. Por meio de estratégias que induzam comportamentos positivos na sociedade, torna-se possível atingir melhores índices de reciclagem, reaproveitamento e reutilização de resíduos, assim como a aceitação de que a recuperação energética da fração não reciclável é parte vital neste processo. No entanto, espera-se que o Brasil possa efetivamente entender o que significa Economia Circular e aproveitar os seus benefícios, que ocorrem de forma especial na geração de energia limpa por meio da fração não reciclável dos resíduos.

 

Sobre a ABREN

A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) tem como objetivo fomentar a recuperação energética de resíduos, resolvendo simultaneamente dois grandes problemas atuais do Brasil e do mundo: a destinação dos resíduos sólidos e a geração de energia limpa. A problemática dos resíduos, produzidos em quantidades cada vez mais monumentais, danificando o meio ambiente, a biodiversidade e a saúde pública, passou a ter uma solução, o da recuperação energética.

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão integrada e sustentável de resíduos por meio da sua recuperação energética, conhecida como Waste-to-Energy (WTE) ou Energy from Waste (EfW). O Presidente Executivo da ABREN é também o Presidente do WtERT Brasil, representando desta forma o Conselho Global do WtERT (GWC).

É também associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA) e da Federação da Indústria Alemã de Gerenciamento de Resíduos, Água e Matérias-primas ou Bundesverband der Deutschen Entsorgungs, Wasser-und Rohstoffwirtschaft e. V. (BDE), o que permite à ABREN receber informações relevantes sobre o mercado de resíduos internacional, participar de eventos, integrar grupos técnicos de trabalho e buscar a troca de conhecimento para o desenvolvimento do mercado brasileiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: ABREN
Imagens: Ilustrativa

 

 

 

 

Steel frame une o alto padrão às construções limpas

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Sustentabilidade e sofisticação são os principais motivos para a alta procura no mercado de arquitetura de luxo

 

 

O Steel Frame, padrão de construção cuja a estrutura é de aço e gera baixos resíduos, tem conquistado a arquitetura de alto padrão.  Com um público cada vez mais informado sobre descarte de materiais e processo construtivo, o Steel Frame é um case de sucesso e uma tendência quando o assunto é construção sustentável e sofisticada.

A alta procura está relacionada à rapidez com que as construções podem ser entregues e a projetos que sejam ecoeficientes. Dependendo do projeto, uma casa de 450m² pode levar de seis a oito meses para ser concluída. Quando comparada a uma construção de alvenaria, este prazo pode dobrar. Além de gerar menos resíduos na obra com materiais de construção, descarte e, até mesmo, menos mão de obra, o aço é 100% reciclável e a construção é limpa. Aplicar o steel frame de uma forma eficiente, em geral, proporciona qualidade no quesito estrutural, pois se obtém vãos maiores sem a necessidade de pilares, com tecnologia aplicada tanto na etapa de projeto quanto na construção final. Além da sustentabilidade e sofisticação, o Steel Frame traz outros benefícios, como melhor acústica para a construção e mais conforto térmico. Um ambiente climatizado usará menos energia no seu dia a dia, trazendo mais economia.

A procura por materiais que sejam recicláveis e se preocupem com práticas sustentáveis se torna cada dia mais realidade no setor da construção. De acordo com o USGBC (United States Green Building), criador do sistema LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental), o Brasil é o 5º país do mundo com maior número de certificações de edifícios sustentáveis.  Há uma mudança de comportamento nas pessoas: a arquitetura precisa acompanhar esse processo de atender ao bem-estar do usuário com a urgência de um futuro mais sustentável.

 

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Projeto 8Haus em Steel Frame.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:  8Haus
Imagem: Divulgação

Projeto para nova sede do Instituto Favela da Paz está na 17ª Bienal de Veneza

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Projeto da arquiteta Patrícia O’Reilly que une tecnologia, arte e inclusão social faz parte da 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza. A nova sede do Instituto vai ampliar o atendimento da ONG , que já atende mais de 500 famílias no Jardim Ângela, em São Paulo.

 

O Instituto Favela da Paz é uma rede de empreendedores sociais incubando projetos voltados para arte, cultura, sustentabilidade, esporte, saúde e educação em uma das periferias mais carentes da cidade de São Paulo. São mais de 500 famílias que participam dos projetos de arte, cultura e inclusão. O projeto da nova sede do Instituto, encabeçado pela arquiteta Patrícia O’Reilly do Atelier O’Reilly Architecture & Partners, faz parte da mostra da 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, que acontece de 22 de maio e segue até 21 de novembro deste ano.

O projeto conta com a integração da arte na arquitetura, incluindo a participação de artistas da comunidade com a direção do artista plástico Alexandre Mavignier, que traz a arte para as fachadas do edifício. A nova sede, que irá amplificar as áreas de trabalho dos 9 núcleos do Instituto que inclui música, tecnologia, arte, produção de alimentos, inclusão social além de oferecer mais oportunidades para os moradores da comunidade, terá a primeira Árvore Solar Solarpalm, de design do Atelier O’R e do artista Alexandre Mavignier, que ludicamente representa a importância da sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

A Solarpalm é uma estrutura com 8m de altura, com um design paramétrico arrojado, que tanto lembra a palma, espécie originária das nossas terras brasileiras, como as asas de um anjo, se vista sob um outro ângulo, e oferece, gratuitamente, 15 serviços para a comunidade local.

 

Render Gustavo Emanoel Easy Resize com

 

A instalação da Solarpalm na nova sede do Instituto, terá o mesmo funcionamento inteligente e será a primeira de 25 que serão “plantadas” pela cidade de São Paulo. Todas terão WiFi gratuito e sistema de captação da energia solar para carregar celulares e tablets, decibelimetros, medição da qualidade do ar, estação meteorológica, câmeras de segurança, entre outros serviços.

A construção da nova sede formará mão de obra local nos sistemas construtivos sustentáveis aplicados no projeto, num processo de inclusão, atraindo a comunidade para aprender e participar ativamente da obra, transformando-os em agentes multiplicadores da consciência sustentável e oferecendo mais uma frente de emprego e renda para a comunidade.

Em breve, será aberta a campanha de captação de recursos nacional e internacional com benefícios fiscais e contábeis para o projeto para construção da nova sede do Instituto, que vai ampliar de forma exponencial o trabalho da ONG, além de formar mão de obra local para a construção da própria sede. Com a coordenação do Atelier O’R e do Atelier Mavignier, conceituadores do projeto desde o começo, a ideia é que a proposta tome um vulto cada vez maior e atraia investidores do mercado ESG, tanto nacionais quanto internacionais para viabilizar o projeto que traz grande inovação e a consolidação da consciência sustentável para o novo mundo.

 

Sobre o Instituto Favela da Paz

Claudinho Miranda há 30 anos convidou seu irmão Fábio Miranda e mais alguns amigos para montar uma banda e promove solidariedade, cultura, lazer, dentre tantos outros auxílios prestados à população da periferia do bairro Jardim Nakamura, região sul de São Paulo. Claudinho Miranda começou a fazer música com 9 anos de idade e Fábio Miranda criando os instrumentos a partir do lixo em um bairro considerado pela ONU dos EUA o mais violento do mundo durante duas décadas, e seus sonho coletivo era “Mudar o lugar sem se mudar de lá”.

Depois de criar a Banda Poesia Samba Soul, em 1989, e, a partir daí, promover arte e oportunidade para crianças e jovens, ambos criaram o Instituto Favela da Paz, em 2010, que hoje é formada por músicos, artistas  independentes, articuladores culturais e os princípios que sustentam as iniciativas do instituto são os valores da comunidade, cooperar e compartilhar dons e sentimentos, fazer da escassez a abundância.

Saiba mais: www.atelieror.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Instituto Favela da Paz e Planta e Cresce
Imagem: Gustavo Emamoel

 

Expectativa para a COP-26 reacende debate sobre o mercado de carbono

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Se regulamentado, as discussões sobre o artigo sexto do Acordo de Paris podem colocar o Brasil como um dos maiores fornecedores do mundo de crédito de carbono

 

Apontado como uma das principais apostas para driblar a crise econômica gerada pela covid-19, mas ainda sem consenso global, o mercado de carbono é um dos assuntos mais esperados da última década e, caso seja regulamentado, pode se tornar importante fonte de investimento para o Brasil. Essa é a defesa da especialista em Direito Socioambiental Samanta Pineda.

A advogada explica que, com a aproximação da COP-26 (Conferência das Nações Unidas sobreas Mudanças Climáticas), agendada entre os dias 1 e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, é chegada a hora dos Países que assumiram grandes responsabilidades durante a COP-21 prestarem contas e apontarem os avanços relacionados ao artigo sexto do Acordo de Paris.

O tratado, criado em 2015 e discutido por mais de 190 nações, substituiu o Acordo de Kyoto, que já havia tentado implementar mecanismos de desenvolvimento limpo, e visa reduzir o aquecimento global – isso inclui, principalmente, esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C, em relação aos níveis pré-industriais. Além disso, tem o propósito de proporcionar mais cooperação entre a sociedade civil e o setor privado e, entre outros pontos importantes, regulamentar o mercado de compra e venda de créditos de excedentes de redução de emissões.

 

“Essas revisões ocorrem a cada cinco anos. Então, a expectativa é que o mundo fale sério e regulamente esse mercado oficialmente em novembro. Como o mecanismo de desenvolvimento limpo apresentado pelo Acordo de Kyoto não aconteceu, e sem a presença de um mercado oficial mundial de carbono, passou a ser
executado um mercado voluntário, onde, sem exigências legais, as empresas que emitem, compram daquelas que não emitem. Por isso que a expectativa em Glasgow é tão grande” – Samanta Pineda, especialista em Direito Socioambiental.

 

Se aplicado, a troca de ITMOs (Resultados de Mitigação Internacionalmente Transferidos), prevista no artigo 6.2, mas ainda pouco definida, será uma boa oportunidade para o Brasil – inclusive para a iniciativa privada. Isso porque o termo faz referência a transferências de resultados de emissões ou remoções de gases de efeito estufa de um País para o outro. Havendo consenso, ganha quem tem potencial para excedente de NDC (em português: Contribuição Nacionalmente Determinada). A sigla envolve compromissos voluntários criados por cada país signatário do Acordo de Paris para colaborar com a meta global de redução de emissão. E os dados estão a favor do Brasil.

Ainda de acordo com Samanta Pineda, esses países que emitem precisam pagar para quem emite menos, no caso o Brasil. “Nós temos um grande potencial de captação de gases de efeito estufa e a gente precisa desse mercado regulamentado”, finaliza a advogada, lembrando que o território brasileiro tem capacidade de ser um dos maiores fornecedores do mundo em crédito de carbono.

 

Brasil no mercado de carbono

Segundo um levantamento feito em 2018 pelo Seeg (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa), que avaliou as nações que mais provocam desequilíbrios no efeito estufa, o Brasil aparece bem abaixo de regiões como a China, Estados Unidos, União Europeia e Índia. Naquele ano, ocupou a sétima posição do ranking e emitiu 1,9 gigatonelada de carbono.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Juliana Rangel
Imagem: Divulgação