TERRA: Abraçando a Comunidade e a Conexão

Imagens SITE T Easy Resize com

A Sherwin-Williams se concentra no equilíbrio e na renovação de espaços residenciais e comerciais através das tendências apontadas no estudo de cores.

 

 

A Sherwin-Williams, apresenta o Colormix® Tendência de Cores 2023: TERRA, uma coleção de tons que envolve regeneração, criatividade, cuidado, conexão e alegria. A previsão anual com 40 cores abrange paletas com curadoria inspiradas na conexão natural das pessoas e seus espaços.

“Estamos intencionalmente em uma jornada que nos permite experimentar cores bonitas e vivas à medida que evoluímos”, explica Patrícia Fecci, gerente de marketing para serviços de Cor & Design da Sherwin-Williams. “Nossa conexão com a Terra, melhores lembranças e futuras esperanças é o que influencia a nossa perspectiva global para os próximos meses. Essas inspirações afetam nossos espaços comerciais tanto quanto nossas casas. Abraçar a ideia de TERRA no design, oferece uma nova maneira de viver que será definida pelo equilíbrio, presença, apoio e a alegria duradoura do que nos espera”, traduz Patrícia.

A equipe de profissionais de Previsão Global de cores da Sherwin-Williams, liderada por Sue Wadden, diretora de marketing de cores da Sherwin-Williams, conduz uma extensa pesquisa a cada ano, e se reúnem em um workshop intensivo para estruturar a previsão de cores, e preparar o cenário do próximo ano. Todos os tópicos de influências são considerados – da mudança climática à saúde mental – e temas emergentes que devem impactar o mercado são cuidadosamente traduzidos em cores e paletas coesas.

A coleção Colormix de 2023 apresenta ricos tons da terra, argilas naturais, areias de dunas queimadas, neutros repousantes e tons pastel acinzentados.

 

Terra – Colormix® Tendência de Cores 2023

São 40 tons definidos em quatro paletas: Bioma, Saberes, Essencial e Origem.

 

Bioma

Com base nos componentes de um ecossistema em constante transformação, a paleta Bioma exalta as semelhanças entre uma Terra abundante e a busca pelo equilíbrio. Esta paleta encontra sua inspiração na biofilia, minimalismo orgânico e na simbiose. A naturalidade do Jangada de Bambu SW 7501 complementa a serenidade do Bronze Conectado SW 7048, entre outras combinações tranquilas e sofisticadas.

eb aa d ecf Easy Resize com

 

Saberes

A paleta Saberes inspira-se no conhecimento que atravessa séculos e culturas. Os tons dessa paleta nos convidam à reconexão com uma intrínseca mistura de vermelhos argilosos, tons pastel acinzentados e tons inspiradores de joias preciosas. Enquanto Flor de Malva SW 0062 sussurra uma beleza sutil, o Pavão Misterioso SW 0064 induz a uma atitude ousada.

d a d adfaad Easy Resize com

 

Essencial

Lugares escondidos geralmente podem ser os mais terapêuticos e a paleta Essencial nos ajuda a encontrar esse reino de energia restauradora. Marrons terrosos e brancos de alma suave complementam a paleta de tons quentes e que exalam amor e bondade. Influenciado por rituais diários de bem-estar, as cores de Essencial remetem a argilas naturais e areias de dunas queimadas pelo sol, como o Pavê de Chocolate SW 6053 e a Areia Fofa SW 6058, ressaltando a calmaria e quietude.

abdadb aa a af bfcddd Easy Resize com

 

Origem

Para traçar um caminho pela selvagem e maravilhosa paisagem de nossas vidas, a paleta Origem coloca em camadas nossas primeiras memórias e futuras esperanças, criando vibrações positivas e alegrias para o momento presente. Tons como Uva Exuberante SW 6293, Apimentado SW 6615 e Canarinho SW 6905 são magnéticos e de espírito livre.

Origem Easy Resize com

 

Conheça em detalhes o Colormix 2023

Todas as 40 cores da previsão estão disponíveis nas lojas Sherwin-Williams em todo o país.A marca também disponibiliza o ColorSnap Visualizer, aplicativo de paleta de cores, que possibilita relacionar as cores das fotos contidas no celular e fazer combinações com as cores da Sherwin-Williams, além de possibilitar enxergá-las através de simulações em ambientes. A ferramenta é gratuita, intuitiva e está disponível para Android e iOS.

Para mais informações acesse o site: www.sherwin-williams.com.br

Redes sociais:
www.facebook.com.br/sherwinwilliamsbrasil
www.instagram.com/sherwinwilliamsbr
br.pinterest.com/swbrasil

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Sherwin-Williams
Imagens: Divulgação

Sistema ESG na gestão corporativa

Easy Resize com

Sustentabilidade e Governança nas empresas do setor da construção

 

Com o advento da pandemia, as empresas da cadeia produtiva da construção têm procurado, cada vez mais, se conectar com as práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa, caminhando para implantação de um Sistema ESG na gestão corporativa de suas organizações.

O termo ESG vem do inglês Environmental, Social & Governance (Ambiental, Social e Governança).

Para a definição dos requisitos de um Sistema ESG, devem ser considerados os principais referenciais já consagrados nacional e internacionalmente, tais como: indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, GRI – Global Reporting Initiative, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e Pacto Glogal, assim como os referenciais dos sistemas de certificação ambiental praticados no mercado da construção: LEED, AQUA, PROCEL, WELL, FITWELL, CRADLE TO CRADLE e outros.

 

Ao implantar um Sistema ESG, no que se refere à dimensão Ambiental, a empresa deve considerar em suas políticas, compromissos, processos e comunicação, os seguintes aspectos:

  • Mudanças Climáticas
  • Gestão da Água
  • Gestão de Energia
  • Poluição e resíduos
  • Certificações Ambientais
  • Biodiversidade e recursos naturais
  • Qualidade urbana e uso do solo
  • Riscos ambientais

 

Na dimensão Social devem ser considerados os aspectos:

  • Direitos Humanos
  • Relações de trabalho
  • Saúde, segurança e bem estar
  • Capital humano
  • Diversidade
  • Equidade
  • Relações com fornecedores
  • Relações com a comunidade e a sociedade
  • Relações com clientes e consumidores

 

E na dimensão da Governança devem ser considerados os seguintes aspectos:

  • Estrutura de governança e compliance
  • Conselho, diretoria, acionistas e stakeholders
  • Corrupção e suborno
  • Ética nos negócios
  • Obrigações fiscais e legais
  • Gestão de Riscos
  • Gestão de crises e planos de contingência
  • Segurança e proteção de dados
  • Transparência e report

 

O Sistema ESG deve ser conduzido pela alta administração da empresa, consolidado em um documento de referência, com o detalhamento das diretrizes, requisitos e indicadores de performance do Sistema. A partir desse referencial, é possível estabelecer padrões e ferramentas de controle para garantir a sua efetiva implementação, a identificação de não conformidades e adoção de ações corretivas, preventivas e de melhoria.

Além disso, deve contar com um forte programa de conscientização e treinamento dos colaboradores e, ainda, com um intenso programa de comunicação com todos os stakeholders, visando divulgar os resultados alcançados.

Essa é uma das lições aprendidas com a pandemia, que vem acelerando importantes movimentos empresariais no setor da construção na direção da transformação digital, governança, responsabilidade socioambiental e solidariedade.

Uma mudança necessária de Mindset empresarial, com foco na Inovação.

 

 

 

Por Por Roberto de Souza, presidente do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações (roberto@cte.com.br)

Mostra ‘Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra’

x

Na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o pavilhão expositivo aliado à programação do UIA2021RIO explora técnicas de construção naturais e desafios da arquitetura contemporânea

 

 

Até 17 de outubro, a Praça Mauá, no Rio de Janeiro, que já abriga o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR), apresenta mais uma experiência arquitetônica através do Future Now Pavilion, pavilhão de exposições ao ar livre ‘Future Now – Revisiting Earthen Architecture’ (‘Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra’). O projeto é uma das poucas exposições físicas integradas à 27ª edição do Congresso Mundial de Arquitetos (UIA2021RIO), e trata de inovações nas tecnologias de construção em terra, como forma de refletir sobre os desafios da arquitetura contemporânea, com questões ambientais urgentes. Em dois formatos, exposição e webinars gratuitos, a mostra apresenta inovação tecnológica, fabricação digital, cultura e história do pisé (técnica de construção em argila, por nome taipa, no Brasil), e suas aplicações mais contemporâneas.

Construído em madeira de reflorestamento e cultivada localmente, o pavilhão de exposições reúne 24 painéis fotográficos e tipográficos e foi projetado pelos arquitetos chilenos Diego Baloian, Sebastián Silva, Matías Baeza e Juan Pablo Peró, em colaboração com a ITA Construtora, empresa brasileira de construção especializada em madeira sustentável e principal patrocinadora da iniciativa. O trabalho conjunto garantiu estrutura completamente reutilizável e reciclável, e pegada de carbono 100% compensada por projetos de economia de carbono da MyClimate.

 

A geometria circular do pavilhão, que propõe um sistema de construção modular e pré-fabricado baseado em peças de madeira, interage com o público por meio de uma rampa de acesso livre e um espaço interior capaz de se adaptar a múltiplas formas de apropriação pelo cidadão”-  arquiteto Diego Baloian.

 

FutureNowPavilion RiodeJaneiroBrazil InsightArchitecture PhotoPabloCasalsAguirre

x

 

Um dos destaques é o projeto mais recente de Roger Boltshauser, a Kiln Tower, que revela a experiência dos alunos com a construção em terra. Outra obra exibida na mostra é a Robotic Clay Rotunda, da Gramazio Kohler Research, que funde a aplicação de argila com fabricação digital, construindo através da robótica e sem desperdício. “O processo de manufatura aditiva agrega cilindros de argila – os chamados ‘tijolos macios por prensagem’ -, que possibilita a produção de estruturas geometricamente complexas”, descreve. Concluído em março de 2021, na Suíça, o Robotic Clay Rotunda faz parte da estrutura externa aparente do laboratório de música Hi-Fi.

 

Devemos reconhecer que nada é para a eternidade e que o ambiente de construção precisa de manutenção e transformação constantes. Esta descoberta simples torna imperativo construir com desperdício zero e materiais neutros em carbono para procurar uma expressão arquitetônica radicalmente contemporânea, é necessário escrever um novo capítulo sobre a rica história das construções de argila, que é radicalmente projetada no futuro. E o futuro é agora” – Fabio Gramazio, da ETH Zurich.

 

FutureNowPavilion RiodeJaneiroBrazil InsightArchitecture PhotoPabloCasalsAguirre

 

Programação de Webinars – Futuro Agora

Integrante à mostra e paralelo ao congresso UIA2021RIO, a Insight Architecture também produz, em colaboração com a Swissnex Brasil, quatro webinares acerca de desenvolvimentos tecnológicos e  impacto na arquitetura contemporânea. AQUI. 

10/9, às 14h – Revisando a arquitetura da terra

29/9, às 14h – Earth, Clay and Context

6/10, às 14h – Sobre fabricação digital na arquitetura

14/10, às 14h – Uso da madeira na construção

 

 

 

Futuro Agora – Revisitando a Arquitetura em Terra
Local
 Praça Mauá, s/n – Centro do Rio de Janeiro
Período expositivo até 17 de outubro de 2021
Horário 10h às 18h
Acesso Entrada Franca
Site

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Archdaily e UIA2021RIO
Imagens: Pablo Casals Aguirre e Divulgação

Tecnologia evita impactos ambientais no combate à corrosão

corrosao canva

Processo de proteção catódica realizada por equipamento portátil diminui a necessidade de jateamento, a ocorrência de acidentes,  vazamentos e a depreciação de máquinas e estruturas

 

Com inúmeros malefícios ao meio ambiente, a tradicional operação de combate à corrosão de navios-plataforma, equipamentos e estruturas de aço está perdendo espaço para o processo de passivação. A proteção catódica (técnica usada para controlar a corrosão de uma superfície metálica) promove a formação de uma película protetora de elétrons e propicia a blindagem das superfícies de aço – o que evita seu desgaste e torna superado o processo de jateamento a base d´água (Ultra alta pressão), que causa prejuízos ambientais.

Acidentes como vazamentos de combustíveis e produtos químicos – bem como a utilização de milhares de litros de água para o jateamento – resultaram ultrapassados depois que uma equipe técnica de brasileiros desenvolveu esta nova tecnologia, já utilizada em empresas como Sabesp, Suzano, Qualy, entre outras. Atuando há 42 anos no segmento, o especialista em eletrônica Francisco Muller faz parte da equipe de desenvolvedores do equipamento portátil – o Anodo Passivar – que emite micropulsos elétricos de 0,05 Ampères para gerar uma película protetora de elétrons que blinda o aço da ação destrutiva da corrosão.

Cada equipamento é projetado para produzir uma trama de proteção de uma área de 40 m² e pode ser monitorado a distância. “Ao tornar desnecessário o jateamento regular das estruturas, evita-se, por exemplo, o consumo anual de 6.220.800 litros de água doce, utilizados no jateamento de um navio-plataforma”, compara Muller.

 

jateamento Easy Resize com

 

Além da vantagem financeira – uma vez que a passivação custa 65% menos que o processo convencional de jateamento e pintura -, o ganho ambiental com o equipamento portátil Anodo Passivar assegura a integridade dos dutos e das estruturas a serem protegidas, o que evita vazamentos dos produtos transportados, como gasolina, álcool ou qualquer outro produto químico e poluentes.

Com a passivação da estrutura, as rodadas cíclicas de jateamento se tornam desnecessárias. Os resíduos tóxicos e dejetos resultantes de constantes jateamentos são acondicionados em contêineres especiais e acabam armazenados em aterros sanitários.

O Anodo Passivar não é vendido, mas alugado por um prazo mínimo de três anos, com garantia contra eventuais defeitos advindos de sobrecarga ou variação de tensão. O equipamento não atende somente o setor naval. Todos os segmentos onde houver aço e, inevitavelmente, corrosão podem contratar o serviço de passivação. Os resultados são os mesmos em torres eólicas, pontes de aço, portos marítimos, linhas de gás, minerodutos, gasodutos, indústria de turbina, de celulose, farmacêuticas etc.

No processo de passivação – após a despesa inicial do projeto para o orçamento – serão instalados os aparelhos necessários para cobrir toda a área de ação da estrutura de aço. Um pequeno projeto de 40 m2, como em veículos leves – caminhões ou tratores -, pode ser instalado em três horas. O cliente terá um custo mensal de manutenção com a garantia de que cada equipamento Anodo Passivar dura, em média, dez anos. O tempo de instalação varia de acordo com o tamanho da área a ser passivada.

 

navio canva Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Passivar
Imagens: Divulgação

Solução inovadora produz água com recuperação físico-hídrica

Imagens SITE Easy Resize com

Com custo 50% mais baixo do que o investimento nas tradicionais represas, solução verde propõe a recuperação da paisagem, melhor absorção da água da chuva pelo solo e maior disponibilidade de água para a população

 

O período de estiagem na maior parte do País compromete os reservatórios de água que abastecem as principais hidrelétricas. Com menos água, a produção de energia se torna mais cara e o risco de apagões e desabastecimento volta a assombrar a população. Pesquisas indicam que a escassez de chuva para a geração de energia é a maior dos últimos 91 anos. Produzir água por meio de recuperação físico-hídrica das bacias hidrográficas, de forma sustentável e com investimentos mais baratos do que os empregados atualmente é a solução proposta pelo doutor e consultor Rinaldo de Oliveira Calheiros, responsável pela coordenação da equipe de sustentabilidade Hídrica da Synergia Socioambiental. 

O método desenvolvido e empregado por Calheiros resulta em Aumento da Disponibilidade Hídrica para Empreendimentos, Municípios e Regiões, título de seu projeto, e se tornou uma solução ambiental da Synergia para setores público e privado. Desenvolvida e aprimorada ao longo dos últimos anos, a metodologia se baseia na aplicação da chamada infraestrutura verde (soluções baseadas na natureza) que é mais sustentável e economicamente mais atraente do que os métodos tradicionais, conhecidos como infraestrutura cinza (baseado em obras de engenharia civil), podendo ser aplicada em qualquer bacia hidrográfica do País.

 

A escassez hídrica é cada vez mais iminente e parece ser inexorável. Fica cada vez mais claro que a única alternativa efetiva de evitar isso, ou pelo menos minimizar seus efeitos, é a aplicação de soluções baseadas na natureza. E isso não se trata de transformar tudo em grandes florestas, mas de adaptar nosso sistema de ocupação das áreas e nossos sistemas produtivos em atividades que respeitem os processos hidrológicos naturais, minimizando os impactos, racionalizando o uso e aumentando a produção de água” – Rinaldo de Oliveira Calheiros, responsável pela coordenação da equipe de sustentabilidade Hídrica da Synergia Socioambiental. 

 

Essa solução atende tanto governos e entidades públicas que queiram aumentar a capacidade de produção e disponibilidade de água das bacias hidrográficas de suas regiões, quanto empreendimentos imobiliários, indústrias, mineradoras e o agronegócio, setores tradicionalmente dependentes de grande quantidade de água.

 

Como funciona

O método para produção de água por meio de recuperação físico-hídrica das bacias tem como ponto chave o aumento da capacidade de retenção de água da chuva pelo solo. Com o passar dos anos, a ação do homem sobre a natureza vem causando impermeabilização do solo. Com suas ações sistemáticas, o método prevê a recuperação desse solo, para que ele retome sua capacidade de absorção, infiltração e percolação da água da chuva, aumentando assim as reservas hídricas subterrâneas. A solução parece lógica, no entanto é o planejamento dessa recarga em etapas sucessivas e específicas atuando em cada plano da paisagem que torna o método diferenciado e eficiente.

 

“Existe um conceito generalizado de que as ações de conservação de infraestruturas verdes só renderão resultados para as gerações futuras. Nesta alternativa isto não é verdadeiro, porque vamos além da recuperação da mata ciliar onde, de fato, o processo é demorado, afinal uma árvore demora alguns anos para crescer e exercer a proteção por inteiro que deveria dentro do processo hidrológico. O diferencial do modelo é que ele não está baseado apenas no reflorestamento, e sim na paisagem como um todo, começando pela mata de topo de morro onde é possível evitar o começo da erosão do solo e, principalmente, incluindo a área de meia encosta, com práticas como o terraceamento, a adequação da porosidade dos solos, a proteção das estradas rurais, entre outras ações, que fazem com que a retenção da água da chuva aconteça” –  Rinaldo de Oliveira Calheiros, responsável pela coordenação da equipe de sustentabilidade Hídrica da Synergia Socioambiental.

 

Calheiros explica que com a produção de água desta forma é possível recuperar rios e córregos que secaram, pois “ao aumentar a retenção de água pela infiltração no solo, a água que escorreria superficialmente e seria perdida em poucas horas ao abandonar a bacia hidrográfica na parte mais baixa do terreno através dos córregos é preservada abastecendo os lençóis subterrâneos, que por sua vez, irão abastecer as nascentes e os córregos através do fluxo de base. É essa água, que vem do fluxo de base, que diferencia os rios e córregos permanentes daqueles sazonais como os do Nordeste, por exemplo”, explica.  A solução é uma alternativa ágil, verde, ética e mais econômica para o aumento da capacidade hídrica. Em até um ano após o início do processo de recuperação da área já é possível notar um aumento significativo na vazão das nascentes, córregos e rio daquele sistema hídrico, afirma o professor.

No mundo, estima-se que 2,2 bilhões de pessoas (29% da população mundial) vivam sem acesso à água potável, e 4,2 bilhões de pessoas (55% da população mundialnão têm acesso a serviços de saneamento. Inclusive, já conversamos anteriormente sobre os riscos que a falta de saneamento e de água tratada podem causar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Synergia

Imagem:

 

Bombas que utilizam energia solar levam água limpa à locais sem energia elétrica

Copia de Sem nome Easy Resize com

Com a energia gerada por painéis solares, equipamentos garantem abastecimento e purificam a água em regiões isoladas

 

A falta de acesso à eletricidade e escassez de água limpa não são dificuldades exclusivas de áreas rurais isoladas. Milhares de pessoas sofrem com problemas de saneamento nas cidades brasileiras e as bombas de água com energia solar podem modificar essa situação. Pensando em atender a todos os públicos que necessitam de acesso à água limpa, mesmo em períodos de estiagem, a NeoSolar, distribuidora de produtos para energia solar no Brasil, conta em seu portfólio com modernas bombas solares Off Grid (sem conexão à rede).

Esses equipamentos, cada vez mais comuns na cidade e no campo, conseguem levar, mesmo a locais sem energia elétrica, sistemas capazes de bombear  água que podem ser instalados de modo simples, com painéis solares e cabos ligados a qualquer fonte de água, como uma represa. Para evitar contratempos e prejuízos causados pela dificuldade de acesso à água (tanto potável quanto em seu estado natural), Raphael Pintão, sócio fundador da NeoSolar, destaca que as bombas de água com energia solar fotovoltaica são soluções de extrema utilidade.

 

“Essas bombas não necessitam de energia elétrica para isso, já que funcionam à base de painéis solares. Uma vez funcionando, as bombas podem transportar e purificar um grande volume de água todos os dias, permitindo que populações contem com água potável para consumo e outras atividades de limpeza e higiene” – Raphael Pintão, sócio fundador da NeoSolar

 

Existem, ainda, as bombas solares híbridas, que operam tanto com tensões de corrente contínua – CC (painéis solares fotovoltaicos) quanto em corrente alternada – CA (geradores e rede) e, assim, permitem o backup (armazenamento de energia) para que as bombas funcionem também quando não há geração de energia solar. Ou seja, com o uso de bombas híbridas é possível realizar o bombeamento de água durante a noite, aliando equipamentos que atuam em corrente contínua – CC (painéis solares fotovoltaicos), e corrente alternada – CA (geradores e rede).

 

Aplicações

A bomba de água com energia solar permite uma gama de aplicações para bombeamento de água. Seu uso na irrigação permite um aumento da produtividade de até cinco vezes mesmo sem rede elétrica ou geradores; além de proporcionar o bombeamento do insumo para alimentação de animais com ganho de produtividade, confiabilidade e proteção das suas fontes.

Em residências e comunidades, os equipamentos permitem acesso a água de forma limpa e silenciosa, mesmo em locais remotos e com difícil acesso. Entre as múltiplas funções por meio da dessalinização e purificação, as bombas solares permitem a retirada e o tratamento de água em locais remotos de forma simples e econômica para irrigação ou consumo.

Atenta ao movimento do mercado, a NeoSolar já buscou soluções de energia solar para produtores rurais e pecuaristas. Recentemente realizou criação de uma loja online da NeoSolar dentro da plataforma Agrofy, um marketplace voltado ao agronegócio, presente no Brasil e outros oito países da América Latina. A empresa foi a primeira empresa a instalar um sistema de energia solar conectado à rede elétrica no Estado de São Paulo e é a principal distribuidora de equipamentos para sistemas off grid do Brasil.

 

Bomba Solar Anauger R Easy Resize com

 

Bomba Solar Shurflo V Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:  NeoSolar
Imagens: Divulgação

 

 

Expectativa para a COP-26 reacende debate sobre o mercado de carbono

cbebbbccac

Se regulamentado, as discussões sobre o artigo sexto do Acordo de Paris podem colocar o Brasil como um dos maiores fornecedores do mundo de crédito de carbono

 

Apontado como uma das principais apostas para driblar a crise econômica gerada pela covid-19, mas ainda sem consenso global, o mercado de carbono é um dos assuntos mais esperados da última década e, caso seja regulamentado, pode se tornar importante fonte de investimento para o Brasil. Essa é a defesa da especialista em Direito Socioambiental Samanta Pineda.

A advogada explica que, com a aproximação da COP-26 (Conferência das Nações Unidas sobreas Mudanças Climáticas), agendada entre os dias 1 e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, é chegada a hora dos Países que assumiram grandes responsabilidades durante a COP-21 prestarem contas e apontarem os avanços relacionados ao artigo sexto do Acordo de Paris.

O tratado, criado em 2015 e discutido por mais de 190 nações, substituiu o Acordo de Kyoto, que já havia tentado implementar mecanismos de desenvolvimento limpo, e visa reduzir o aquecimento global – isso inclui, principalmente, esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C, em relação aos níveis pré-industriais. Além disso, tem o propósito de proporcionar mais cooperação entre a sociedade civil e o setor privado e, entre outros pontos importantes, regulamentar o mercado de compra e venda de créditos de excedentes de redução de emissões.

 

“Essas revisões ocorrem a cada cinco anos. Então, a expectativa é que o mundo fale sério e regulamente esse mercado oficialmente em novembro. Como o mecanismo de desenvolvimento limpo apresentado pelo Acordo de Kyoto não aconteceu, e sem a presença de um mercado oficial mundial de carbono, passou a ser
executado um mercado voluntário, onde, sem exigências legais, as empresas que emitem, compram daquelas que não emitem. Por isso que a expectativa em Glasgow é tão grande” – Samanta Pineda, especialista em Direito Socioambiental.

 

Se aplicado, a troca de ITMOs (Resultados de Mitigação Internacionalmente Transferidos), prevista no artigo 6.2, mas ainda pouco definida, será uma boa oportunidade para o Brasil – inclusive para a iniciativa privada. Isso porque o termo faz referência a transferências de resultados de emissões ou remoções de gases de efeito estufa de um País para o outro. Havendo consenso, ganha quem tem potencial para excedente de NDC (em português: Contribuição Nacionalmente Determinada). A sigla envolve compromissos voluntários criados por cada país signatário do Acordo de Paris para colaborar com a meta global de redução de emissão. E os dados estão a favor do Brasil.

Ainda de acordo com Samanta Pineda, esses países que emitem precisam pagar para quem emite menos, no caso o Brasil. “Nós temos um grande potencial de captação de gases de efeito estufa e a gente precisa desse mercado regulamentado”, finaliza a advogada, lembrando que o território brasileiro tem capacidade de ser um dos maiores fornecedores do mundo em crédito de carbono.

 

Brasil no mercado de carbono

Segundo um levantamento feito em 2018 pelo Seeg (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa), que avaliou as nações que mais provocam desequilíbrios no efeito estufa, o Brasil aparece bem abaixo de regiões como a China, Estados Unidos, União Europeia e Índia. Naquele ano, ocupou a sétima posição do ranking e emitiu 1,9 gigatonelada de carbono.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Juliana Rangel
Imagem: Divulgação

WELL: Certificação para SAÚDE e BEM-ESTAR

Imagens Recorte MIDIAS T Easy Resize com

Certificação WELL pode ser obtida em qualquer fase do ciclo de vida da edificação

 

A Certificação WELL surgiu em 2014 e é a primeira no mundo voltada exclusivamente sobre a saúde, qualidade de vida e bem-estar das pessoas que utilizam o ambiente construído. Durante a live de estreia da série BW Works, promovida pelo Movimento BW Expo, Summit e Digital, no dia 27 de maio, o engenheiro Eduardo Straub, sócio-proprietário da StraubJunqueira, afirmou que a certificação pode ser obtida em qualquer etapa do ciclo de vida da edificação, uma vez que é possível fazer adaptações no empreendimento construído. Após a primeira certificação, é necessário realizar uma recertificação a cada três anos justamente para verificar se suas características estão sendo mantidas. Como presidente do Comitê de Qualidade do Ar para adaptação da Certificação WELL na América Latina e atuando desde 2009 com as certificações de empreendimentos que buscam selos verdes, Straub comentou sobre os requisitos de desempenho da WELL, que englobam sete categorias: ar, água, alimento, luz, fitness, conforto e mente.

Todo esse processo é responsável por impulsionar o mercado e desafiar os arquitetos e designers a olharem não somente para o meio ambiente, mas também para as particularidades deste ambiente construído que impactam diretamente na saúde e bem-estar dos usuários. Portanto, a importância da certificação WELL é trazer à tona essa necessidade de reinventar os edifícios de forma que o usuário seja colocado em primeiro lugar.

 

“Sem dúvida, é mais fácil incorporar os requisitos da certificação no projeto, mas no Brasil existem dois edifícios construídos que foram adaptados para obtenção da WELL. Mesmo em construção, é possível também conquistá-la. Isso porque ela é uma certificação muito mais voltada à operação” – Eduardo Straub

 

Na avaliação de Straub, a WELL trabalha fortemente o Social da sigla ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), pois atua diretamente com o stakeholders internos das empresas, ao proporcionar condições adequadas ao ambiente de trabalho. A certificação contribui na implantação de políticas de Recursos Humanos relacionados à saúde e bem-estar dos profissionais, em questões ligadas aos benefícios, suporte ao colaborador e sua família.

Em termos de ambiente, ele trouxe exemplos para melhorar a qualidade do ar, a iluminação, a acústica e utilizar mais elementos naturais no interior dos edifícios. Além disso, a certificação incentiva as empresas a adotarem programas que podem ajudar as pessoas a buscarem novos hábitos saudáveis em sua rotina e a realizar mudanças positivas de comportamento.  “Ao promover um ambiente de trabalho que levem os colaboradores a se sentirem bem resulta em pessoas felizes, seguras e engajadas e como consequência há um aumento de produtividade”, reforçou Straub.

Em termos de valores, uma certificação, em geral,  impacta de 3% a 5% no custo total da construção, conforme calcula Straub. Mas, esse índice pode ser maior ou menor, de acordo com as intervenções no ambiente construído, durante a construção ou no projeto. Outro ponto importante é que a WELL é complementar as certificações verdes, em especial o LEED. “Não se pode tirar nem uma nem outra. Precisamos continuar com foco na sustentabilidade ambiental e, ao mesmo tempo, se preocupar com as pessoas que estão no ambiente construído”, finalizou.

 

O BW Works Well Certification está disponível no site oficial do Movimento BW.

 

Imagens Recorte MIDIAS T Easy Resize com

 

A certificação WELL foi resultado de sete anos de pesquisa, em colaboração com profissionais da saúde e do meio acadêmico. A Certificação foi lançada pelo International WELL Building Institute (IWBI) e administrada em parceria com o órgão certificador Green Building Certification Institute (GBCI), também responsável pela certificação LEED Green Building Rating System.
Esta nova agenda da sustentabilidade agora inclui as pessoas como peça central, a certificação WELL é baseada no monitoramento dos impactos dos empreendimentos na saúde e bem-estar de seus ocupantes. A certificação permite que proprietários e incorporadores projetem espaços que promovam a saúde e bem-estar, bem como o aumento da produtividade e conforto dos usuários baseado em medições periódicas.
O Well possui uma abordagem holística sobre elementos do ambiente construído através de sete conceitos:

  1. Ar
  2. Água
  3. Nutrição
  4. Iluminação
  5. Fitness
  6. Conforto
  7. Mente

 

  1. AR

52% dos empreendimentos apontam (Occupational Safety and Health Administration, 1999) que os problemas relativos a qualidade do ar estão intrinsicamente ligados a ventilação inadequada. Em segundo lugar foi apontado problemas de contaminação interna do ar, com 16%, seguindo por fontes de contaminação externas ou desconhecidas.
A abordagem do WELL é otimizar e alcançar um desempenho superior na qualidade do ar no interior da edificação. Dentre os temas que representam esta categoria estão: o teste de qualidade do ar e seu monitoramento; filtragem e tratamento do ar interno; ventilação mínima necessária para a saúde dos usuários; controle de umidade do ar; seleção de materiais atóxicos; utilizar processo de construção que garantam uma melhor qualidade do ar para os trabalhadores durante a obra, reduzindo a quantidade de particulado em suspensão.

 

  1. ÁGUA

A grande preocupação no requisito de água, não é o consumo, mas sim, a qualidade da água consumida, acesso a água potável e filtragem da água. Uso de cloro e outros produtos para desinfecção; bactérias; sedimentos; quantidade de minerais dissolvidos na água; dureza da água são alguns critérios que devem ser considerados para a atendimento do WELL.

 

  1. NUTRIÇÃO

O WELL incentiva melhorias no habito alimentar através de cultivo de alimentos no empreendimento, respeito a restrições alimentares, local adequado para estoque e preparo de alimentos e pontos para higienização das mãos no empreendimento.

 

  1. ILUMINAÇÃO

Um projeto de iluminação adequado, dimensionamento de aberturas e controle de iluminação podem auxiliar no ritmo circadiano, além de melhorar a produtividade e humor dos usuários.
Os empreendimentos devem ser atentar aos seguintes conceitos para atendimento do WELL:  acesso a iluminação natural; iluminação artificial apropriada para a tarefa; ofuscamento; temperatura de cor.

 

  1. FITNESS

Para o atendimento desta categoria, o empreendimento deve estimular a atividade física. Os requisitos são voltados a incorporar atividades no dia a dia dos usuários, através da inclusão de escadas ergonômicas, projeto exterior agradável e com conexão a infraestrutura local, incluindo ciclovias, se possível.

 

  1. CONFORTO

As estratégias incorporadas no tema Conforto incluem: conforto térmico; acústico; ergonômico; e olfativo, acessibilidade e controlabilidade dos sistemas.

 

  1. MENTE

Os requisitos têm como objetivos melhorar a saúde mental e emocional dos usuários do empreendimento. O projeto deve acomodar espaços que promovam o relaxamento, desenvolver pesquisa de satisfação entre os funcionários sobre a qualidade do ambiente construído.

 

 

 

 

Fonte: BW e GBC Brasil
Imagens: Divulgação

 

Código Florestal é aplicável para margens de rios e córregos em áreas urbanas

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com

Colegiado estabelece distância mínima de 30 a 500 metros de afastamento de cursos d’água para construções e edificações

 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou a divergência entre o Código Florestal e a Lei de Parcelamento do Solo Urbano quanto à extensão da faixa não edificável nas margens de cursos d’água naturais em área urbana consolidada. O julgamento do Tema 1.010 aconteceu nesta quarta-feira, dia 28. O regime jurídico e as funções das áreas de preservação permanente e das faixas não edificáveis são distintos, mas na prática há muita controvérsia entre a existência e a extensão das faixas marginais de recursos hídricos nas áreas urbanizadas.

O Código Florestal determina que as faixas marginais no entorno de qualquer curso d’água natural são consideradas áreas de preservação permanente – APP, ainda que localizadas em área urbana. Nestes casos, deverão ser mantidas preservadas áreas de 30 a 500 metros, dependendo da largura do corpo hídrico que se visa proteger. A intervenção ou supressão de vegetação nativa nestas áreas será autorizada somente nas hipóteses de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental.

 

“Apesar de contrário à expectativa do setor imobiliário, de loteadores e de incorporadores, que esperavam a prevalência da aplicação da Lei de Loteamentos para áreas urbanas, no lugar do Código Florestal (bem mais restritivo), o julgado do STJ define a regra do jogo para o mercado, traz segurança jurídica e previsibilidade para novos projetos, que são requisitos essenciais para o fomento da atividade de desenvolvimento imobiliário, que tem um ciclo longo de investimento e de retorno. Fica a dúvida se os efeitos da decisão poderão retroagir e alcançar projetos já aprovados, empreendimentos já concluídos e situações passadas já consolidadas, o que causa uma nova insegurança indesejável para investidores, desenvolvedores e proprietários imobiliários” – Marcos Prado, sócio da área Imobiliária do Cescon Barrieu

 

Sobre o assunto, Rebeca Stefanini, advogada da área de Direito Ambiental do Cescon Barrieu, diz que a ausência de modulação dos efeitos da decisão foi recebida com surpresa: “o entendimento firmado hoje pode ser usado como embasamento para a propositura de ações judiciais envolvendo pedidos de demolição de obras licenciadas e aprovadas com base na metragem estabelecida pela lei de parcelamento do solo, gerando grande instabilidade”. A advogada lembrou ainda que o Superior Tribunal de Justiça deve decidir, ainda, sobre a aplicação retroativa das disposições do Código Florestal a situações consolidadas sob a égide da legislação anterior à sua vigência. “O julgamento deve revisitar a jurisprudência a respeito do princípio do tempus regit actum, segundo o qual deve ser aplicada ao caso a lei vigente à época da ocorrência do fato”. Ou seja, a depender da decisão que vier a ser lançada no Tema 1062, ainda sem data marcada para o julgamento, a decisão de hoje pode retroagir e atingir situações anteriores a 2012.

A determinação é válida tanto para os empreendimentos situados em áreas rurais como nas cidades urbanas. Segundo o escritório Bueno, Mesquita e Advogados, o entendimento do Tribunal leva em consideração o que está estipulado pelo Código Florestal, que determina a largura do curso d’água como critério para estabelecer a distância mais apropriada. Ainda segundo a banca, especializada em agronegócio, a medida coloca diversos empreendimentos em situação de ilegalidade, sobretudo nas áreas urbanas, gerando insegurança jurídica e fuga de investimentos.

Para o advogado Francisco de Godoy Bueno, sócio-fundador do escritório, no entanto, o entendimento cria uma falsa hierarquia, ignorando que o Código Florestal foi estruturado e aprovado para áreas rurais. “O STJ coloca em risco a viabilidade de diversos empreendimentos que se submetem a outros fluxos ecológicos e já foram licenciados pelo poder público”, alerta Godoy Bueno.

 

“É evidente que a Lei de Parcelamento do Solo Urbano é uma lei especial que não contraria diretamente o Código Florestal e deveria prevalecer. A modulação, que deveria garantir previsibilidade, está sendo aplicada em sentido inverso” – Francisco de Godoy Bueno, sócio-fundador do escritório Bueno, Mesquita e Advogados

 

Outro agravante, na avaliação de Godoy Bueno, é que a pretensão de reparação civil decorrente de dano ambiental é agora imprescritível, como definiu o Supremo Tribunal Federal no ano passado com o julgamento do Recurso Extraordinário 654833. Isso significa, segundo o advogado, que o dano pode ser cobrado a qualquer tempo e de qualquer pessoa, causando ainda mais insegurança jurídica.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Cescon Barrieu
Imagem: Ilustrativa – Divulgação